quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nossa Senhora de Fátima

No dia 13 de maio de 1917 Nossa Senhora fez sua primeira famosa aparição a três pequeninas crianças em Fátima, Portugal. Lúcia, Francisco e Jacinta foram os escolhidos por Maria, Mãe de Jesus, para transmitir sua mensagem para toda a humanidade. O surgimento de Nossa Senhora havia sido precedida por três aparições de anjos celestiais no local. Esses anjos tinham surgido para as crianças com o propósito de lhes preparar para a chegada de Nossa Senhora de Fátima. Segundo Lúcia recordaria depois os anjos tinham uma aparência de espíritos de pura luz e brilho.

Maria, mãe de Jesus, surgiu aos três pastorinhos na Cova da Iria ao meio dia. Lúcia assim a descreveu: "Era uma Senhora vestida de branco e mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.

A sua face, indescritivelmente bela, não era nem triste, nem alegre, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito e voltadas para cima. Da mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas só de luz. A túnica era branca e branco o manto, orlado de ouro que cobria a cabeça da Virgem e lhe descia até aos pés. Não se Lhe viam os cabelos nem as orelhas."

Maria antecipou que iria surgir em novas aparições sempre no dia 13 de cada mês. Maria tratou de diversos temas mas dedicou especial atenção ao que vinha acontecendo na Rússia. O país estava caindo nas garras do comunismo ateu Marxista, dominação ideológica que subjugaria aquele povo por mais de sete décadas de ditadura vermelha brutal e sanguinária.

Sua mensagem também revelava três segredos sobre o futuro da humanidade. Muitos anos depois a Congregação para a Doutrina da Fé finalmente revelou o inteiro teor da mensagem de Fátima. Maria reforçava a fé na Igreja, como parte do corpo de Cristo em nosso mundo. O núcleo da mensagem também era um apelo de Nossa Senhora para que a humanidade se convertesse genuinamente a Jesus Cristo e ao seu evangelho. As crianças foram exaltadas por Maria para que transmitissem sua mensagem ao mundo, e que as pessoas se arrependessem de seus pecados, fizessem penitência e voltassem de corpo e alma para a fé em Deus e Jesus Cristo.

Maria também alertou que todos exercitassem sua liberdade de forma correta, afastando-se do pecado para voltar a Deus em seu plenitude. Também salientou a importância da missão redentora de Jesus Cristo através do trabalho missionário da Igreja. Maria avisou que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo, promovendo mais guerras e novas perseguições à Igreja. Os bons seriam martirizados e o Papa sofreria imensamente. As nações sob julgo do comunismo viveriam dias terríveis. Maria disse a Lúcia: "“A Rússia será o instrumento de castigo escolhido pelo Céu para punir o mundo inteiro, se, de antemão não obtivermos a conversão dessa pobre nação ...”

Maria também previu em sua mensagem o fim da Primeira Guerra, a chegada da Segunda Guerra Mundial e o terrível mal que ela causaria em todos os povos do mundo. Por fim deixou o pedido para que a Rússia fosse consagrada ao seu imaculado coração pelo Papa. Essa consagração seria realizada décadas depois por João Paulo II que tinha uma grande devoção Mariana. Depois que a Rússia foi consagrada ao imaculado coração de Maria seu regime comunista veio abaixo, poucos meses depois da realização da cerimônia no Vaticano.

Os comunistas que por décadas tinham perseguidos cristãos na União Soviética, viam com seus próprios olhos o fim do comunismo naquela nação. As enormes estátuas dos genocidadas Stálin e demais ídolos assassinos do regime vieram ao chão em toda a Rússia. Os países satélites ao regime de ferro e fogo soviético proclamaram suas independências, saindo finalmente do julgo daquele sistema brutal e genocida, algo que Maria também previra em sua aparição de forma clara ao dizer: "Por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz."

E assim como Maria havia previsto o Papa passaria por grande provação. João Paulo II sofreu um atentado no Vaticano que quase custou sua vida. Segundo o próprio Papa ele só não morreu porque Maria e seus anjos o salvaram no último minuto da bala assassina. Sua devoção a Maria só aumentou depois desse fato. João Paulo II também atribuia essa tentativa de assassinato ao terceiro segredo de Fátima que havia sido mantido sigiloso pela Igreja Católica por longos anos. 

Maria também deu aos pequenos uma visão do inferno e daquilo que esperava todos aqueles que cometiam crimes contra Deus e seu Imaculado Coração. Lúcia relembrou esse dia ao escrever: "Mostrou-nos um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra. Mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saíam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas em os grandes incêndios sem peso, nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros."

Depois dessa visão assustadora Maria explicou: "Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior." Maria também suplicou: "Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas irão para o Inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas" Por fim declarou: "Não ofendam mais a Deus, Nosso Senhor, que já está muito ofendido." A aparição Mariana de Fátima é considerada até hoje pelos teólogos como a mais completa e importante da história. Até mesmo os céticos ficam intrigados pelo fato de Maria ter previsto inúmeros acontecimentos históricos que só aconteceriam de fato muitas décadas depois de sua aparição.

Pablo Aluísio.

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