sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Obrigado por Fumar

Título no Brasil: Obrigado por Fumar
Título Original: Thank You for Smoking
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman, Christopher Buckley
Elenco: Aaron Eckhart, J.K. Simmons, William H. Macy, Robert Duvall, Katie Holmes, Sam Elliott, Rob Lowe, Adam Brody
  
Sinopse:
Nick Naylor (Aaron Eckhart) é um lobista da indústria do tabaco que não está nem um pouco preocupado com as milhões de mortes causadas pelo fumo todos os anos. Tudo o que interessa a ele é defender o lobby da extremamente bem sucedida máquina industrial do cigarro americano. Para isso ele ignora quaisquer aspectos morais ou éticos daquilo que defende. Sua vida porém vira de cabeça para baixo quando resolve se envolver com a jornalista Heather Holloway (Katie Holmes), que também não está nem aí para valores éticos ou morais, só se envolvendo com ele para descobrir os mais obscuros segredos da indústria no qual trabalha. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Aaron Eckhart).

Comentários:
Excelente comédia de humor negro que havia até agora me passado em branco. Lançado há mais de dez anos ainda não havia assistido. Uma pena. É realmente uma pequena obra prima do gênero. O protagonista (interpretado com maestria pelo ator Aaron Eckhart) é um escroque que defende como lobista a indústria do tabaco. Em torno dele giram os tipos mais incomuns e interessantes. Além da jornalista mau caráter que o leva para a cama apenas para descobrir os podres da indústria de cigarro (papel que coube à gracinha Katie Holmes) ainda há o magnata da indústria do fumo interpretado pelo veterano Robert Duvall, que ironicamente está morrendo de câncer no pulmão. Mesmo assim não larga a mão de ser um verdadeiro canalha cínico e sem sentimentos. Há ainda o executivo estressado (J.K. Simmons, em seu tipo habitual), o senador hipócrita que defende a proibição do comércio de cigarros (William H. Macy, novamente ótimo) e até mesmo o primeiro cowboy, conhecido como o "Homem de Marlboro" (Sam Elliott), que ameaça a indústria, se colocando à disposição de revelar certos segredos para a imprensa. Todos os personagens carregam uma característica em comum: são verdadeiros patifes em busca de um pouco do naco da fortuna gerada pela milionária comercialização de cigarros nos Estados Unidos. Tudo porém é levado em ritmo de humor negro, bem sofisticado, daqueles que fazem você sorrir com uma certa dose de culpa por dentro. Por fim para os cinéfilos um aspecto curioso do roteiro: o lobista Nick sugere ao magnata do tabaco que ele suborne um importante produtor de cinema (vivido por Rob Lowe) para que ele coloque os astros fumando novamente nas telas - algo que era bem comum na era de ouro do cinema americano, durante sua fase clássica. Tudo para que os jovens passem a pensar que fumar seria algo positivo, charmoso, até mesmo glamoroso. Aconteceu no passado e poderia acontecer agora. Realmente não há limites para essa gente.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Avaliação:
    Direção: ★★★★
    Elenco: ★★★★
    Produção: ★★★
    Roteiro: ★★★★
    Cotação Geral: ★★★★
    Nota Geral: 8.9

    Cotações:
    ★★★★★ Excelente
    ★★★★ Muito Bom
    ★★★ Bom
    ★★ Regular
    ★ Ruim

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  2. Eu não fumo e nunca fumei. Meu pai fumava no mínimo dois maços por dia, quando diminuiu!
    Eu não fumo porque não aprendi, mas não tenho neuras contra o fumo, ou seja, eu não me importo que fumem na minha presença. Odeio a ditadura destes retardados anti-tabagistas.
    Eu me lembro que meu pai, esse que tanto por dia, se recusava a fumar em ambientes fechado em que ninguém estivesse fumando, isso nas décadas de 1960/70. Basta bom senso. Ser Taliban contra o fumo é mais uma coisa nojenta desta época sem noção.

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  3. Somos dois então. Eu também nunca fumei em minha vida. Sempre tive até mesmo aversão a cheiro de cigarro perto de mim (nesse ponto somos diferentes). Meus pais fumaram até uns vinte anos atrás quando decidiram parar. Naquela geração a que eles pertenceram era algo normal, visto como uma coisa muito comum. Hoje em dia a mentalidade é outra embora ainda seja crescente o número de jovens fumantes.

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  4. Você vê que engraçado? Você disse "embora ainda seja crescente o número de jovens fumantes.", ou seja, apesar do politicamente correto talibanesco contra o Tabaco, o resultado é anódino.

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  5. Nesse filme o senador interpretado pelo ator William H. Macy luta, entre outras coisas, para colocar avisos visuais nas carteiras de cigarro. No Brasil isso foi implantado. Há imagens de pacientes com câncer, cenas fortes, tudo para evitar que o cigarro ganhe novos fumantes, mas pelos números isso não tem acontecido. A Souza Cruz agradece...

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