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segunda-feira, 21 de julho de 2025

O Príncipe Ladrão

O Príncipe Ladrão
No começo da carreira o ator Tony Curtis foi escalado para atuar em vários filmes de capa e espada das mil e uma noites (como esses filmes passaram a ser chamados pelos críticos da época). Eram aventuras juvenis, sem grande qualidade cinematográfica. Uma forma da Universal em fazer caixa. "The Prince Who Was a Thief" foi lançado em 1951, trazia Rudolph Maté na direção e tinha em seu elenco de apoio Piper Laurie e Betty Garde. Todos eram contratados pela Universal Studios em sua linha de montagem cinematográfica, um estilo de produção que anos depois iria ser chamado de Star System, onde o estúdio formava toda uma nova geração de astros e estrelas, ao mesmo tempo em que passava a controlar tudo na vida desses artistas, inclusive aspectos de suas vidas pessoais. 

Décadas depois, durante uma entrevista, Tony Curtis relembraria desse filme, o chamando de um típico filme de sua carreira na fase "das mil e uma noites", uma referência ao famoso livro de contos de fantasia do Oriente Médio. Curtis, jovem e bem apessoado, com cabelos bem negros, sempre era escalado para esse tipo de filme, embora ele na época já tivesse planos de fazer algo melhor. De qualquer forma esse tipo de aventura ainda se revela ser, nos tempos atuais, uma boa diversão, inclusive com toques de nostalgia para quem ainda pegou esse tipo de filme sendo exibido na Sessão da Tarde, lá pelo final dos anos 70. Além disso não podemos negar que esse tipo de aventura exótica iria influenciar muito o cinema pelos anos que viriam.

O Príncipe Ladrão (The Prince Who Was a Thief, Estados Unidos, 1951) Direção: Rudolph Maté / Roteiro: Rudolph Maté / Elenco: Tony Curtis, Piper Laurie, Betty Garde / Sinopse: O enredo se passava em uma era distante. Em Tânger, no século XIII, o regente Mustapha contrata um assassino para matar o bebê príncipe Hussein a fim de usurpar seu trono, mas o assassino pensa duas vezes e rouba o bebê para si. Agora ele passará a ser perseguido pelo cruel nobre em busca de vingança. 

Pablo Aluísio.  

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O Aventureiro do Mississippi

Título no Brasil: O Aventureiro do Mississippi
Título Original: The Mississippi Gambler
Ano de Lançamento: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rudolph Maté
Roteiro: Seton I. Miller
Elenco: Tyrone Power, Piper Laurie, Julie Adams, John McIntire, Paul Cavanagh, Ron Randell

Sinopse:
Em 1854, no Mississippi, o jogador Mark Fallon (Tyrone Power) ganha em um jogo de cartas o colar de diamantes do jovem Laurent Dureau, uma herança de família que, no final, lhe trará felicidade e tragédia. Sua carreira no jogo lhe traz riqueza, mas também duelos, tragédias e complicações românticas.

Comentários:
Tyrone Power foi um dos maiores galãs da história do cinema americano. Era considerado em sua época o homem mais bonito do mundo. Por essa razão não podia interpretar nem perdedores e nem vigaristas - de corpo ou apenas de alma. Por isso o papel do jogador de cartas desse filme foi bem suavizado. Esses tipos de jogadores, que geralmente atuavam nos barcos que atravessavam o rio Mississippi, nunca tinham sido retratados antes como pessoas honestas, íntegras. Geralmente eram enganadores profissionais, mas não era conveniente e nem aceitável que Power viesse a interpretar um tipo de sujeito sujo como esse. Por isso vieram as mudanças no roteiro. O filme é bem romântico e daqueles com bela fotografia. E o tema histórico obviamente chama a atenção. A única coisa pouco crível é justamente o personagem de Power, bonzinho demais para ter existido na época em que a historia do filme se passa. A direção de fotografia se destaca, com o aproveitamento da beleza natural desse histórico rio do Sul dos Estados Unidos. Os antigos barcos brancos com seus lemes gigantescos também chamam a atenção nessa boa reconstituição histórica desse marcante período da história norte-americana.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Aventura Sangrenta

Título no Brasil: Aventura Sangrenta
Título Original: The Far Horizons
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Pine-Thomas Productions
Direção: Rudolph Maté
Roteiro: Della Gould Emmons, Winston Miller
Elenco: Fred MacMurray, Charlton Heston, Donna Reed, Barbara Hale, William Demarest, Eduardo Noriega

Sinopse:
Após comprar o território da Louisiana, o governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Thomas Jefferson, decide enviar uma expedição de exploração e reconhecimento daquelas terras. Os militares são comandados pelo capitão Meriwether Lewis (MacMurray) e pelo tenente William Clark (Heston). Na jornada eles encontram tribos nativas prontas para a guerra.

Comentários:
Esse filme retrata os primórdios da conquista do Oeste, ainda em uma fase bem primitiva da história. Para se ter uma ideia a expedição Lewis / Clark foi provavelmente a primeira a entrar em contato com muitas das nações indígenas que viviam no oeste selvagem. O pretexto oficial de catalogar e reconhecer o vasto território da Louisiana era apenas parte da missão. Os militares iriam também para o Oeste, em busca da conquista da outra costa. A intenção era chegar até o Oceano Pacífico para reinvidcar todas as aquelas terras habitadas pelos índios americanos. O roteiro porém não se resume a isso. Ele também desenvolve muito bem a delicada relação pessoal entre os dois comandantes da expedição. Eles tinham disputado a mesma mulher antes da viagem e essa tensão continuava em alta durante a viagem rumo ao Oeste. E a situação piorava muito quando Clark decidia se envolver com uma bonita nativa chamada Sacajawea (interpretada pela atriz Donna Reed). Como se já não fosse insulto suficiente roubar a mulher que ele era apaixonado, o tenente ainda arranjava uma amante nativa no meio do caminho. Era muito ofensivo, na visão de Lewis. Enfim, grande filme, ótimo entretenimento e de quebra o espectador ainda conhece um capítulo importante da história dos Estados Unidos, naquele momento ainda uma jovem nação.

Pablo Aluísio.