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sexta-feira, 10 de março de 2023

Esquadrão Secreto

Título no Brasil: Esquadrão Secreto
Título Original: Secret Headquarters
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Joost, Ariel Schulman
Roteiro: Christopher L. Yost, Josh Koenigsberg
Elenco: Owen Wilson, Michael Peña, Jesse Williams, Walker Scobell, Keith L. Williams, Abby James Witherspoon

Sinopse:
Um garoto descobre que seu pai, sempre ausente em sua vida nos momentos mais importantes, é na verdade um super-herói que está sempre salvando o mundo da destruição completa. E agora ao lado de seus amigos, ele vai tentar ajudar o seu pai a novamente cumprir sua importante missão de proteger a humanidade. 

Comentários:
Eu sei que esse tipo de filme definitivamente não foi feito para pessoas da minha faixa etária. Esse é uma produção juvenil, feita para a garotada ali na faixa dos 8 aos 14 anos de idade. Eles certamente vão curtir muito mais, podendo até mesmo se identificar com o elenco de crianças e adolescentes do filme. Abby James Witherspoon, uma das meninas, é inclusive a sobrinha da atriz Reese Witherspoon. O problema, ao meu ver, é essa verdadeira praga de super-heroísmo nas telas, o que de certa maneira está matando o cinema atual. Todo filme agora parece ter obrigação de ter algum elemento de quadrinhos, que coisa mais chata essa! E se não tem dinheiro para comprar os direitos de algum personagem das editoras famosas, então que se escreva um roteiro com um super-herói genérico... É justamente isso o que vemos aqui. Tudo muito banal, sem inspiração e sem criatividade. 

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de outubro de 2022

Roubo nas Alturas

Título no Brasil: Roubo nas Alturas
Título Original: Tower Heist
Ano de Lançamento: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures 
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Adam Cooper, Bill Collage
Elenco: Eddie Murphy, Ben Stiller, Casey Affleck, Matthew Broderick, Alan Alda, Michael Peña

Sinopse:
Um grupo de ex-empregados de um prédio para ricaços de Manhattan em Nova Iorque, decidi fazer um roubo bem elaborado de um apartamento onde mora um vigarista de Wall Street. Eles querem recuperar o dinheiro de um fundo de pensão dos empregados que foi roubado por esse mesmo criminoso. E um roubo desses não vai ser uma coisa fácil de se realizar, ainda mais sabendo que eles vão ter que tirar uma Ferrari de alto valor da cobertura do prédio.

Comentários:
Pelo elenco que apresenta esse filme poderia ser confundido com uma comédia. Afinal, os dois protagonistas são comediantes de carteirinha. Embora o filme tenha realmente um pouco de humor, o fato é que temos aqui um filme que foca muito mais na ação. Ação essa que se desenvolve através de um roubo feito por amadores de um edifício para pessoas muito ricas de Nova Iorque. Sim, é um filme de roubo. Embora nesse caso aqui seja um filme estrelado por atores especializados em comédias. Nesse quesito de fazer rir quem se sai melhor?  Eddie Murphy, claro. Ele interpreta um ladrão pé de chinelo, que é o único com experiência na criminalidade entre o grupo. Os demais são pessoas sem nenhum tipo de malícia para o mundo do crime. Alguns são verdadeiros panacas. O filme é bom e muito bem-produzido, mas no quesito humor realmente deixa a desejar. De qualquer forma o filme funciona e olha que nem é preciso muita boa vontade para se interessar pela história. O fato de se tentar baixar um carro milionário de uma cobertura de um prédio como aquele, no meio de uma parada do dia da Ação de Graças, torna tudo ainda mais interessante. Enfim, um filme que não decepciona e que até que cumpre bem aquilo a que se propõe.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de setembro de 2021

Tom & Jerry - O Filme

Título no Brasil: Tom & Jerry - O Filme
Título Original: Tom & Jerry
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Story
Roteiro: Kevin Costello
Elenco: Chloë Grace Moretz, Michael Peña, Colin Jost, Jordan Bolger, Somi De Souza, Pallavi Sharda

Sinopse:
Kayla (Chloë Grace Moretz) não tem tido muita sorte. Ela é demitida de outro emprego medíocre. Porém um dia as coisas tinham que mudar, para melhor e ela arranja um emprego em um hotel chique de Nova Iorque. E logo precisa enfrentar dois grandes problemas chamados Tom e Jerry que transformam a rotina do hotel numa tremenda confusão!

Comentários:
Mais uma versão moderna para esses personagens antigos criados por William Hanna e Joseph Barbera. Só que vamos ser sinceros, os tempos são outros. Os desenhos animados originais eram violentos, insanos, de pura anarquia. Não havia limites para os animadores. Agora, nos tempos em que vivemos, não se pode mais ousar tanto. Sobra assim cenas de gato e rato, mas bem mais polidas, diria bem inofensivas. Além disso devo dizer que apesar da presença da gracinha Chloë Grace Moretz, o filme é bem fraco e - heresia completa - bem sem graça. Essa mistura de atores reais e animação já deu melhores frutos. Além disso não achei a animação tão boa assim. Eu acredito que tudo tem seu lugar na história. Os desenhos de Tom e Jerry pertencem a outro tempo, a outro contexto cultural. Requentar algo assim é complicado. Melhor mesmo é rever o material original. Você que nunca viu vai se surpreender com a criatividade e a anarquia que reinavam neles.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de março de 2021

A Ilha da Fantasia

Título no Brasil: A Ilha da Fantasia
Título Original: Fantasy Island
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Blumhouse Productions
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Jeff Wadlow, Christopher Roach
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday

Sinopse:
Um grupo de turistas chega em um point turístico conhecido como "A Ilha da Fantasia". Além do cenário de paraíso, o dono do hotel local, Mr. Roarke (Michael Peña), promete aos seus visitantes a realização de todos os seus sonhos e desejos. O problema é que nem sempre a realização de uma fantasia pode ser uma coisa boa.

Comentários:
Os mais jovens não lembram, mas a série "A Ilha da Fantasia" foi um grande sucesso na TV, inclusive no Brasil. Agora temos esse remake para o cinema, porem com mudanças. A principal delas é que tudo se passa agora em um clima de filme de terror. E aqui temos o primeiro grande problema desse filme. Embora tente seguir as premissas básicas da série, não há como realizar um bom filme de terror em uma ilha ao estilo paradisíaco, com muito sol, praias e cenários deslumbrantes. O clima se perde completamente. Além disso vamos convir que o ator Michael Peña como o senhor Roarke não convence. Fiquei com saudades de Ricardo Montalbán. E onde foi parar o anão Tattoo? Na série ele era interpretado pelo ator Hervé Villechaize, que se matou. Dizem que os produtores não queriam essa vibe negativa no novo filme, por isso o roteiro traz uma pequena linha na cena final como uma mera desculpa a quem sentiu sua falta. Muito pouco. Em termos de destaque de elenco nesse novo filme apenas a jovem atriz Lucy Hale da série "Pretty Little Liars" vai chamar alguma atenção. Com os cabelos pintados de loiro, ela se tornou a grande vilã dessa história. Quem diria... Enfim, um filme de mediano para fraco, demonstrando acima de tudo que não se faz bons filmes de terror com sol, praia e lugares bonitos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

A Mula

Clint Eastwood tem 88 anos de idade. Aposentadoria? Nem pensar! Tanto que nesse seu novo filme ele não se contentou em apenas atuar. Ele também produziu, dirigiu e escreveu parte do roteiro! Incrível mesmo sua disposição para seguir em frente no cinema. E como não poderia deixar de ser, ele aqui interpreta um octogenário que vê sua vida mudar. Sua fazendinha de plantação de flores é tomada pelo banco. Sem dinheiro e com problemas na família ele decide então aceitar um serviço que parece fácil (mas só parece). Ele deve ir até uma garagem de um posto de gasolina para receber uma "encomenda" a ser levada até um certo destino. O pagamento é excepcional. Claro que ele sabe que se trata de drogas, mas como já está no final de sua jornada nem pensa muito e aceita o tal serviço.

Assim se torna mais uma "mula" de um cartel de drogas mexicano. Como é um velho senhor não desperta suspeitas nos policiais que acaba esbarrando pelo caminho. É o "disfarce" perfeito. No começo as coisas vão muito bem. Ele ganha bastante dinheiro, a ponto inclusive de comprar uma nova camionete zero, último modelo, tinindo de nova. Porém aos poucos o cerco policial vai se fechando. A quantidade de drogas transportada é absurda, em certa ocasião ele chega a levar 300 kilos de uma cidade para outra e por isso o DEA (departamento anti-drogas) começa a ficar no seu encalço. Clint continua o mesmo ator carismático de sempre. Basta sua presença na tela para justificar qualquer filme, só que aqui, pela primeira vez, podemos ver com nitidez o peso da idade no ator. Ele tem uma certa dificuldade para falar e andar. As costas curvadas mostram os efeitos do tempo. Não é para menos, já que ele está próximo dos 90 anos! De qualquer maneira é sempre um prazer rever o bom e velho Clint. A dignidade pessoal aliás está mais forte e presente como nunca. Poucos conseguiram essa proeza.

A Mula (The Mule, Estados Unidos, 2018) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Clint Eastwood, Sam Dolnick, Nick Schenk / Elenco: Clint Eastwood, Bradley Cooper, Dianne Wiest, Laurence Fishburne, Taissa Farmiga, Michael Peña / Sinopse: Velho senhor, já na beira dos 90 anos, decide aceitar a oferta de serviço de "mula" de traficantes mexicanos. Ele terá que transportar drogas de uma cidade para outra em sua velha camionete. A intenção é despistar, com sua aparência de senhor idoso, a polícia que começa a investigar o caso.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Homem-Formiga e a Vespa

E a Marvel segue lançando seus filmes nos cinemas. Uma das coisas que me surpreendem é o ritmo dos lançamentos. Mal um filme Marvel sai de cartaz e outro já entra no mercado. Com isso o estúdio vai faturando milhões, mas também vai criando uma certa saturação para filmes de super-heróis. Pois bem, esse aqui é o segundo da linha Homem-Formiga. O primeiro até que me agradou, principalmente pelo tom leve e descontraído do personagem. O Homem-Formiga no mundo dos quadrinhos é bem secundário. Ele foi criado há muitos anos, não fez muito sucesso e passou anos sem ser publicado. Agora com a força do cinema tem recebido mais atenção dos leitores de quadrinhos. De minha parte o considero um herdeiro do Sci-fi dos anos 1950, com todos aqueles filmes B com insetos gigantes destruindo as cidades.

Por falar nisso uma das melhores cenas desse novo filme acontece justamente quando o Homem-Formiga se torna um gigante (por causa de uma falha em seu uniforme). Ele andando na baía de San Francisco, com 25 metros de altura, tentando pegar um objeto que está nas mãos do vilão em um barco, é puro cinema de ficção B dos anos 50. Outro ponto que me chamou a atenção foi que o roteiro deu mais espaço para o ator Michael Douglas. Veteranos das telas, um nome importante dentro da indústria, ele merecia mesmo aparecer mais. Paul Rudd por sua vez continua o mesmo. Ele que sempre fez filmes de comédia romântica mantém o mesmo tom, bem ameno. O roteiro desse novo filme porém me soou sem inspiração, sem novidades. Seguindo uma velha fórmula o enredo criado pelos roteiristas não tem criatividade. Sempre que o filme vai caindo no lugar comum eles usam a bengala dos efeitos especiais para que o público não fique entediado. Em suma, um filme mais fraquinho do que o primeiro. Só não se torna ruim por causa de seu estilo vintage.

Homem-Formiga e a Vespa (Ant-Man and the Wasp, Estados Unidos, 2018) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers / Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Laurence Fishburne, Michelle Pfeiffer, Evangeline Lilly, Michael Peña  / Sinopse: O cientista Dr. Hank Pym (Michael Douglas) quer trazer sua esposa de volta. Ao se tornar minúscula ela acabou se perdendo no mundo quântico. Para isso Hank precisará da ajuda de Scott Lang (Paul Rudd) que desde o filme anterior se tornou o novo Homem-Formiga.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de maio de 2018

12 Heróis

Desconhecia totalmente essa história (que é baseada em fatos reais). Tudo começa no fatídico 11 de setembro de 2001. Dispensa maiores explicações, sabemos bem o que aconteceu em Nova Iorque. Pois bem, depois disso as forças armadas americanas se preparam para invadir o Afeganistão, berço estratégico do grupo internacional terrorista de Bin Laden. O ator Chris Hemsworth interpreta um tenente do exército que é designado para liderar um pequeno grupo de militares, de apenas 12 homens, que devem ir até o país inimigo para sondar a região, procurando colaborar com um "Senhor a guerra" afegão, um general da chamada Aliança do Norte. Esse pequeno pelotão acabou sendo o primeiro grupo de militares americanos a pisarem no solo do Afeganistão após os atentados. Ao chegar no lugar designado, eles percebem que a guerra naqueles rincões ainda era feita com recursos bem primitivos, como cavalos e armas antigas. Mesmo assim o primeiro contato se mostra promissor.

O filme assim vai avançando, misturando o choque cultural dos americanos com os afegãos e as diversas cenas de combate que são mostrados em praticamente todo o filme. Boas sequências, é bom frisar, com a paisagem desértica daquele país montanhosos, frio e violento servindo como um belo cenário para as batalhas. Claro que um roteiro como esse tem uma dose bem forte de ufanismo. Os tais heróis, os militares americanos, são retratados na tela como pessoas impecáveis, virtuosas e cheias de boas intenções. Nada de carga negativa em cena ou realismo. Nesse ponto o filme me lembrou dos antigos filmes de guerra de Hollywood, ao velho estilo, onde não havia espaço para o cinza, mas apenas para o preto e branco. Heróis eram heróis, vilões eram apenas vilões desalmados e nada mais. Em termos de questões políticas o filme não se preocupa em ir mais a fundo. Na verdade é uma fita de ação bem produzida e estrelada pelo Thor, ele mesmo, o ator Chris Hemsworth, que se não é grande coisa, pelo menos não enche nossa paciência como momentos de canastrice. Ele consegue se salvar. Existe algumas bobagens no meio do caminho, como a forma juvenil que alguns militares agem uns com os outros nos acampamentos, mas tudo é isso é algo menor. O que vale mesmo são as cenas de guerra, com os americanos montados a cavalo, lutando nas encostas montanhosas, enquanto vão escapando da artilharia do Talibã. Visto sob esse ângulo já está de bom tamanho. 

12 Heróis (12 Strong, Estados Unidos, 2018) Direção: Nicolai Fuglsig / Roteiro: Ted Tally, Peter Craig / Elenco: Chris Hemsworth, Michael Shannon, Michael Peña / Sinopse: O filme mostra a história real de um grupo de 12 militares das forças especiais do exército americano que se tornaram os primeiros ocidentais a entrarem no Afeganistão, para consolidar uma ajuda com a Aliança do Norte, logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 9 de junho de 2017

CHIPS

Título no Brasil: CHIPS
Título Original: CHIPS
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dax Shepard
Roteiro: Dax Shepard, Rick Rosner
Elenco: Michael Peña, Dax Shepard, Vincent D'Onofrio, Adam Brody, Rosa Salazar, Jessica McNamee

Sinopse:
Um agente do FBI é infiltrado dentro do departamento de polícia de Los Angeles para descobrir uma quadrilha de tiras corruptos. Ele assume então a identidade do patrulheiro Frank 'Ponch' Poncherello (Michael Peña). Ao lado de seu parceiro Jon Baker (Dax Shepard), um ex-piloto de motos de competição, ele quer descobrir quais policiais estariam envolvidos no roubo de carros de transporte de valores. Tudo indica que eles são patrulheiros da CHIPS.

Comentários:
A série "CHiPs" foi um grande sucesso da história da TV americana. Durou seis temporadas e foi exibida (inclusive no Brasil) entre os anos de 1978 a 1983. Marcou época e deixou saudades, sem dúvida. Agora temos essa adaptação para o cinema desse programa que durante anos foi líder de audiência. Os dois personagens principais foram mantidos (Ponch e Baker), mas de resto tudo mudou. Se a série original era um programa policial ao velho estilo enlatado, aqui optou-se por uma linha com mais humor. Não chega a ser uma comédia besteirol, manteve-se ainda um certo pé no chão, porém o lado da comédia falou mais alto. Não é um filme de todo ruim, tem lá seus bons momentos, inclusive no quesito diversão, porém é óbvio que deixará muito a desejar em relação aos fãs da série original. Essa nova dupla de atores obviamente não consegue repetir o carisma da velha dupla (onde se destacava o ator Erik Estrada, que aqui faz uma pontinha na cena final, dentro da ambulância), mas no geral também não aborrece. A conhecida trilha sonora da série, que tinha uma abertura que também ficou muito famosa nos anos 70 e 80, foi timidamente aproveitada, o que achei um erro, já que CHips, queiram ou não, já virou uma peça de nostalgia. Eles deveriam ter investido mais nisso. Assim no saldo final, tirando certos exageros, principalmente no aspecto mais vulgar de certas piadas, até que essa adaptação para o cinema dos patrulheiros californianos não chega a ser tão ruim. É assistível e não enche a paciência, o que em relação a comédias americanas da atualidade já é um feito e tanto!

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de abril de 2016

Corações de Ferro

Título no Brasil: Corações de Ferro
Título Original: Fury
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Ayer
Roteiro: David Ayer
Elenco: Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Michael Peña, Jim Parrack, Scott Eastwood
  
Sinopse:
Brad Pitt interpreta o sargento Don 'Wardaddy' Collier, responsável por liderar seus homens nos dias mais decisivos da Segunda Guerra Mundial, no exato momento em que tropas americanas rompem as linhas de defesa das fronteiras da Alemanha Nazista. Cercados por um poderoso exército inimigo os americanos agora precisam sobreviver ao mesmo tempo em que avançam pelas terras do país de Adolf Hitler. Ação e aventura em doses exatas nessa moderna releitura dos antigos filmes clássicos de guerra.

Comentários:
Se você estiver com saudades dos antigos e clássicos filmes de guerra (em especial aqueles que enfocam a Segunda Guerra Mundial) essa produção é uma ótima pedida. Retomando um estilo de produção que ultimamente vinha sendo deixado de lado é uma fita extremamente competente. O enfoque se desenvolve em torno de um pequeno grupo de soldados que servem em um tanque americano, bem no front que se formava na invasão da Alemanha já nos momentos decisivos do mais sangrento conflito da história recente. Brad Pitt é o comandante de seu grupo. Ele precisa passar a impressão de ser um sujeito durão, que não pode demonstrar qualquer sinal de fraqueza aos seus subordinados, por isso quando a situação se torna insuportável ele procura acender um cigarro para se esconder por trás dos tanques de seu pelotão. E lá, completamente sozinho, segura o tranco da melhor forma possível. Ser forte, acima de tudo. A tensão é clara, mas há um serviço a ser feito e homens de verdade não vacilam. O tipo de militar que já não existe mais. Deixando aspectos puramente psicológicos de lado e focando apenas na pura ação também temos ótimos momentos, em especial quando o grupo de tanques comandados por Pitt se depara em determinado momento com um poderoso Tiger alemão no campo de batalha. E o que falar quando se encontra pela frente todo um pelotão de soldados fanáticos da infame SS? O final também é extremamente visceral e não abre concessões, abraçando completamente o realismo brutal da guerra. Muitos ficarão chocados com o desfecho, mas isso é um equívoco. Por ser um filme que busca ser o mais realista possível seu clímax se mostra mais adequado do que muitos pensam. Afinal heróis são destinados a grandes atos de coragem e abnegação. Em poucas palavras é realmente um filmão que não vai decepcionar os fãs de filmes de guerra.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de agosto de 2015

Homem-Formiga

Título no Brasil: Homem-Formiga
Título Original: Ant-Man
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish
Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Michael Peña
  
Sinopse:
Depois de cumprir pena por furto, Scott Lang (Paul Rudd) finalmente ganha a liberdade. A vida fora da prisão porém não é fácil. Embora tenha um diploma de engenharia ele não consegue emprego justamente por causa de sua ficha suja. Sem alternativas e após ser demitido de uma lanchonete de fast food, Scott aceita a proposta de entrar na casa de um senhor rico que está de férias. Há um cofre no local e uma expectativa de que lá dentro exista muitas jóias e dinheiro. Após entrar na residência ele descobre para seu desapontamento que tudo o que existe dentro do tal cofre é uma velha roupa e um capacete bem estranho, algo que irá mudar sua vida para sempre, embora ele nem desconfie disso. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de melhor ator (Paul Rudd) e melhor atriz (Evangeline Lilly).

Comentários:
Filmes adaptados dos personagens da Marvel Comics andam rendendo milhões todos os anos. Para aproveitar a onda de sucesso o estúdio está até mesmo trazendo à tona produções enfocando personagens mais secundários desse universo. Um deles é justamente esse Homem-Formiga que poucos conhecem, apesar de ter sido criado já há bastante tempo, mais especificadamente em 1962 por Stan Lee e Jack Kirby. Inicialmente o esquisito super-herói era apenas um membro pouco importante dos Vingadores, mas agora muito provavelmente com o lançamento desse filme venha a surgir um interesse renovado em suas aventuras. Devo confessar que praticamente não o conhecia, nem suas origens e nem muito menos suas principais características. Assim quando resolvi conferir no cinema foi como se estivesse sendo apresentado pela primeira vez ao personagem. No geral gostei do filme, ele tem um roteiro bem bolado, um protagonista simpático, um vilão com ótimo design e doses certas de bom humor espalhadas em praticamente todas as cenas e sequências. Esse é o tipo de filme que me lembrou bastante "Blade", não por se tratar de personagens semelhantes, mas sim porque sendo um herói de segundo escalão se abrem maiores oportunidades de o explorar de forma mais livre, sem as amarras que perseguem personagens de quadrinhos mais famosos como o Homem de Ferro ou Batman.

Como poucos o conhecem as chances de trazer coisas novas, inovando, é bem maior. O grande nome do elenco é obviamente o veterano Michael Douglas. Ele interpreta o cientista Dr. Hank Pym que aliás foi o primeiro Homem-Formiga dos quadrinhos, o original criado por Stan Lee. Aqui ele está envelhecido e desiludido com os rumos das pesquisas que podem diminuir em milhares de vezes o tamanho de seres, entre eles o homem. Nas mãos erradas tal invenção poderia causar o caos dentro da sociedade. Por isso ele resolve escalar o ex-presidiário Scott Lang para voltar a usar seu antigo uniforme. Paul Rudd dá vida a Scott e pela primeira vez em sua carreira tem a chance de estrelar um blockbuster. Sua escalação revelou ser certeira pois com o seu passado de comediante, Rudd acabou se saindo muito bem nas cenas mais engraçadas, com feeling de comédia. A direção foi entregue a Peyton Reed, especializado em comédias românticas. Embora nunca tivesse dirigido um filme de super-herói antes ele acabou também se saindo muito bem, trazendo uma bem-vinda leveza ao filme que o tornou ainda mais agradável. Então é isso, "Ant-Man" é divertido, simpático e bem humorado. Para um domingão no cinema com muita pipoca não poderia haver nada mais adequado. Assista sem receios e boa diversão.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Corações de Ferro

Título no Brasil: Corações de Ferro
Título Original: Fury
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Ayer
Roteiro: David Ayer
Elenco: Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Michael Peña, Jim Parrack, Scott Eastwood
  
Sinopse:
Em abril de 1945 as forças aliadas começam a grande invasão da Alemanha, já nos últimos meses da II Guerra Mundial. Ao entrarem dentro do país inimigo os soldados americanos liderados pelo sargento Don 'Wardaddy' Collier (Brad Pitt) descobrem que estão prestes a enfrentar o maior desafio de suas vidas naquela guerra que parece não ter fim. Filme indicado aos prêmios da Screen Actors Guild Awards e Broadcast Film Critics Association Awards.

Comentários:
Um filmaço! Simples assim... Fazia bastante tempo que Hollywood não explorava tão bem a Segunda Guerra Mundial. O gênero dos filmes de guerra foi muito popular no passado, mas ultimamente estava em segundo plano. Para falar a verdade poucos e pontuais filmes foram realizados nos últimos tempos. Pois bem, aqui está uma produção classe A, com roteiro excelente e personagens marcantes. O roteiro foca bastante na conturbada relação entre o comandante durão interpretado por Pitt, um sujeito que precisa ser forte o suficiente para comandar seus homens e um novato, o jovem soldado Norman Ellison (Logan Lerman), que por ser jovem demais não tem o preparo psicológico e físico para enfrentar tamanho desafio. O clima em geral é de desolação, destruição completa. Os prédios estão em chamas e a população civil vaga em busca de alimentos. Os traidores estão penduradas em postes, com placas no pescoço relatando seus crimes contra o Estado nazista. Brad Pitt lidera esse pequeno grupo de homens que luta dentro de um tanque americano "carinhosamente" chamado de "Fury". E é justamente usando de muita fúria e bravura que eles tentarão sobreviver a um dos conflitos mais brutais e sangrentos da história. 

Em seus últimos dias a Alemanha de Hitler definhava e agonizava. Sem homens para lutar o führer, completamente desesperado, começou a alistar crianças e jovens sem qualquer experiência de combate. Quando os aliados adentraram as fronteiras alemãs eles acabaram encontrando não apenas cidades destruídas, mas também o coração de um povo em chamas. Há várias sequências fantásticas porém destaco duas em especial. Na primeira o pequeno grupo de tanques sob comando de Brad Pitt enfrenta um poderoso tanque alemão Tiger, um verdadeiro monstro da guerra! A verdade é que os armamentos alemães eram de certa forma bem mais resistentes e poderosos do que os americanos. O que fez a Alemanha perder a guerra foi em última análise a falta de poderio industrial para repor as perdas do campo de combate. Esse confronto mostrado no filme entre as forças de infantaria é desde já uma das melhores do cinema. Em outro momento marcante o tanque Fury fica avariado numa encruzilhada enquanto um pelotão inteiro de fanáticos soldados SS se aproxima! Ótima sequência que vem para fechar em grande estilo esse ótimo war movie. Assim não resta mais o que dizer. "Fury" é de fato um dos melhores filmes do ano, sem favor algum.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Leões e Cordeiros

Através de três estórias paralelas o espectador é convidado a refletir sobre a intervenção militar americana no Oriente Médio. Na primeira linha narrativa acompanhamos as tentativas da jornalista Janine Roth (Meryl Streep) em entrevistar o jovem senador Jasper Irving (Tom Cruise), um defensor da política externa dos Estados Unidos. Com todos os argumentos errados ele demonstra, mesmo que de forma indireta, o equivoco daquela guerra sem sentido. Na segunda linha narrativa somos apresentados ao professor universitário Stephen Malley (Robert Redford) que tenta, através de sólida argumentação, convencer seus alunos do erro do envolvimento americano naquele país. Para piorar o veterano mestre ainda tem que lidar com os medos e anseios de seu aluno Todd (Andrew Garfield) que totalmente desmotivado com a vida acadêmica pensa em ir para o exército. Por fim o espectador é levado até o front, onde dois soldados americanos, Ernest (Michael Peña) e Arian (Derek Luke), tentam sobreviver ao fogo cerrado do combate.

Após romper definitivamente com a Paramount por causa de atritos ocorridos durante “Missão Impossível 3” Tom Cruise se lançou como ator independente. Um de seus primeiros projetos nessa nova fase de sua carreira foi esse bom drama dirigido por Robert Redford. O filme segue o estilo mosaico, várias estórias paralelas são contadas para no final se revelar as conexões que as unem. No filme Tom Cruise interpreta um astuto político em Washington. Ao lado de Meryl Streep e Robert Redford o ator fica um pouco ofuscado mas consegue disponibilizar uma boa atuação. O roteiro do filme é muito bem trabalhado, apoiado quase que exclusivamente em tornos de diálogos extremamente bem escritos e inteligentes. A proposta do filme não é tanto dar respostas mas sim fazer perguntas pertinentes. Longe de soluções fáceis o filme “Leões e Cordeiros” é no fundo um estudo sobre tudo o que aconteceu depois de 11 de setembro. Todos os efeitos danosos e sem sentido que ocorreram com os Estados Unidos depois daqueles ataques. O filme foi lançado discretamente e teve mais repercussão apenas entre um público bem mais seleto, intelectualizado. De qualquer modo se você estiver em busca de uma produção que discuta o  intervencionismo militar americano nos países do Oriente Médio de forma muito inteligente e com conteúdo esse é certamente o filme mais indicado.

Leões e Cordeiros (Lions for Lambs, Estados Unidos, 2007) Direção: Robert Redford / Roteiro: Matthew Michael Carnahan / Elenco: Robert Redford, Meryl Streep, Tom Cruise, Michael Peña, Peter Berg, Derek Luke, Andrew Garfield / Sinopse: Três linhas narrativas, uma passada no front de guerra, outra nos gabinetes políticos do senado americano e a última no meio acadêmico, tentam decifrar os mecanismos que levaram os Estados Unidos para a guerra no Oriente Médio.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Marcados Para Morrer

O filme acompanha a rotina do dia a dia de dois policiais pelas ruas de Los Angeles. A câmera é nervosa, subjetiva em certos momentos e a produção segue o estilo Mockumentary (ou "falso documentário", que anda muito em voga em produções de terror mas que agora invade outros gêneros como esse policial). Com a desculpa de que está filmando sua rotina o tira Brian Taylor (Jake Gyllenhaal) sai registrando tudo, desde ocorrências das mais banais até operações de combate ao tráfico de drogas. São policiais de patrulha que atendem às chamadas mais urgentes da população em geral. Assim em um mesmo dia eles atendem de tudo, das situações mais rotineiras até as mais terríveis. As ruas de Los Angeles demonstram bem o retrato dos Estados Unidos hoje: muita miséria, muita pobreza e ruas infestadas de gangues rivais. Aqui no caso temos a luta de dois grupos, o primeiro formado por negros que se ressentem do avanço de grupos formados por latinos, mexicanos em especial. A luta pelo controle das ruas é a parte mais visível pela briga entre cartéis de drogas pelo controle do comércio de drogas. Esse é o melhor aspecto de "Marcados Para Morrer", sua visão mais realista, mostrando sem receios o caos em que vivem as pessoas nas grandes cidades daquele país. 

Agora, tirando isso o filme também tem problemas. O principal deles é o comportamento pouco adequado dos dois policiais. Eles são desbocados, falam um palavrão atrás do outro e se envolvem em brigas mano a mano com negros do gueto apenas por diversão pessoal. Também são retratados de forma nada usual, como adolescentes tardios, contando piadas pejorativas e aplicando "pegadinhas" em colegas de farda. Além dos tiras os vilões também são extremamente cartunescos. A gangue dos latinos é o maior exemplo. As mulheres são retratadas como vagabundas absolutas e o homens como loucos homicidas que saem atirando a esmo com armas possantes. Essa falta de seriedade causa admiração, uma vez que o filme foi dirigido pelo bom David Ayer (de "Dia de Treinamento"). Por essas razões recomendo mais a ótima série "Southland" que tem temática muito parecida mas com um ponto de vista mais equilibrado e adulto. De qualquer modo "Marcados Para Morrer" não chega a ser ruim. De fato posso até dizer que é um bom thriller policial, meio bobo às vezes, é verdade, mas eficiente. Muitos dos diálogos que vemos em cena são improvisações dos atores Jake Gyllenhaal e Michael Peña, mostrando que ambos estavam bem entrosados em seus personagens. Em suma, um policial mockumentary com altos e baixos que consegue ser um bom passatempo, apesar de tudo.

Marcados Para Morrer  (End of Watch, Estados Unidos, 2012) Direção: David Ayer / Roteiro: David Ayer / Elenco:  Jake Gyllenhaal, Michael Peña, Cody Horn, America Ferrera, Frank Grillo / Sinopse: Dois tiras de rua de Los Angeles vivem situaações aflitivas em sua rotina de trabalho. Quando não estão atendendo chamadas rotineiras estão combatendo o tráfico de drogas na cidade. Disputando o poder na região duas gangues fortemente armadas lutam entre si, uma formada por imigrantes latinos e outro por negros americanos. Nesse cenário as ruas viram campos de batalha.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de setembro de 2012

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

O planeta terra é invadido por uma misteriosa civilização de alienígenas. Para combater a invasão tropas militares norte-americanas vão a campo enfrentar o inimigo. Lida assim a sinopse parece que estamos falando de "Independence Day" não é mesmo? Apenas parece pois aqui o filme é outro, "Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles". Alguma novidade? Praticamente nenhuma. O filme tem todos os clichês possíveis e imagináveis que você possa lembrar. Só para citar exemplos lá estão o sargento durão, prestes a se aposentar, o tenente hesitante e inseguro (incrível mas todo filme de guerra americano tem um tenente que não sabe direito como comandar suas tropas), os soldados buchas de canhão (que só estão lá para morrerem, sendo que geralmente negros e latinos morrem primeiro) e por fim crianças bonitinhas e inocentes, de cabelinhos encaracolados no meio do fogo cruzado (para sensibilizar alguma mulher que tenha entrado na sessão por engano). Ah, tem também todos aqueles diálogos que você já viu mais de uma dezena de vezes, bem ao estilo "Fuzileiros não choram"!

Todo filme de guerra clichezado tem que ter vilões bacanas (tipo os nazistas malvados). O problema é que em Batalha de Los Angeles os vilões são uns ETs moluscos com armadura de metal que emitem sons bizarros que em alguns momentos lembram flatulências bem humanas. O roteiro é estilo MOW (Monster of Week) e nada de muito interessante acontece. A missão inicial do grupo de marines é sem graça e depois tudo vai acontecendo meio que ao acaso, de forma dispersa. Tem até um ònibus ao estilo "Velocidade Máxima"! Os atores em geral são fracos, inclusive Michele Rodriguez que de tanto fazer papel de mulher machona virou ícone das lésbicas. Os ETs continuam a invadir nosso planeta mas agora sem charme ou novidade. Eles estão tentando isso desde a década de 50 com todos aqueles filmes que hoje em dia possuem um charme todo especial, coisa que falta muito a esse prato requentado. Em síntese, filme fraco, derivativo e decepcionante. Não perca seu tempo.

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Battle Los Angeles, Estados Unidos, 2011) Direção: Jonathan Liebesman / Roteiro: Christopher Bertolini / Elenco: Michelle Rodriguez, Bridget Moynahan, Aaron Eckhart, Jim Parrack, Lucas Till, Michael Peña, Joey King, Susie Abromeit, Ramon Rodriguez, Taylor Handley, Ne-Yo, Cory Hardrict,Nick Jonas / Sinopse: ETs invadem o planeta terra mas são combatidos por bravos soldados americanos pelas ruas de uma Los Angeles em ruínas.

Pablo Aluísio.