sábado, 11 de maio de 2024

The Beatles - Can't Buy Me Love / You Can't Do That

The Beatles - Can't Buy Me Love / You Can't Do That
Em seu recente livro de memórias, onde Paul explica de onde veio algumas de suas mais populares músicas, McCartney relembrou como "Can't Buy Me Love" foi composta. A música foi criada em Paris. Os Beatles estavam se apresentando na França, em uma curta turnê no famoso teatro Olympia. Assim eles faziam os shows de noite e de dia, geralmente no período da tarde, tentavam compor novas músicas, ainda mais naquele momento em que eles tinham assinado um contrato novo para novos discos no selo americano Capitol. 

A música foi composta para sair em single, mas acabou sendo muito associada ao novo disco dos Beatles, pois seria o maior sucesso da trilha sonora de "Os Reis do Ié, Ié, Ié" ou citando o título original dessa produção, "A Hard Day´s Night". Assim que foi lançada em compacto foi um grande sucesso de vendas, chegando no primeiro lugar dos singles mais vendidos da Europa e dos Estados Unidos. No Brasil, nem preciso dizer, também foi um grande sucesso nas rádios. 

O Lado B desse single trazia a faixa "You Can't Do That". Essa era uma criação de John Lennon. Aliás grande parte do disco "A Hard Day´s Night" foi composto por Lennon, com Paul ajudando de forma coadjuvante. Nessa época John estava em uma das fases mais criativas de sua carreira e ele estava mesmo empenhado em compor muito e compor bem. Tanto que durante esses primeiros anos ninguém, nem mesmo Paul, ousava contestar sua liderança nos Beatles. 

O compacto original com essas duas músicas chegou ao mercado internacional em 16 de março de 1964, Depois a gravadora EMI decidiu incluir as duas faixas na trilha sonora do novo filme dos Beatles, o primeiro e considerado o melhor trabalho deles no cinema. Esse filme captou bem o clima da Beatlemania. Em fotografia preto e branco foi um precioso registro cinematográfico de como eram os Beatles naquela época. 

Pablo Aluísio. 

Elvis Presley - You Don't Have to Say You Love Me / Patch Up

Elvis Presley - You Don't Have to Say You Love Me / Patch Up 
Em termos de single o último lançamento de Elvis em relação a "That´s The Way It Is" foi esse compacto simples com a dobradinha "You Don't Have to Say You Love Me / Patch Up". Era outubro de 1970 e embalado pela promoção extra que vinha das salas de cinema o novo single de Elvis acabou sendo muito bem sucedido nas paradas. 

Quase alcançou o Top 10 da Billboard, chegando na décima primeira posição entre os mais vendidos. Uma ótima posição para Elvis naquela época. As rádios tocaram bastante o Lado A "You Don't Have to Say You Love Me". Já o Lado B com "Patch Up" não teve a mesma sorte, embora Elvis tivesse se esforçado bastante para divulgar a música em seus shows realizados em Las Vegas.

A capa trazia na discografia do cantor uma curiosidade. Era a primeira vez que um disco seu o trazia usando óculos! A foto foi tirada durante os ensaios para a temporada em Las Vegas e como sempre acontecia nesses momentos Elvis mantinha seus óculos pois havia sido aconselhado por médicos a fazer isso pois ela tinha desenvolvido glaucoma. Com a iluminação das filmagens da MGM ele resolveu manter seus olhos protegidos.

Já nos palcos Elvis raramente usava óculos, o que lhe trouxe problemas oculares por causa dos canhões de luz próprios da época. Curiosamente os covers de Elvis não dispensam os óculos de "aviador" nem mesmo quando estão no palco, talvez para reforçar a caracterização do cantor (esse modelo acabou ficando bem marcado com essa fase de Elvis). Então é isso, temos aqui um single muito bem sucedido comercialmente, embora a longo prazo não tenha sido tão marcante assim pois Elvis logo deixaria de cantar as canções em seus concertos. O público também pareceu se esquecer rapidamente delas, apesar do sucesso inicial.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Rebel Moon - Parte 2

Título no Brasil: Rebel Moon - Parte 2
Título Original: Rebel Moon - Part Two: The Scargiver
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad
Elenco: Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Ed Skrein

Sinopse: 
"Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes" segue adiante com a história mostrada no primeiro filme. A Lua Rebelde, povoada por camponeses e agricultores pacatos e pacíficos, recruta mercenários por toda a galáxia para ajudar em sua defesa. Uma nave de guerra do Império está indo em direção ao satélite, para um acerto de contas violento com seus habitantes. 

Comentários:
O primeiro filme já não foi essas coisas. Apenas um genérico de alguns clássicos modernos do gênero Sci-fi como "Star Wars" (a referência mais do que óbvia, beirando o plágio mesmo) e produções B como agora sempre lembrado "Mercenários das Galáxias". Então não procure por qualquer sinal de originalidade nesse roteiro. Pior é que de certa maneira fizeram um filme contando a mesma história do primeiro filme. Até o vilão que havia sido destruído no primeiro filme foi ressuscitado para voltar! Que falta de imaginação! Os personagens são todos mal desenvolvidos, assim o espectador nem se importa muito quando eles são mortos. O diretor Zack Snyder entrega um produto preguiçoso e sem novas ideias. Como a Netflix bancou seu projeto e como esses filmes não foram lançados nos cinemas, ele me pareceu bem displicente. Zack Snyder é um daqueles cineastas que falam demais, mas que no final das contas entregam pouco. Chega a ser um chato intolerável, com muita conversa fiada! Enfim, uma ficção que até tinha potencial, mas que se revela genérica ao ponto de trazer embaraço para todos os envolvidos. 

Pablo Aluísio.

O Fabricante de Lágrimas

Título no Brasil: O Fabricante de Lágrimas
Título Original: Fabbricante di lacrime
Ano de Lançamento: 2024
País: Itália
Estúdio: Colorado Film Production
Direção: Alessandro Genovesi
Roteiro: Erin Doom, Eleonora Fiorini
Elenco: Simone Baldasseroni, Caterina Ferioli, Sabrina Paravicini

Sinopse:
Dois jovens, que viveram em orfanatos por anos, são finalmente adotados por uma família. Na vida anterior eles estavam apaixonados, mas agora, quase como irmãos, precisam lidar não apenas com a nova vida, mas também com o fato de que precisam reprimir de alguma forma o que sentem um pelo outro. 

Comentários:
Esse é um romance juvenil, feito para os adolescentes chorarem com a história de amor cheio de problemas dos dois protagonistas. Eram órfãos, agora foram adotados. Ele faz o estilo mais rebelde e inconformado. Ela é mais centrada, pensa em estudar para seguir em frente com sua vida. Os desafios são muitos. Há uma nova escola para onde vão que nem sempre se revela um lugar seguro ou amigável. Há outros estudantes com más intenções. Muitos deles apresentam personalidade tóxica. Um deles, um riquinho, está determinado a levar a jovem para a cama de qualquer maneira. Não é uma produção americana, mas sim italiana. É curioso ver como o cinema italiano hoje em dia sofre influências pesadas da cultura dos Estados Unidos. Eles tentaram seguir os passos das produções teen Made in USA. Eu sempre gosto de dizer que esse tipo de filme não foi feito para uma pessoa da minha idade, então é complicado avaliar. É algo produzido para adolescentes apaixonados. Penso que eles vão acabar gostando. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

A Grande Entrevista

Título no Brasil: A Grande Entrevista 
Título Original: Scoop
Ano de Lançamento: 2024
País: Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Philip Martin
Roteiro: Samantha McAlister, Peter Moffat
Elenco: Gillian Anderson, Rufus Sewell, Billie Piper

Sinopse:
No meio de uma onda de grande polêmica e escândalo, a imprensa britânica descobre o envolvimento do príncipe Andrew com um milionário americano chamado Jeffrey Epstein. Ele estaria envolvido com uma grande rede de pedofilia, onde mulheres jovens e vulneráveis eram exploradas sexualmente por figurões endinheirados. Tentando contornar toda essa situação negativa, o príncipe decide então dar uma entrevista para a BBC, algo que vai se revelar futuramente uma péssima ideia. 

Comentários:
Eu acredito que a monarquia inglesa nunca se viu envolvida em tantos escândalos como nessas duas últimas gerações. A Rainha Elizabeth II sempre manteve uma postura irretocável nesse campo moral, mas seus filhos foram desastrosos nesse aspecto. O príncipe Andrew até era poupado desse tipo de sensacionalismo sexual, mas quando a imprensa descobriu seus supostos segredos a coisa toda saiu do controle. Ele esteve supostamente envolvido em um grande escândalo de exploração sexual de menores, algo que levou inclusive o milionário americano chamado Jeffrey Epstein à prisão. Esse sujeito acabou sendo condenado a muitos anos de prisão por causa desses crimes. Acabaria inclusive se suicidando em sua cela, numa morte ainda encoberta de mistérios. Agora imagine um filho da Rainha Elizabeth II envolvido nesse tipo de situação... realmente terrível para a monarquia. E pior é que sua entrevista pela BBC tentando se explicar (que é o foco principal nesse filme) se revelou um desastre completo. Depois disso não houve como voltar atrás. Andrew caiu em desgraça completa e praticamente foi banido da família real. Algo que se perdura até os dias de hoje. Assista a esse bom filme e entenda como tudo aconteceu. 

Pablo Aluísio.

A Rainha Guerreira

Título no Brasil: A Rainha Guerreira
Título Original: Boudica
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: Bleiberg Entertainment
Direção: Jesse V. Johnson
Roteiro: Jesse V. Johnson
Elenco: Olga Kurylenko, Tim Barber, Andy Beckwith

Sinopse:
O império Romano invade e conquista a ilha da Bretanha (atualmente Inglaterra e Escócia). Inicialmente sua vitória se consolida, mas a forte opressão contra os povos nativos, os bretões e os celtas, começa a tornar a presença romana insuportável. E uma rainha local, chamada Boudica, organiza um grande exército de bárbaros para expulsar as legiões romanas do solo de sua nação. 

Comentários:
A Rainha guerreira Boudica realmente existiu. Era uma soberana que ousou enfrentar o poder do império romano em seu auge. A verdade histórica porém ainda está encoberta pelas areias do tempo. As fontes que sobreviveram trazem um misto de crônicas da época misturadas com mitologia. Ainda assim é um capítulos mais interessantes da história da Europa antiga. Por essa razão acompanhei o filme com interesse, pois adoro História. Entretanto algo precisa ser dito sobre esse filme. Histórias como essa precisam de uma grande produção. Qualquer filme de conquistas romanas exige necessariamente uma grande produção, muito orçamento. Não adianta fazer um filme com o mínimo de dinheiro para não passar vergonha. É o caso aqui. O filme não tem a produção necessária para se contar uma história tão grandiosa, com cenas épicas de batalhas, etc. Ainda espero que algum grande estúdio de Hollywood resolva contar esse capítulo histórico. Aí sim teremos um filme inesquecível para assistir. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Sombras da Lei

Título no Brasil: Sombras da Lei 
Título Original: Night Falls on Manhattan
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Robert Daley, Sidney Lumet
Elenco: Andy Garcia, Richard Dreyfuss, Lena Olin

Sinopse:
Sean Casey (Andy Garcia) é um promotor público recentemente empossado no cargo que acaba tendo que lidar com um caso muito delicado de corrupção pois seus próprios familiares estariam envolvidos em desvios de dinheiro público! 

Comentários:
Mais um bom filme de Sidney Lumet. Esse foi um dos melhores diretores da história de Hollywood. Ele fez uma grande série de bons e alguns excelentes filmes. Esse aqui não é muito lembrado, mas mantém seu rotineiro nível de qualidade. No elenco interpretando o protagonista temos o ator Andy Garcia, naquela período sendo lançado como astro de vários filmes. Infelizmente nenhum deles foi um grande sucesso de bilheteria. Por essa razão puramente comercial ele nunca se tornou um grande astro em Hollywood. Não tem importância, o que importa é o bom nível de sua atuação. E sobre a questão ética levantada pelo filme penso que uma pessoa realmente honesta nem pensaria duas vezes. Sendo parentes ou não, criminosos devem pagar pelos seus crimes. É simples, embora muitas pessoas ainda pensem de forma diferente. 

Pablo Aluísio.

Ferocidade Máxima

Título no Brasil: Ferocidade Máxima
Título Original: Fierce Creatures
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Young, Fred Schepisi
Roteiro: John Cleese, Terry Jones
Elenco: John Cleese, Jamie Lee Curtis, Kevin Kline, Michael Palin, Michael Percival

Sinopse:
Um grupo de funcionários de um Zoo passam por situações bem embaraçosas depois que a direção do estabelecimento é mudada. Os novos diretores não sabem nada sobre como cuidar de um zoológico, por isso os funcionários decidem dar uma lição neles. 

Comentários:
O que temos aqui é uma comédia de humor bem britânico. O grande atrativo vem do fato do roteiro ter sido escrito por dois ex-integrantes do grupo Monty Python. Além disso o elenco contou com outros nomes da antiga trupe que realmente revolucionou o humor inglês nas décadas de 1960 e 1970. O próprio Terry Jones afirmou na época de lançamento do filme que o esboço desse enredo havia sido escrito muitos anos antes, ainda nos tempos do Monty Python e que só não foi aproveitado por eles em algum filme ou no programa de televisão porque não houve tempo de terminar o roteiro. Felizmente nos anos 90 eles conseguiram finalizar o projeto. Não é grande coisa, devo admitir, mas tem lá seus momentos bem divertidos. Veio na onda do sucesso de "Um Peixe Chamado Wanda", mas infelizmente não fez sucesso nos cinemas. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de maio de 2024

A Ponte da Desilusão

Título no Brasil: A Ponte da Desilusão
Título Original: Die Brücke
Ano de Lançamento: 1959
País: Alemanha Ocidental
Estúdio: Deutsche Film Hansa
Direção: Bernhard Wicki
Roteiro: Manfred Gregor, Michael Mansfeld
Elenco: Volker Bohnet, Fritz Wepper, Michael Hinz

Sinopse:
Na fase final da Segunda Grande Guerra Mundial, o exército da Alemanha nazista começa a recrutar jovens e adolescentes para lutarem contra o inimigo. E um grupo de jovens de uma pequena cidade é levada para defender a ponte de entrada de sua comunidade contra uma linha de tanques de guerra do exército dos Estados Unidos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. 

Comentários:
Uma das coisas mais cruéis da Segunda Guerra aconteceu quando Hitler mandou alistar jovens da Alemanha para defender o país da invasão dos aliados. Como grande parte dos homens adultos já estavam mortos por longos anos de batalhas ferozes, só sobrou mesmo os meninos para lutar. E assim foi feito. Deram armas, equipamentos, fardas e quase nenhum treinamento para esses garotos. E eles foram jogados em situações extremas, como a mostrada nesse filme. Imagine esses meninos tendo que enfrentar um batalhão de tanques de guerra do exército americano. Era obviamente a prévia de um grande massacre. Os eventos mostrados no filme são baseados em fatos reais, o que deixa tudo ainda mais terrível. Enfim, excelente filme alemão feito no pós-guerra. Uma forma de denunciar mais esse absurdo que aconteceu durante o regime nazista naquela nação. 

Pablo Aluísio.

Joel McCrea

Joel McCrea
Foi um dos atores mais populares do faroeste americano. Segue um pequeno resumo biográfico sobre ele. Uma das grandes estrelas dos faroestes americanos e também um protagonista muito popular em filmes convencionais. Ele nasceu e foi criado nos arredores de Hollywood e quando menino começou a se interessar pelos filmes que estavam sendo feitos por toda parte. Ele estudou atuação no Pomona College e teve alguma experiência no palco no Pasadena Community Playhouse, onde outras futuras estrelas como Randolph Scott, Robert Young e Victor Mature também teriam sua primeira experiência.

Joel McCrea trabalhou como figurante após se formar na University of Southern California em 1928 e fez alguns trabalhos de dublê. Em um raro caso de um figurante ser escolhido na multidão para desempenhar um papel importante, McCrea teve a chance de participar em filmes que fizeram sucesso nas bilheterias. Seguiu-se um contrato na MGM e, em seguida, um contrato melhor na RKO. Will Rogers gostou do jovem (eles compartilhavam o amor por fazendas e laços) e fez muito para elevar a carreira de McCrea.

Sua boa aparência, saudável e modos calmos logo foram procurados, principalmente em dramas e comédias românticas, e ele se tornou um protagonista cada vez mais popular. Ele esperava se concentrar nos faroestes, mas vários anos se passaram antes que ele pudesse convencer os diretores do estúdio a escalá-lo para um. Quando ele teve sucesso naquele gênero, mais e mais faroestes vieram em seu caminho. Mas ele continuou a deixar sua marca em outros tipos de filmes e mostrou-se particularmente adepto da comédia leve de Preston Sturges, para quem fez vários filmes.

No final dos anos 40, sua concentração estava voltada para os faroestes, e ele fez poucos fora desse gênero cinematográfico. Ele acabou ficando imensamente popular atuando em filmes de western. Joel McCrea e Randolph Scott, cuja carreira se assemelha fortemente à dele, saíram da aposentadoria para fazer um clássico do gênero, "Pistoleiro do Entardecer" de Sam Peckinpah, lançado no ano de 1962. Scott permaneceu aposentado depois disso; McCrea fez algumas aparições em pequenos filmes depois, mas se contentou principalmente em manter sua vida como um cavalheiro e um fazendeiro. Ele foi casado por cinquenta e sete anos com a atriz Frances Dee.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

A Czarina

Título no Brasil: A Czarina
Título Original: A Royal Scandal
Ano de Lançamento: 1945
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Otto Preminger, Ernst Lubitsch
Roteiro: Edwin Justus Mayer, Bruno Frank
Elenco: Tallulah Bankhead, Charles Coburn, Vincent Price, Anne Baxter, Vladimir Sokoloff, Mikhail Rasumny

Sinopse:
Na corte da Czarina Catarina, a Grande, um jovem soldado consegue chegar até a imperatriz para lhe alertar sobre diversos problemas que ocorrem na sua nação. Catarina (Tallulah Bankhead) não dá muita atenção ao que ele tem a lhe dizer, mas fica particularmente interessada nele como homem, como um potencial futuro relacionamento amoroso. 

Comentários:
Bom filme. Não espere por nenhuma produção épica contando as conquistas de Catarina II da Rússia. Na realidade o que temos aqui é mais uma comédia de costumes, com um pouco de humor e sutileza sobre os interesses de alcova da Czarina. O enredo é divertido e como o filme não é muito longo, pelo contrário, é curto, funciona muito bem. A atriz Tallulah Bankhead certamente tinha o porte ideal para interpretar uma personagem tão poderosa. Ele tinha esse ar da velha aristocracia com a voz meio destruída pela bebida alcoólica, querendo parecer bondosa, mas sempre prestes a fazer alguma perversidade caso fosse contrariada. Ela está assim está perfeita em sua atuação. Agora, nada é mais interessante em termos de elenco do que ver o ator Vincent Price interpretando um irônico embaixador francês na corte da Rússia. Para quem só o conhece dos filmes de terror saiba que ele era um sujeito bem culto e igualmente aristocrático. Ficou também perfeito em seu personagem!. Enfim, um filme que gostei bastante, valorizado acima de tudo pelas boas atuações de todo o elenco. 

Pablo Aluísio.

Boêmio Encantador

Título no Brasil: Boêmio Encantador
Título Original: Holiday
Ano de Produção: 1938
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: George Cukor
Roteiro: Donald Ogden Stewart, Sidney Buchman
Elenco: Katharine Hepburn, Cary Grant, Doris Nolan, Lew Ayres, Henry Kolker, Binnie Barnes

Sinopse: 
Johnny Case (Cary Grant) é um rapaz pobre que se apaixona por uma garota rica chamada Linda Seton (Katharine Hepburn). Ela corresponde aos seus avanços românticos, mas ele teme ser rejeitado pela família milionária dela. Para superar isso, Johnnqy decide elaborar um plano para ser executado durante um feriado muito especial. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Comédia romântica sofisticada da década de 1930 em que se destacam o elenco e a direção sempre muito elegante do mestre George Cukor. O casal formado pelos sempre ótimos Katharine Hepburn e Cary Grant esbanja charme e elegância em cena. Muito jovens ainda, eles literalmente carregam o filme nas costas, uma vez que não havia como negar que o roteiro era bem ingênuo e não muito bem escrito. Essa aliás foi a crítica mais recorrente ao filme em seu lançamento original. Na verdade, ele se apoia em um tipo de inocência social que hoje em dia soa até esquisito e sem muito nexo. Mesmo assim o espectador deve ter em mente que está assistindo a um filme que foi produzido há mais de 70 anos e por isso deve tentar se adequar ao contexto histórico social em que ele foi realizado. Por falar nisso, um dos problemas que o cinéfilo terá que enfrentar é a má qualidade das cópias que sobreviveram ao desafio do tempo. O diretor Martin Scorsese trabalhou com sua equipe na restauração de filmes antigos e esse "Holiday" foi um deles. O resultado melhorou muito a qualidade da imagem e som, mas obviamente por ser tão antigo há um limite para esse tipo de melhoria. Assim se você se interessa pela história do cinema não deixe de ver "Boêmio Encantador", nem que seja para apenas conhecer os trejeitos sociais daqueles tempos ou ver dois mitos do cinema ainda jovens e esbanjando sedução e charme em cena, tudo embalado por um fino humor dos anos 30.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de maio de 2024

Madonna - The Celebration Tour

Madonna - The Celebration Tour
Assisti ontem ao show da Madonna nas areias da praia de Copacabana. Queriam ou não, esse foi o evento musical do ano no Brasil nesse ano de 2024. Nada foi feito perto dessa magnitude e nada será feito tão cedo. A Madonna levou mais de 1 milhão e meio de pessoas ao seu concerto. Aliás essa palavra concerto é um pouco equivocada. O show da Madonna está mais para apresentação da Broadway. Tudo remete a essa tradição teatral de Nova Iorque. A música, fator essencial para ela no palco, não foi a única arte representada. Na realidade estava lado a lado com a dança e com a linguagem teatral, dos grandes musicais do presente e do passado. 

E aí que vejo o grande valor desse show. Não se resume a ser apenas a apresentação de uma cantora e sua banda. Aliás não havia banda. Como eu disse, o mais importante foi o aspecto visual. Madonna, que nunca deixou de se considerar uma dançarina, levou um grande grupo de dançarinas e dançarinos ao palco para contar, em última análise, sua própria história. E nesse aspecto não há o que reclamar. Profissionalismo em alto grau. Não vi falhas nesse aspecto. O corpo de bailarinos da Madonna foi impecável realmente. Para quem gosta de dança como expressão artística, o show é nota 10 com louvor. 

No tocante à questão musical realmente houve muita utilização de playback. Isso é inegável. Entretanto as pessoas precisam entender o conceito dessa apresentação da Madonna. É um espetáculo da Broadway e não um concerto de rock. Então o uso de playback é certamente justificável pois esse é o modelo usado nesse tipo de show. Vá na Broadway assistir a qualquer musical que você verá que o playback é usado como padrão para as músicas cantadas. Além do mais temos que levar em consideração que a Madonna é uma artista de 65 anos de idade. Não tem como correr, dançar, pular, fazer a coreografia e ainda cantar pra valer no palco. É impossível. O ser humano tem seus limites. Ainda assim ela realmente cantou em diversas músicas, não foi tudo com uso de playback, vamos ser honestos nas críticas. 

Por fim temos o conteúdo do show. Vejo gente reclamante do excesso de sensualidade, das referências à religião, etc. Ora, quem está reclamando de algo assim simplesmente não conhece a artista Madonna. A carreira dela foi construída em cima desse tipo de mensagem. Ela levanta as bandeiras que considera preciosas, entre elas a defesa da comunidade LGBT. Quem não concorda com esse tipo de posicionamento não deve nem assistir ao show dela. Uma apresentação da Madonna não é lugar para gente religiosa fundamentalista e fanática porque em última análise esse tipo de gente é o foco das críticas da própria Madonna. E temos que admitir que pessoas religiosas demais também são chatas demais, ainda mais no Brasil onde prospera um tipo de evangélico retrógado e medieval que é quase impossível de suportar. Eu nem quero a convivência com esse topo de crente bitolado e nem muito menos a Madonna, é bom frisar! Ela não quer e nem busca a aprovação dos evangélicos, entre outros grupos de preconceito. Ela os critica abertamente!

Então é isso. Realmente vi um show muito profissional, muito bem executado e com a mensagem que a artista considera importante para se passar ao seu púbico. Foi um enorme sucesso e provavelmente o show com o maior público da história, batendo o recorde dos Rolling Stones. Diante disso a apresentação da Madonna foi realmente espetacular!

Pablo Aluísio. 

sábado, 4 de maio de 2024

Elvis Presley - That's the Way It Is - Parte 7

O disco fecha suas cortinas com o clássico "Bridge Over Troubled Water" de Paul Simon. Essa é uma das maiores canções populares já escritas. Gravada originalmente no final dos anos 60 e lançada em janeiro de 1970 no disco de mesmo nome da dupla Simon e Garfunkel a música logo virou símbolo de uma era e colecionou prêmios em sua vitoriosa trajetória: "Gravação do ano", "Álbum do ano", "Melhor canção escrita do ano" e outros. Além da aclamação da crítica o público também não deixou por menos colocando a música por seis semanas seguidas no topo da parada norte americana. Tanto sucesso não poderia passar despercebido por Elvis Presley. Ele amou a música desde a primeira vez que a ouviu e foi um dos primeiros intérpretes a gravar uma versão, apenas seis meses depois que ela foi lançada originalmente pela famosa dupla dos anos 70. Elvis não perderia a chance de fazer sua versão pessoal de uma canção tão significativa. Logo ele, que estava empenhado em renovar seu repertório e produzir material relevante e de importância, bem longe de seu passado recente de trilhas sonoras medíocres. 

Antenado no que estava acontecendo musicalmente ao seu redor, Elvis logo providenciou seu próprio registro da canção. Quando foi informado da data das sessões de gravação em junho daquele mesmo ano ele logo entrou em contato com seu produtor Felton Jarvis e pediu que ele providenciasse logo a liberação da música pois ele já tinha inclusive feito alguns ensaios com sua banda na estrada e estava procurando achar o tom certo para sua versão. Elvis sabia que seu estilo vocal em pouco se aproximava da linha folk universitária de seus autores originais. Ele procurou adaptar a canção ao seu próprio estilo, deixando a simplicidade da versão original de lado e investindo em algo mais grandioso com presença marcante de orquestra (arranjo inexistente dentro da versão original da dupla Simon e Garfunkel). Isso também se justificava porque Elvis pretendia utilizá-la durante seus concertos e não havia como ele, sendo um barítono, fazer uma versão que se aproximasse da ideia simplória de Paul Simon e seu companheiro de dupla. Alguns ajustes teriam que ser feitos e isso traria todas as características que fariam essa canção única dentro da vasta discografia de Elvis. Esse tipo de material era o que ele iria procurar cada vez mais durante os anos 70.

Canções que representassem de alguma forma um novo desafio, um novo pico a alcançar. Certamente os rocks que tanto caracterizaram sua carreira, ao ponto de receber o título de Rei do Rock, não mais significavam um grande desafio a ser superado em 1970. Elvis procurava algo mais, algo que demonstrassem a todos seu grande talento vocal, que deixasse claro para quem ouvisse seus discos ou assistisse seus shows que ele era, acima de qualquer coisa, um grande cantor, nada mais do que isso. Elvis procurava antes de qualquer coisa ser reconhecido por seus colegas profissionais, pela crítica especializada e principalmente por seu público que manteve-se fiel a ele, mesmo na pior fase de sua carreira nos anos 60. 

O saldo final é conhecido de todos: a canção é considerada uma das maiores interpretações de toda a carreira de Elvis Presley! A versão do Rei para o sucesso imortal da dupla "Simon e Garfunkel" emociona até hoje. Como toque final foram acrescentadas palmas para se dar a impressão que ela foi gravada ao vivo, porém esta é a versão de estúdio e não a versão que aparece no filme (e que também é ótima). Só foi lançada da forma como foi gravada muitos anos depois na caixa de CDs "Walk a mile in my Shoes" com nova mixagem e mostrando toda a extensão de sua beleza. "Bridge Over Troubled Water", sem a menor sombra de dúvida, é um dos maiores marcos da carreira de Elvis Presley.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

O Diário de Um Jornalista Bêbado

Jornalista americano freelancer (Johnny Depp) vai até Porto Rico atrás de um emprego em um decadente jornal local. Lá se torna amigo do empresario Sanderson, que deseja construir um grande império de turismo na Ilha após o governo americano colocar à venda as terras e as praias caribenhas da região. Enquanto a situação não se resolve o tal jornalista bêbado bebe, se mete em confusões e paquera a sra Sanderson (Amber Heart). Tudo muito frouxo e sem graça. O filme é muito chato. Só indico a quem gosta de ver dois marmanjos completamente bêbados durante as quase duas horas de filme (um exagero, já que em essência nada de muito importante acontece). O Johhny Depp está travado, o que é um absurdo para quem está interpretando uma personagem alcoolizado. Há cenas constrangedoras de sua canastrice e ele não conseguiu em momento algum dar algum tipo de carisma ao seu jornalista bêbado. Além disso os momentos de humor se resumem a acompanhar esse jornalista bebum passeando por Porto Rico, assistindo rinhas da galo e dando em cima da mulher do empresário Sanderson. Piadas de bêbados tem duração curta mas o filme se alonga desnecessariamente, tentando criar em vão algum vínculo com o espectador (que se não for outro bêbado vai acabar se cansando do roteiro repetitivo).

O filme foi um mega fracasso de bilheteria. Tomando as dores da produção o ator Johnny Depp partiu para a ofensa dizendo que o público americano não gostou do filme porque é "burro"! Sinceramente, além de não ter trabalhado de forma bem no filme ele ainda tentou enfiar goela abaixo do público um produto que em suma é muito chato e fraco. Deveria reconhecer a bomba e ficar calado. Além disso burro será mesmo quem pagar para ver esse monte de bebuns xaropes. Tem graça ver alguém enchendo a cara e falando uma besteira atrás do outra? Eu não vejo graça nenhuma, aliás bêbados são chatos por natureza e o filme comprova isso. Enfim, o filme é literalmente um porre. Merece ter sido o fracasso que foi.

Diário de um Jornalista Bêbado (The Rum Diary, Estados Unidos, 2011) Direção e roteiro de Bruce Robinson. / Elenco: Johnny Depp, Aaron Eckhart, Giovanni Ribisi / Sinopse: Jornalista americano vai até a Costa Rica atrás de emprego em um pequeno jornal local, se envolvendo em diversas confusões, tudo regado a muita bebida e drogas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Bebê Rena

Título no Brasil: Bebê Rena
Título Original: Baby Reindeer
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Weronika Tofilska, Josephine Bornebusch
Roteiro: Richard Gadd
Elenco: Richard Gadd, Jessica Gunning, Nava Mau

Sinopse:
Barman escocês que tenta fazer sucesso em Londres como comediante acaba encarando o fracasso de suas apresentações nos palcos. Pior do que isso, ele passa a ser perseguido por uma mulher completamente perturbada que ele conheceu no pub onde trabalha. E ela está decidida a transformar sua vida em um completo inferno. 

Comentários:
Essa é a série do momento na Netflix. Primeiro lugar em praticamente todos os países e grande repercussão, inclusive na net. Não se fala em outra coisa, é um grande sucesso. A boa notícia é que realmente temos uma excelente série aqui. Tudo o que se vê na tela realmente aconteceu e o ator que interpreta o protagonista está na verdade interpretando sua própria vida, pois aquilo aconteceu com ele, anos atrás. Todos os personagens, justamente por essa razão, possuem muita alma. Não são meros personagens criados para uma história interessante inventada. O comediante fracassado que sobrevive como barman, sua namorada transexual e a perseguidora gorda e psicótica realmente existem e estão por ai, tendo que lidar com os efeitos do grande sucesso da série. É uma daquelas séries com muitas camadas psicológicas para se desvendar. De certa maneira também é muito perturbadora, uma daquelas histórias que não vamos esquecer e que iremos lembrar por muitos anos ainda. Eu gostei muito e recomendo sem hesitação. Se você é uma das poucas pessoas que ainda não viram "Bebê Rena" corra para a Netflix e confira uma das séries mais viscerais e doentias dos últimos anos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Massacre em Rosewood

Título no Brasil: Massacre em Rosewood
Título Original: Rosewood
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Singleton
Roteiro: Gregory Poirier
Elenco: Jon Voight, Ving Rhames, Don Cheadle

Sinopse:
O filme recria um fato histórico ocorrido em 1923 em uma cidade do Sul dos Estados Unidos, quando um grupo de supremacistas brancos e racistas decidiram atacar uma comunidade negra, matando crianças, mulheres e idosos, o que chocou grande parte da sociedade americana da sua época. 

Comentários:
Esse é um filme chocante porque mostra o nível de violência e brutalidade que pode chegar um grupo racista, caso não seja combatido pela lei e pelas autoridades constituídas. O diretor black John Singleton, muitos considerado por causa de seu ativismo em prol da luta dos negros nos Estados Unidos, conseguiu realizar um grande filme, muito bem produzido e ao mesmo tempo conscientizador desse problema social que atinge há décadas os estados sulitas norte-americanos, os mesmos que perderam a guerra civil. Parece que os sulistas jamais vão superar aqueles velhos preconceitos gravados em ferro e fogo na bandeira confederada. Sinceramente falando, já deveriam ter superado há muitas décadas. E pensar que ainda hoje a chaga do racismo permanece aberta. Parece ser um problema sem solução. Espero estar errado sobre isso. 

Pablo Aluísio.

Crash: Estranhos Prazeres

Título no Brasil: Crash: Estranhos Prazeres
Título Original: Crash
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Films
Direção: David Cronenberg
Roteiro: J.G. Ballard, David Cronenberg
Elenco: James Spader, Holly Hunter, Rosanna Arquette

Sinopse:
James Ballard (James Spader) é um diretor de programas para televisão que sofre um grave acidente de carro. E depois desse evento ele descobre que existe um estranho grupo de pessoas que sexualizam acidentes desse tipo para revitalizarem suas próprias vidas sexuais adormecidas e em crise. Filme premiado no festival de cinema de Cannes. 

Comentários:
David Cronenberg sempre foi um diretor estranho em busca de temas esquisitos para seus filmes. No caso dessa produção ele dobrou suas apostas. Realmente, o tema central do filme é até complicado de explicar. Como assim existe uma modalidade de atração sexual baseada em acidentes de carro? Que coisa mais bizarra... vou te contar. Pois é justamente disso que se trata. Eu particularmente nunca gostei do filme, não por causa dessa coisa de omnissexuais (seja lá o que isso venha a significar), mas simplesmente porque acho um filme sem nexo, mal editado e que muitas vezes cai no marasmo completo. Claro que quando chegou as cinemas a crítica adorou, tanto que o filme foi celebrado em Cannes. Eu entendo quem pensa assim, mas no meu caso particular não deu certo. Eu realmente nunca gostei desse filme e seu tema singular e exótico. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de abril de 2024

O Preço de um Homem

Título no Brasil: O Preço de um Homem
Título Original: The Naked Spur
Ano de Lançamento: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Anthony Mann
Roteiro: Sam Rolfe, Harold Jack Bloom
Elenco: James Stewart, Janet Leigh, Robert Ryan, Ralph Meeker, Millard Mitchell, Aaron Stevens

Sinopse:
Howard Kemp (James Stewart) é um caçador de recompensas que há muito tempo persegue o assassino Ben Vandergroat (Ryan). Ao longo do caminho, Kemp é forçado a lidar com certos sujeitos, entre eles um velho garimpeiro chamado Jesse Tate e um soldado da União dispensado de forma desonrosa. Quando eles descobrem que Vandergroat tem uma recompensa de US$ 5.000 por sua cabeça, a ganância começa a tomar conta deles. Vandergroat aproveita ao máximo a situação, semeando dúvidas entre os dois homens em todas as oportunidades, finalmente convencendo um deles a ajudá-lo a escapar.

Comentários:
Quando você se deparar com qualquer faroeste contando com essa dupla Stewart e Mann, pode assistir ao filme sem nem pensar duas vezes. No mínimo será mais um grande western, isso se não for um clássico absoluto do gênero cinematográfico. É impressionante como eles só fizeram bons filmes. Nunca houve espaço para a mediocridade no trabalho deles em Hollywood. E esse filme só vem confirmar isso. É um daqueles excelentes filmes do passado, com linda direção de fotografia, captando toda a beleza natural onde foi filmado e contando com um elenco muito bom, onde destaco não apenas James Stewart, aqui em um papel um pouco fora do seu habitual, como também da estrela Janet Leigh. De cabelos loiros curtinhos, muito bronzeada, ela convence demais como uma garota durona do velho oeste. Tão durona que na época em que o filme chegou nos cinemas houve quem acusasse sua personagem de ser uma lésbica, isso apesar dela se relacionar com os personagens masculinos do filme. Mas enfim, gostei demais. Esse é um daqueles filmes que não podem faltar na coleção do cinéfilo que aprecia filmes de faroeste. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Um Corpo que Cai

Título no Brasil: Um Corpo que Cai
Título Original: Vertigo
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Alec Coppel, Samuel A. Taylor
Elenco: James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, Tom Helmore, Henry Jones, Raymond Bailey

Sinopse:
Com roteiro baseado no romance policial "D'Entre Les Morts", o filme conta um caso envolvendo o investigador aposentado John 'Scottie' Ferguson (James Stewart). Ele é contratado por um amigo para seguir sua esposa pelas ruas de San Francisco. O marido está preocupado com o comportamento dela. Só que Ferguson descobre muito mais do que poderia esperar.

Comentários:
Esse filme é considerado por muitos críticos como o melhor da carreira do mestre do suspense Alfred Hitchcock. É um título de peso, só sustentado realmente por grandes filmes. E "Vertigo" se sai muito bem nessa posição de destaque. O roteiro é genial, mostrando toda a capacidade de Hitchcock em narrar seu enredo, que em alguns momentos parece bem simples, para depois ganhar contornos bem mais complexos. Em termos de linguagem cinematográfica é o melhor trabalho de Alfred Hitchcock, pois o diretor mescla momentos de pura ilusão, sonhos e devaneios, com a realidade concreta. Nesse ponto fascina até mesmo os cinéfilos mais experientes. Olhando sob esse aspecto subjetivo de fato temos aqui uma verdadeira obra-prima da filmografia de Hitchcock, muito provavelmente jamais superada por nenhum outro momento de seus outros filmes. "Um Corpo que Cai" é o auge de Hitchcock, seu mais expressivo filme no cinema. Um grande clássico.

Pablo Aluísio.