segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lutero e Calvino - A Loucura da Inquisição Protestante

É interessante que muitos irmãos protestantes sempre levantam a questão da inquisição católica para combater a fé na Igreja Romana. Muitos porém desconhecem sua própria história. É certo que existiram traidores nas fileiras da Igreja Católica, isso porém não pode ser usado como argumento válido contra a Igreja que hoje está aí, com um maravilhoso Papa e uma obra de caridade inigualável pelo mundo afora. Além disso a história do Protestantismo também está repleta de episódios sangrentos e violentos. Na realidade os crimes dos líderes evangélicos começaram bem cedo, ainda com o seu próprio fundador.  Martinho Lutero (1483-1546) não aceitou contestações contra a sua nova doutrina religiosa que nascia e usou de intensa perseguição e violência extrema para impor seu ponto de vista contra eventuais dissidentes. Seu primeiro alvo foi direcionado contra os anabatistas. Esse também era um grupo protestante, baseado na reforma. Eles porém não concordavam com vários pontos defendidos por Lutero.

Bastava a menor discordância - como em relação ao batismo - para que Lutero ordenasse a prisão e morte de seus líderes. Famílias inteiras foram aprisionadas, torturadas e assassinadas em nome da "pureza religiosa" defendida por Lutero. Segundo historiadores a loucura tomou conta na época da Europa e as medidas de Lutero resultaram na morte de milhões (isso mesmo o que você leu, milhões de mortes) ao longo dos anos. Outro alvo da ira de Lutero foi a fé judaica. Lutero logo mostrou sua raiva incontida contra judeus em geral e começou uma intensa e violenta opressão contra eles. Seus escritos, de teor completamente baseado no antissemitismo, serviu inclusive de fundamento histórico e teórico para os nazistas durante as décadas de 1930 e 1940, em pleno auge do holocausto judeu, quando milhões morreram nos campos de concentração da máquina de morte do nazismo alemão.

Outro líder protestante que se notabilizou pela extrema crueldade e violência foi João Calvino (1509-1564). Sua influência e controle sobre todos os protestantes de sua época era tamanha que ele começou a ser chamado de o “papa de Genebra”. Após ter organizado a Igreja Presbiteriana ele começou a perseguir, torturar e matar todos os que divergiam dele em termos teológicos. Com a desculpa de manter a chamada disciplina religiosa, Calvino fundou uma extensa rede de espionagem e informação que procurava identificar os hereges da nova fé protestante. Bastava uma denúncia ou uma acusação para que Calvino jogasse em masmorras escuras e imundas todos os que ousassem contrariar aquilo que ele entendia ser a interpretação certa e infalível da mensagem de Cristo. Não havia espaço para debates - se você discordasse de sua visão, por menor que fosse, certamente seria acorrentado e jogado em alguma cela escura e cheia de ratos infectados por doenças horríveis, como a própria peste negra. Era morte certa depois de algumas semanas.

Calvino então colocou em ordem sua visão de mundo. Era proibido aos protestantes dançar, cantar, sorrir, beijar ou se relacionar com quem não fosse casado. Andar de mãos dadas com um namorado publicamente era considerado uma ofensa gravíssima, uma heresia que ofendia os olhos de Deus. Para Calvino o teatro também era instrumento do diabo. Assim ele logo proibiu a apresentação de peças teatrais. Todas essas atividades eram consideradas satânicas por Calvino. Alguns escritores e pensadores começaram a discordar desse tipo de controle insano sobre a vida de cada pessoa. Entre eles estava o médico humanista Miguel Servet Griza, um homem culto e muito respeitado. Calvino ficou furioso e mandou prender o pensador. Ele foi torturado por semanas a fio e depois queimado vivo em praça pública. Outros ficaram indignados com sua prisão e para eles Calvino reservou um destino ainda mais cruel, mandando que chumbo fervente fosse derramado sobre suas cabeças raspadas. Uma cena de horror indescritível.

Após a morte de Calvino a loucura da inquisição protestante e evangélica continuou. Em países de língua inglesa começou a surgir perseguições em massa chamadas de "caças às bruxas". O principal alvo eram mulheres solteiras, pobres, que viviam em casebres praticamente miseráveis nas florestas. O fato de possuírem animais de estimação como gatos também era encarado pelos inquisidores protestantes como um claro sinal de que elas eram feiticeiras, amantes de Satã. Essa visão estúpida e preconceituosa levou milhares de mulheres à morte em execuções terríveis, muitas vezes em sessões de torturas horripilantes. Certa vez Calvino havia dito que a tortura limpava parte dos pecados, por isso os carrascos se empenhavam bem na arte de causar sofrimento. Muitas das "bruxas" mortas pelos protestantes eram mulheres já idosas, pobres, que não tinham família. Nas mãos dos protestantes elas passaram por sofrimentos inimagináveis - cenas que chocariam qualquer pessoa minimamente cristã nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

Um comentário:

  1. Catolicismo em Maria
    Lutero e Calvino - A Loucura da Inquisição Protestante

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