quarta-feira, 9 de março de 2011

Papa Clemente VIII

Advogado de formação, homem disciplinador e duro, o italiano Ippolito Aldobrandini se tornou Papa em 1592. Era uma época perigosa para ser Papa, principalmente por causa das inúmeras conspirações que eram planejadas pelos corredores do Vaticano. Mesmo assim conseguiu ficar por 13 longos anos no trono de São Pedro. Na política externa o Papa procurou costurar a paz entre os principais Estados católicos da Europa. Assim fez a paz entre França e diversas outras nações, incluindo a Espanha, que tinham diferenças com Paris.

No plano interno, dentro da política da doutrina católica, impôs uma dura repressão contra as heresias, fazendo inclusive com que a inquisição ganhasse mais força. Um dos executados durante seu pontificado foi Giordano Bruno, considerado herege e blasfemo, por ter escrito um livro que na ótica do Vaticano blasfemava a santa eurcaristia. Para edificar e proteger ainda mais a doutrina da Santa Madre Igreja, o Papa Clemente VIII criou a Congregatio de Propaganda Fide (Congregação para a Propagação de Fé), um órgão do clero que até hoje existe e funciona no seio da administração da Igreja Católica.

Um aspecto curioso de seu papado foi a liberação do café. Durante anos o café foi considerado uma bebida associada ao islã, pois foi trazida para a Europa pelos árabes. A questão foi levada ao Papa, que não viu nenhum problema no consumo de café pelos cristãos europeus, liberando a bebida por todo o continente, algo que iria beneficiar o Brasil (que ainda não havia sido descoberto) no futuro, pois nossa nação acabou sendo uma dos grandes exportadoras de café do mundo. Clemente morreu em 1605. Ele foi envenenado em sua comida, através de um cogumelo da espécie 'Amanita Phalloides'. Seu sucessor foi o Papa Leão XI, o primeiro Papa do século XVII.

Pablo Aluísio.

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