terça-feira, 1 de março de 2011

O Paganismo e a Igreja Católica

Um dos argumentos mais absurdos e contraditórios da doutrina protestante desde os seus primórdios é aquele que afirma que a Igreja Católica seria na verdade uma nova faceta do paganismo dos tempos antigos. Como muitas outras falácias protestantes essa também nunca teve o mínimo de fundamentação histórica. Antes de qualquer coisa é importante esclarecer o que significa o termo paganismo.

Nos tempos pré-cristãos esse termo não tinha muito sentido. Havia inúmeras crenças e superstições circulando por toda a Europa. Essas crenças diferentes não tinham grandes ligações entre si. Havia crenças com inúmeros deuses (como a religião romana dos tempos imperiais), outras que acreditavam que a divindade provinha das forças da natureza (como as primeiras manifestações de bruxaria, feitiçaria, etc) e outras formas de espiritualidade de menor expressão.

Quando surge o cristianismo criou-se o termo paganismo para definir algo bem genérico, na maioria das vezes significando aquilo que não era cristão. Assim toda a crença que não tinha Jesus como foco central era considerada paganismo. Isso englobava inúmeras e diversas formas de manifestações religiosas que tinham as mais diversas características, mantendo apenas algo em comum: o desconhecimento ou a não crença na figura de Jesus Cristo como salvador e personificação humana, terrena, de Deus na Terra. Eram pagãos tanto os seguidores da velha religião imperial de Roma, com seus deuses do panteão, como os seguidores da religião do antigo Egito, os feiticeiros, as bruxas, etc. Paganismo não significa apenas um tipo de religião como muitos pensam, mas sim uma imensa galeria de credos antigos, que não seguiam e não acreditavam em Jesus de Nazaré. Apenas isso.

Esclarecido o significado do termo paganismo fica bem claro para todos como é fruto de ignorância afirmar que a Igreja Católica seria a seguidora do antigo paganismo europeu. É absurdo. Primeiro porque historicamente uma das primeiras bandeiras do catolicismo era converter os adeptos de todas essas crenças não cristãs (pagãs) ao cristianismo. Segundo porque tendo Jesus como figura central de sua doutrina religiosa o catolicismo jamais poderia ser classificado como paganismo. É pura bobagem, falácia, outra argumentação da doutrina protestante que não se sustenta quando se estuda a história das religiões e o surgimento do cristianismo na Europa antiga.

Pablo Aluísio.

Um comentário:

  1. Catolicismo em Maria
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