quinta-feira, 8 de agosto de 2024
Roland Doe - A Verdadeira História do Exorcista
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Jade
quinta-feira, 18 de maio de 2023
O Padre Amorth e o Diabo
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Regras do Jogo
Título Original: Rules of Engagement
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Friedkin
Roteiro: Jim Webb, Stephen Gaghan
Elenco: Tommy Lee Jones, Samuel L. Jackson, Guy Pearce, Ben Kingsley, Bruce Greenwood, Anne Archer
Sinopse:
O Coronel Terry Childers (Samuel L. Jackson) é levado para ser julgado em uma corte marcial pela acusação de que teria atirado em civis desarmados durante a tentativa de ocupação da embaixada americana no distante e conturbado Iêmen, no Oriente Médio. O militar se defende da acusação dizendo que tudo foi necessário, diante da gravidade da situação. Filme indicado ao BET Awards na categoria de Melhor Ator (Samuel L. Jackson).
Comentários:
Um filme dirigido pelo cineasta William Friedkin, o mesmo de "O Exorcista". Aqui ele deixou o terror de lado para dirigir um drama de tribunal militar, numa história que foi parcialmente inspirada em fatos reais. O enredo explora um longo flashback mostrando a tentativa de invasão de uma embaixada no Oriente Médio, quando o comandante militar encarregado da segurança do corpo diplomático americano decidiu abrir fogo contra manifestantes civis que tentavam invadir o lugar. Levado à corte marcial se impõe o caso: teria ele cometido algum crime ou apenas se defendeu de uma multidão em delírio? O elenco é bem acima da média, contando não apenas com Samuel L. Jackson (naquela que provavelmente foi sua melhor atuação na carreira), mas também com um inspirado Tommy Lee Jones interpretando um coronel linha dura chamado Hayes 'Hodge' Hodges. Esse tipo de interpretação aliás sempre foi especialidade do durão com cara de poucos amigos Jones. No saldo geral é um filme muito bom, muito coeso, com roteiro extremamente bem escrito. Mesmo que você não goste muito de filmes de tribunais, certamente vai acabar apreciando essa produção por causa de seus méritos cinematográficos. Esse filme é certamente um item para ter em sua coleção.
Pablo Aluísio.
sábado, 24 de dezembro de 2016
O Exorcista
Título Original: The Exorcist
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Friedkin
Roteiro: William Peter Blatty
Elenco: Linda Blair, Jason Miller, Max von Sydow, Ellen Burstyn
Sinopse:
Regan (Linda Blair) é uma garota normal, como qualquer outra de sua idade, até que poderosas manifestações começam a agir sobre seu corpo e sua alma. Desesperada, a mãe procura ajuda em médicos e psicólogos, mas nada parece surtir algum efeito. A única saída então é buscar por ajuda de uma dupla de padres católicos exorcistas que estão prontos para ajudar, usando para isso rituais milenares de exorcismo. A luta entre o bem o mal está apenas começando. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.
Comentários:
"O Exorcista" é mais do que um mero filme de terror. É um marco do cinema cuja influência e relevância continua tão forte nos dias de hoje como há mais de quarenta anos quando foi lançado pela primeira vez nas telas. Em termos de perenidade poucos filmes conseguiram ter uma longevidade tão duradoura e presente. De fato, sem receios, pode-se até mesmo dizer que é um dos cinco filmes de terror mais importantes da história e o único até hoje que conseguiu ser indicado ao Oscar de Melhor Filme na Academia. Some-se a isso o fato de ser baseado em um caso real que foi romantizado pelo excelente escritor William Friedkin (que gentilmente aceitou o convite do estúdio para escrever o roteiro) e você terá um clássico realmente imortal. A maquiagem e a direção de fotografia conseguem ser ao mesmo tempo profundamente aterrorizadoras e minimalistas. O roteiro não tem como ponto focal a possessão de uma garotinha como parece tudo à primeira vista, mas sim a crise de fé pela qual passa um padre católico, que começa a internamente a ter profundas dúvidas até mesmo sobre a existência de Deus, resultando em uma crise existencial terrível. Uma obra prima imortal que jamais parece envelhecer. Infelizmente Hollywood sucumbiu à tentação da ganância e promoveu várias sequências - algumas medianas e outras péssimas. Não importa, esse filme original é de fato um dos filmes de terror mais perturbadores de todos os tempos. Uma obra visceral que você jamais conseguirá esquecer após assistir.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de julho de 2016
O Exorcista
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Caçado
Título Original: The Hunted
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Friedkin
Roteiro: David Griffiths, Peter Griffiths
Elenco: Tommy Lee Jones, Benicio Del Toro, Connie Nielsen
Sinopse:
Aaron Hallam (Benicio Del Toro) é um assassino altamente preparado e especializado do governo americano que começa a cometer uma série de crimes sem razão aparente. L.T. Bonham (Tommy Lee Jones) é o agente do FBI que precisa localizar e neutralizar Aaron, antes que mais pessoas inocentes paguem com suas próprias vidas. Um é tão bem treinado quanto o outro, mas apenas o mais forte e resistente conseguirá sobreviver a essa verdadeira caçada humana. Filme indicado ao Golden Trailer Awards.
Comentários:
William Friedkin, o celebrado diretor do clássico "O Exorcista" vinha em uma fase bem ruim na carreira após os fracassos comerciais de "Síndrome do Mal" (de 1986) e "A Árvore da Maldição" (de 1988). Sua única saída era realizar um filme que fosse bem sucedido nas bilheterias, caso contrário poderia ver o fim de sua fase como cineasta. Diziam as más línguas da época de lançamento desse filme que William Friedkin só havia sido escalado para dirigir esse filme de ação porque na época estava casado com a presidente da Paramount. Pura maldade. Um sujeito que dirigiu "O Exorcista" e "Operação França" realmente não precisaria mais provar nada para ninguém. Infelizmente para o diretor, mesmo contando com um roteiro do tipo bem comercial e sendo estrelado por Tommy Lee Jones e Benicio Del Toro, o filme não conseguiu fazer muito sucesso, tendo uma passagem muito discreta nas telas de cinema. Uma injustiça já que "The Hunted" tem seus méritos. Tudo bem que é uma produção que segue determinadas fórmulas e clichês, mas mesmo assim se destaca por algumas cenas extremamente bem filmadas, como o clímax quando os personagens de Jones e Del Toro duelam com facas! Um primor de edição, apelando para a adrenalina do espectador. Em suma é isso. Um bom filme, roteiro esperto, bem escrito (embora convencional) e com uma dupla carismática de astros. Até que merecia melhor sorte do ponto de vista comercial, mas como o mundo nem sempre é justo...
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de junho de 2016
Operação França
Título Original: The French Connection
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: William Friedkin
Roteiro: Ernest Tidyman, Robin Moore
Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey
Sinopse:
O policial Jimmy "Popeye" Doyle (Hackman) resolve investigar ao lado do parceiro, Buddy Russo (Roy Scheider), um bandido pé de chinelo que começa a frequentar lugares caros de Nova Iorque. Para Doyle isso só poderia significar uma coisa: ele estaria envolvido com alguma operação criminosa onde muito dinheiro estaria na jogada. Seus instintos, que parecem nunca falhar, acabam mesmo levando ele a um traficante internacional de drogas, conhecido como Alain Charnier (Rey). Esse seria o verdadeiro elo de ligação entre um grande carregamento de heroína importada diretamente de traficantes franceses para seus comparsas em Nova Iorque.
Comentários:
Na década de 1970 o cinema americano abraçou o realismo das ruas. Não haveria mais espaço para galãs refinados ou estórias fantasiosas. O principal ingrediente para os grandes cineastas viria do dia a dia, do cotidiano sufocante das grandes cidades e sua criminalidade sempre em expansão. Assim o diretor William Friedkin (conhecido por causa de sua obra prima do terror, "O Exorcista") acabou realizando um de seus filmes mais lembrados, "The French Connection". Obviamente que revisto hoje em dia o filme já não causa mais tanto impacto, fruto do passar dos anos e dele ter sido muito copiado em centenas de filmes policiais que viriam após seu lançamento. Mesmo assim sua originalidade, principalmente em investir em personagens mais realistas, como os dois policiais protagonistas, fizeram com que ele se tornasse um grande sucesso de público e crítica em seu lançamento. O roteiro explora Popeye (Hackman) e seu parceiro (Scheider), como se fossem policiais reais, de péssimos hábitos, muitas vezes atravessando a linha dos regulamentos e da mesmo da lei.
Pablo Aluísio
terça-feira, 3 de maio de 2016
Operação França
Acontece que Boca está muito bem vestido, em ternos impecáveis, usufruindo da presença de pessoas bem acima do que ele na hierarquia do crime. Para Popeye só há uma explicação para o que ele está vendo: Boca deve estar envolvido em algo grande. Dito e feito. O policial e seu parceiro começam a seguir os passos do italiano e em pouco tempo descobrem uma conexão internacional de tráfico de drogas para Nova Iorque. A partir daí o tempo fecha. Popeye não é conhecido por sua delicadeza, muito pelo contrário, ele geralmente chega nos lugares tocando o terror na bandidagem, com métodos violentos e fora das regras. A melhor cena do filme, que inclusive foi imitada por anos e anos, acontece quando Popeye sai em disparada na perseguição de um atirador de elite sob comando da máfia francesa. O sujeito segue no metrô, enquanto Popeye o persegue em um velho carro todo estropiado. Na década de 70 havia uma preocupação maior com realismo e por essa razão não espere por cenas muito espetaculares como o público se acostumaria nos anos 80, com seus filmes ultra violentos. Para Friedkin o importante era contar de forma eficiente sua estória e nesse ponto ele novamente se saiu muito bem.
Operação França (The French Connection, EUA, 1971) Direção: William Friedkin / Roteiro: Ernest Tidyman, baseado no livro escrito por Robin Moore / Elenco: Gene Hackman, Roy Scheider, Fernando Rey, Tony Lo Bianco / Sinopse: Dois tiras do departamento de narcóticos da cidade de Nova Iorque investigam um criminoso italiano de baixo nível que muito provavelmente está envolvido num grande esquema de tráfico de drogas internacional, com carregamentos de cocaína vindos diretamente da França. Filme premiado pelo Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Gene Hackman), Melhor Direção (William Friedkin), Melhor Roteiro Adaptado (Ernest Tidyman) e Melhor Edição (Gerald B. Greenberg). Também indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Roy Scheider).
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de setembro de 2015
A Árvore da Maldição
Título Original: The Guardian
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: William Friedkin
Roteiro: Dan Greenburg, Stephen Volk
Elenco: Jenny Seagrove, Dwier Brown, Carey Lowell
Sinopse:
Jovem casal contrata uma nova babá, que parece ser a escolha ideal, responsável e focada. O que ninguém sabe é que ela não é nada do que aparenta. Seguidora de uma antiga religião pagã, que venera as forças da natureza, essa babá é na realidade uma sacerdotisa druida que oferece sacríficos humanos de crianças em honra ao espírito da floresta negra da região.
Comentários:
Deve realmente ser terrível passar por algo assim. O cineasta William Friedkin dirigiu duas obras primas absolutas do cinema. O primeiro foi "Operação França", um dos mais marcantes filmes dos anos 70, vencedor de vários Oscars e um marco no cinema da época. Depois assinou aquele que é considerado por muitos o melhor filme de terror de todos os tempos, o maravilhoso "O Exorcista". E então depois desse começo de carreira fabuloso as coisas começam a sair dos trilhos, filmes não fazem mais sucesso de público e nem de crítica e de repente um diretor tão talentoso se vê compelido a dirigir fitinhas como esse "A Árvore da Maldição". Eu credito esse tipo de argumento sem pé e nem cabeça ao furor ecologista que varreu o mundo nos anos 90. De repente só se falava em ecologia, em preservar a natureza. Claro que os mais radicais gostariam muito que as árvores fizessem algo como se vê nesse filme mas deixando isso de lado não há como negar que tudo não passa mesmo de uma grande bobagem. Um buraco negro no caminho do grande (sim, ele ainda é) William Friedkin.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
O Exorcista
Outro fato interessante, que só há pouco tempo foi descoberto, é que "O Exorcista" tinha tudo para vencer o Oscar de melhor filme em seu ano. Os membros da Academia estavam convencidos disso. Foi preciso a pressão de produtores ricos e influentes para que o filme não se tornasse o grande vencedor do Oscar. E por que isso aconteceu? Os produtores acreditavam que esse tipo de filme não poderia vencer. Não apenas pelo tema, mas também pelo gênero, o que bem demonstrou o preconceito existente em Hollywood contra filmes de terror em geral. Realmente lamentável.
O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, ) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair / Sinopse: Uma garota colegial é possuída pelo demônio conhecido como Pazuzu, criando um clima de terror e opressão sobre sua família. Para tentar salvar a menina o Vaticano envia dois padres especializados em exorcismo.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Killer Joe - Matador de Aluguel
O elenco traz o bom ator Emile Hirsch, do ótimo "Na Natureza Selvagem". Embora tenha tido um começo promissor o enorme fracasso comercial de "Speed Racer" quase acabou com a carreira do rapaz. Agora ele tenta um retorno, voltando para os pequenos filmes, de linha mais independente, que alavancaram sua vida profissional em seu começo. Matthew McConaughey também se destaca como o personagem principal, Killer Joe, um típico caipira red neck do Texas que é muito eficiente em seu "trabalho". Ele é policial mas nas horas vagas aceita encomendas de assassinatos. É curioso que muito da peça teatral esteja na estrutura do filme, principalmente em sua cena final quando praticamente todos os personagens se encontram para um acerto de contas definitivo. Diálogos bem estruturados e reviravoltas na trama mantém o interesse mas confesso que esperava um pouco mais do resultado final por causa da presença de William Friedkin. Ele não brilha tanto em sua direção, mantendo-se discreto o tempo todo, sem grandes arroubos de criatividade. De certa forma peca por omissão. Apesar disso no saldo final "Killer Joe" se destaca por causa de sua trama bem construída e pelo bom desempenho de seu elenco. Por essas razões vale a indicação.
Killer Joe - Matador de Aluguel (Killer Joe, Estados Unidos, 2012) Direção: William Friedkin / Roteiro: Tracy Letts baseada em sua própria peça, "Killer Joe" / Elenco: Matthew McConaughey, Juno Temple, Emile Hirsch, Thomas Haden Church, Gina Gershon / Sinopse: Para saldar suas dívidas com apostadores e bandidos da região um jovem contrata os serviços profissionais de um assassino para matar sua própria mãe pois ela tem um seguro de vida no valor de 50 mil dólares. Com o dinheiro pretende pagar a todos mas as coisas não saem exatamente como ele planejava.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de abril de 2012
O Exorcista
Outro fato digno de nota é que mesmo após tantos anos o filme, mesmo visto atualmente, não envelheceu tanto. Claro que em termos narrativos há alguns aspectos que soam datados, mas a força da trama não sofreu o pesar dos anos. Nem suas péssimas continuações atrapalharam nesse quesito. Filmes marcantes assim costumam ser tão imitados que acabam perdendo sua força original. Com "The Exorcist" não sentimos tanto essa perda. O filme continua muito bom, muito impactante e provocando medo aos que o assistem (o que no final das contas é o objetivo de todo filme de terror bom que se preze). Em conclusão "O Exorcista" realmente merece a fama e o status que tem. É um excelente momento do cinema de terror da década de 70 que se mantém firme até os dias de hoje.
O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, 1973) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty baseado em seu próprio livro / Elenco: Linda Blair, Max Von Sydow, Ellen Burstyn, Lee J Cobb, Jason Miller, Kitty Winn, Jack MacGowran / Sinopse: Jovem garota (Linda Blair) começa a manifestar sinais de possessão demoníaca. Para ajudá-la a Igreja envia dois padres exorcistas para combater o mal.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de março de 2012
Parceiros da Noite
Steve Burns (Al Pacino) é um policial de Nova Iorque que decide se infiltrar dentro da comunidade gay para investigar uma série de assassinatos envolvendo homossexuais. A imersão nesse submundo acabará causando grandes mudanças em seu modo de pensar e agir. "Parceiros da Noite" é um dos filmes mais polêmicos da filmografia de Al Pacino. Tocando em um tema complicado o filme tenta trazer uma boa trama policial com a questão gay como pano de fundo. Eu nunca assisti um filme com Al Pacino que me decepcionasse. Sabia que com esse não seria diferente e não foi. "Parceiros da Noite" é um policial bem acima da média que apesar de ter sido lançado no começo dos anos 80 tem um jeitão de filme policial dos anos 70, característica que só pesa ao seu favor. Em muita coisa me lembrou outro grande filme de Pacino, o famoso "Serpico". Gostei do roteiro e como sempre da atuação de Pacino. Aqui ele surge um pouco mais contido do que de costume, é verdade, mas isso pode ser interpretado como parte de sua caracterização pois o personagem acaba passando por um dilema durante as investigações.
"Parceiros da Noite" foi produzido com tinhas fortes. Realmente a primeira hora do filme pode ser ofensiva para quem não gosta de ver cenas que mostrem homossexualismo entre homens. Por isso caso esse seja o seu caso é bom ir se preparado para essa terça parte inicial. Devo confessar que achei um pouco carregado nas tintas, criando uma tênue ligação, mesmo que involuntária, entre homossexualismo e criminalidade. Só não vou dizer que foi excessivo porque realmente não sei se o nível de promiscuidade entre os gays de Nova Iorque chegava naqueles extremos. Esse aspecto inclusive incomodou alguns setores GLS na época que protestaram contra a visão que o filme passava dos gays. Pois bem, de qualquer forma, passado essa parte o filme vai melhorando gradativamente e cresce absurdamente em seus vinte minutos finais. Aliás o final "em aberto" é genial. Não vou colocar aqui porque seria ruim para quem ainda não viu o filme, mas tenho certeza que grande parcela do público ficará intrigada. Enfim, deixem o preconceito de lado e não deixem de ver "Parceiros da Noite" pois vale muito a pena. Mais um ótimo momento de Pacino nas telas.
Parceiros da Noite (Cruising, Estados Unidos, 1980) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Friedkin, baseado na novela de Gerald Walker / Elenco: Al Pacino, Paul Sorvino, Karen Allen / Sinopse: Steve Burns (Al Pacino) é um policial de Nova Iorque que decide se infiltrar dentro da comunidade gay para investigar uma série de assassinatos envolvendo homossexuais. A imersão nesse submundo acabará causando grandes mudanças em seu modo de pensar e agir.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Viver e Morrer em Los Angeles
Título Original: To Live and Die in L.A.
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: William Friedkin
Roteiro: Gerald Petievich, William Friedkin
Elenco: William Petersen, Willem Dafoe, John Pankow
Sinopse:
Dois policiais de Los Angeles tentam seguir os passos de um perigoso grupo de criminosos envolvidos em tráfico de drogas e outros esquemas ilegais. Um deles é encurralado e morto covardemente. O outro jura e promete vingança pelo sangue derramado do colega, amigo e parceiro.
Comentários:
Mesmo passando por uma grave crise na carreira o diretor William Friedkin conseguiu rodar esse bom policial, ambientado no mundo do tráfico de drogas em Los Angeles durante a década de 1980. O filme tem um roteiro muito bem escrito pelo próprio diretor, baseado na novela policial de Gerald Petievich e consegue prender a atenção do começo ao fim. De certo modo é um herdeiro da linguagem mais cru e realista da década anterior e talvez por essa razão, por não ser um produto meramente pop como "Um Tira da Pesada", por exemplo, não conseguiu fazer o sucesso merecido nas bilheterias. Eu analiso o fracasso comercial dessa fita fazendo um paralelo da mudança de mentalidade entre os públicos da década de 70 e 80. Nos anos 70 havia todo um sentimento de uso do cinema como meio de mudança social, onde os grandes temas em voga na sociedade estavam mais em voga. Já nos ano 80 imperou a fantasia e o pop, principalmente das produções comandadas por Steven Spielberg e todos aqueles que o seguiam esteticamente. Por essa razão " To Live and Die in L.A." não foi tão bem recebido como merecia. O consolo vem do fato de que os anos fizeram jus a esse policial e ele hoje é reconhecido como um dos melhores daquela década. Antes tarde do que nunca.
Pablo Aluísio.