Título no Brasil: Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu
Título Original: Airplane!
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jim Abrahams, David Zucker
Roteiro: Jim Abrahams, David Zucker
Elenco: Robert Stack, Leslie Nielsen, Lloyd Bridges, Robert Hays, Julie Hagerty, Kareem Abdul-Jabbar,
Sinopse:
Durante uma viagem de avião, um dos pilotos morre, causando um grande caos entre a tripulação e os passageiros. Caberá agora a uma jovem aeromoça a complicada tarefa de pousar aquele enorme avião no aeroporto mais próximo. Salve-se quem puder! Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor roteiro.
Comentários:
Sem favor algum digo que esse foi o maior e melhor besteirol já produzido por Hollywood. Uma obra prima assinada pelo talentoso trio ZAZ (formado pelos irmãos Zucker e por Jim Abrahams). Eles foram geniais ao criarem essa sátira mordaz aos filmes da franquia "Aeroporto" que era um dos maiores sucesssos dos anos 70 e 80. Curiosamente esse filme de certa forma enterrou os filmes de "Aeroporto" porque depois dele ninguém mais levou à sério aquela linha de cinema catástrofe. Outro aspecto interessante é que o ZAZ escalou um elenco de atores que não eram comediantes. Todos os principais nomes do elenco era formado por veteranos sérios do cinema nos anos 50. Inclusive Leslie Nielsen, que depois desse filme encontrou um novo rumo na carreira, estrelando uma série sem fim de filmes nesse mesmo estilo. Comédias desmioladas que satirizavam grandes sucesso de cinema. O sucesso foi tão grande na época que uma sequência foi logo filmada e lançada logo em seguida. Era uma novidade completa, pois não havia filmes produzidos nesse esquema. Era algo inovador e muito divertido. Hoje em dia o filme de certa maneira perdeu parte de sua força porque foi imitado por anos. Além disso os mais jovens não conhecem mais os filmes da marca "Aeroporto". Mesmo assim devo dizer que as piadas funcionam, sem sua maioria, mesmo revisto hoje em dia. Enfim, uma comédia para ter na coleção, um ótimo momento do humor dos Estados Unidos. Hilário e até hoje imperdível.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 16 de julho de 2020
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Ser ou Não Ser
Título no Brasil: Ser ou Não Ser
Título Original: To Be Or Not To Be
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ernst Lubitsch
Roteiro: Melchior Lengyel, Edwin Justus Mayer
Elenco: Carole Lombard, Jack Benny, Robert Stack
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada por tropas nazistas, uma trupe de artistas de teatro liderados por Maria Tura (Carole Lombard) e seu marido Joseph (Jack Benny) tentam levar sua arte em frente no meio do caos e da destruição. Entre tentativas de se apresentar novamente eles se envolvem nos esforços de um soldado polonês em localizar um espião alemão infiltrado. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música.
Comentários:
Último filme da atriz Carole Lombard. Ela morreria tragicamente com pouco mais de 30 anos quando o avião em que viajava bateu em uma montanha (Table Rock Mountain, em Nevada) no dia 16 de janeiro de 1942. Ela estava participando do esforço de guerra, vendendo bônus para as forças armadas, quando esse terrível acidente aconteceu. Foi uma perda enorme para o cinema da época pois ela era uma das mais populares estrelas dos estúdios. Obviamente que sua morte transformou "Ser ou Não Ser" em um grande sucesso de bilheteria, fato impulsionado pela comoção que se seguiu à notícia de seu trágico falecimento. Mesmo ignorando esses aspectos externos temos que reconhecer que se trata certamente de um bom filme, muito sofisticado, fruto do talento de direção do mestre Ernst Lubitsch, um alemão que foi para os Estados Unidos para fugir do horror nazista e lá dirigiu vários filmes importantes, alguns considerados verdadeiras obras primas. Infelizmente o cineasta também não viveria muito além disso, morrendo em 1947, no pós-guerra. Ele costumava dizer que havia sobrevivido o suficiente para ver a queda de Hitler e isso já o deixava realizado como homem e artista.
Pablo Aluísio.
Título Original: To Be Or Not To Be
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ernst Lubitsch
Roteiro: Melchior Lengyel, Edwin Justus Mayer
Elenco: Carole Lombard, Jack Benny, Robert Stack
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada por tropas nazistas, uma trupe de artistas de teatro liderados por Maria Tura (Carole Lombard) e seu marido Joseph (Jack Benny) tentam levar sua arte em frente no meio do caos e da destruição. Entre tentativas de se apresentar novamente eles se envolvem nos esforços de um soldado polonês em localizar um espião alemão infiltrado. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música.
Comentários:
Último filme da atriz Carole Lombard. Ela morreria tragicamente com pouco mais de 30 anos quando o avião em que viajava bateu em uma montanha (Table Rock Mountain, em Nevada) no dia 16 de janeiro de 1942. Ela estava participando do esforço de guerra, vendendo bônus para as forças armadas, quando esse terrível acidente aconteceu. Foi uma perda enorme para o cinema da época pois ela era uma das mais populares estrelas dos estúdios. Obviamente que sua morte transformou "Ser ou Não Ser" em um grande sucesso de bilheteria, fato impulsionado pela comoção que se seguiu à notícia de seu trágico falecimento. Mesmo ignorando esses aspectos externos temos que reconhecer que se trata certamente de um bom filme, muito sofisticado, fruto do talento de direção do mestre Ernst Lubitsch, um alemão que foi para os Estados Unidos para fugir do horror nazista e lá dirigiu vários filmes importantes, alguns considerados verdadeiras obras primas. Infelizmente o cineasta também não viveria muito além disso, morrendo em 1947, no pós-guerra. Ele costumava dizer que havia sobrevivido o suficiente para ver a queda de Hitler e isso já o deixava realizado como homem e artista.
Pablo Aluísio.
sábado, 27 de maio de 2017
O Ocaso de uma Alma
Título no Brasil: O Ocaso de uma Alma
Título Original: Good Morning, Miss Dove
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry Koster
Roteiro: Eleanore Griffin, Frances Gray Patton
Elenco: Jennifer Jones, Robert Stack, Kipp Hamilton, Robert Douglas, Chuck Connors, Peggy Knudsen
Sinopse:
O filme narra a história de Miss Dove (Jennifer Jones). Após a morte de seu pai ela se vê em uma situação bem complicada. O pai deixou muitas dívidas com um banco e ela precisa arranjar um trabalho de qualquer maneira e o mais rapidamente possível! Acaba se tornando professora de uma escola para crianças de sua cidade. Os anos passam e Miss Dove acaba se tornando uma das pessoas mais queridas da comunidade, até que um dia, em plena sala de aula, ela passa mal, indo parar em um hospital.
Comentários:
O grande destaque desse filme é a interpretação inspirada da atriz Jennifer Jones. Ela interpreta uma professora desde a sua juventude até sua velhice, quando é internada às pressas em um hospital. No leito de seu quarto ela começa a perceber como é uma pessoa querida dos moradores daquele lugar. Quase todos são ex-alunos dela, desde o médico que a atende, passando pela enfermeira, indo até um jovem pobre que acabou se tornando um policial. Grande parte das histórias de cada um é contada em flashbacks, enquanto Miss Dove espera pelo resultado de seu exame. O filme é nostálgico, mostrando e valorizando a figura de uma professora que dedicou toda a sua vida ao ensino das crianças. De geração em geração, todos acabam prestando uma homenagem a ela no hospital onde está internada. É um filme bonito, com o roteiro valorizando aspectos importantes na vida de uma mulher que abriu mão de muitas coisas, até de parte de sua vida pessoal, para se dedicar à arte de ensinar. É interessante também por mostrar uma outra visão desse tipo de profissional que hoje em dia anda tão desvalorizado. Nas pequenas cidades dos Estados Unidos dos anos 50 a realidade era bem diferente, tanto em disciplina na sala de aula, como também no prestígio dessa professora única interpretada pela talentosa Jennifer Jones. O filme assim fica mais do que recomendado para os cinéfilos que apreciam o cinema clássico em sua fase mais inspiradora.
Pablo Aluísio.
Título Original: Good Morning, Miss Dove
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry Koster
Roteiro: Eleanore Griffin, Frances Gray Patton
Elenco: Jennifer Jones, Robert Stack, Kipp Hamilton, Robert Douglas, Chuck Connors, Peggy Knudsen
Sinopse:
O filme narra a história de Miss Dove (Jennifer Jones). Após a morte de seu pai ela se vê em uma situação bem complicada. O pai deixou muitas dívidas com um banco e ela precisa arranjar um trabalho de qualquer maneira e o mais rapidamente possível! Acaba se tornando professora de uma escola para crianças de sua cidade. Os anos passam e Miss Dove acaba se tornando uma das pessoas mais queridas da comunidade, até que um dia, em plena sala de aula, ela passa mal, indo parar em um hospital.
Comentários:
O grande destaque desse filme é a interpretação inspirada da atriz Jennifer Jones. Ela interpreta uma professora desde a sua juventude até sua velhice, quando é internada às pressas em um hospital. No leito de seu quarto ela começa a perceber como é uma pessoa querida dos moradores daquele lugar. Quase todos são ex-alunos dela, desde o médico que a atende, passando pela enfermeira, indo até um jovem pobre que acabou se tornando um policial. Grande parte das histórias de cada um é contada em flashbacks, enquanto Miss Dove espera pelo resultado de seu exame. O filme é nostálgico, mostrando e valorizando a figura de uma professora que dedicou toda a sua vida ao ensino das crianças. De geração em geração, todos acabam prestando uma homenagem a ela no hospital onde está internada. É um filme bonito, com o roteiro valorizando aspectos importantes na vida de uma mulher que abriu mão de muitas coisas, até de parte de sua vida pessoal, para se dedicar à arte de ensinar. É interessante também por mostrar uma outra visão desse tipo de profissional que hoje em dia anda tão desvalorizado. Nas pequenas cidades dos Estados Unidos dos anos 50 a realidade era bem diferente, tanto em disciplina na sala de aula, como também no prestígio dessa professora única interpretada pela talentosa Jennifer Jones. O filme assim fica mais do que recomendado para os cinéfilos que apreciam o cinema clássico em sua fase mais inspiradora.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de maio de 2007
Palavras ao Vento
A história do filme se passa no Texas, durante a década de 1950. Uma poderosa família, dona de poços de petróleo da região, enfrenta todos os tipos de problemas familiares. Kyle Hadley (Robert Stack) é um sujeito irresponsável, com problemas de alcoolismo, sempre se envolvendo em situações constrangedoras para sua família. Lucy Moore Hadley (Lauren Bacall) é uma mulher indecisa, com muitos problemas emocionais. Já Mitch Wayne (Rock Hudson) é um jovem comprometido com seu trabalho, desejando subir na vida.
Muito interessante esse filme. Douglas Sirk tinha fama de dirigir seus filmes com a mão pesada, transformando muitos deles em tremendos dramalhões. Bem, isso não acontece tanto aqui - pelo menos não é dos seus trabalhos mais melodramáticos. O roteiro obviamente traz uma série de intrigas envolvendo traições, amores impossíveis e relações familiares escandalosas. Mesmo com tantos ingredientes pesados achei o resultado final muito bom, nada martirizante. Embora seja estrelado por Rock Hudson no auge de sua popularidade, é fácil constatar que aqui ele levou uma rasteira em cena.
Isso porque ninguém consegue brilhar mais no filme do que o ator Robert Stack. Além de seu personagem ser muito bom (um playboy com problemas de alcoolismo e irresponsável), Stack dá show em todos os momentos em que aparece, ofuscando completamente a estrela de Hudson. Em segundos ele vai da fúria ao arrependimento, da infantilidade à maldade. Confesso que nunca tinha assistido nada dele nesse nível. Aliás o conhecia mais pelo papel de Eliot Ness no seriado televisivo "Os Intocáveis" (que passou há muitos anos nos domingos à noite na Globo). Aqui Stack mostra que realmente era ótimo em cena, pois seu personagem em nada lembra o famoso policial que o tornou famoso. Por fim mais uma coisa me fez gostar muito de "Palavras ao Vento": seu maravilhoso clima vintage. Filmado em plenos anos 50 (minha década preferida), o filme desfila em sua bela produção grandes carrões, ótimos figurinos e até jukeboxes que são a cara dos 50´s, tudo o que eu definitivamente adoro. Então é isso, para quem gosta de clássicos dramáticos "Palavras ao Vento" é uma ótima opção.
Palavras ao Vento (Written on the Wind, Estados Unidos, 1956) Direção: Douglas Sirk / Elenco: Rock Hudson, Robert Stack, Lauren Bacall, Dorothy Malone / Sinopse: Em “Palavras ao Vento”, o cineasta Douglas Sirk tece um quadrado amoroso entre quatro pessoas ligadas a uma família milionária do ramo do petróleo. Dois são integrantes da família Hadley: Kyle (Robert Stack) é um playboy alcoólatra, e Marylee (Dorothy Malone), uma ninfomaníaca. Marylee ama Mitch Wayne (Rock Hudson), espécie de filho adotivo da família, e o homem que toca os negócios da empresa. Ele é o protótipo do homem perfeito: bonito, respeitoso, inteligente e sincero. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Dorothy Malone). Também indicado na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Stack) e Melhor Música ("Written on the Wind" de Victor Young).
Pablo Aluísio.
Muito interessante esse filme. Douglas Sirk tinha fama de dirigir seus filmes com a mão pesada, transformando muitos deles em tremendos dramalhões. Bem, isso não acontece tanto aqui - pelo menos não é dos seus trabalhos mais melodramáticos. O roteiro obviamente traz uma série de intrigas envolvendo traições, amores impossíveis e relações familiares escandalosas. Mesmo com tantos ingredientes pesados achei o resultado final muito bom, nada martirizante. Embora seja estrelado por Rock Hudson no auge de sua popularidade, é fácil constatar que aqui ele levou uma rasteira em cena.
Isso porque ninguém consegue brilhar mais no filme do que o ator Robert Stack. Além de seu personagem ser muito bom (um playboy com problemas de alcoolismo e irresponsável), Stack dá show em todos os momentos em que aparece, ofuscando completamente a estrela de Hudson. Em segundos ele vai da fúria ao arrependimento, da infantilidade à maldade. Confesso que nunca tinha assistido nada dele nesse nível. Aliás o conhecia mais pelo papel de Eliot Ness no seriado televisivo "Os Intocáveis" (que passou há muitos anos nos domingos à noite na Globo). Aqui Stack mostra que realmente era ótimo em cena, pois seu personagem em nada lembra o famoso policial que o tornou famoso. Por fim mais uma coisa me fez gostar muito de "Palavras ao Vento": seu maravilhoso clima vintage. Filmado em plenos anos 50 (minha década preferida), o filme desfila em sua bela produção grandes carrões, ótimos figurinos e até jukeboxes que são a cara dos 50´s, tudo o que eu definitivamente adoro. Então é isso, para quem gosta de clássicos dramáticos "Palavras ao Vento" é uma ótima opção.
Palavras ao Vento (Written on the Wind, Estados Unidos, 1956) Direção: Douglas Sirk / Elenco: Rock Hudson, Robert Stack, Lauren Bacall, Dorothy Malone / Sinopse: Em “Palavras ao Vento”, o cineasta Douglas Sirk tece um quadrado amoroso entre quatro pessoas ligadas a uma família milionária do ramo do petróleo. Dois são integrantes da família Hadley: Kyle (Robert Stack) é um playboy alcoólatra, e Marylee (Dorothy Malone), uma ninfomaníaca. Marylee ama Mitch Wayne (Rock Hudson), espécie de filho adotivo da família, e o homem que toca os negócios da empresa. Ele é o protótipo do homem perfeito: bonito, respeitoso, inteligente e sincero. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Dorothy Malone). Também indicado na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Stack) e Melhor Música ("Written on the Wind" de Victor Young).
Pablo Aluísio.
Almas Maculadas
Jornalista (Rock Hudson) resolve escrever uma matéria sobre um veterano da II Guerra Mundial, piloto condecorado (Robert Stack) que para sobreviver no pós guerra tem que se apresentar em parques de diversões em exibições aéreas onde faz acrobacias e disputa acirradas corridas com outros aviadores. "Almas Maculadas" é baseado em famoso livro do consagrado William Faulkner. Quem conhece a obra desse famoso escritor sabe o que encontrará em suas estórias: personagens marginais, à margem dos ricos e bem sucedidos, tentando sobreviver dentro do selvagem capitalismo americano. São seres que vivem um dia após o outro, sem grandes esperanças de que algo realmente vá melhorar em suas vidas. Isso se repete na trupe que vive ao lado do veterano aviador, sua esposa, a sensual e bonita LaVern Shummann (interpretada pela linda Dorothy Malone) e o fiel mecânico Jiggs (feito pelo bom ator Jack Carson).
A produção é estrelada por Rock Hudson, naquela altura já com status de super astro (tinha feito há pouco o grande sucesso "Assim Caminha a Humanidade"). Ele comparece com sua habitual boa presença em cena mas aos poucos vê seu personagem perdendo espaço para LaVern, a esposa do piloto veterano. Curioso mas a estrutura do livro foi realmente criada em torno dessa mulher, seus dramas, sua paixão não correspondida e a luta pela sobrevivência no dia a dia. Robert Stack que havia estado tão bem em "Palavras ao Vento" aqui perde espaço até porque seu personagem é antipático e nada carismático. A direção do grande Douglas Sirk se revela novamente bem sucedida ao lado de seu galã preferido, Rock Hudson. Aliás esse filme seria o último ao lado de Rock, o que realmente é de se lamentar. No saldo final adorei o resultado pois a melancolia e a desesperanças que vemos em cena é bastante fiel ao texto de Faulkner. Em essência é mais uma boa produção da filmografia do ator Rock Hudson.
Almas Maculadas (The Tarnished Angels, Estados Unidos, 1958) Direção: Douglas Sirk / Escritores: William Faulkner (romance) e George Zuckerman (roteiro) / Com Rock Hudson, Robert Stack, Doroth Malone e Jack Carson / Sinopse: Jornalista (Rock Hudson) resolve escrever uma matéria sobre um veterano da II Guerra Mundial, piloto condecorado (Robert Stack) que para sobreviver no pós guerra tem que se apresentar em parques de diversões em exibições aéreas onde faz acrobacias e disputa acirradas corridas com outros aviadores.
Pablo Aluísio.
A produção é estrelada por Rock Hudson, naquela altura já com status de super astro (tinha feito há pouco o grande sucesso "Assim Caminha a Humanidade"). Ele comparece com sua habitual boa presença em cena mas aos poucos vê seu personagem perdendo espaço para LaVern, a esposa do piloto veterano. Curioso mas a estrutura do livro foi realmente criada em torno dessa mulher, seus dramas, sua paixão não correspondida e a luta pela sobrevivência no dia a dia. Robert Stack que havia estado tão bem em "Palavras ao Vento" aqui perde espaço até porque seu personagem é antipático e nada carismático. A direção do grande Douglas Sirk se revela novamente bem sucedida ao lado de seu galã preferido, Rock Hudson. Aliás esse filme seria o último ao lado de Rock, o que realmente é de se lamentar. No saldo final adorei o resultado pois a melancolia e a desesperanças que vemos em cena é bastante fiel ao texto de Faulkner. Em essência é mais uma boa produção da filmografia do ator Rock Hudson.
Almas Maculadas (The Tarnished Angels, Estados Unidos, 1958) Direção: Douglas Sirk / Escritores: William Faulkner (romance) e George Zuckerman (roteiro) / Com Rock Hudson, Robert Stack, Doroth Malone e Jack Carson / Sinopse: Jornalista (Rock Hudson) resolve escrever uma matéria sobre um veterano da II Guerra Mundial, piloto condecorado (Robert Stack) que para sobreviver no pós guerra tem que se apresentar em parques de diversões em exibições aéreas onde faz acrobacias e disputa acirradas corridas com outros aviadores.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Sangue, Suor e Lágrimas
Título no Brasil: Sangue, Suor e Lágrimas
Título Original: Fighter Squadron
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Raoul Walsh
Roteiro: Seton I. Miller, Martin Rackin
Elenco: Edmond O'Brien, Robert Stack, Rock Hudson, John Rodney, Tom D'Andrea, Shepperd Strudwick, Arthur Space
Sinopse:
Numa base aérea americana na Inglaterra, durante a segunda guerra mundial, dois oficiais lutam pelo controle dos homens de uma esquadrilha de caças. O objetivo é treinar todos os membros da equipe para um momento chave dentro da guerra, a invasão do norte da França, na Normandia, numa das maiores operações militares da história que passaria a ser conhecida pelo codinome código de "Dia D". A invasão se tornaria o momento da virada na guerra, marcando o começo da vitória aliada no conflito.
Comentários:
Esse filme seria como qualquer outro feito para louvar o heroísmo dos que lutaram na segunda guerra mundial se não fosse por um detalhe importante: foi o primeiro filme da carreira do futuro astro Rock Hudson. Na época Rock ainda era um novato em Hollywood procurando por um lugar ao sol. Ele tinha acabado de assinar um contrato com o agente Henry Wilson e havia caído nas graças do diretor Raoul Walsh que resolveu lhe dar uma oportunidade, pequena é verdade, mas que significou bastante para o ator naquele momento de sua carreira. O papel de Rock é insignificante, ele interpreta um tenente com apenas uma linha de diálogo em cena. Isso porém foi o bastante para chamar a atenção dos produtores que viram potencial ali. Claro, Rock não era um grande ator, mas tinha um visual impecável, era bonito, alto, o estilo galã perfeito para os filmes românticos. A Universal saiu na frente e contratou Rock Hudson. Imediatamente o colocou no programa de treinamento de atores do estúdio (o melhor que havia na cidade) e começou a lapidar seu futuro como grande astro. "Sangue, Suor e Lágrimas" recebeu esse título por causa do famoso discurso do primeiro ministro Winston Churchill que logo no começo da segunda guerra mundial discursou pelo rádio ao povo inglês afirmando que não prometia nada a não ser sangue, suor e lágrimas! No geral o que temos aqui é uma eficiente fita de guerra, com alguns bons momentos de tensão e ação. Não chega a se destacar como outros que eram lançados no mesmo período mas cumpre bem suas pretensões (modestas) do ponto de vista cinematográfico. Além disso só pelo simples fato de ter sido a estreia de Rock Hudson no cinema já vale a sua atenção. Um filme mediano mas certamente histórico dentro da sétima arte.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fighter Squadron
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Raoul Walsh
Roteiro: Seton I. Miller, Martin Rackin
Elenco: Edmond O'Brien, Robert Stack, Rock Hudson, John Rodney, Tom D'Andrea, Shepperd Strudwick, Arthur Space
Sinopse:
Numa base aérea americana na Inglaterra, durante a segunda guerra mundial, dois oficiais lutam pelo controle dos homens de uma esquadrilha de caças. O objetivo é treinar todos os membros da equipe para um momento chave dentro da guerra, a invasão do norte da França, na Normandia, numa das maiores operações militares da história que passaria a ser conhecida pelo codinome código de "Dia D". A invasão se tornaria o momento da virada na guerra, marcando o começo da vitória aliada no conflito.
Comentários:
Esse filme seria como qualquer outro feito para louvar o heroísmo dos que lutaram na segunda guerra mundial se não fosse por um detalhe importante: foi o primeiro filme da carreira do futuro astro Rock Hudson. Na época Rock ainda era um novato em Hollywood procurando por um lugar ao sol. Ele tinha acabado de assinar um contrato com o agente Henry Wilson e havia caído nas graças do diretor Raoul Walsh que resolveu lhe dar uma oportunidade, pequena é verdade, mas que significou bastante para o ator naquele momento de sua carreira. O papel de Rock é insignificante, ele interpreta um tenente com apenas uma linha de diálogo em cena. Isso porém foi o bastante para chamar a atenção dos produtores que viram potencial ali. Claro, Rock não era um grande ator, mas tinha um visual impecável, era bonito, alto, o estilo galã perfeito para os filmes românticos. A Universal saiu na frente e contratou Rock Hudson. Imediatamente o colocou no programa de treinamento de atores do estúdio (o melhor que havia na cidade) e começou a lapidar seu futuro como grande astro. "Sangue, Suor e Lágrimas" recebeu esse título por causa do famoso discurso do primeiro ministro Winston Churchill que logo no começo da segunda guerra mundial discursou pelo rádio ao povo inglês afirmando que não prometia nada a não ser sangue, suor e lágrimas! No geral o que temos aqui é uma eficiente fita de guerra, com alguns bons momentos de tensão e ação. Não chega a se destacar como outros que eram lançados no mesmo período mas cumpre bem suas pretensões (modestas) do ponto de vista cinematográfico. Além disso só pelo simples fato de ter sido a estreia de Rock Hudson no cinema já vale a sua atenção. Um filme mediano mas certamente histórico dentro da sétima arte.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de maio de 2006
A Trilha da Amargura
Durante as chamadas guerras indígenas um obstinado tenente da cavalaria americana, Billings (Robert Stack), recebe uma importante missão: levar um tratado de paz até uma nação nativa distante e isolada no meio do deserto do oeste americano. Para tanto ele reúne seus homens (um pelotão do exército americano) e parte em direção a uma região hostil e praticamente desconhecida do homem branco. No meio do caminho encontram o filho do chefe Nuvem Cinzenta que lhes promete levar até seu pai. O problema é que o jovem guerreiro na verdade esconde suas reais intenções pois odeia o homem branco e sua sede de dominação. Assim leva o pelotão a uma viagem sem fim, sem rumo certo, andando em círculos, com a única finalidade de levar todos a morrerem no meio do deserto por sede e fome. Confiando demais no jovem guerreiro o tenente finalmente entende que está trilhando um caminho sem volta, que poderá levar todos os seus homens à morte certa.
"A Trilha da Amargura" é um faroeste com toques de aventura. O deserto, seco e completamente inóspito, acaba virando um dos principais personagens da trama. Os homens sedentos, desesperados e à mercê da natureza implacável precisam se virar como podem para sobreviver. Com locações no famoso Vale da Morte na Califórnia, a produção se destaca por sua escolha por um tom mais realista das vastas planícies desoladas do velho oeste americano. A própria farda azul dos soldados acaba ganhando um tom de cinza de tanta poeira e desolação.
Quando conseguem encontrar algum manancial no meio do nada logo percebem que a água não é potável. Some-se a isso a presença de serpentes venenosas e a própria exaustão da peregrinação rumo a um destino que parece nada agradável. O elenco do filme é liderado por Robert Stack, ator que hoje em dia já não é muito conhecido mas que nas décadas de 50 e 60 marcou época principalmente por interpretar o policial Eliot Ness no famoso seriado de TV "Os Intocáveis". Ficou tão marcado por esse papel que depois sentiu dificuldade em estrelar outros filmes. Felizmente conseguiu realizar produções interessantes como bem prova esse bom western "A Trilha da Amargura".
A Trilha da Amargura (War Paint, Estados Unidos,1953) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Fred Freiberger, William Tunberg / Elenco: Robert Stack, Joan Taylor, Charles McGraw / Sinopse: Pelotão da cavalaria americana acaba sendo enganado pelo filho do chefe tribal ao qual o grupo procura para entregar um tratado de paz entre brancos e índios.
Pablo Aluísio.
"A Trilha da Amargura" é um faroeste com toques de aventura. O deserto, seco e completamente inóspito, acaba virando um dos principais personagens da trama. Os homens sedentos, desesperados e à mercê da natureza implacável precisam se virar como podem para sobreviver. Com locações no famoso Vale da Morte na Califórnia, a produção se destaca por sua escolha por um tom mais realista das vastas planícies desoladas do velho oeste americano. A própria farda azul dos soldados acaba ganhando um tom de cinza de tanta poeira e desolação.
Quando conseguem encontrar algum manancial no meio do nada logo percebem que a água não é potável. Some-se a isso a presença de serpentes venenosas e a própria exaustão da peregrinação rumo a um destino que parece nada agradável. O elenco do filme é liderado por Robert Stack, ator que hoje em dia já não é muito conhecido mas que nas décadas de 50 e 60 marcou época principalmente por interpretar o policial Eliot Ness no famoso seriado de TV "Os Intocáveis". Ficou tão marcado por esse papel que depois sentiu dificuldade em estrelar outros filmes. Felizmente conseguiu realizar produções interessantes como bem prova esse bom western "A Trilha da Amargura".
A Trilha da Amargura (War Paint, Estados Unidos,1953) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Fred Freiberger, William Tunberg / Elenco: Robert Stack, Joan Taylor, Charles McGraw / Sinopse: Pelotão da cavalaria americana acaba sendo enganado pelo filho do chefe tribal ao qual o grupo procura para entregar um tratado de paz entre brancos e índios.
Pablo Aluísio.
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