sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você

Título no Brasil: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você 
Título Original: Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você 
Ano de Lançamento: 2022
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: Rio Filme
Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Roteiro: Roberto de Oliveira, Jom Tob Azulay
Elenco: Elis Reina, Tom Jobim, César Camargo Mariano

Sinopse:
Documentário sobre a gravação de um dos álbuns mais importantes da história da Música Popular Brasileira (MPB), quando a cantora Elis Regina se uniu ao maestro e compositor Tom Jobim para a gravação desse disco que se tornaria um dos mais célebres e elogiados da nossa música.  

Comentários:
Esse documentário é muito bom. Resgataram algumas imagens raras da gravação desse disco que foi realizada nos Estados Unidos. São imagens, em sua maioria, filmadas por Super-8, que muitos pensavam estar perdidas para sempre. Só que as acharam e isso se tornou a base desse resgate histórico musical. Um dos fatos mais curiosos desse filme é que ele mostra que no começo Elis Regina queria apenas gravar algumas poucas músicas com Tom Jobim para aquele que seria seu novo disco. Ele faria apenas uma participação especial. Só que Tom era um tipo de profissional perfeccionista, que queria o controle de tudo, então não demorou muito para ele assumir todo o controle do novo disco. Quem acabou virando a participação especial foi a Elis! Enfim, entre problemas ocorridos na gravação, por causa desse estilo controlador do Tom, até algumas dificuldades adicionais por causa da personalidade da Elis, o que resultou de tudo isso foi sem dúvida um disco simplesmente magistral da MPB. E esse filme é sem dúvida o definitivo sobre toda essa história. 

Pablo Aluísio.

Roberto Carlos - Roberto Carlos (1974)

Esse era o único disco de Roberto Carlos que havia em minha casa paterna, o que não deixa de ser curioso pois sempre gostamos muito de música. Assim o Rei deveria ter tido mais representatividade em nossa discoteca familiar. Só que não aconteceu. De qualquer forma os discos do Roberto Carlos sempre tinham uma ou duas faixas que faziam sucesso absurdo nas rádios e todos acabavam conhecendo seu repertório, não havia para onde fugir, era um cantor presente na vida de todos os brasileiros, quer você gostasse dele ou não! O Roberto Carlos era realmente um cantor de música popular, que atingia em cheio o povão brasileiro. 

E nesse álbum em particular a faixa "O Portão" se tornou extremamente popular. É uma daquelas músicas do Roberto que nunca saíram da programação das rádios, até os dias de hoje. Duvida? Ligue em alguma estação AM que garanto que mais cedo ou mais tarde ela vai tocar, seja qual for o dia da semana. Infelizmente, o Roberto Carlos ou a gravador CBS, não dava nome aos seus LPs. Assim a única foram de identificar todos eles era pelo ano de lançamento. De qualquer maneira deixo a dica desse álbum do cantor. Muito bom, bonito e repleto de músicas românticas. 

Roberto Carlos - Roberto Carlos (1974)
Despedida
Quero Ver Você De Perto
O Portão
Ternura Antiga
Você
É Preciso Saber Viver
Eu Quero Apenas
Jogo De Damas
Resumo
Deusa Da Minha Rua
A Estação
Eu Me Recordo (Yo Te Recuerdo)

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Jornada para o Inferno

Título no Brasil: Jornada para o Inferno
Título Original: Butcher's Crossing
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Saban Films
Direção: Gabe Polsky
Roteiro: Gabe Polsky
Elenco: Nicolas Cage, Fred Hechinger, Jeremy Bobb

Sinopse: 
No século XIX um jovem decide abandonar a prestigiada universidade de Harvard. Ele vai parar no oeste selvagem e se alia a um veterano caçador de peles de búfalo. O plano seria subir a montanha para ir numa região isolada, onde um grande rebanho de búfalos está pronto para ser caçado. Uma verdadeira fortuna em peles. 

Comentários:
Mais uma boa notícia para quem gosta do trabalho do ator Nicolas Cage. Aqui está mais um bom filme da recente safra de bons filmes desse ator que sempre foi muito querido no Brasil. E quando elogio esse filme não estou fazendo favor a ninguém. O filme é realmente bom! Um western com aquele estilo dos velhos faroestes. Há todo um público que adora esse tipo de filme nos dias atuais, então o filme é mais do que bem-vindo. Cage, perfeito em sua caracterização, interpreta esse caçador de peles de búfalo. Careca, com barba cheia e uma mente obcecada pela fortuna, ele leva esse pequeno grupo de homens para regiões inóspitas. E essa caçada não será menos do que trágica. Por fim, para coroar um filme tão bom e interessante, o espectador é informado que as filmagens ocorreram em uma reserva nativa no coração dos Estados Unidos, onde vive um dos últimos rebanhos selvagens de búfalos da América. Nos tempos do velho oeste existiam milhões de cabeças desse animal, mas a caça foi tão intensa que hoje em dia existem alguns poucos milhares da espécie. Assim, com teor de conscientização ecológica, o filme desce as cortinas com a mensagem certa. Enfim, está mais do que recomendado para os cinéfilos. 

Pablo Aluísio.

A Praia

Título no Brasil: A Praia
Título Original: The Beach
Ano de Lançamento: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge, Alex Garland
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tilda Swinton, Daniel York

Sinopse:
Um jovem norte-americano, em férias pela Ásia, ouve falar de uma praia maravilhosa, realmente paradisíaca, ainda inexplorada por turistas. Instigado pela lenda ele decide fazer uma viagem até lá e realmente a encontra. Um lugar muito bonito, mas também perigoso, que colocará sua vida em risco. 

Comentários:
Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de Titanic, que havia se tornado o filme de maior bilheteria da história, o ator Leonardo DiCaprio poderia escolher qualquer filme, qualquer super produção de Hollywood naquela época. Só que para surpresa de todo mundo ele acabou optando por esse filme menor, sem grande expressividade. Não foi uma boa escolha. O filme realmente apresentava muitos problemas de roteiro e foi arrasado pela crítica em seu lançamento. Havia mesmo uma enorme pressão sobre o Leo e ao que tudo indica ele preferiu mesmo apostar em algo mais modesto. O filme até que não é tão ruim como os críticos falaram, mas temos que reconhecer que de fato é bem esquecível e nada marcante. Tem uma história simples, que até se torna interessante em alguns momentos, mas no geral realmente se torna algo decepcionante para um ator que vinha de um sucesso tão grandioso como Titanic. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Conquista Sangrenta

Título no Brasil: Conquista Sangrenta 
Título Original: Flesh+Blood
Ano de Lançamento: 1985
País: Holanda
Estúdio: Riverside Films
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Paul Verhoeven
Elenco: Rutger Hauer, Jennifer Jason Leigh, Tom Burlinson, Jack Thompson, Susan Tyrrell, Fernando Hilbeck

Sinopse:
Um grupo de mercenários ajuda um velho nobre militar a conquistar uma cidade. E não demora muito para que todos eles sejam traídos. Expulsos da localidade, eles ganham o campo, atuando como bandidos e ladrões. Ao encontrar uma velha estátua de um santo se sentem abençoados e começam a espalhar terror por onde passam, até que decidem invadir um bonito castelo que não está tão bem seguro como seus moradores pensam. 

Comentários:
Quando esse filme foi lançado houve quem dissesse que era o filma mais sujo, violento e cruel sobre a Idade Média já produzido. Eu não chegaria a tanto, mas tampouco nego que todas essas características estejam mesmo em cada cena. De certo modo temos aqui um roteiro sensacionalista que apela em diversos momentos. Por exemplo, não era necessária incluir uma cena de estupro coletivo com uma ainda bem jovem Jennifer Jason Leigh. Aquilo me soou bem gratuito. Outros aspectos aconteceram mesmo na era medieval, como a jogada por cima das muralhas de corpos infectados pela Peste Negra. E justamente por causa desses momentos tão sórdidos acredito que Hollywood acabou abrindo as portas para o diretor Paul Verhoeven. Ele de fato iria viver um momento de ascensão em sua carreira nos anos que viriam. De uma maneira ou outra, não podemos negar que, apesar de seus óbvios excessos, esse ainda é um bom filme. Até porque a Idade Média passou longe de ser aquele momento histórico colorido que alguns filmes do passado mostraram. Estava mais para a crueldade desse roteiro mesmo. 

Pablo Aluísio.

Conan, o Bárbaro

Título no Brasil: Conan, o Bárbaro
Título Original: Conan the Barbarian
Ano de Lançamento: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: John Milius
Roteiro: John Milius
Elenco: Arnold Schwarzenegger, James Earl Jones, Max von Sydow

Sinopse:
Quando criança, Conan (Arnold Schwarzenegger) viu seus pais serem mortos por uma horda de violentos guerreiros. Levado como escravo ele consegue sobreviver e agora, adulto e com enorme força, está pronto para vingar a morte deles e enfrentar um estranho culto que venera justamente o assassino de seus pais no passado. 

Comentários:
Depois de muitos anos revi esse clássico do cinema brucutu dos anos 80. Olha, o filme sobreviveu bem ao tempo. O diretor John Milius tinha fama de doido entre os produtores de Hollywood, mas sabia muito bem o que estava fazendo. Ele fez um filme sem excessos, sem exageros, na medida certa para o personagem dos quadrinhos e da literatura pulp dos anos 30. Sabia que Arnold Schwarzenegger não era um ator, mas uma montanha de músculos, então deu a ele o mínimo de diálogos para falar em cena. E como o austríaco estava no auge de sua forma física na época, ele realmente não precisava atuar em nada, apenas mostrar seu físico de brutamontes. Até os vilões são bacanas. James Earl Jones e Max von Sydow estão no filme para lhe dar prestígio, o que funcionou muito bem. Enfim, é o filme definitivo desse personagem. Nada melhor do que isso foi feito antes ou depois sobre esse bárbaro selvagem. 
 
Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Scaramouche

Título no Brasil: Scaramouche
Título Original: Scaramouche
Ano de Lançamento: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: George Sidney
Roteiro: Ronald Millar, George Froeschel
Elenco: Stewart Granger, Janet Leigh, Mel Ferrer, Eleanor Parker, Henry Wilcoxon, Richard Anderson

Sinopse:
Na véspera da chegada da Revolução Francesa, um nobre de baixa linhagem tenta se vingar da morte de seu irmão, um rapaz na flor da idade que foi morto por um Marquês sórdido. Para conseguir realizar seus planos, ele se camufla como Scaramouche, um personagem mascarado de teatro, um tipo bufão que se torna o disfarce ideal de seus objetivos de vingança e justiça pessoal. 

Comentários:
Filme muito bem produzido! Chegou a me impressionar o capricho nos figurinos, cenários, reconstituição de época, etc. Nesse aspecto o filme realmente impressiona ao espectador mais criterioso. Agora, o Scaramouche nunca chegou a emplacar muito bem no cinema. Ele tinha vários elementos presentes em outro personagem famoso da época, o Zorro. Só que jamais chegou perto do sucesso do justiceiro mascarado. Penso que a próprio figura do Scaramouche atrapalhava nesse aspecto, afinal ele era um bufão de peças teatrais ao estilo Burlesco, naqueles tempos pré-revolucionários. Não tinha nem o visual e nem o espírito certo para atrair um público mais moderno e mais jovem. Ainda assim devemos elogiar as cenas ricamente coreografadas de lutas de espada e o bom desempenho do ator Stewart Granger. Ele era conhecido como o "Grande Caçador Branco" e tinha o mesmo agente do Rock Hudson. Só que não era apenas um galã, como tantos outros. Como esse filme bem prova, era também um bom ator e tinha também talento para o humor, mesmo que refinado. Enfim, é isso. Para quem aprecia filmes antigos de capa e espada, Scaramouche ainda é uma boa pedida. Um dos melhores já feitos em Hollywood na sua era de ouro. 

Pablo Aluísio.

A Árvore da Vida

Título no Brasil: A Árvore da Vida 
Título Original: Raintree County
Ano de Lançamento: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Edward Dmytryk
Roteiro: Millard Kaufman, Ross Lockridge Jr
Elenco: Elizabeth Taylor, Montgomery Clift, Eva Marie Saint, Rod Taylor, Lee Marvin, Agnes Moorehead

Sinopse:
Um jovem nortista se apaixona e se casa com uma garota do Sul. Ela tem segredos em seu passado, como a morte misteriosa de toda a sua família em um grande incêndio nunca devidamente explicado. E com a chegada da guerra civil, que colocou como inimigos o Norte e o Sul dos Estados Unidos, a situação fica ainda mais delicada entre o casal que se ama, mas que nunca conseguiu ser realmente feliz. 

Comentários:
Esse filme tenta seguir os passos do grande clássico "E O Vento Levou", mas não consegue chegar em seu objetivo.  Enquanto o original era grandioso e épico, esse só consegue ser um tanto indeciso, pois passeia em vários estilos cinematográficos tentando se encontrar, mas nunca chegando a um bom termo. Nas cenas românticas nunca decola. Na cenas de campo de batalha nunca impressiona. E nos momentos em que tenta fazer humor (como na corrida no meio da cidade) a coisa toda fica sem graça. É um filme longo e em muitos momentos cansativo. Nem o elenco está muito bem. Montgomery Clift nunca funcionou muito bem em papéis meramente românticos e Elizabeth Taylor era muito jovem para dar a profundidade psicológica que sua personagem exigia. Isso fica bem claro nos momentos em que ela perde a razão, caindo nas raias da loucura. Assim temos um filme grande, mas que nunca consegue mesmo se tornar um grande filme. Uma pena pelos nomes envolvidos, pois particularmente sempre fui fã de todos eles. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O Sol por Testemunha

Título no Brasil: O Sol por Testemunha 
Título Original: Plein soleil
Ano de Lançamento: 1960
País: França
Estúdio: Robert et Raymond Hakim
Direção: René Clément
Roteiro: Patricia Highsmith, René Clément
Elenco: Alain Delon, Maurice Ronet, Marie Laforêt, Romy Schneider, Erno Crisa, Frank Latimore

Sinopse:
Tom Ripley (Delon) vai até a Itália com o objetivo de trazer de volta à França um jovem aspirante à pintor, filho de família rica, que está há anos viajando pelo velho continente. Na presença dele, o pobre Ripley começa a invejar e cobiçar sua riqueza, o que dará origem a um terrível crime que ele vai tentar esconder a todo custo. 

Comentários:
Como se pode perceber com a existência desse filme clássico do cinema europeu, não é de hoje que se produzem adaptações de Ripley para o cinema. Nos anos 90 tivemos "O Talentoso Ripley" e mais recentemente a ótima minissérie "Ripley" da Netflix que considero a melhor adaptação. Só que voltemos a esse filme. Estrelado pelo maior astro francês da época, Alain Delon, esse filme fez sucesso, inclusive nos Estados Unidos e também no Brasil. Muita gente ficou chocada com o personagem de Delon, pois era basicamente um assassino golpista, só que realmente esqueceram que esse astro francês tinha mesmo uma atuação especializada também nesses tipos marginais. Basta assistir a esse filme para bem comprovar isso. No quadro geral é um bom filme, com pequenas ressalvas. O ritmo do cinema europeu é bem diferenciado, por isso o público acostumado com o estilo do cinema americano vai estranhar um pouco. Também há pulos e saltos na história. E Houve sem dúvida um receio no final de mostrar Ripley triunfando, o que mostrou um certo medo dos realizadores com as críticas e a reação do público. Apesar disso, minha avaliação do filme sem dúvida é positiva! Recomendo para quem nunca assistiu. 

Pablo Aluísio.

O Visitante Noturno

Título no Brasil: O Visitante Noturno
Título Original: The Night Visitor
Ano de Lançamento: 1971
País: Suécia
Estúdio: Hemisphere Pictures
Direção: Laslo Benedek
Roteiro: Guy Elmes, Samuel Roeca
Elenco: Max von Sydow, Trevor Howard, Liv Ullmann

Sinopse:
Depois de ser acusado injustamente de um assassinato que ele não cometeu, um homem é enviado para um manicômio judiciário. De uma maneira ou outra, ele consegue arranjar uma forma de fugir do lugar durante as madrugadas para se vingar de todos os culpados de seu condenação. 

Comentários:
Foi bem interessante assistir a um filme onde um jovem Max von Sydow interpretava um sujeito bem atlético, que conseguia escalar altos muros, subir em árvores altas, tudo com o objetivo de buscar vingança contra pessoas (e familiares) que o tinham enviado para uma espécie de hospício para criminosos. O jogo consistia em fugir nas madrugadas para acertar contas, voltando para o manicômio pela manhã sem ser visto. Um filme acima de tudo curioso, embora muitas vezes soe pouco plausível por causa das fugas mirabolantes do protagonista. Fica complicado aceitar que as autoridades seriam tão incompetentes a ponto de não perceberem o que estaria acontecendo. Ainda assim vale assistir, principalmente, como já frisei, pela atuação física e atlética do Max von Sydow. Vai ser uma surpresa e tanto para quem apenas o conhecia já idoso, interpretando personagens da terceira idade no cinema americano. 

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de novembro de 2024

Marilyn Monroe

Marilyn Monroe 
Estamos lançando o segundo livro de Cinema Clássico de nossos blogs. O primeiro trazia a filmografia e a vida do ator Marlon Brando. Agora trazemos um livro com 190 páginas com todos os filmes comentados da atriz Marilyn Monroe. Além de textos sobre sua vida, curiosidades, fatos interessantes, etc. Um ótimo presente de Natal nesse fim de ano para aquele seu amigo cinéfilo ou sua namorada que esteja interessada nessa grande Deusa da Sétima arte! Segue abaixo um resumo desse novo livro de Marilyn, inclusive com os links para adquirir a edição nos principais sites de vendas de livros na internet. 

Nesse livro você encontrará uma grande quantidade de informações sobre a atriz Marilyn Monroe. A filmografia completa dessa grande estrela do cinema está comentada filme a filme. Dados pessoais de sua vida pessoal, seus casamentos conturbados, além de crônicas e textos sobre ela. Como adicional ainda encontrará uma seleção dos melhores livros, filmes e discos dessa inesquecível estrela de Hollywood. Para comprar o Livro da Marilyn click nos links abaixo:




Pablo Aluísio. 

sábado, 16 de novembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 3

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 3
Em 1964 enquanto Elvis estava gravando músicas para trilhas sonoras como essa, a Beatlemania tomava conta dos Estados Unidos. O único artista grande o suficiente para enfrentar essa invasão britânica era o próprio Elvis Presley. Só que preso em contratos draconianos com os estúdios e as companhias cinematográficas, ele na verdade nada poderia fazer. Não tinha mesmo material de qualidade para enfrentar o furacão Beatles que devastava toda a América (e o mundo!). 

Então para o fã de Elvis daquela época só sobrava ir nas lojas de discos para comprar um exemplar dessa trilha sonora para ouvir em casa. Um fato digno de nota é que não há grandes hits nesse álbum. Nenhuma das músicas tocou nas rádios com consistência e nem se destacou nas paradas. Embora o disco tenha até vendido bem, realmente não trazia material relevante para Elvis naquele momento crucial de sua carreira. E quando isso acontece, já sabemos bem, o próprio artista deixa de ser relevante! 

O Lado A da trilha sonora fechava com duas canções pop. Duas músicas que eu até simpatizo de certa maneira, mas que ficavam muito distantes daquele Elvis roqueiro que revolucionou o mundo da música nos anos 50. "Catchin' On Fast" até tinha bom ritmo e poderia até mesmo ser trabalhada pela RCA nas rádios, mas a gravadora parecia muito preguiçosa nesse aspecto. Como praticamente tudo que Elvis lançava trazia lucro, eles nem mais se esforçavam em divulgar melhor o material. 

Eu gosto de "Tender Feeling". Essa balada era uma amostra que Elvis estava muito bem nos vocais, ainda mais em músicas românticas. É uma bela canção que se tivesse sido lançada alguns anos antes iria se destacar nas paradas musicais. Apesar de todos os problemas Elvis nunca perdeu seu talento para esse tipo de canção, essa era a verdade. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 3

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 3
Há duas músicas de Carl Perkins nesse disco dos Beatles. "Honey Don't" é a primeira. Esse country music foi escolhido a dedo por John Lennon para ser a faixa que Ringo Starr cantaria no álbum. Como se sabe os Beatles sempre deixavam uma música para Ringo cantar nos discos oficiais do grupo. Era uma maneira de valorizar o baterista, fazendo com que ele ganhasse auto confiança em si mesmo. E o timbre de Ringo era muito adequado para esse tipo de sonoridade. Nos primeiros discos dos Beatles sempre que surgia um country no estúdio, todo mundo já sabia, essa faixa seria gravada pelo Ringo.

"Everybody's Trying to Be My Baby" foi a outra composição de Carl Perkins que os Beatles escolheram para fazer parte do disco. Carl Perkins era um artista da Sun Records, a mesma gravadora de Memphis que havia descoberto Elvis Presley e Johnny Cash, entre outros tantos pioneiros da primeira fase do rock americano. Os Beatles eram fãs dessa geração de artistas. 

Na época era bem complicado achar um disco de Perkins na Inglaterra, mas eles conheciam suas músicas, principalmente por causa do rádio. O fato de Liverpool ser um dos portos mais movimentados da Inglaterra também ajudava aos rapazes. Havia sempre algum marinheiro disposto a vender cópias de discos para eles. E assim os Beatles foram conhecendo a nata da música dos Estados Unidos.  

"Kansas City / Hey-Hey-Hey-Hey!" era outro cover do rock americano. Essa foi composta pela excelente dupla Leiber e Stoller, que escreveram alguns dos maiores sucessos da carreira de Elvis Presley. É interessante que a ideia do medley surgiu quando os Beatles estavam em turnê nos Estados Unidos. Eles iriam tocar na cidade de Kansas City e improvisaram esse número para homenagear o público dessa cidade americana. A coisa deu tanto certo, teve tão boa receptividade, que John e Paul decidiram fazer uma versão de estúdio. Ficou, como era de esperar, realmente excelente.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Garganta do Diabo

Título no Brasil: Garganta do Diabo 
Título Original: Cold Creek Manor
Ano de Lançamento: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Richard Jefferies
Elenco: Dennis Quaid, Sharon Stone, Stephen Dorff, Juliette Lewis, Christopher Plummer, Kristen Stewart

Sinopse:
Uma família de Nova Iorque, cansada da rotina massacrante da cidade grande, decide comprar uma propriedade no interior. Uma bela casa, com preço bem abaixo de seu real valor de mercado. O problema é que um sujeito que mora na região cresceu ali com sua família. A casa foi perdida para o banco, por dívidas. E ele é um daqueles psicóticos que não vão aceitar que novos moradores se mudem para aquela casa. 

Comentários:
Um filme com estilo daqueles ótimos thrillers de suspense que reinaram durante os anos 90. Assim poderia definir esse bom filme. Com elenco acima da média e uma boa história para contar, esse é aquele tipo de roteiro que nunca deixa o espectador tranquilo, pois há sempre um clima de tensão no ar. Mesmo a bela casa, a bonita família, a piscina no verão, nada consegue amenizar o clima geral. Ficamos com a impressão que algo muito terrível vai acontecer na próxima cena. E acredite nisso mesmo, pois vai acontecer. Só que não espere por exageros e nem cenas sangrentas, afinal esse é um filme da Touchstone, um estúdio que pertence ao império Disney. Sim, tem cenas de suspense e violência, mas nada que fuja do aceitável ou do normal. No fundo o filme também é uma crônica entre choques culturais, envolvendo pessoas cosmopolitas e caipiras sinistros do interior! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

O Crime do Padre Amaro

Título no Brasil: O Crime do Padre Amaro 
Título Original: El crimen del padre Amaro
Ano de Lançamento: 2002
País: Espanha, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tristar 
Direção: Carlos Carrera
Roteiro: Vicente Leñero
Elenco: Gael García Bernal, Ana Claudia Talancón

Sinopse:
Um jovem padre chega numa pequena cidade para começar a trabalhar. Logo chama a atenção das jovens do lugar pois é um rapaz jovem e bonito. E ele não demora muito a se relacionar às escondidas com uma adolescente. E as coisas ficam ainda mais complicadas quando a moça revela ao namorado de batina que está grávida dele! 

Comentários:
O escritor Eça de Queiroz nasceu, viveu e morreu em um dos países mais católicos do mundo, Portugal. Então ele certamente conhecia muito da hipocrisia dos religiosos. Sabia do que estava escrevendo. E essa história é uma pedra na janela da lalsa moralidade cristã. O protagonista é um padre... e também um canalha, um crápula, um hipócrita e acima de tudo um sujeito que não sente o menor remorso pelas coisas que faz. Tudo vale para não manchar sua carreira no clero! E o texto é tão bem escrito que você até mesmo simpatiza com ele no começo, para depois ver tudo desmoronar com suas atitudes infames! Imagine, um padre correr para uma clínica clandestina de aborto para esconder o fato de que engravidou uma adolescente! Poucas coisas seriam piores do que isso...  Assim a força da história original, do livro que deu origem a tudo, se mantém firme. É uma crônica sobre a hipocriria criminosa que reina em certos setores da religião. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Pacto de Redenção

Título no Brasil: Pacto de Redenção
Título Original: Knox Goes Away
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Brookstreet Pictures
Direção: Michael Keaton
Roteiro: Gregory Poirier
Elenco: Michael Keaton, Al Pacino, Ray McKinnon

Sinopse:
Um assassino profissional percebe que algo de errado está acontecendo com sua mente. Ele então procura ajuda médica e descobre que está sofrendo de uma terrível doença neurológica que o fará perder tudo em um curto espaço de tempo. E isso é um péssimo momento para ocorrer pois ele precisa ajudar o filho que matou um homem, além de acertar todos os elos que ainda o ligam ao mundo. 

Comentários:
Depois do sucesso de "Os Fantasmas Ainda Se Divertem" o ator Michael Keaton tem vivido um renascimento de sua carreira. Em Hollywood sempre foi assim. Um filme de sucesso dá possibilidade a um ator, mesmo que decadente, de fazer uns 3 ou 4 filmes para ver se o sucesso voltou realmente. E esse "Pacto de Redenção" vai nessa linha. Eu gostei do filme, o roteiro tem ideias mais do que interessantes, como a de ter um protagonista prestes a perder tudo por causa de uma doença neurológica semelhante ao Mal de Alzheimer. Em pouco tempo ele vai esquecer as pessoas que conhece, a história de sua vida, a capacidade de pensar e interagir com o mundo ao seu redor! Ele tem pouco tempo e muito a perder. Já sofrendo dos primeiros efeitos da doença ele tenta escapar, ao mesmo tempo que tenta salvar o filho da prisão, o mesmo que ele teve uma péssima relação por anos. Por causa da situação do personagem principal esse filme também tem um toque de tristeza e solidão. Poucas doenças são tão terríveis como essa. Ao perder sua capacidade cognitiva e de memória, o assassino de Keaton não se torna apenas um personagem banal de filmes desse estilo, mas algo mais, alguém que está afundando na escuridão de sua própria mente. Ele é a personificação da figura trágica na beira do abismo. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Ligação Sombria

Título no Brasil: Ligação Sombria
Título Original: Sympathy for the Devil
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Hammerstone Studios
Direção: Yuval Adler
Roteiro: Luke Paradise
Elenco: Nicolas Cage, Joel Kinnaman, Alexis Zollicoffer

Sinopse:
Indo para o hospital para acompanhar a esposa no trabalho de parto, um homem comum é surpreendido quando um estranho entra em seu carro, pela porta de trás. Portando uma arma de fogo, ele diz ao surpreso motorista que ele deve dirigir, pegar a estrada e seguir em frente. O que de fato estaria acontecendo?

Comentários:
Nos últimos anos o ator Nicolas Cage realmente tem feito muitos filmes ruins. Porém tenho percebido uma melhora na qualidade de seus filmes mais recentemente. Ainda não são filmes excelentes e nem relevantes, mas a situação tem melhorado como um todo. Esse aqui, por exemplo, é bem satisfatório. Além da boa história que conta, se parecendo bastante com o tipo de thriller que era bem comum nos anos 90, ainda traz um parceiro de cena para Cage que vale a pena. O ator Joel Kinnaman é um dos melhores profissionais de atuação que surgiu nesses últimos anos em Hollywood. Com ele em cena, o Cage até mesmo melhorou atuando! É a diferença que faz atuar com um bom ator nas cenas de um filme. Então o saldo final é inegavelmente positivo. Com duração na medida certa e bom roteiro, esse pode ser considerado um salto de qualidade na irregular filmografia do Cage. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Zona de Risco

Título no Brasil: Zona de Risco
Título Original: Land of Bad
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Volition Media Partners
Direção: William Eubank
Roteiro: William Eubank, David Frigerio
Elenco: Russell Crowe, Liam Hemsworth, Luke Hemsworth

Sinopse:
Um esquadrão de miliares do grupo de operações especiais do exército dos Estados Unidos é enviado para um país distante para resgatar um agente da CIA que foi feito refém por terroristas islâmicos. Uma operação de alto risco, monitorada por um oficial em base militar. E logo as coisas saem do controle. 

Comentários:
Um bom filme da recente safra da filmografia do ator Russell Crowe. Ele certamente não tem mais idade e nem forma física para interpretar um dos soldados no campo dessa missão sigilosa e perigosa. Mas se sai muito bem como o militar que fica na base monitorando e orientando a operação, pilotando um drone de combate e espionagem. Mesmo gordo a ponto de não conseguir fechar sua farda, Russell Crowe tem um bom papel e se se sai  muito bem. Seu personagem fica indignado com a negligência que impera dentro da base. Enquanto ele e uma assistente ficam focados na operação, os outros militares da base ficam assistindo jogos pela TV. Aquele tipo de militar que não serve pra nada, um tipo muito em voga, inclusive em nosso país. Enfim, com doses certas de ação e bom desenvolvimento de todos os personagens, esse é um dos bons recentes filmes do veterano Russell Crowe.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de novembro de 2024

Divertida Mente 2

Título no Brasil: Divertida Mente 2
Título Original: Inside Out 2
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Pixar
Direção: Kelsey Mann
Roteiro: Meg LeFauve; Dave Holstein
Elenco: Amy Poehler, Maya Hawke, Kensington Tallman

Sinopse:
A garota Riley chega na adolescência. Uma fase muito complicada na vida de qualquer pessoa. Ela precisa enfrentar os novos desafios, como ir para um novo colégio, tentar entrar no time de hockey, fazer novas amizades e não deixar as amigas do passado para trás. Vai ser trabalho em dobro para todos os seus sentimentos, aqui mostrados como personagens cheios de atitude! 

Comentários:
Fez um enorme sucesso de bilheteria, faturando 1 bilhão e seiscentos milhões de dólares! Incrível mesmo, ainda mais se sabendo que o primeiro filme havia sido lançado já há algum tempo. Mais um grande êxito comercial envolvendo essa dobradinha da Pixar com a Disney. E vamos ser sinceros, o roteiro é muito redondinho e a história é muito original e bem bolada. Colocar os sentimentos humanos como personagens foi mesmo uma grande ideia! É uma daquelas animações que divertem não apenas as crianças, mas os adultos também, porque no fundo lida com sentimentos e momentos de superação. Além disso como o próprio título tão bem sugere, é um daqueles filmes divertidos, que nunca deixam a bola cair, onde está sempre acontecendo algo interessante. Então, diante disso tudo, a conclusão é uma só: mereceu todo o sucesso alcançado! 

Pablo Aluísio.

Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue

Título no Brasil: Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue
Título Original: Wonder Woman: Bloodlines
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Justin Copeland, Sam Liu
Roteiro: Drew Johnson, William Moulton Marston
Elenco: Rosario Dawson, Jeffrey Donovan, Marie Avgeropoulos

Sinopse:
A Mulher Maravilha entra em atrito com sua própria mãe e acaba deixando a sua ilha de origem, a das amazonas, para trás. Só que o Reino de sua mãe, a Rainha, é invadido por figuras mitológicas, como a Medusa. E então Diana precisa retornar para defender sua terra natal. 

Comentários:
De todas as personagens da DC Comics, a Mulher Maravilha segue sendo uma das mais populares, mesmo após décadas de sua criação. E com a valorização das mulheres ela ficou ainda mais empoderada e importante dentro da galeria da editora de quadrinhos. Essa animação é muito boa, tem uma história que prende a atenção e joga muito bem com esses seres mitológicos da antiguidade, entre elas a Medusa. Só uma cena me incomodou no final de tudo. É aquela em que a Mulher Maravilhsa provoca sua própria cegueira para enfrentar Medusa, que transforma todas as pessoas que olham para ela em pedra. Achei muito forte para uma animação que no fundo vai ser assistida por crianças. Então é bom os pais darem uma olhada antes de passar para os filhos. Fora isso, nada fora de rota. É de fato uma animação muito bem produzida. 

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de novembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 2

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 2
Quando esse filme foi anunciado pela MGM muitas pessoas em Hollywood acharam que viria coisa boa. Afinal o filme seria dirigido por Gene Nelson, que tinha grande prestígio dentro do mundo dos musicais. Ele era um cineasta prestigiado por causa de seus filmes do passado. O problema é que era um homem da velha escola que não gostava de Elvis! Ele, na verdade, odiava rock! E Elvis, como seu maior nome, não ganhava nenhuma simpatia por parte do diretor. O filme havia sido imposto pela MGM e Nelson teve que aceitar com medo de ser processado por quebra de contrato com o estúdio. 

Assim Gene Nelson passou a trabalhar como aqueles técnicos de futebol que odeiam o craque de seu próprio time! Fez o filme, cumpriu contrato, mas sem nenhum capricho, sem nenhum cuidado artístico com o que estava fazendo. Estava sempre mau humorado, mostrando toda a sua má vontade de estar ali no set de filmagens. Filmava tudo em única tomada. Não estava nem aí! Numa das cenas um dos casais de bailarinhos caiu por cima do outro, levando um tombo! Em qualquer produção B essa cena seria refeita, mas não por Nelson. Ele colocou a cena assim mesmo no filme. Agindo de forma nada profissional. 

A sorte para os ouvintes da trilha sonora é que isso tudo aconteceu depois que o disco havia sido gravado. Então Elvis estava dando o melhor de si nas músicas do álbum, sem ser contaminado por Gene Nelson. "There's Gold in the Mountains" era até bem relaxante. Outra faixa composta pelo trio Bernie Baum, Bill Giant e Florence Kaye. Eles inclusive fizeram praticamente quase todas as canções do disco. 

"One Boy, Two Little Girls" era uma boa baladinha romântica. Por essa época, não me perguntem a razão, as trilhas sonoras de Elvis tinham essa mania de colocar numerais em seus títulos. Já tinha acontecido antes com a trilha de "Girls, Girls, Girls". Enfim, uma faixa que mostrava que Elvis ainda estava bem afinado para esse tipo de música com sentimentos românticos juvenis. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 2

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 2
"Eight Days a Week" quase virou canção tema do filme "Help!". Ela foi intitulada originalmente de "Oito braços para lhe abraçar" que era uma tremenda apelação de marketing para fisgar as fãs adolescentes dos Beatles. Depois de algum tempo John Lennon começou a achar tudo aquilo brega demais (e obviamente era algo bem pegajoso e bregoso), por isso o título da música foi finalmente mudado. 

É interessante também notar que os Beatles estavam bem pressionados para completar um disco para as festas de final de ano, por isso eles encaixaram essa música nesse álgum. Inicialmente ela foi pensada para fazer parte de "Help!", mas os Beatles mudaram de opinião sobre isso. Assim ela foi finalmente escalada para o "For Sale". Fez bem, se encaixando perfeitamente no repertório desse disco.

"Words of Love" é um cover dos Beatles com a imortal balada romântica escrita por Buddy Holly. Paul McCartney sempre foi um fã de carteirinha desse pioneiro do rock americano, a tal ponto que anos depois iria comprar os direitos autorais de toda a obra de Buddy Holly, que morreu muito jovem em um acidente de avião. Nesse mesmo evento trágico morreram também Ritchie Valens (de La Bamba) e Big Bopper, outro roqueiro da época. Como forma de homenagem e referência os Beatles então decidiram gravar essa criação imortal de Holly. Ficou linda a gravação, simplesmente irretocável. Um dos grandes momentos do disco.

"Mr. Moonlight" é outro cover. Foi composta por Roy Lee Johnson. Era uma daquelas canções que ninguém esperava encontrar em um disco dos Beatles na época. A sonoridade lembra o som que era mais comum nas décadas de 1930 e 1940, tendo pouco ou nada a ver com a imagem e a sonoridade dos Beatles naquela época. Pode-se inclusive imaginar como as fãs adolescentes dos Beatles se sentiram a ouvir algo tão fora da rota quando compraram o disco. Na parte interna do álbum havia uma grande foto dos Beatles na frente de ídolos da era do cinema mudo americano. Pois bem, isso sim era algo que combinava com "Mr. Moonlight".

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Coringa: Delírio a Dois

Título no Brasil: Coringa: Delírio a Dois
Título Original: Joker: Folie à Deux
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Scott Silver, Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Lady Gaga, Brendan Gleeson

Sinopse:
Preso em um hospício para criminosos violentos, o infame asilo Arkham, o Coringa começa a ir para julgamento pela morte de cinco pessoas, inclusive de um apresentador sensacionalista de televisão. Só que ele está muito debilitado em sua saúde mental, tendo uma série de delírios em série. Nessa mente doentia não se consegue mais separar a realidade das alucinações que passa a sofrer. 

Comentários:
Esse filme sofreu uma série de críticas negativas desde que surgiu nos cinemas. A maioria do público também não gostou do que viu. Achei tudo isso muito injusto. O filme não é ruim, no meu ponto de vista. Pelo contrário, achei muito bom! O que as pessoas não entenderam é que tudo o que se vê na tela está sendo mostrado sob o ponto de vista subjetivo do personagem, do Coringa. Sua mente está deteriorada, claramente sofrendo de problemas de saúde mental. Por isso as coisas parecem meio surreais, sem nexo, sem racionalidade. Os números musicais entram nesse pacote de insanidade. Enquanto tenta sobreviver a um julgamento e a uma realidade terrível, preso em uma instituição psiquiátrica, a mente do Coringa vai tentando de alguma forma trazer algo feliz para seus pensamentos. Daí os números musicais, meros delírios de sua mente. O próprio termo delírio está no título do filme! Lamento que as pessoas não entenderam esse filme. Eu o considero muito bom mesmo, acima da média do que vemos atualmente nos cinemas. É um filme para se pensar e até mesmo ter compaixão do próprio Coringa, por mais estranho que isso possa vir a parecer. Um dos melhores filmes do ano! 

Pablo Aluísio.

Lobisomens

Título no Brasil: Lobisomens 
Título Original: Loups-Garous
Ano de Lançamento: 2024
País: França
Estúdio: Netflix
Direção: François Uzan
Roteiro: François Uzan, Céleste Balin
Elenco: Franck Dubosc, Jean Reno, Suzanne Clément

Sinopse:
Uma família encontra um velho jogo de tabuleiro no porão de casa. Eles então decidem jogar, só que acabam indo parar na Idade Média, em um vilarejo que está sofrendo uma série de ataques de lobisomens. Vão agora tentar sobreviver, enquanto buscam uma forma de voltar para sua casa, nos tempos atuais. 

Comentários:
Esse tipo de filme fraco me faz pensar se ainda vale a pena assinar a Netflix. É um monte de filme com esse tipo de (falta) de qualidade! O acervo de filmes novos vai de mal a pior e realmente complica continuar como assinante dessa plataforma de streaming. O que temos aqui é apenas uma cópia meio descarada de sucessos do cinema como o próprio Jumanji. Apenas muda a situação, de selva para a era medieval, numa terra com lobisomens. E de novo temos o velho problema envolvendo filmes com esses monstros. Eles surgem bem mal feitos, pessimamente colocados dentro da história. Não assustam, estão mais para personagens de desenhos animados. Assim não dá! Como fã de filmes de terror fico até ofendido com uma coisa dessas! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

MaXXXine

Título no Brasil: MaXXXine 
Título Original: MaXXXine 
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: A24
Direção: Ti West
Roteiro: Ti West
Elenco: Charley Rowan McCain, Kevin Bacon, Simon Prast

Sinopse:
Maxine Miller (Charley Rowan McCain) é uma pornstar vivendo na Los Angeles dos anos 80. Ambiciosa e determinada a vencer na carreira de atriz de todo jeito, ela arranja um trabalho em filmes de terror de baixo orçamento. E as coisas começam a complicar quando ela passa a ser perseguida por um sujeito psicótico determinado a lhe fazer mal, muito mal. 

Comentários:
Apesar de certos exageros esse filme é realmente muito bom. Fiquei surpreso! Mais um acerto da produtora A24 que vem apostando há anos em histórias mais ousadas, criativas e até mesmo surpreendentes. Uma das melhores coisas desse filme foi a forma como capturaram o clima dos anos 80, pois a história se passa em 1985. Eu vivi essa época, dos videocassetes, onde o mundo era quase completamente analógico. Inclusive um dos melhores amigos da protagonista trabalha como atendente em uma locadora de vídeo. Os jovens de hoje em dia não sabem mais o que é isso. Era um outro mundo que não existe mais. E assim o filme capta muito bem não apenas o clima dos filmes pornôs da época, como também o universo dos filmes B de terror. produções feitas muitas vezes para serem lançadas diretamente no mercado de vídeo VHS. Tudo na linha podreira! E por apresentar uma linha narrativa de metalinguagem muito original, esse filme conseguiu trazer muito bem esse mesmo espírito para a vida real da jovem Maxine, uma vez que ela é perseguida justamente por um tipo de psicopata que parece ter saído de um filme slasher desses! Enfim, tudo muito criativo e bem elaborado. Esse filme vale a recomendação. 

Pablo Aluísio.

O Pelo do Lobo

Título no Brasil: O Pelo do Lobo
Título Original: Le poil de la bête
Ano de Lançamento: 2010
País: Canadá
Estúdio: Christal Films
Direção: Philippe Gagnon
Roteiro: Stéphane J. Bureau, Pierre Daudelin
Elenco: Guillaume Lemay-Thivierge, Viviane Audet, Gilles Renaud

Sinopse:
A história desse filme se passa em 1865. Um fugitivo da prisão acaba encontrando um padre agonizante em uma estrada perdida que vai parar em pequenos vilarejos. Ele então decide assumir a identidade desse jesuíta para escapar da perseguição dos policiais. O seu maior problema é que justamente naquela região está ocorrendo uma série de ataques de lobisomens!

Comentários:
Tirando alguns clássicos do cinema como "Um Lobisomem Americano em Londres", a maioria dos filmes sobre esses monstros folclóricos são meras produções B, sem nada de muito relevante para o cinema. Esse filme aqui até que consegue ficar em um meio termo. Passa muito longe de ser um grande filme, mas pelo menos não é uma produção trash feita em companhias do tipo fundo de quintal. É uma produção canadense que até se esforça em dar algum tipo de produção bem feita ao espectador. O problema só fica mais grave mesmo quando os bichanos surgem em cena. Eles não são bem feitos, mais se parecendo com um figurino daqueles mal feitos, como as fantasias de ursos que se vendem aos montes por aí. Quando chega nesses momentos, a coisa toda desanda. Uma pena, se o diretor tivesse sido mais inteligente teria colocado os monstros na penumbra, apostando no suspense, já que não tinha o dinheiro suficiente para fazer lobisomens mais bem feitos! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Zuzu Angel

Título no Brasil: Zuzu Angel 
Título Original: Zuzu Angel 
Ano de Lançamento: 2006
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Sergio Rezende
Roteiro: Marcos Bernstein. Sergio Rezende
Elenco: Patricia Pillar, Daniel de Oliveira, Leandra Leal

Sinopse:
Esse filme conta a história real da estilista Zuzu Angel. Durante a ditadura militar no Brasil ela viu seu filho, o jovem Stuart Angel, ser levado por agentes da repressão. Sem saber para onde ele teria sido levado, ela procura por ele em diversos estabelecimentos militares do Estado brasileiro, mas tudo acaba sendo em vão. 

Comentários:
Filme que mostra bem a sordidez da ditadura militar brasileira. O jovem Stuart Angel foi capturado e desapareceu nos porões da repressão. Mostra bem toda a sordidez dos militares da época, que sabiam o que tinha acontecido com ele, mas mentiam, pois tinham cometido todos os tipos de atrocidades que se possa imaginar. O rapaz havia sido morto por militares de uma forma cruel e seu corpo foi desaparecido para sempre. Esses criminosos de farda representavam muito bem o que acontecia naquela época. E a Zuzu Angel, com muita coragem, não desistiu de encontrar seu filho, até sua morte, que aconteceu de forma muito suspeita!. E pensar que hoje em dia, apesar de tudo o que aconteceu, ainda há pessoas que defendem o rotorno de ditadura militar em nosso país. Não tenho outra avaliação a fazer sobre esse tipo de pessoa a não ser que esse tipo de gente simplesmente não presta! 

Pablo Aluísio.

A Vítima Invísivel

Título no Brasil: A Vítima Invísivel 
Título Original: A Vítima Invísivel 
Ano de Lançamento: 2024
País: Brasil
Estúdio: Netflix
Direção: Juliana Antunes
Roteiro: Caroline Margoni, Carol Pires
Elenco: Eliza Samudio, Bruno, Macarrão (em imagens de arquivos)

Sinopse:
Documentário da Netflix que resgata um dos casos criminais mais infames da crônica policial brasileira, quando o goleiro Bruno do Flamengo foi acusado, condenado e preso pela morte de uma jovem chamada Eliza Samudio, que havia se tornado a mãe de seu filho. Em episódios, todos os principais eventos desse crime são mostrados em detalhes. 

Comentários:
Esse caso do goleiro Bruno realmente parou o país quando aconteceu. Não apenas pelo fato de envolver um dos esportistas mais conhecidos do futebol, membro destacado do time mais popular do Brasil, o Flamengo, mas também pela sordidez dos acontecimentos. E foi realmente algo cruel. Ao lado de comparsas, entre eles um tal de Macarrão, o goleiro Bruno mandou matar uma jovem que havia engravidado dele e que tinha dado a luz um de seus filhos. Foi realmente algo sórdido. E até hoje o corpo de Eliza Samudio nunca foi encontrado pelos policiais! Uma história triste e macabra que envolvia fama, dinheiro e esportes. Uma das muitas tragédia a se somar na história da criminalidade brasileira. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Uma Aventura na Martinica

Título no Brasil: Uma Aventura na Martinica
Título Original: To Have and Have Not
Ano de Lançamento: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Howard Hawks
Roteiro: Jules Furthman
Elenco: Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Walter Brennan, Dolores Moran, Hoagy Carmichael, Sheldon Leonard

Sinopse:
Humphrey Bogart interpreta um cínico dono de barco em Martinica, região pertencente à França. E naquele período histórico, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, a região passa a ser disputada por dois grupos rivais. Os colaboracionistas (leais aos invasores nazistas) tentam liquidar os membros da resistência (que lutam contra os nazistas, tentando expulsar o invasor de sua nação). Sobreviver nesse campo de batalha se torna uma arte da sobrevivência. 

Comentários:
Realizado dois anos depois do grande clássico "Casablanca" esse filme tem muito em comum com o anterior, mas com resultados cinematográficos bem mais modestos. De certa maneira é quase uma imitação, com história bem parecida mesmo, mas a todo tempo tentando soar diferente. De maneira em geral é um filme curtinho, com história simples. Não é um filme marcante na carreira do Bogart, apesar de ser bem conhecido pelos cinéfilos. O personagem de Bogart é antes de qualquer coisa um cínico, mas que no final de tudo tem pelo menos o bom senso de estar do lado certo da história. Lauren Bacall sempre teve uma boa presença em cena, mas aqui cometeu um grande deslize na carreira. Ela se meteu a cantar algumas músicas. O problema é que ela era provavelmente uma das piores cantoras de Hollywood. Voz realmente horrível. Coitado do pianista que a estava acompanhando no filme. Seu constrangimento fica bem claro. Enfim, temos aqui um genérico de "Casablanca", mas que passa longe, muito longe, da genialidade do filme que tentou desesperadamente copiar! 

Pablo Aluísio.

Jerry Lewis - O homem por trás do Palhaço

Título no Brasil: Jerry Lewis - O homem por trás do Palhaço
Título Original: Jerry Lewis, clown rebelle
Ano de Lançamento: 2018
País: França
Estúdio: ARTE Films
Direção: Gregory Monro
Roteiro: Gregory Monro
Elenco: Jerry Lewis, Dean Martin, Martin Scorsese, Marilyn Monroe, Shirley MacLaine (em imagens de arquivos). 

Sinopse:
Documentário realizado na França que traz um perfil geral da carreira do ator e diretor de cinema Jerry Lewis. Cenas antigas e raras foram recuperadas, além de partes de entrevistas que o artista realizou ao longo de sua vida, tanto nos Estados Unidos, como também na Europa. 

Comentários:
Jerry Lewis é cultuado na França como grande diretor de cinema. E também como comediante tem grande prestígio profissional, chegando a ser comparado ao grande Charles Chaplin. Esse documentário francês retrata bem o respeito que os cineastas franceses cultivam em relação a Jerry Lewis. Eu não discordaria dessa visão, eu pessoalmente considero Lewis um dos grandes comediantes da história do cinema. Sua obra não deixa dúvidas sobre isso. E esse documentário também traz uma preciosa entrevista em que Jerry Lewis admite que a pessoa mais importante de sua vida foi Dean Martin! De fato ele nunca se recuperou do fim da parceria. Ele adorava Martin, não apenas como grande amigo, mas também como companheiro de tantos filmes e shows. Uma pena que a dupla tenha sido desfeita. E Jerry admite que se lembrará dele pelo resto de sua vida. Essa entrevista foi realizada após a morte de Dean Martin e a emoção do velho palhaço fica mais do que evidente. Enfim, um documentário muito bom, feito para quem aprecia e ama a história do cinema. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Profissão: Repórter

Título no Brasil: Profissão: Repórter
Título Original: Professione: reporter
Ano de Lançamento: 1975
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Michelangelo Antonioni
Roteiro: Michelangelo Antonioni
Elenco: Jack Nicholson, Maria Schneider, Jenny Runacre

Sinopse:
Jack Nicholson interpreta um jornalista investigativo que vai até a África para entrevistar algum chefe de guerrilha em um país africano assolado pela guerra civil. Ele não consegue seu objetivo e acaba trocando identidade com outro americano que estava hospedado em seu hotel. O problema é que o sujeito tinha ligações com contrabandistas de armas e a situação do impostor vai ficar realmente perigosa com essa mudança de identidade. 

Comentários:
Durante anos ouvi falar desse filme, com elogios e mais elogios. Finalmente nesse fim de semana acabei assistindo. A mais óbvia conclusão a que cheguei é que esse filme é realmente muito superestimado pela crítica. Não é segredo para nenhum cinéfilo que Michelangelo Antonioni sempre foi um queridinho da crítica. Tudo o que ele fez ao longo de sua carreira foi louvado, idolatrado e aclamado. Seu filmes trazem um clima de desolação e melancolia que faz até hoje muitos críticos revirarem os olhos de êxtase. Acho isso uma grande bobagem. Esse filme, por exemplo, fica o tempo todo entre dois estilos cinematográficos, sem chegar bem neles em nenhum momento. Em certos aspectos tenta ser um drama existencial, para em outros quase virar uma cópia mal feita dos filmes de James Bond. O final é simplesmente chato. Lamento dizer. Jack Nicholson continua ótimo, embora contido. Já a Maria Schneider seguramente foi uma das piores atrizes de todos os tempos. Ao lado do velho Jack, que sempre foi um craque, ela passa vergonha com sua fraca atuação. A coisa toda é quase amadora de tão ruim! Enfim, valorizaram demais um filme que no final das contas é apenas OK! 

Pablo Aluísio.

A Filha de Satã

Título no Brasil: A Filha de Satã
Título Original: Night of the Eagle
Ano de Lançamento: 1962
País: Estados Unidos
Estúdio: Independent Artists
Direção: Sidney Hayers
Roteiro: Fritz Leiber Jr, Charles Beaumont
Elenco: Peter Wyngarde, Janet Blair, Margaret Johnston

Sinopse:
Um professor universitário leciona aos seus alunos sobre crenças ancestrais. Ele ensina que coisas como feitiçarias e bruxarias são crendices antigas que não possuem mais nenhuma razão de ser nos dias modernos. Já sua esposa é o oposto disso. Ela acredita em todo tipo de magia e vai acabar prejudicando seu marido por causa disso. Filme também conhecido como "Burn Witch, Burn!". 

Comentários:
Antes de mais nada ignore o título nacional estúpido. Não tem nada a ver. O filme originalmente se chama "A Noite da Águia". Não é um filme de terror barato e passa muito longe disso. Aliás se destaca pelo extremo oposto. Achei um roteiro muito bem escrito, muito sóbrio, até mesmo elegante. O contraste entre um homem intelectual, racional, professor de universidade e sua esposa, cheia de crendices, espalhando artefatos de feitiçaria e bruxaria por toda a sua casa, levanta questões muito interessantes, entre elas a de que esse tipo de superstição, no fundo, só causa efeito se a própria pessoas acreditar nelas! É o poder de sugestão da própria mente humana, nada tendo a ver com magia real ou qualquer coisa que o valha. Enfim, um filme muito interessante que não perde a elegância nem mesmo nos momentos de loucura da personagem da esposa do professor. Vale a recomendação. 

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de novembro de 2024

Imperador Romano Caracala

Imperador Romano Caracala
Era o segundo filho do imperador Sétimo Severo. O irmão mais velho, Geta, era o preferido do pai. Antes de morrer o velho imperador determinou que o império seria dividido entre seus dois filhos. As legiões gostavam de Geta, que era um belo jovem, muito atlético, alto e com uma personalidade que agradava aos soldados. Era parecido com o próprio pai e era visto como um jovem educado e cortês. Caracala, por outro lado, era baixo, feio e cheio de ressentimentos. Mal seu  pai faleceu e ele começou os planos para matar o próprio irmão Geta. Acabou sendo bem sucedido. Mandou assassinos para o quarto dele e quando esse foi esfaqueado caiu na frente de sua mãe Júlia. Foi um trauma que ela nunca mais superou. 

Assim Bassiano (seu nome real) subiu ao trono com o título de Caracala, um nome inspirado no manto púrpuro que carregava em seu treja imperial. Esse seria um dos piores imperadores da história de Roma. Caracala era ressentido, cheio de ódio e perversidade. Assim que se tornou imperador começou uma política de perseguição e assassinato contra todos os seus inimigos, fossem eles reais ou imaginários. Uma de suas vítimas foi o grande jurista Papiniano, um dos maiores nomes da história do Direito Romano. Ele se recusou a defender a morte de Geta. Acabou sendo assassinado com requintes de crueldade por assassinos contratados pelo imperador. No total, estimam os historiadores, Caracala mandou executar mais de 20 mil pessoas, entre juristas, poetas, escritores, militares, senadores e pessoas do povo em geral. 

Era um assassino de massas, mas Caracala, que tinha péssima popularidade entre o povo romano, se via como o novo Alexandre, o Grande. O povo ria dessa comparação. Dizia-se nos becos da grande cidade que ele não conseguia passar de uma "imitação barata perto do verdadeiro Alexandre". A simples difusão desse tipo de ofensa era punida com morte pelo Imperador. Ele odiava em especial aqueles que o ridicularizavam. Grafites nos muros da cidade eterna porém o desafiavam. Seus opositores escreviam coisas cmo "Geta é o verdadeiro imperador" e "Feioso Caracala, assassino do irmão!". 

Enfurecido, Caracala decidiu viajar pelas províncias, deixando Roma para trás. Nunca mais retornou para a capital do império. E continuou sendo odiado por onde chegava. Ao chegar em Alexandria, a famosa cidade fundada pelo próprio Alexandre, o Grande, pensou que seria recebido como o próprio Alexandre, só que o povo o ignorou completamente. Diziam aos risos: "É esse o tal que ousa se comparar com o grande Alexandre Magno?"

Enfurecido, promoveu um massacre entre o povo de Alexandria. Foi seu último erro. Uma grande rebelião explodiu na grande cidade e Caracala se viu cercado por inimigos por todos os lados. Acabou sendo morto por um legionário de sua própria tropa. Tal como o irmão, foi morto com um punhal! Depois seu corpo foi jogado em um matagal próximo. A própria mãe dele, Júlia, respirou aliviada. Caracala, cada vez mais paranoico e violento, dizia que iria matar sua mãe ao retornar para Roma. Felizmente para o povo, isso nunca iria acontecer. 

Pablo Aluísio. 

Imperador Romano Sétimo Severo

Imperador Romano Sétimo Severo
Dois séculos depois da morte de Cristo, o Império Romano continuava sua longa jornada de decadência social, moral e política. O cargo de Imperador era descaradamente vendido pelos guardas pretorianos. Quem pagasse mais, levava o Império. Assim subiram ao poder homens ricos, mas inescrupulosos, corruptos que desejavam apenas saquear os tesouros imperiais. A situação ficou tão absurda e afrontosa que muitos governadores de provinciais se revoltaram contra essa situação. 

Entre esses governadores estava Sétimo Severo. Ele reuniu uma grande legião e marchou em direção a Roma. Após uma guerra civil bem sangrenta finalmente recebeu o apoio político e militar dos demais governadores e se tornou o novo Imperador de Roma, prometendo colocar ordem na anarquia e no caos, varrendo da cidade eterna os políticos corruptos e os militares sem honra. 

Seu primeiro ato como Imperador foi acabar com a guarda Pretoriana. Criada por Augusto, essa ordem militar se tornou um elemento nocivo para o Império. Seus membros estavam vendendo cargos públicos em troca de dinheiro e propriedades. Eles também foram responsáveis pela morte de vários imperadores no passado. Então era mesmo um elemento a ser destruído dentro do império. Vários guardas pretorianos foram presos por seus crimes e outros fugiram para não caírem presos também. 

Outra investida de Sétimo Severo foi o Senado. Havia um grupo de senadores corruptos. Doze deles em especial foram presos e condenados à morte. Depois disso o novo imperador nomeou homens de sua confiança ao Senado e entregou as forças do império para militares honrados e honestos que tinham demonstrado seu valor no campo de batalha. 

Com os políticos certos no Senado e com o controle do poderio militar, finalmente o Imperador conseguiu governar em paz. E fez um bom governo a ponto de ter grande popularidade entre o povo romano. Na política externa enfrentou uma grave rebelião de um império vizinho que dominava a região da Mesopotâmia. Sagrou-se vencedor nessa guerra e construiu um arco de triunfo em celebração a essa grande vitória. O Imperador Sétimo Severo viveu até a idade de 65 anos e morreu de gota. Não foi assassinado como havia acontecido com muitos outros Imperadores do passado. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 2 de novembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 1

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 1
Esse filme Kissin' Cousins tem muita coisa em comum com Harum Scarum. São boas trilhas sonoras de Elvis para filmes muito ruins. O filme Kissin' Cousins até que não era tão ruim como Harum Scarum. Por outro lado sua trilha sonora era ligeiramente inferior. E ambos foram produzidos pelas mesmas companhias, a MGM no cinema e a RCA Victor no disco. Quando Kissin' Cousins chegou aos cinemas em 1964 o público até estava animado por causa do sucesso de "Viva Las Vegas" que foi indiscutivelmente um dos melhores musicais de Elvis nos anos 60. Só que tudo se transformaria em um balde de água fria. 

Se "Viva las Vegas" tinha boa produção e uma linda Ann-Margret, "Kissin' Cousins" não tinha nada disso. Era uma produção B onde Elvis interpretava dois personagens, um com os cabelos pretos do cantor e outro usando uma peruca loira! Dois papéis em um filme que não deixou saudades. Uma paródia em cima de pessoas caipiras em um tom tão caricato que nos dias de hoje iria soar até mesmo como um desrespeito, algo ofensivo. No Brasil o filme recebeu um nome "digno" dessa coisa toda. Em nosso país o filme recebeu o nome de "Com Caipira Não se Brinca". Pois é, enquanto Elvis afundava nesse tipo de filme os Beatles surfavam a onda da Beatlemania nos Estados Unidos! 

Mas vamos para as músicas da trilha sonora, que eu considero um bom disco. Inclusive até que vendeu muito bem, chegando ao oitavo lugar entre os mais vendidos da Billboard. Nem merecia tanto sucesso comercial assim. Pois bem, o disco abre com a faixa "Kissin' Cousins (Number 2)". Como havia dois personagens interpretados por Elvis, os produtores acharam por bem também colocar duas músicas temas na trilha sonora! Essa faixa Number 2 não é melhor do que a Number 1. Ainda assim é uma boa música. Não faz feio. 

Certa vez eu dei boas risadas quando um colunista brasileiro escreveu que a música "Smokey Mountain Boy" era sobre um garoto que gostava de fumar nas montanhas! Não, caro boboca, tradução completamente errada. As montanhas do Kentucky (onde a história do filme se passa) são conhecidas como Smokey Mountains por causa das fortes neblinas que as encobrem no inverno. Nada a ver com gente fumante no alto da montanha! Chegou a ser engraçado essa tradução bizarra. Essa música é justamente sobre essas pessoas que moram no alto da montanha. É uma faixa até legal, em ritmo de marcha, toda assoviada no arranjo. Dizem que os assovios são de membros do Jordanaires. Ficou interessante. 

Pablo Aluísio.