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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

A Praia

Título no Brasil: A Praia
Título Original: The Beach
Ano de Lançamento: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge, Alex Garland
Elenco: Leonardo DiCaprio, Tilda Swinton, Daniel York

Sinopse:
Um jovem norte-americano, em férias pela Ásia, ouve falar de uma praia maravilhosa, realmente paradisíaca, ainda inexplorada por turistas. Instigado pela lenda ele decide fazer uma viagem até lá e realmente a encontra. Um lugar muito bonito, mas também perigoso, que colocará sua vida em risco. 

Comentários:
Ainda colhendo os frutos do grande sucesso de Titanic, que havia se tornado o filme de maior bilheteria da história, o ator Leonardo DiCaprio poderia escolher qualquer filme, qualquer super produção de Hollywood naquela época. Só que para surpresa de todo mundo ele acabou optando por esse filme menor, sem grande expressividade. Não foi uma boa escolha. O filme realmente apresentava muitos problemas de roteiro e foi arrasado pela crítica em seu lançamento. Havia mesmo uma enorme pressão sobre o Leo e ao que tudo indica ele preferiu mesmo apostar em algo mais modesto. O filme até que não é tão ruim como os críticos falaram, mas temos que reconhecer que de fato é bem esquecível e nada marcante. Tem uma história simples, que até se torna interessante em alguns momentos, mas no geral realmente se torna algo decepcionante para um ator que vinha de um sucesso tão grandioso como Titanic. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de março de 2022

Caiu do Céu

Título no Brasil: Caiu do Céu
Título Original: Millions
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Frank Cottrell Boyce
Elenco: Alex Etel, Lewis McGibbon, James Nesbitt, Daisy Donovan, Christopher Fulford, Pearce Quigley

Sinopse:
O filme conta a história de um menino inglês de 9 anos que tem uma vida familiar disfuncional. Para fugir da realidade ele conta com sua imaginação fértil, até que um dia ele encontra uma maleta com uma pequena fortuna dentro. E agora, o que irá fazer?

Comentários:
O cineasta Danny Boyle tem um estilo bem próprio e peculiar de fazer cinema. Alguns odeiam, outros amam. Eu fico no meio termo. Penso que quando acerta a mão ele consegue fazer grandes filmes. Não é bem o caso desse aqui que ainda assim pode ser considerado um bom filme. É uma história simples, mas com grande significado emocional e psicológico, ainda mais se formos nos colocar na mente desse menino que um dia descobre uma maleta cheia de dinheiro. Ele tem formação católica o que o coloca naquele dilema envolvendo santos e pecadores. Acredito que o maior mérito do filme seja justamente discutir questões complexas de moralidade, ética e honestidade partindo justamente de uma das histórias mais simples. Nesse aspecto o filme realmente surpreende.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Sunshine - Alerta Solar

Título no Brasil: Sunshine - Alerta Solar
Título Original: Sunshine
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Alex Garland
Elenco: Cillian Murphy, Rose Byrne, Chris Evans, Michelle Yeoh, Mark Strong, Troy Garity

Sinopse:
O Sol, como estrela, está chegando ao fim de sua existência cósmica. Isso cria uma situação de completo desespero na Terra pois sem a presença do astro a vida em nosso pequeno planeta se torna simplesmente impossível. Após o envio de uma expedição rumo ao Sol e seu misterioso desaparecimento uma nova equipe é enviada para entender o que de fato aconteceu. A missão porém terá consequências trágicas.

Comentários:
Apesar de ter sofrido inúmeras críticas em seu lançamento gosto bastante dessa boa ficção, "Sunshine - Alerta Solar". Há um clima de desesperança e agonia no ar com a proximidade do fim que me fisgou completamente. O mais interessante é que o roteiro, muito bem escrito, analisa uma situação que acontecerá de fato com o Sol daqui alguns milhões de anos. Como toda estrela do universo um dia ele entrará em um estado chamado Nova, em um processo da natureza onde destruirá tudo por perto - inclusive o nosso frágil planeta Terra. Esse é um fato já amplamente previsto por cientistas de todas as áreas, então o filme mostra realmente de fato o futuro sinistro de toda a humanidade. Além disso é um filme bem diferenciado da carreira do cineasta Danny Boyle, a única ficção científica que dirigiu no cinema até hoje. O resultado se mostra tão bom que ele deveria enveredar mais nesse estilo de filme. Por fim vale também ressaltar a presença de um elenco muito bom, com vários atores que são importantes dentro do universo Sci-fi como Cillian Murphy (o Scarecrow de "Batman - O Cavaleiro das Trevas") e  Chris Evans (que interpreta atualmente o Capitão América na franquia de grande sucesso comercial). Um filme que enfim merece ser redescoberto.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Yesterday

E se os Beatles nunca tivessem existido? Pois é, alguns roteiros partem de ideias esdrúxulas para só a partir daí desenvolver uma história. O fato é que o protagonista Jack Malik (Himesh Patel) é um músico frustrado. Suas canções - quase sempre falando sobre o verão - não despertam a atenção de ninguém. Ele não tem sucesso e nem talento para compor. Para sobreviver trabalha numa loja de vendas a atacado. Apenas a bela Ellie Appleton (Lily James) permanece ao seu lado. Só que até para isso Jack não consegue fazer a coisa certa. Ela gosta dele, mas as coisas simplesmente não acontecem. Culpa dele, que nunca toma a iniciativa. Enfim, para Jack tudo vai de mal a pior. Sua vida estagnou. Ele não consegue sair do mesmo lugar.

Até que um dia as coisas mudam de forma inesperada. O planeta sofre uma pane de energia (e não espere por maiores explicações do roteiro). Nessa noite Jack sofre um acidente e é hospitalizado. O curioso é que ele descobre que após esse apagão as pessoas não sabem mais quem foram os Beatles. Aliás nessa realidade paralela onde ele vai parar os Beatles nunca existiram. Ele também descobre que ninguém conhece Coca-Cola, Harry Potter e outros ícones da nossa existência. Então Jack tem uma ideia e tanto. Ele vai usar as músicas dos Beatles para se dar bem na carreira de músico. Ora, nesse novo universo paralelo ele tem à disposição um dos catálogos musicais mais famosos de todos os tempos. Basta gravar e esperar a fama e a fortuna baterem à sua porta.

O filme, como se pode perceber, é um daqueles em que o espectador tem que comprar a ideia central do roteiro. Esse por sua vez não está proocupado em explicar muita coisa, mas apenas em desenvolver essa premissa inicial. É um filme bom, tem bons momentos e, como não poderia deixar de ser, tem a música dos Beatles para salvar tudo. Agora, como trama mesmo a coisa é, não se pode negar, meio bobinha. Além disso há outros pontos negativos. Achei o ator Himesh Patel pouco adequado. Ele se limita muitas vezes a fazer cara de apalermado. Complicado torcer por um sujeito desses, ainda mais quando ele plagia o trabalho alheio. Melhor seria ter um ator melhor para o papel. Pensei em Tom Hanks, afinal o filme tem um tipo de humor que cairia bem para ele. Já a atriz Lily James segura as pontas no quesito carisma. Ele é a melhor em termos de elenco e atuação. Tão boa que consegue levar seu parceiro antipático até o fim do filme. No mais tenho que dizer que é apenas um bom filme e nada muito além disso. Ora, se até o Paul McCartney gostou, quem eu seria para discordar dele, não é mesmo?

Yesterday (Inglaterra, 2019) Direção: Danny Boyle / Roteiro: Jack Barth, Richard Curtis / Elenco: Himesh Patel, Lily James, Sophia Di Martino, Joel Fry, Sanjeev Bhaskar / Sinopse: Jack Malik (Himesh Patel) quer ser músico profissional, mas não consegue a fama e o sucesso. Suas composições são ruins e básicas demais para alguém se importar com elas. Até o dia em que ele descobre que as pessoas desconhecem completamente a existência dos Beatles. É um universo paralelo. Assim ele começa a usar as antigas músicas do quarteto para se dar bem, fazer sucesso e ganhar fama e fortuna.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Cova Rasa

Título no Brasil: Cova Rasa
Título Original: Shallow Grave
Ano de Produção: 1994
País: Reino Unido
Estúdio: Channel Four Films
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge
Elenco: Ewan McGregor, Kerry Fox, Christopher Eccleston, Ken Stott, Keith Allen, Colin McCredie

Sinopse:
Três amigos, um corpo e muito dinheiro. Quando essa combinação acontece o que vai sobrar de integridade e honestidade? No enredo um homem morre e três amigos descobrem que ele tinha uma mala cheia de dinheiro e drogas. Para ficar com suas coisas eles decidem dar um fim no corpo do tal sujeito, criando uma série de problemas com isso.

Comentários:
Costumo dizer que esse filme é do tempo em que o diretor Danny Boyle tinha talento para fazer cinema de verdade. Depois de alguns anos ele foi perdendo a mão, se transformando em um chato petulante e apelativo. Aqui porém não há o que reclamar. Assisti nos tempos do VHS e me recordo bem que a crítica brasileira teceu muitos elogios ao filme. Todos merecidos, é claro. Vejo aqui inclusive referências bem óbvias a Alfred Hitchcock (com destaque para seu clássico "Festim Diabólico"), tudo misturado com o famoso humor negro britânico. Os personagens principais, os três amigos, pensam ser boas pessoas, mas quando colocados à prova mesmo, sucumbem miseravelmente à ganância e a falta de princípios ou pudores. O roteiro é bem claro nesse sentido, mostrando que debaixo da fachada de pessoas comuns quase sempre se esconde as piores canalhices. Curiosamente do trio central apenas Ewan McGregor conseguiu se tornar um astro. Ele está muito diferente, pois ainda era bem jovem e usava um cabelo no estilo dos anos 70. Ficou bem adequado ao seu personagem. Então é isso, deixo a dica se você nunca viu esse filme. Ele é certamente um dos melhores exemplares do que de melhor o cinema inglês produziu nos anos 90.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de junho de 2017

T2 Trainspotting

Vinte anos após os acontecimentos que vimos no filme "Trainspotting - Sem Limites (1996)", o personagem Renton (Ewan McGregor) retorna para Edimburgo, Escócia. Ele quer resolver velhos problemas do passado e reencontrar seus amigos de infância e juventude. O problema é que Renton os traiu, os roubou e agora precisa acertar contas com todos eles. O tempo passou e deixou marcas em todos. O próprio Renton está com problemas de coração, tentando superar seu antigo vício em heroína. Pior está Spud (Ewen Bremner) que nunca conseguiu superar a droga e agora tenta se matar. Já Begbie (Robert Carlyle) não quer saber de conversa e está decidido a enfiar uma faca no coração de Renton assim que o encontrar novamente. É a tal coisa, sequências tardias são necessárias ou não! Alguns filmes soam como meros caça-níqueis, tentando aproveitar bilheteria em cima do nome de velhos sucessos, clássicos modernos que marcaram época. Sem dúvida o primeiro filme "Trainspotting - Sem Limites" foi um marco no cinema britânico dos anos 1990. Tinha uma linguagem inovadora, ritmo alucinado (como a mente de seus personagens, todos jovens viciados em cocaína e heroína) e procurava retratar uma juventude perdida, sem rumos, valores ou ética. O roteiro explorava esses punks que só queriam saber de usar drogas, roubar e tocar o terror em sua cidade, uma Edimburgo tradicional, histórica, mas também velha e maltratada.

O filme também praticamente lançou as carreiras do diretor Danny Boyle e do jovem ator Ewan McGregor, que depois iria para Hollywood construir uma carreira de sucesso, se tornando até mesmo o mestre Obi-Wan Kenobi de "Star Wars". Nada mal para quem havia começado interpretando um junkie marginalizado de rua. No ano passado "Trainspotting" completou vinte anos de seu lançamento original, então o elenco, o diretor e a equipe técnica resolveram celebrar essa data justamente rodando esse segundo filme. Afinal o que teria acontecido com todos aqueles jovens, tanto tempo depois? Os anos passaram, eles tiveram vários problemas para se livrarem das drogas, alguns foram parar na cadeia e outros não conseguiram dar certo na vida, se tornando eternos fracassados. Embora muitos tenham afirmado que essa continuação seria desnecessária, penso que esse filme não foi de todo gratuito ou em vão. Pelo contrário, gostei de seu proposta, de seu roteiro e principalmente das atuações dos atores. Um caso raro de sequência bem tardia que realmente tem sua razão de ser.

T2 Trainspotting (T2 Trainspotting, Inglaterra, 2017) Direção: Danny Boyle / Roteiro: John Hodge, Irvine Welsh / Elenco: Ewan McGregor, Ewen Bremner, Robert Carlyle, Jonny Lee Miller / Sinopse: Vinte anos depois de ter enganado e passado a perna em seus antigos amigos, fugindo com todo o dinheiro de um roubo bem sucedido, Renton (Ewan McGregor) retorna a Edimburgo. Ele quer se desculpar com todos eles, aparando velhos problemas do passado. A volta porém não será será pacífica pois alguns deles querem saciar sua sede de vingança.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Por uma Vida Menos Ordinária

Título no Brasil: Por uma Vida Menos Ordinária
Título Original: A Life Less Ordinary
Ano de Produção: 1997
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Danny Boyle
Roteiro: John Hodge
Elenco: Cameron Diaz, Ewan McGregor, Holly Hunter, Stanley Tucci
  
Sinopse:
Após ser demitido, Robert Lewis (Ewan McGregor) decide sequestrar a filha de seu antigo patrão, a nada convencional Celine Naville (Cameron Diaz). Enquanto isso dois anjos são enviados para a Terra com a missão justamente de fazer com que Robert e Celine se apaixonem perdidamente, algo que diante das circunstâncias não será muito fácil! Filme premiado no MTV Movie Awards na categoria de Melhor Música ("Deadweight" de Beck).

Comentários:
No começo da carreira o ator Ewan McGregor fez uma bem sucedida parceria com o cineasta Danny Boyle. O visual moderninho - beirando o punk - de McGregor se mostrava bem de acordo com os roteiros sui generis dos filmes de Boyle. Com essa verniz de coisa nova, moderna, fora dos padrões, eles conseguiram chamar a atenção da crítica inglesa - e depois da americana - solidificando sua base de fãs entre os cinéfilos que curtiam esse tipo de cinema mais alternativo, indie. É a tal coisa, eu nunca fui muito admirador dos filmes de Danny Boyle, mesmo após todos esses anos e mesmo após ele virar, por décadas, um dos cineastas mais queridinhos da mídia. Por exemplo, eu sempre achei um absurdo completo a consagração do fraco "Quem Quer Ser um Milionário?" de Boyle no Oscar! Só com muito apoio da imprensa para que um filme tão convencional e chato como aquele conseguisse vencer todos os principais prêmios da Academia. O único filme que aprecio desse diretor é "Trainspotting - Sem Limites", que inclusive está para ganhar um remake oportunista! Então é isso, "A Life Less Ordinary" é uma obra bem mediana, indo para fraca. Como todo filme assinado por Danny Boyle esse também foi superestimado pela crítica. Hoje o tempo mostrou a realidade, pois tudo se mostra bem datado. O filme, quem diria, acabou se tornando ordinário.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Trainspotting - Sem Limites

Título no Brasil: Trainspotting - Sem Limites
Titulo Original: Trainspotting
Ano de Produção: 1996
País: Inglaterra
Estúdio: Channel Four Films
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Irvine Welsh, John Hodge
Elenco: Ewan McGregor, Ewen Bremner, Jonny Lee Miller

Sinopse: 
Um mergulho lisérgico e alucinado no cenário de usuários de drogas na cidade de Edinburgh. Mostra o cotidiano alucinado de um grupo de jovens europeus sem grandes perspectivas em suas vidas. Para escapar do tédio e da violência do dia a dia eles resolvem experimentar diferentes tipos de drogas pesadas. O filme é um retrato da visão fora de realidade dessas pessoas.

Comentários:
Foi bastante comentado esse excelente filme do cineasta Danny Boyle. Na época de seu lançamento foram criadas duas visões diferentes sobre a proposta do filme. A primeira afirmava que era claramente uma apologia ao mundo das drogas. A segunda defendia a tese oposta que dizia que na realidade se trata de uma denúncia, utilizando uma linguagem revolucionária. De uma forma ou outra uma coisa é certa: o filme marcou bastante o cinema dos anos 90. Uma das cenas mais lembradas é a sequência em que um bebê entra nas viagens alucinógenas do protagonista. Sob efeitos de drogas ele começa a ter alucinações com a criança que inclusive chega a subir pelas paredes! Essa produção lançou a carreira do ator Ewan McGregor que a partir daí iria se tornar um grande astro em Hollywood. Produção mais do que recomendada.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Quem Quer Ser um Milionário?

A Rede Globo vai exibir hoje pela madrugada esse vencedor do Oscar. De todos os ganhadores do Oscar de Melhor Filme acho esse um dos mais fracos. Não sei se o fato de ter sido um ano muito mediano tenha contribuído para seus prêmios da Academia ou se tudo não passou de uma jogada comercial da indústria americana em conquistar espaço na Índia (o maior mercado consumidor de filmes no mundo, pelo número de habitantes) mas a questão é que até hoje torço o nariz para esse "Quem Quer Ser um Milionário?". Não adianta, não consigo gostar da película, de sua proposta, de seu enredo primário e nem dos garotos em cena. Para piorar o que já eram bem chato em minha opinião os produtores resolveram fazer uma média com os filmes indianos, colocando danças e números musicais tão comuns em filmes de Bollywood. Em minha forma de ver as coisas isso só piorou ainda mais o resultado final, dando um amargo gostinho de oportunismo nesse chá indigesto.

De qualquer maneira existe um grupo considerável de cinéfilos que acham o filme realmente genial. Na estorinha acompanhamos o jovem Jamal K. Malik, que como muitos de sua idade que nasceram em países de terceiro mundo também vai levando uma vida dura, geralmente em empregos medíocres, que pagam verdadeiras misérias como salário. Ele serve chá em uma empresa especializada em telemarketing (aquele tipo de serviço irritante que nos incomoda em nossas casas, ligando o tempo todo para oferecer algo de que definitivamente não queremos e nem precisamos). Pois bem, para fugir dessa existência sem perspectivas ele se inscreve em um popular programa de TV chamado justamente "Quem Quer Ser um Milionário?". A partir daí sua vida tomará um rumo completamente diferente.  Como se pode perceber o roteiro não é dos mais interessantes e o resultado se mostra apenas morno - aquele tipo de filme que você só consegue assistir uma única vez na vida. Isso não impediu que a produção recebesse uma enxurrada de prêmios, sendo indicado a 10 Oscars, vencendo oito, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. Como se isso tudo não bastasse ainda foi premiado no Globo de Ouro e Bafta. Vai entender o que se passa na cabeça dos votantes desses prêmios.

Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, Inglaterra, 2008) Direção: Danny Boyle / Roteiro: Simon Beaufoy / Elenco: Dev Patel, Tanay Hemant Chheda, Ayush Mahesh, Edekar Freida Pinto, Adhur Mittal, Anil Kapoor / Sinopse: Jovem indiano se inscreve em um popular programa de TV chamado "Quem Quer Ser um Milionário?". A partir daí sua vida toma rumos inesperados.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Em Transe

O famoso quadro “As Bruxas no Ar” está exposto em um grande leilão em Londres. A obra vale alguns milhões de dólares, não apenas por suas qualidade artísticas mas históricas também, pois é um marco do realismo nas artes plásticas. No meio dos lances porém algo inesperado acontece. Um grupo de ladrões entra no recinto e joga gás lacrimogêneo no meio do público. Todos correm para fora menos Simon (James McAvoy) pois é sua função proteger as obras de arte em situações como essa. Sem pensar duas vezes ele leva o quadro de Goya para os fundos da casa de leilão. O objetivo é deixar a obra no cofre de segurança máxima localizado atrás do palco mas antes que isso aconteça ele é interceptado pelos bandidos que tomam de posse o estojo onde deveria estar o quadro. Após sofrer uma forte pancada dada por um dos assaltantes Simon desmaia e cai. Os bandidos fogem pensando estar com o quadro mas ficam surpresos ao descobrir que dentro do estojo não se encontra a obra de Goya!

Mas afinal onde foi parar o milionário “Bruxas no Ar”? Essa é a premissa inicial desse “Em Transe”, novo filme do cineasta Danny Boyle. Pela cena inicial (descrita acima) é de se supor que se trata de um bom filme de roubos, com muita ação e violência mas a proposta não é bem essa. Assim que Simon (McAvoy) sofre a agressão ele perde a memória, fazendo com que a localização do quadro fique desconhecida, afinal ele seria a única pessoa que saberia do paradeiro da obra milionária. Para tentar descobrir onde ele próprio escondeu “Bruxas no Ar” ele começa um tratamento de hipnose com a Dra. Elizabeth (Rosario Dawson) que por sua vez também começa a querer tomar posse da obra. Revelar mais seria estragar as surpresas do filme ao espectador. De antemão é bom avisar que essa é mais uma daquelas tramas que sofrem várias reviravoltas ao longo do filme. Nem tudo é o que parece ser e nem todos são os mocinhos ou bandidos que o roteiro leva a pensar. Infelizmente o diretor Danny Boyle parece perder a mão em determinado momento por causa das várias reviravoltas que vão acontecendo. Em certas cenas o próprio espectador ficará perdido sem saber se o que vê na tela é real ou fruto apenas da hipnose de Simon. No geral é um bom filme mas que poderia ser bem melhor se fosse melhor conduzido.

Em Transe (Trance, Inglaterra, 2013) Direção: Danny Boyle / Roteiro: Joe Ahearne, John Hodge / Elenco: James McAvoy, Vincent Cassel, Rosario Dawson / Sinopse: Após sofrer uma agressão durante o roubo a uma famosa obra de arte o funcionário de uma casa de leilões resolve participar de sessões de hipnose para tentar lembrar onde escondeu o quadro milionário “As Bruxas no Ar” do pintor Goya. A solução do mistério despertará a cobiça não apenas do grupo de ladrões mas também da própria psiquiatra responsável pela hipnose dada ao seu paciente.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

127 Horas

Parece que Hollywood tem cada vez mais apostado em filmes cujo enredo se baseiam em apenas uma situação. Só de relance me lembro aqui de "Incontrolável" e "Pânico na Neve", filmes cujos os personagens são colocados em uma situação limite e tentam de todas as formas saírem dela. Esse "127 Horas" realmente me deu agonia. A situação na qual o personagem de James Franco se encontra é realmente agonizante. Eu não gosto muito do cinema de Danny Boyle mas aqui devo confessar que ele teve muito talento em levar uma situação limite dessas por 90 minutos sem cansar o espectador. Claro que o filme em algumas ocasiões cai na monotonia mas felizmente quando tudo parece saturar os delírios de Aron Ralston fazem o filme ganhar um fôlego extra até seu desfecho.

Duas considerações: Apesar de ser digno de muitos aplausos um ator sozinho levar um filme inteiro nas costas devo dizer que James Franco não mereceu a indicação ao Oscar. Quero deixar claro que achei sua interpretação muito digna e muito bem feita, o problema é que a situação em que seu personagem se encontra não dá margens a maiores exercícios dramáticos. Sendo assim pela própria limitação de seu papel não vejo porque ele mereça estar ao lado de atores como Colin Firth (que realmente está ótimo em "O Discurso do Rei"). E por fim fica aqui registrado meus elogios à belíssima fotografia do filme (o que não poderia ser diferente). Essa região onde o filme foi realizado, Utah Canyon, realmente chama a atenção pela beleza natural. Curiosamente o filme não concorreu a melhor fotografia. Ou seja, concorreu pelo que não devia e não concorreu pelo que deveria. Vai entender essa Academia...

127 Horas (127 Hours. Estados Unidos, 2010) Direção: Danny Boyle / Roteiro: Simon Beaufoy, Danny Boyle baseados no livro "Between a Rock and a Hard Place" de Aron Ralston / Elenco: James Franco, Amber Tamblyn, Kate Mara / Sinopse: Um esportista fica preso numa fenda no meio do deserto. Ele cai em um buraco e uma pedra enorme prende seu braço no local.

Pablo Aluísio.