Título no Brasil: Walt nos Bastidores de Mary Poppins
Título Original: Saving Mr. Banks
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Kelly Marcel, Sue Smith
Elenco: Emma Thompson, Tom Hanks, Colin Farrell, Paul Giamatti, Annie Rose Buckley
Sinopse:
O filme narra as tentativas de Walt Disney (Tom Hanks) em levar para as telas o livro "Mary Poppins" da escritora P.L. Travers (Emma Thompson). Durante vinte anos Disney tentou em vão assinar um contrato com Travers para que ela cedesse os direitos autorais da obra. Até que finalmente convence a autora a ir até Los Angeles para conhecer seus estúdios, conversar com seus roteiristas e músicos, tudo com o objetivo de convencê-la a concordar com a adaptação. Assim que Disney conhece Travers pessoalmente descobre que isso definitivamente não será nada fácil!
Comentários:
Um primor de filme, assim de forma singela poderia definir esse "Saving Mr. Banks" (que ganhou o péssimo título no Brasil de "Walt nos Bastidores de Mary Poppins"). A película é especialmente indicada para cinéfilos que adoram a história do cinema e seus personagens marcantes. Walt Disney ganhou uma interpretação tão terna e carinhosa de Tom Hanks que certamente ele merecia mais uma indicação ao Oscar por esse filme. O Disney de Hanks é certamente um empresário astuto e com faro para os negócios mas também é um homem muito humano, que entende muito bem a complexidade dos sentimentos e da alma da escritora de Mary Poppins. Por falar nela foi um prazer reencontrar Emma Thompson mais uma vez em um papel realmente marcante. A atriz que havia despontado em grandes interpretações vinha com a carreira em banho-maria mas agora ressurge novamente nas telas em grande estilo. Seu trabalho é digno de aplausos, sem favor nenhum.
O roteiro explora duas linhas narrativas de forma brilhante. Na primeira acompanhamos a mal humorada, ranzinza e durona P.L. Travers (Emma Thompson) em sua viagem a Los Angeles. Assim que chega começa logo a se indispor com todos dos estúdios Disney. Nada parece lhe agradar. O fato de Mary Poppins se transformar em um musical lhe dá arrepios e qualquer tentativa de Disney em inserir cenas de animação no filme é plenamente rejeitada por ela. Mas Walt não está disposto a desistir da produção pois é uma promessa que fez há vinte anos para suas filhas. O duelo entre Disney e Travers rende ótimos momentos. A cena quando se encontram e relembram aspectos de seus passados sofridos é brilhante, digna de qualquer premiação da Academia. A lição de que devemos encerrar certos momentos tristes em nossas vidas bate fundo na alma.
A segunda linha narrativa também é excelente. Nela encontramos P.L. Travers em sua infância, ainda garotinha na Austrália. Seu pai é uma pessoa maravilhosa, muito imaginativa, que adora contar estorinhas de bruxas e dragões para as filhas. Apesar de sempre ser um sujeito sorridente e amigo ele também tem seus próprios fantasmas, como um sério problema com alcoolismo. Frustrado por ser um bancário (uma função burocrática e muito aborrecida para alguém com sua alma imaginativa) ele começa a decair cada vez mais e mais. O pai de Travers é interpretado por Colin Farrell que também está irrepreensível. Nessa segunda linha narrativa descobrimos as origens da personagem Mary Poppins e os traumas que ficaram para a vida toda na alma da escritora. Enfim, é de fato uma pequena obra prima, muito sutil e sentimental que certamente agradará aos cinéfilos que amam a sétima arte e seus deliciosos bastidores. Imperdível.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Escola da Vida
Título no Brasil: Escola da Vida
Título Original: School of Life
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC
Direção: William Dear
Roteiro: Jonathan Kahn
Elenco: Ryan Reynolds, David Paymer, Kate Vernon, Andrew Robb
Sinopse:
O Sr. D (Ryan Reynolds) é contratado para ensinar na Fallbrook Middle School. Ele é um professor diferente, jovem, simpático e que procura ser amigo de seus alunos, acima de tudo. Sua excelente acolhida porém acaba despertando a inveja de um colega, um professor de biologia da escola que almeja ser escolhido como o mestre do ano. Para isso o Sr. D pode certamente lhe trazer problemas.
Comentários:
Telefilme cheio de boas intenções produzido para ser exibido pelo canal a cabo americano ABC Family. Se tem méritos deve-se ao argumento que procura valorizar esses profissionais tão desvalorizados em nossa sociedade, verdadeiros heróis anônimos que ajudam a construir um mundo melhor. Tudo bem que Ryan Reynolds não é lá muito convincente como um mestre, um verdadeiro professor, mas de qualquer forma mantém uma certa dignidade no papel. No fundo é ajudado pela garotada que interpreta os alunos da escola. Por falar neles alguns são bem carismáticos e bons atores, para surpresa geral. Enfim, não espere nenhuma obra prima, até porque nunca foi essa a intenção dos realizadores. Como entretenimento familiar porém cumpre seus objetivos plenamente.
Pablo Aluísio.
Título Original: School of Life
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC
Direção: William Dear
Roteiro: Jonathan Kahn
Elenco: Ryan Reynolds, David Paymer, Kate Vernon, Andrew Robb
Sinopse:
O Sr. D (Ryan Reynolds) é contratado para ensinar na Fallbrook Middle School. Ele é um professor diferente, jovem, simpático e que procura ser amigo de seus alunos, acima de tudo. Sua excelente acolhida porém acaba despertando a inveja de um colega, um professor de biologia da escola que almeja ser escolhido como o mestre do ano. Para isso o Sr. D pode certamente lhe trazer problemas.
Comentários:
Telefilme cheio de boas intenções produzido para ser exibido pelo canal a cabo americano ABC Family. Se tem méritos deve-se ao argumento que procura valorizar esses profissionais tão desvalorizados em nossa sociedade, verdadeiros heróis anônimos que ajudam a construir um mundo melhor. Tudo bem que Ryan Reynolds não é lá muito convincente como um mestre, um verdadeiro professor, mas de qualquer forma mantém uma certa dignidade no papel. No fundo é ajudado pela garotada que interpreta os alunos da escola. Por falar neles alguns são bem carismáticos e bons atores, para surpresa geral. Enfim, não espere nenhuma obra prima, até porque nunca foi essa a intenção dos realizadores. Como entretenimento familiar porém cumpre seus objetivos plenamente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Código Para o Inferno
Título no Brasil: Código Para o Inferno
Título Original: Mercury Rising
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Harold Becker
Roteiro: Ryne Douglas Pearson, Lawrence Konner
Elenco: Bruce Willis, Miko Hughes, Alec Baldwin
Sinopse:
Bruce Willis interpreta um agente do FBI chamado Art Jeffries. Ele não é muito bem visto dentro da agência por causa de seus métodos pouco convencionais. Por essa razão passa a ser designado para serviços que nenhum outro agente quer. Agora terá que proteger um menino autista de 9 anos, que é o alvo de assassinos depois de quebrar um código ultra secreto do governo americano.
Comentários:
"Mercury Rising" mistura elementos de vários gêneros para agradar aos fãs de Bruce Willis. Há um misterioso complô nas altas esferas do governo americano para liquidar um garotinho que desvendou um código militar secreto com extrema facilidade, o que certamente vai deixar os admiradores de teorias das conspirações eufóricos; uma amizade que nasce entre o agente do FBI (Willis) e o pequeno autista, para deixar o filme mais palatável para o público feminino e por fim, como não poderia faltar, a produção traz sua sucessão de espetaculares cenas de ação, como carros voando pelos ares, explosões e toda a pirotecnia que tanto caracterizam esse tipo de fita. "Código Para o Inferno" custou pouco mais de 60 milhões de dólares, um custo de produção até robusto, mas não satisfez os produtores nas bilheterias. Isso provavelmente foi causado pelo excesso de filmes de ação de Bruce Willis que trabalhando feito um louco causou uma certa saturação no mercado, o que era previsível. Revisto hoje em dia ele pode soar bem formulaico embora tenha lá seus momentos. Não é marcante mas também ainda não ficou completamente datado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mercury Rising
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Harold Becker
Roteiro: Ryne Douglas Pearson, Lawrence Konner
Elenco: Bruce Willis, Miko Hughes, Alec Baldwin
Sinopse:
Bruce Willis interpreta um agente do FBI chamado Art Jeffries. Ele não é muito bem visto dentro da agência por causa de seus métodos pouco convencionais. Por essa razão passa a ser designado para serviços que nenhum outro agente quer. Agora terá que proteger um menino autista de 9 anos, que é o alvo de assassinos depois de quebrar um código ultra secreto do governo americano.
Comentários:
"Mercury Rising" mistura elementos de vários gêneros para agradar aos fãs de Bruce Willis. Há um misterioso complô nas altas esferas do governo americano para liquidar um garotinho que desvendou um código militar secreto com extrema facilidade, o que certamente vai deixar os admiradores de teorias das conspirações eufóricos; uma amizade que nasce entre o agente do FBI (Willis) e o pequeno autista, para deixar o filme mais palatável para o público feminino e por fim, como não poderia faltar, a produção traz sua sucessão de espetaculares cenas de ação, como carros voando pelos ares, explosões e toda a pirotecnia que tanto caracterizam esse tipo de fita. "Código Para o Inferno" custou pouco mais de 60 milhões de dólares, um custo de produção até robusto, mas não satisfez os produtores nas bilheterias. Isso provavelmente foi causado pelo excesso de filmes de ação de Bruce Willis que trabalhando feito um louco causou uma certa saturação no mercado, o que era previsível. Revisto hoje em dia ele pode soar bem formulaico embora tenha lá seus momentos. Não é marcante mas também ainda não ficou completamente datado.
Pablo Aluísio.
Stigmata
Título no Brasil: Stigmata
Título Original: Stigmata
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Rupert Wainwright
Roteiro: Tom Lazarus
Elenco: Patricia Arquette, Gabriel Byrne, Jonathan Pryce
Sinopse:
Um jovem mulher começa a apresentar estranhos sinais, conhecidos como Stigmatas. Para investigar o caso de perto o Vaticano envia um padre especialista em manifestações sobrenaturais. Ao examinar seu corpo ele começa a desconfiar que na realidade não se trata de um milagre de luz mas sim a chegada de uma força ancestral, dos tempos de Cristo, algo maligno e extremamente perigoso.
Comentários:
Stigmata é um filme interessante porque traz para o mundo do cinema esse estranho e curioso fenômeno em que pessoas comuns começam a manifestar as marcas da crucificação de Jesus Cristo. Principalmente nas palmas das mãos vão surgindo feridas sangrentas, exatamente como se tivessem sido atravessadas por pregos romanos usados nessas execuções horripilantes. Agora, apesar da boa partida inicial do roteiro temos que lamentar que ao invés de tratar o tema sob um ponto de vista mais realista o filme, lá pela metade de sua metragem, acaba dando uma guinada e cai na vala comum de produções enfocando possessões demoníacas. A MGM até tentou levantar alguma polêmica com o Vaticano na época do lançamento do filme, algo que obviamente traria promoção extra para a fita, mas os membros da alta cúpula da Igreja Católica, já calejados por outras discussões em relação a filmes polêmicos, resolveu ignorar as provocações. Assim "Stigmata" não consegue cumprir tudo o que promete, se tornando uma boa ideia que foi parcialmente desperdiçada em nome de sustos fáceis e soluções sensacionalistas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Stigmata
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Rupert Wainwright
Roteiro: Tom Lazarus
Elenco: Patricia Arquette, Gabriel Byrne, Jonathan Pryce
Sinopse:
Um jovem mulher começa a apresentar estranhos sinais, conhecidos como Stigmatas. Para investigar o caso de perto o Vaticano envia um padre especialista em manifestações sobrenaturais. Ao examinar seu corpo ele começa a desconfiar que na realidade não se trata de um milagre de luz mas sim a chegada de uma força ancestral, dos tempos de Cristo, algo maligno e extremamente perigoso.
Comentários:
Stigmata é um filme interessante porque traz para o mundo do cinema esse estranho e curioso fenômeno em que pessoas comuns começam a manifestar as marcas da crucificação de Jesus Cristo. Principalmente nas palmas das mãos vão surgindo feridas sangrentas, exatamente como se tivessem sido atravessadas por pregos romanos usados nessas execuções horripilantes. Agora, apesar da boa partida inicial do roteiro temos que lamentar que ao invés de tratar o tema sob um ponto de vista mais realista o filme, lá pela metade de sua metragem, acaba dando uma guinada e cai na vala comum de produções enfocando possessões demoníacas. A MGM até tentou levantar alguma polêmica com o Vaticano na época do lançamento do filme, algo que obviamente traria promoção extra para a fita, mas os membros da alta cúpula da Igreja Católica, já calejados por outras discussões em relação a filmes polêmicos, resolveu ignorar as provocações. Assim "Stigmata" não consegue cumprir tudo o que promete, se tornando uma boa ideia que foi parcialmente desperdiçada em nome de sustos fáceis e soluções sensacionalistas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Os Embalos de Sábado Continuam
Título no Brasil: Os Embalos de Sábado Continuam
Título Original: Staying Alive
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Nik Cohn, Sylvester Stallone
Elenco: John Travolta, Cynthia Rhodes, Finola Hughes
Sinopse:
Cinco anos depois da história mostrada no primeiro filme o suburbano Tony Manero (Travolta) corre atrás de seu grande sonho, se tornar dançarino profissional de uma grande companhia de dança da Broadway em Nova Iorque. Nada será fácil pois a competição é acirrada e a concorrência numerosa. Apenas os verdadeiros talentos vencerão essa disputa.
Comentários:
Conforme o próprio Sylvester Stallone explicaria, ele era um grande fã do primeiro filme. Em suas próprias palavras: "Aquele era o filme que eu gostaria de ter feito se soubesse dançar como o John Travolta". Certamente Stallone não era Travolta e por isso arranjou um jeito de convencer a Paramount a lhe dar carta branca para dirigir a sequência do grande sucesso musical dos anos 70. O roteiro seria do próprio Stallone. Ele porém queria impor sua própria visão naquele enredo. Transformou Tony Manero em um dançarino profissional, aspirante à entrar em um grande musical da Broadway. Não há como negar que o filme tenha ótimas cenas de dança, embalados com o que havia de melhor na época nesse estilo mas algo se perdeu. Stallone parece obcecado por corpos musculosos e suados de seus dançarinos em números musicais longos e muitas vezes cansativos. O que era para ser algo mais sutil se transformou em um desfile de atores e figurantes bombados - tal como o próprio Stallone. A crítica não gostou e o público, para surpresa de muitos, ignorou completamente o filme, deixando as salas de cinemas vazias. Com isso os embalos de sábado à noite ficaram definitivamente encerrados.
Pablo Aluísio.
Título Original: Staying Alive
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sylvester Stallone
Roteiro: Nik Cohn, Sylvester Stallone
Elenco: John Travolta, Cynthia Rhodes, Finola Hughes
Sinopse:
Cinco anos depois da história mostrada no primeiro filme o suburbano Tony Manero (Travolta) corre atrás de seu grande sonho, se tornar dançarino profissional de uma grande companhia de dança da Broadway em Nova Iorque. Nada será fácil pois a competição é acirrada e a concorrência numerosa. Apenas os verdadeiros talentos vencerão essa disputa.
Comentários:
Conforme o próprio Sylvester Stallone explicaria, ele era um grande fã do primeiro filme. Em suas próprias palavras: "Aquele era o filme que eu gostaria de ter feito se soubesse dançar como o John Travolta". Certamente Stallone não era Travolta e por isso arranjou um jeito de convencer a Paramount a lhe dar carta branca para dirigir a sequência do grande sucesso musical dos anos 70. O roteiro seria do próprio Stallone. Ele porém queria impor sua própria visão naquele enredo. Transformou Tony Manero em um dançarino profissional, aspirante à entrar em um grande musical da Broadway. Não há como negar que o filme tenha ótimas cenas de dança, embalados com o que havia de melhor na época nesse estilo mas algo se perdeu. Stallone parece obcecado por corpos musculosos e suados de seus dançarinos em números musicais longos e muitas vezes cansativos. O que era para ser algo mais sutil se transformou em um desfile de atores e figurantes bombados - tal como o próprio Stallone. A crítica não gostou e o público, para surpresa de muitos, ignorou completamente o filme, deixando as salas de cinemas vazias. Com isso os embalos de sábado à noite ficaram definitivamente encerrados.
Pablo Aluísio.
Execução Sumária
Título no Brasil: Execução Sumária
Título Original: Instant Justice
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Craig T. Rumar Productions, Mulloway Limited
Direção: Craig T. Rumar
Roteiro: Craig T. Rumar
Elenco: Michael Paré, Tawny Kitaen, Peter Crook
Sinopse:
Scott Youngblood (Michael Paré) é um fuzileiro naval dos EUA que viaja até a Espanha para ver sua irmã Kim, após muitos anos de separação. Mas ela está morta, e a polícia local não parece disposta a prender os criminosos que a mataram. Sozinho pelas ruas da de Madrid, Scott começa a seguir pistas, procurando pelos verdadeiros assassinos. Ele quer justiça e principalmente vingança.
Comentários:
Nos anos 80 o público estava sedento por filmes de muita ação. Não é para menos, aquela foi a década dos actions heroes como Stallone e cia. No meio de tantos candidatos a astros de action movies surgiu Michael Paré! Ele já tinha se destacado em "Ruas de Fogo" e por essa razão os produtores se convenceram que ele tinha jeito para a coisa. Um dos veículos usados para transformar Paré em astro de bilheteria foi esse "Execução Sumária". Ao contrário de todas as previsões, por se tratar de um filme de orçamento até modesto, a fita foi lançada com marketing e pompa nos cinemas, inclusive no Brasil. O roteiro era uma mera desculpa para muitas cenas de ação e pancadaria (algumas completamente sem noção). Claro que o público gostou do que viu mas a concorrência era muito forte. Assim o filme não conseguiu o retorno esperado e Michael Paré não conseguiu chegar nem perto do trono de brutamontes como Arnold Schwarzenegger. Revisto hoje em dia soa mais absurdo do que nunca mas nos anos 80, não se engane, esse era o tipo de filme de ação típico. Os saudosistas certamente gostarão de rever.
Pablo Aluísio.
Título Original: Instant Justice
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Craig T. Rumar Productions, Mulloway Limited
Direção: Craig T. Rumar
Roteiro: Craig T. Rumar
Elenco: Michael Paré, Tawny Kitaen, Peter Crook
Sinopse:
Scott Youngblood (Michael Paré) é um fuzileiro naval dos EUA que viaja até a Espanha para ver sua irmã Kim, após muitos anos de separação. Mas ela está morta, e a polícia local não parece disposta a prender os criminosos que a mataram. Sozinho pelas ruas da de Madrid, Scott começa a seguir pistas, procurando pelos verdadeiros assassinos. Ele quer justiça e principalmente vingança.
Comentários:
Nos anos 80 o público estava sedento por filmes de muita ação. Não é para menos, aquela foi a década dos actions heroes como Stallone e cia. No meio de tantos candidatos a astros de action movies surgiu Michael Paré! Ele já tinha se destacado em "Ruas de Fogo" e por essa razão os produtores se convenceram que ele tinha jeito para a coisa. Um dos veículos usados para transformar Paré em astro de bilheteria foi esse "Execução Sumária". Ao contrário de todas as previsões, por se tratar de um filme de orçamento até modesto, a fita foi lançada com marketing e pompa nos cinemas, inclusive no Brasil. O roteiro era uma mera desculpa para muitas cenas de ação e pancadaria (algumas completamente sem noção). Claro que o público gostou do que viu mas a concorrência era muito forte. Assim o filme não conseguiu o retorno esperado e Michael Paré não conseguiu chegar nem perto do trono de brutamontes como Arnold Schwarzenegger. Revisto hoje em dia soa mais absurdo do que nunca mas nos anos 80, não se engane, esse era o tipo de filme de ação típico. Os saudosistas certamente gostarão de rever.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Guerra Sem Cortes
Título no Brasil: Guerra Sem Cortes
Título Original: Redacted
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Farm, The, HDNet Films
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Brian De Palma
Elenco: Patrick Carroll, Rob Devaney, Izzy Diaz
Sinopse:
Um esquadrão de soldados americanos está parado em um posto no Iraque, convivendo com a população local e a mídia instalada na região. Cada grupo destes é afetado pela guerra de forma distinta, e suas histórias são contadas pelas imagens criadas no momento: um soldado produz um vídeo-diário, uma equipe francesa filma um documentário, sites árabes colocam cenas de insurgentes plantando bombas, mulheres mandam mensagens para seus maridos via blogs e o You Tube revela a barbaridade existente na guerra.
Comentários:
Uma tentativa por parte do cineasta Brian de Palma em construir uma produção diferente, que procura captar o momento vivido tanto pelas tropas americanas como pelo povo dos países ocupados. O resultado é irregular, onde bons momentos são intercalados com cenas sem maior impacto, talvez por causa da edição que se mostra um pouco fora de foco, sem um caminho definido a seguir. Mesmo com esses problemas pontuais temos realmente uma obra no mínimo intrigante, mostrando o lado mais pessoal e individual da guerra, procurando fugir do exagero que a imprensa, principalmente americana, costuma construir nessas situações de conflito envolvendo o seu próprio exército.
Pablo Aluísio.
Título Original: Redacted
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Film Farm, The, HDNet Films
Direção: Brian De Palma
Roteiro: Brian De Palma
Elenco: Patrick Carroll, Rob Devaney, Izzy Diaz
Sinopse:
Um esquadrão de soldados americanos está parado em um posto no Iraque, convivendo com a população local e a mídia instalada na região. Cada grupo destes é afetado pela guerra de forma distinta, e suas histórias são contadas pelas imagens criadas no momento: um soldado produz um vídeo-diário, uma equipe francesa filma um documentário, sites árabes colocam cenas de insurgentes plantando bombas, mulheres mandam mensagens para seus maridos via blogs e o You Tube revela a barbaridade existente na guerra.
Comentários:
Uma tentativa por parte do cineasta Brian de Palma em construir uma produção diferente, que procura captar o momento vivido tanto pelas tropas americanas como pelo povo dos países ocupados. O resultado é irregular, onde bons momentos são intercalados com cenas sem maior impacto, talvez por causa da edição que se mostra um pouco fora de foco, sem um caminho definido a seguir. Mesmo com esses problemas pontuais temos realmente uma obra no mínimo intrigante, mostrando o lado mais pessoal e individual da guerra, procurando fugir do exagero que a imprensa, principalmente americana, costuma construir nessas situações de conflito envolvendo o seu próprio exército.
Pablo Aluísio.
Karate Kid II - A Hora da Verdade Continua
Título no Brasil: Karate Kid II - A Hora da Verdade Continua
Título Original: The Karate Kid, Part II
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Robert Mark Kamen
Elenco: Pat Morita, Ralph Macchio, Pat E. Johnson
Sinopse:
O jovem pupilo Daniel San (Ralph Macchio) resolve acompanhar seu mestre, o Sr. Miyagi (Pat Morita), ao seu país natal, o Japão. Ele precisa voltar ao antigo lar para resolver algumas questões pessoais que estão inacabadas. Lá reencontra um antigo rival e o amor do seu passado distante.
Comentários:
Já que hoje a Sessão da Tarde vai exibir o primeiro "Karate Kid" e já comentamos sobre ele aqui no blog em outra oportunidade resolvi tecer alguns comentários sobre essa sequência. Não tive a chance de ver o original em seu lançamento mas essa continuação assisti em um cinema tradicional na minha cidade, sala de exibição essa que nem existe mais, infelizmente. Talvez por ter assistido na tela grande e ter vivenciado seu lançamento - com direito a comprar sua trilha sonora, que é ótima, em vinil - prefiro muito mais esse do que a primeira aventura. Acho que o sucesso do anterior fez com que a Columbia caprichasse muito mais na produção, que foi rodada quase que inteiramente no Japão, na terra do Sr. Miyagi. Até Daniel tem um casinho amoroso com uma linda nativa da região. Tudo bem, o roteiro é uma mera derivação do mesmo argumento do primeiro filme mas aqui sinceramente as coisas soam melhor, a fita é bem mais redondinha mesmo. Além disso o diretor foi um especialista do cinema pop da época, o bem sucedido John G. Avildsen, que havia dirigido o grande sucesso "Rocky, um Lutador" anos antes. Eis um clássico exemplar do cinema pipoca dos anos 80. Até hoje Hollywood não conseguiu fazer nada mais pop do que isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Karate Kid, Part II
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John G. Avildsen
Roteiro: Robert Mark Kamen
Elenco: Pat Morita, Ralph Macchio, Pat E. Johnson
Sinopse:
O jovem pupilo Daniel San (Ralph Macchio) resolve acompanhar seu mestre, o Sr. Miyagi (Pat Morita), ao seu país natal, o Japão. Ele precisa voltar ao antigo lar para resolver algumas questões pessoais que estão inacabadas. Lá reencontra um antigo rival e o amor do seu passado distante.
Comentários:
Já que hoje a Sessão da Tarde vai exibir o primeiro "Karate Kid" e já comentamos sobre ele aqui no blog em outra oportunidade resolvi tecer alguns comentários sobre essa sequência. Não tive a chance de ver o original em seu lançamento mas essa continuação assisti em um cinema tradicional na minha cidade, sala de exibição essa que nem existe mais, infelizmente. Talvez por ter assistido na tela grande e ter vivenciado seu lançamento - com direito a comprar sua trilha sonora, que é ótima, em vinil - prefiro muito mais esse do que a primeira aventura. Acho que o sucesso do anterior fez com que a Columbia caprichasse muito mais na produção, que foi rodada quase que inteiramente no Japão, na terra do Sr. Miyagi. Até Daniel tem um casinho amoroso com uma linda nativa da região. Tudo bem, o roteiro é uma mera derivação do mesmo argumento do primeiro filme mas aqui sinceramente as coisas soam melhor, a fita é bem mais redondinha mesmo. Além disso o diretor foi um especialista do cinema pop da época, o bem sucedido John G. Avildsen, que havia dirigido o grande sucesso "Rocky, um Lutador" anos antes. Eis um clássico exemplar do cinema pipoca dos anos 80. Até hoje Hollywood não conseguiu fazer nada mais pop do que isso.
Pablo Aluísio.
Fúria de Titãs
Título no Brasil: Fúria de Titãs
Título Original: Clash of the Titans
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Desmond Davis
Roteiro: Beverley Cross
Elenco: Laurence Olivier, Harry Hamlin, Claire Bloom, Maggie Smith, Ursula Andress
Sinopse:
Livre adaptação das estórias de heroísmo da mitologia grega. O Herói Teseu precisa enfrentar várias criaturas monstruosas (entre elas a terrível Medusa e o monstro dos mares Kraken) para salvar a linda e inocente princesa Andrômeda.
Comentários:
Então você gosta mesmo da nova franquia "Fúria de Titãs", não é mesmo? Pois bem meu caro cinéfilo, você precisa mesmo é ver o original realizado no começo dos anos 1980. Por quê? Simples, nada superou o charme dessa produção. Para começo de conversa o filme trazia o mito Sir Laurence Olivier no papel de Zeus (nada mais conveniente). O elenco aliás falava por sí só: a maravilhosa Maggie Smith e a eterna diva Ursula Andress estão presentes como divindades do Olimpo (Ursula provavelmente foi escalada porque o produtor desse filme era o mesmo da franquia James Bond). O atores estão todos bem. Agora, temos que dar o braço a torcer e reconhecer que "Fúria de Titãs" de 1981 será lembrado mesmo para sempre por causa do mestre Ray Harryhausen. As criaturas que ele criou para esse filme são inesquecíveis. Em uma época em que não existia computação gráfica o artesão Harryhausen conseguia dar vida à vários seres da mitologia grega. Até mesmo a corujinha mecânica - que foi reutilizada na nova franquia como uma forma de homenagear os efeitos do filme original - é marcante demais. Podem dizer o que quiserem, que tudo está datado, que o figurino é nada convincente e coisas do tipo. Quem teve o prazer de ver esse filme no cinema certamente não vai esquecer do impacto que ele causou na época. Um marco do cinema de fantasia em Hollywood.
Pablo Aluísio.
Título Original: Clash of the Titans
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Desmond Davis
Roteiro: Beverley Cross
Elenco: Laurence Olivier, Harry Hamlin, Claire Bloom, Maggie Smith, Ursula Andress
Sinopse:
Livre adaptação das estórias de heroísmo da mitologia grega. O Herói Teseu precisa enfrentar várias criaturas monstruosas (entre elas a terrível Medusa e o monstro dos mares Kraken) para salvar a linda e inocente princesa Andrômeda.
Comentários:
Então você gosta mesmo da nova franquia "Fúria de Titãs", não é mesmo? Pois bem meu caro cinéfilo, você precisa mesmo é ver o original realizado no começo dos anos 1980. Por quê? Simples, nada superou o charme dessa produção. Para começo de conversa o filme trazia o mito Sir Laurence Olivier no papel de Zeus (nada mais conveniente). O elenco aliás falava por sí só: a maravilhosa Maggie Smith e a eterna diva Ursula Andress estão presentes como divindades do Olimpo (Ursula provavelmente foi escalada porque o produtor desse filme era o mesmo da franquia James Bond). O atores estão todos bem. Agora, temos que dar o braço a torcer e reconhecer que "Fúria de Titãs" de 1981 será lembrado mesmo para sempre por causa do mestre Ray Harryhausen. As criaturas que ele criou para esse filme são inesquecíveis. Em uma época em que não existia computação gráfica o artesão Harryhausen conseguia dar vida à vários seres da mitologia grega. Até mesmo a corujinha mecânica - que foi reutilizada na nova franquia como uma forma de homenagear os efeitos do filme original - é marcante demais. Podem dizer o que quiserem, que tudo está datado, que o figurino é nada convincente e coisas do tipo. Quem teve o prazer de ver esse filme no cinema certamente não vai esquecer do impacto que ele causou na época. Um marco do cinema de fantasia em Hollywood.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
No Rastro da Bala
Título no Brasil: No Rastro da Bala
Título Original: Running Scared
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Wayne Kramer
Roteiro: Wayne Kramer
Elenco: Paul Walker, Cameron Bright, Chazz Palminteri
Sinopse:
Joey Gazelle (Paul Walker) é um tira que se envolve em uma grande cilada. Após uma investigação mal sucedida contra policiais corruptos, ele se envolve na morte de outro policial. Encarregado de dar sumiço na arma que matou o colega ele a coloca em um local de difícil acesso. Sem perceber porém um garoto da vizinhança acaba vendo Joey escondendo a arma do crime. Vai lá, se apodera do revólver e mata seu padrasto, um sujeito desprezível. Agora Joey precisa encontrar o garoto fugitivo para evitar que a arma caia em mãos dos investigadores do departamento de polícia.
Comentários:
A morte recente do ator Paul Walker despertou novamente o interesse em seus filmes mais antigos. Esse "Running Scared" é um dos mais interessantes. É uma produção entre Estados Unidos e Alemanha (o ator sempre foi um astro nos países localizados no norte da Europa) e não decepciona os fãs de uma boa fita de ação, mesmo que ela seja de orçamento modesto. A produção foi realizada em parte na República Tcheca. Na direção um cineasta praticamente novato, em seu primeiro filme de maior repercussão. Depois da boa recepção dessa fita ele dirigiu "Território Restrito" com Harrison Ford, em momento burocrático, e o curioso e singular "Pawn Shop Chronicles" que inclusive já comentei aqui no blog. No geral podemos dizer que o filme, se não chega a ser algo marcante, cumpre bem suas pretensões. É um enredo rápido, bem conduzido e que conta com o carisma de Paul Walker, em seu tipo habitual.
Pablo Aluísio.
Título Original: Running Scared
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Wayne Kramer
Roteiro: Wayne Kramer
Elenco: Paul Walker, Cameron Bright, Chazz Palminteri
Sinopse:
Joey Gazelle (Paul Walker) é um tira que se envolve em uma grande cilada. Após uma investigação mal sucedida contra policiais corruptos, ele se envolve na morte de outro policial. Encarregado de dar sumiço na arma que matou o colega ele a coloca em um local de difícil acesso. Sem perceber porém um garoto da vizinhança acaba vendo Joey escondendo a arma do crime. Vai lá, se apodera do revólver e mata seu padrasto, um sujeito desprezível. Agora Joey precisa encontrar o garoto fugitivo para evitar que a arma caia em mãos dos investigadores do departamento de polícia.
Comentários:
A morte recente do ator Paul Walker despertou novamente o interesse em seus filmes mais antigos. Esse "Running Scared" é um dos mais interessantes. É uma produção entre Estados Unidos e Alemanha (o ator sempre foi um astro nos países localizados no norte da Europa) e não decepciona os fãs de uma boa fita de ação, mesmo que ela seja de orçamento modesto. A produção foi realizada em parte na República Tcheca. Na direção um cineasta praticamente novato, em seu primeiro filme de maior repercussão. Depois da boa recepção dessa fita ele dirigiu "Território Restrito" com Harrison Ford, em momento burocrático, e o curioso e singular "Pawn Shop Chronicles" que inclusive já comentei aqui no blog. No geral podemos dizer que o filme, se não chega a ser algo marcante, cumpre bem suas pretensões. É um enredo rápido, bem conduzido e que conta com o carisma de Paul Walker, em seu tipo habitual.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
De Olhos Bem Fechados
Título no Brasil: De Olhos Bem Fechados
Título Original: Eyes Wide Shut
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, Frederic Raphael
Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Todd Field
Sinopse:
Dr. William Harford (Tom Cruise), um médico de Nova York, que é casado com uma curadora de arte, Alice Harford (Nicole Kidman), resolve descobrir o limite de seu relacionamento com a esposa ao experimentar a liberdade sexual e moral de um perigoso jogo de sexo, poder e sedução, numa longa noite de excessos pela cidade.
Comentários:
O último filme do mito Stanley Kubrick. Ao que tudo indica Cruise não deixaria passar a oportunidade de estrelar um filme dirigido pelo famoso cineasta, mesmo que o roteiro e o argumento não fossem lá grande coisa. Ao lado da esposa (na terceira e última atuação juntos no cinema) Cruise se despiu de vaidades, aceitando protagonizar ousadas cenas de sexo e sensualidade (para um astro de seu status, é claro). Após uma conturbada filmagem o filme foi lançado com reações adversas. Muitos não gostaram do resultado final e consideram a pior obra da filmografia do gênio Kubrick. Uma coisa porém é certa, mesmo não sendo unanimidade o filme segue como um dos mais marcantes da filmografia de Tom Cruise. Se do ponto de vista profissional o filme virou uma referência para o ator, no aspecto profissional as coisas não foram tão bem. O relacionamento com sua esposa, Nicole Kidman, se deteriorou bastante, o que causaria o rompimento definitivo entre eles pouco tempo depois. Para alguns, a atriz culpava Cruise por ele ter deixado que ela se expusesse em demasia no filme, em uma concessão descabida, supostamente dada à genialidade de Kubrick. E por falar em genialidade, o mestre Kubrick mostra aqui claros sinais de desgate, falta de novas ideias e saturação. Ele parece querer se esconder atrás da imagem de seu próprio mito mas em vão. "Eyes Wide Shut" é uma obra opaca, sem vida, que tenta desesperadamente se apoiar em cenas chocantes e escandalosas para lhe dar algum sentido artístico. Os esforços porém soam sem resultado. Se não houvesse a assinatura de Stanley Kubrick nos créditos o filme certamente seria massacrado ainda mais pela crítica em seu lançamento. Hoje seria ignorado, certamente. Não foi um canto de cisne à altura de um mito do cinema como Stanley Kubrick, infelizmente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Eyes Wide Shut
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, Frederic Raphael
Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Todd Field
Sinopse:
Dr. William Harford (Tom Cruise), um médico de Nova York, que é casado com uma curadora de arte, Alice Harford (Nicole Kidman), resolve descobrir o limite de seu relacionamento com a esposa ao experimentar a liberdade sexual e moral de um perigoso jogo de sexo, poder e sedução, numa longa noite de excessos pela cidade.
Comentários:
O último filme do mito Stanley Kubrick. Ao que tudo indica Cruise não deixaria passar a oportunidade de estrelar um filme dirigido pelo famoso cineasta, mesmo que o roteiro e o argumento não fossem lá grande coisa. Ao lado da esposa (na terceira e última atuação juntos no cinema) Cruise se despiu de vaidades, aceitando protagonizar ousadas cenas de sexo e sensualidade (para um astro de seu status, é claro). Após uma conturbada filmagem o filme foi lançado com reações adversas. Muitos não gostaram do resultado final e consideram a pior obra da filmografia do gênio Kubrick. Uma coisa porém é certa, mesmo não sendo unanimidade o filme segue como um dos mais marcantes da filmografia de Tom Cruise. Se do ponto de vista profissional o filme virou uma referência para o ator, no aspecto profissional as coisas não foram tão bem. O relacionamento com sua esposa, Nicole Kidman, se deteriorou bastante, o que causaria o rompimento definitivo entre eles pouco tempo depois. Para alguns, a atriz culpava Cruise por ele ter deixado que ela se expusesse em demasia no filme, em uma concessão descabida, supostamente dada à genialidade de Kubrick. E por falar em genialidade, o mestre Kubrick mostra aqui claros sinais de desgate, falta de novas ideias e saturação. Ele parece querer se esconder atrás da imagem de seu próprio mito mas em vão. "Eyes Wide Shut" é uma obra opaca, sem vida, que tenta desesperadamente se apoiar em cenas chocantes e escandalosas para lhe dar algum sentido artístico. Os esforços porém soam sem resultado. Se não houvesse a assinatura de Stanley Kubrick nos créditos o filme certamente seria massacrado ainda mais pela crítica em seu lançamento. Hoje seria ignorado, certamente. Não foi um canto de cisne à altura de um mito do cinema como Stanley Kubrick, infelizmente.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Juntos Pelo Acaso
Título no Brasil: Juntos Pelo Acaso
Título Original: Life as We Know It
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: Greg Berlanti
Roteiro: Ian Deitchman, Kristin Rusk Robinson
Elenco: Katherine Heigl, Josh Duhamel, Josh Lucas
Sinopse:
Holly Berenson (Katherine Heigl) e Eric Messer (Josh Duhamel) resolvem participar de um encontro às escuras arranjado por seus amigos, Peter e Allison que são casados. Nada dá certo e o encontro se transforma em um desastre. Depois que o casal sofre um acidente fatal, eles descobrem que foram nomeados como os guardiões para a filha pequena de Peter e Allison, Sophie. Afinal a garotinha é afilhada de ambos. A partir daí eles tentarão da melhor forma possível honrar os desejos de seus amigos falecidos. Mas criar uma criança definitivamente não será nada fácil.
Comentários:
Nada mais do que uma comédia romântica que tenta transformar a atriz Katherine Heigl em estrela de primeira grandeza. Como se sabe ela foi revelada na série Grey's Anatomy e depois que largou a TV tenta se estabelecer no mundo do cinema, uma transição que nem sempre dá certo. Por enquanto tudo o que ela tem feito é uma sucessão de fitas como essa, que não estão emplacando muito bem. Também pudera, essa coisa de casal formado por duas pessoas que inicialmente não simpatizam e que depois, com a convivência, vão se afeiçoando, até se descobrirem apaixonadas, é bem saturada. Já se fazia filmes assim na década de 1930. Assim certamente você não vai encontrar absolutamente nada de novo nessa produção. De bom mesmo apenas alguns poucos momentos divertidos e engraçados que mostram que a rotina doméstica destrói mesmo qualquer sentimento mais romântico entre um casal. Enfim, para ver, consumir e jogar fora. É um autêntico cinema fast food com cerejas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Life as We Know It
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures
Direção: Greg Berlanti
Roteiro: Ian Deitchman, Kristin Rusk Robinson
Elenco: Katherine Heigl, Josh Duhamel, Josh Lucas
Sinopse:
Holly Berenson (Katherine Heigl) e Eric Messer (Josh Duhamel) resolvem participar de um encontro às escuras arranjado por seus amigos, Peter e Allison que são casados. Nada dá certo e o encontro se transforma em um desastre. Depois que o casal sofre um acidente fatal, eles descobrem que foram nomeados como os guardiões para a filha pequena de Peter e Allison, Sophie. Afinal a garotinha é afilhada de ambos. A partir daí eles tentarão da melhor forma possível honrar os desejos de seus amigos falecidos. Mas criar uma criança definitivamente não será nada fácil.
Comentários:
Nada mais do que uma comédia romântica que tenta transformar a atriz Katherine Heigl em estrela de primeira grandeza. Como se sabe ela foi revelada na série Grey's Anatomy e depois que largou a TV tenta se estabelecer no mundo do cinema, uma transição que nem sempre dá certo. Por enquanto tudo o que ela tem feito é uma sucessão de fitas como essa, que não estão emplacando muito bem. Também pudera, essa coisa de casal formado por duas pessoas que inicialmente não simpatizam e que depois, com a convivência, vão se afeiçoando, até se descobrirem apaixonadas, é bem saturada. Já se fazia filmes assim na década de 1930. Assim certamente você não vai encontrar absolutamente nada de novo nessa produção. De bom mesmo apenas alguns poucos momentos divertidos e engraçados que mostram que a rotina doméstica destrói mesmo qualquer sentimento mais romântico entre um casal. Enfim, para ver, consumir e jogar fora. É um autêntico cinema fast food com cerejas.
Pablo Aluísio.
Across the Universe
Título no Brasil: Across the Universe
Título Original: Across the Universe
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Revolution Studios, Gross Entertainment
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais
Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson
Sinopse:
Across The Universe é uma história de amor que se passa na década de 1960 em meio aos anos turbulentos de protestos contra a guerra do Vietnã, a luta pela liberdade de expressão e os movimentos pelos direitos civis, tudo embalado sob a magia da música dos Beatles. Ao mesmo tempo ousado, lunático e altamente teatral, a história se move a partir de jovens estudantes que vão descobrindo a vida e amores em uma época que marcou para sempre a cultura e a política em nosso mundo.
Comentários:
Não há como negar que era uma boa ideia. Fazer um musical com as músicas dos Beatles. As letras serviriam de base para a construção de um roteiro mostrando os anseios da juventude perdida em meio a enormes transformações sociais, políticas e culturais. O próprio Paul McCartney foi convidado para a Premiere em Londres e ao final da exibição bateu palmas para o resultado (não se sabe se foi o Paul, o homem de negócios ou Paul, o músico e artista que fez isso!). Não foi uma produção barata, custou mais de 70 milhões de dólares (um orçamento mais do que generoso para musicais) e fez relativo sucesso em seu lançamento. Por mais que eu adore as canções dos Beatles não consegui ficar satisfeito com esse filme. Achei o enredo disperso, para não dizer confuso. Na realidade não há exatamente uma história passando pela tela mas meras desculpas para que as canções do grupo inglês sejam usadas em cenas esporádicas, soltas. Muitos dos momentos inclusive são bem gratuitos. As adaptações musicais também se mostraram problemáticas, há boas ideias e outras nem tanto. No saldo geral o que salva tudo mesmo é a trilha sonora. Se fossem canções menos marcantes o musical certamente seria um abacaxi. Melhor ouvir o velho vinil empoeirado dos Beatles do que perder muito tempo com isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Across the Universe
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Revolution Studios, Gross Entertainment
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais
Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson
Sinopse:
Across The Universe é uma história de amor que se passa na década de 1960 em meio aos anos turbulentos de protestos contra a guerra do Vietnã, a luta pela liberdade de expressão e os movimentos pelos direitos civis, tudo embalado sob a magia da música dos Beatles. Ao mesmo tempo ousado, lunático e altamente teatral, a história se move a partir de jovens estudantes que vão descobrindo a vida e amores em uma época que marcou para sempre a cultura e a política em nosso mundo.
Comentários:
Não há como negar que era uma boa ideia. Fazer um musical com as músicas dos Beatles. As letras serviriam de base para a construção de um roteiro mostrando os anseios da juventude perdida em meio a enormes transformações sociais, políticas e culturais. O próprio Paul McCartney foi convidado para a Premiere em Londres e ao final da exibição bateu palmas para o resultado (não se sabe se foi o Paul, o homem de negócios ou Paul, o músico e artista que fez isso!). Não foi uma produção barata, custou mais de 70 milhões de dólares (um orçamento mais do que generoso para musicais) e fez relativo sucesso em seu lançamento. Por mais que eu adore as canções dos Beatles não consegui ficar satisfeito com esse filme. Achei o enredo disperso, para não dizer confuso. Na realidade não há exatamente uma história passando pela tela mas meras desculpas para que as canções do grupo inglês sejam usadas em cenas esporádicas, soltas. Muitos dos momentos inclusive são bem gratuitos. As adaptações musicais também se mostraram problemáticas, há boas ideias e outras nem tanto. No saldo geral o que salva tudo mesmo é a trilha sonora. Se fossem canções menos marcantes o musical certamente seria um abacaxi. Melhor ouvir o velho vinil empoeirado dos Beatles do que perder muito tempo com isso.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
A Gaiola das Loucas
Título no Brasil: A Gaiola das Loucas
Título Original: The Birdcage
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Jean Poiret, Francis Veber
Elenco: Robin Williams, Nathan Lane, Gene Hackman, Dianne Wiest
Sinopse:
Armand (Robin Williams) e Albert (Nathan Lane) formam um casal gay na ensolarada e badalada Miami. Eles também são donos da boate GLS The Birdcage, onde Albert se apresenta com seu famoso número de diva transformista. A tranquilidade dos pombinhos acaba quando o filho de Armand resolve se casar com a filha de um político conservador, quadradão e religioso, o senador republicano Kevin Keeley (Gene Hackman). O auge da situação delicada acontece quando Armand é avisado que receberá o senador para um jantar em sua própria casa, quando as famílias deverão finalmente se conhecer. E agora? O que fazer com Albert e o clube "Gaiola das Loucas"?
Comentários:
Via de regra detesto remakes. Mas nesse aqui tenho que dar o braço a torcer. O filme original é de 1978, uma produção francesa chamada "La Cage Aux Folles" estrelada por Ugo Tognazzi. Pois bem o filme francês já está muito datado e sendo sincero não consegue ser tão divertido como essa refilmagem americana. O segredo dessa nova versão é seu elenco, simplesmente maravilhoso. Robin Williams como Armand é sem dúvida um grande achado mas quem rouba a cena mesmo é Nathan Lane e Gene Hackman. Lane está fenomenal. Sua cena imitando os passos de John Wayne para parecer um autêntico macho viril são de rolar de rir. Pior é quando tenta se passar por uma matrona de fina classe, também tão conservadora quanto o senador. E por falar nele é sempre algo muito gratificante ver um ator como Gene Hackman, que se notabilizou por personagens sérios em dramas pesados, se dando tão bem em uma comédia como essa. Até Dianne Wiest fazendo uma esposa reprimida agrada. Em suma, esse tive o prazer de ver no cinema, na época nem dava nada pelo filme mas foi uma grata surpresa. Divertido e muito engraçado. Alguém espera algo mais de uma comédia do que isso? Claro que não! Se ainda não viu corra para conferir.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Birdcage
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Jean Poiret, Francis Veber
Elenco: Robin Williams, Nathan Lane, Gene Hackman, Dianne Wiest
Sinopse:
Armand (Robin Williams) e Albert (Nathan Lane) formam um casal gay na ensolarada e badalada Miami. Eles também são donos da boate GLS The Birdcage, onde Albert se apresenta com seu famoso número de diva transformista. A tranquilidade dos pombinhos acaba quando o filho de Armand resolve se casar com a filha de um político conservador, quadradão e religioso, o senador republicano Kevin Keeley (Gene Hackman). O auge da situação delicada acontece quando Armand é avisado que receberá o senador para um jantar em sua própria casa, quando as famílias deverão finalmente se conhecer. E agora? O que fazer com Albert e o clube "Gaiola das Loucas"?
Comentários:
Via de regra detesto remakes. Mas nesse aqui tenho que dar o braço a torcer. O filme original é de 1978, uma produção francesa chamada "La Cage Aux Folles" estrelada por Ugo Tognazzi. Pois bem o filme francês já está muito datado e sendo sincero não consegue ser tão divertido como essa refilmagem americana. O segredo dessa nova versão é seu elenco, simplesmente maravilhoso. Robin Williams como Armand é sem dúvida um grande achado mas quem rouba a cena mesmo é Nathan Lane e Gene Hackman. Lane está fenomenal. Sua cena imitando os passos de John Wayne para parecer um autêntico macho viril são de rolar de rir. Pior é quando tenta se passar por uma matrona de fina classe, também tão conservadora quanto o senador. E por falar nele é sempre algo muito gratificante ver um ator como Gene Hackman, que se notabilizou por personagens sérios em dramas pesados, se dando tão bem em uma comédia como essa. Até Dianne Wiest fazendo uma esposa reprimida agrada. Em suma, esse tive o prazer de ver no cinema, na época nem dava nada pelo filme mas foi uma grata surpresa. Divertido e muito engraçado. Alguém espera algo mais de uma comédia do que isso? Claro que não! Se ainda não viu corra para conferir.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Bosch
Título no Brasil: Bosch
Título Original: Bosch
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Amazon Originals Drama
Direção: Jim McKay
Roteiro: Série criada por Michael Connelly
Elenco: Titus Welliver, Jamie Hector, Amy Aquino
Sinopse:
Harry Bosch (Titus Welliver) é um tira veterano trabalhando no departamento de homicídios da cidade de Los Angeles que após perseguir um latino no meio da noite, com muita chuva, acaba se confundindo com um movimento do sujeito e o mata à queima roupa. Denunciado, precisa responder um processo criminal que irá determinar seu futuro. Nesse ínterim recebe um novo caso para investigar, a descoberta de ossos humanos numa das colinas de Hollywood. Ao que tudo indica há sinais de que as vítimas são na verdade crianças de apenas 10 anos. Quem seria o verdadeiro assassino?
Comentários:
Nova série policial que está estreando nos Estados Unidos. Alguns seriados você consegue perceber logo de cara que serão bem promissores. Até o momento só assisti o episódio piloto de "Bosch" mas já gostei de praticamente tudo o que vi. Bom enredo, texto bem escrito e atuações bem desenvolvidas. O personagem Bosch é um achado. Durão, sempre com um cigarro acesso na boca (imaginem isso nos tempos politicamente corretos em que vivemos!) e tentando levar em frente sua carreira policial, mesmo com a constante ameaça de ser condenado por ter matado um homem numa noite escura, chuvosa, onde ele interpretou erroneamente um gesto da vítima que parecia estar sacando uma arma. Ao reagir atirou duas vezes, algo que pode custar seu distintivo e suas credenciais. A trama das ossadas de crianças encontradas em uma mata também é por demais interessante - muito provavelmente teremos algum serial killer surgindo nos próximos episódios. Enfim, apostarei em "Bosch" e vou continuar acompanhando. Espero que seja bem sucedida.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bosch
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Amazon Originals Drama
Direção: Jim McKay
Roteiro: Série criada por Michael Connelly
Elenco: Titus Welliver, Jamie Hector, Amy Aquino
Sinopse:
Harry Bosch (Titus Welliver) é um tira veterano trabalhando no departamento de homicídios da cidade de Los Angeles que após perseguir um latino no meio da noite, com muita chuva, acaba se confundindo com um movimento do sujeito e o mata à queima roupa. Denunciado, precisa responder um processo criminal que irá determinar seu futuro. Nesse ínterim recebe um novo caso para investigar, a descoberta de ossos humanos numa das colinas de Hollywood. Ao que tudo indica há sinais de que as vítimas são na verdade crianças de apenas 10 anos. Quem seria o verdadeiro assassino?
Comentários:
Nova série policial que está estreando nos Estados Unidos. Alguns seriados você consegue perceber logo de cara que serão bem promissores. Até o momento só assisti o episódio piloto de "Bosch" mas já gostei de praticamente tudo o que vi. Bom enredo, texto bem escrito e atuações bem desenvolvidas. O personagem Bosch é um achado. Durão, sempre com um cigarro acesso na boca (imaginem isso nos tempos politicamente corretos em que vivemos!) e tentando levar em frente sua carreira policial, mesmo com a constante ameaça de ser condenado por ter matado um homem numa noite escura, chuvosa, onde ele interpretou erroneamente um gesto da vítima que parecia estar sacando uma arma. Ao reagir atirou duas vezes, algo que pode custar seu distintivo e suas credenciais. A trama das ossadas de crianças encontradas em uma mata também é por demais interessante - muito provavelmente teremos algum serial killer surgindo nos próximos episódios. Enfim, apostarei em "Bosch" e vou continuar acompanhando. Espero que seja bem sucedida.
Pablo Aluísio.
O Preço de Um Resgate
Título no Brasil: O Preço de Um Resgate
Título Original: Ransom
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Cyril Hume, Richard Maibaum
Elenco: Mel Gibson, Gary Sinise, Rene Russo
Sinopse:
Tom Mullen (Mel Gibson) é um sujeito bem sucedido no mundo dos negócios. Milionário, dono de uma grande empresa de aviação, ele tem uma vida dos sonhos. Sua tranquilidade porém é abalada com a notícia do sequestro de seu filho. Os criminosos exigem dois milhões de dólares pela vida do garoto. Desesperado, Mullen tenta ajuda das autoridades mas depois resolve agir pela sua própria maneira.
Comentários:
Quando estrelou essa fita Mel Gibson estava no topo do mundo em Hollywood. "Coração Valente", seu filme anterior, foi um êxito sem precedentes, se tornando sucesso tanto de público como de crítica. Os cachês milionários estavam na ordem do dia e ele resolveu que queria mudar um pouco os rumos dos personagens que interpretava. Assinou um polpudo contrato com a Touchstone (braço adulto do império Disney) e estrelou esse filme que tenta mesclar drama com ação em doses exatas. Conforme o próprio Gibson explicou em entrevistas durante o lançamento dessa produção ele procurava por um roteiro que unisse aspectos de sua vida pessoal (o ator é pai de sete filhos) com sua imagem mais conhecida nas telas de cinema (o herói de ação ao estilo do detetive Martin Riggs de Máquina Mortífera). O resultado está aí, Gibson é um paizão que resolve partir para a porrada quando sequestram seu filhinho. Vale destacar ainda o elenco de apoio, com Gibson dividindo a tela com Rene Russo mais uma vez e Gary Sinise, um ótimo ator, infelizmente sempre subestimado. Para quem sente saudades do velho estilo de Mel Gibson essa fita dos anos 90 cai muito bem.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ransom
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Cyril Hume, Richard Maibaum
Elenco: Mel Gibson, Gary Sinise, Rene Russo
Sinopse:
Tom Mullen (Mel Gibson) é um sujeito bem sucedido no mundo dos negócios. Milionário, dono de uma grande empresa de aviação, ele tem uma vida dos sonhos. Sua tranquilidade porém é abalada com a notícia do sequestro de seu filho. Os criminosos exigem dois milhões de dólares pela vida do garoto. Desesperado, Mullen tenta ajuda das autoridades mas depois resolve agir pela sua própria maneira.
Comentários:
Quando estrelou essa fita Mel Gibson estava no topo do mundo em Hollywood. "Coração Valente", seu filme anterior, foi um êxito sem precedentes, se tornando sucesso tanto de público como de crítica. Os cachês milionários estavam na ordem do dia e ele resolveu que queria mudar um pouco os rumos dos personagens que interpretava. Assinou um polpudo contrato com a Touchstone (braço adulto do império Disney) e estrelou esse filme que tenta mesclar drama com ação em doses exatas. Conforme o próprio Gibson explicou em entrevistas durante o lançamento dessa produção ele procurava por um roteiro que unisse aspectos de sua vida pessoal (o ator é pai de sete filhos) com sua imagem mais conhecida nas telas de cinema (o herói de ação ao estilo do detetive Martin Riggs de Máquina Mortífera). O resultado está aí, Gibson é um paizão que resolve partir para a porrada quando sequestram seu filhinho. Vale destacar ainda o elenco de apoio, com Gibson dividindo a tela com Rene Russo mais uma vez e Gary Sinise, um ótimo ator, infelizmente sempre subestimado. Para quem sente saudades do velho estilo de Mel Gibson essa fita dos anos 90 cai muito bem.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
O Senhor das Armas
Título no Brasil: O Senhor das Armas
Título Original: Lord of War
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, França, Alemanha
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Nicolas Cage, Ethan Hawke, Jared Leto
Sinopse:
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um vendedor... mas não um vendedor comum. O que ele comercializa com seus clientes é um produto muito valorizado, de grande valor, mas igualmente letal. Orlov é um vendedor de armas pesadas, armamento de ponta, de alta tecnologia, usado para grandes conflitos. Ele transita no submundo da venda ilegal de armas. Onde os países não podem vender por questões éticas ou legais lá está Orlov, negociando com ditadores sanguinários, criminosos internacionais e grandes cartéis de drogas. Para desempenhar tal atividade ele também precisa de proteção e segurança e as tem, provenientes de grandes corporações e políticos poderosos, afinal ele é o Senhor das Armas.
Comentários:
Excelente filme. "O Senhor das Armas" é muito bem realizado, tem roteiro que não deixa pontas soltas e um ótimo argumento que traz uma boa dose de realidade sobre o mundo em que vivemos. Tudo se resume no poder da indústria bélica americana. Afinal o complexo militar dos Estados Unidos simplesmente não pode parar. Além do mercado oficial de venda de armas há todo um submundo negro onde milhões são comercializados, pois a produção tem que ser escoada, não importa de qual maneira. O personagem de Nicolas Cage transita nesse ambiente. Ele vende armamento pesado em regiões do mundo onde esse tipo de transação seria completamente ilegal. Sua posição lhe garante todos os tipos de privilégios e garantias, inclusive de políticos poderosos em altos cargos, afinal não se trata de migalhas mas de milhões de dólares. O que importa é achar um meio de vender a produção bélica, pois os negócios não podem parar! Essa é apenas uma das reflexões que o filme levanta. Basta lembrar do atual conflito da Síria para entender como tudo acontece! Afinal o governo americano não pode vender armas dentro daquela guerra civil pois algo desse tipo seria proibido pela ONU. É justamente em ambientes assim que o personagem de Cage entra. Se alguém precisa de armamento pesado e não pode comprar pelos meios oficiais, então Orlov resolverá a questão. Aliás é bom que se diga, esse foi o último grande filme estrelado por Nicolas Cage! Um ator que havia se notabilizado no começo de sua carreira estrelando filmes realmente muito bons mas que ultimamente tem surgido em produções sem a menor relevância para o mundo do cinema. Como realmente aprecio seu trabalho espero que ele reencontre, o mais breve possível, o caminho dos bons filmes.
Pablo Aluísio.
Título Original: Lord of War
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, França, Alemanha
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Nicolas Cage, Ethan Hawke, Jared Leto
Sinopse:
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um vendedor... mas não um vendedor comum. O que ele comercializa com seus clientes é um produto muito valorizado, de grande valor, mas igualmente letal. Orlov é um vendedor de armas pesadas, armamento de ponta, de alta tecnologia, usado para grandes conflitos. Ele transita no submundo da venda ilegal de armas. Onde os países não podem vender por questões éticas ou legais lá está Orlov, negociando com ditadores sanguinários, criminosos internacionais e grandes cartéis de drogas. Para desempenhar tal atividade ele também precisa de proteção e segurança e as tem, provenientes de grandes corporações e políticos poderosos, afinal ele é o Senhor das Armas.
Comentários:
Excelente filme. "O Senhor das Armas" é muito bem realizado, tem roteiro que não deixa pontas soltas e um ótimo argumento que traz uma boa dose de realidade sobre o mundo em que vivemos. Tudo se resume no poder da indústria bélica americana. Afinal o complexo militar dos Estados Unidos simplesmente não pode parar. Além do mercado oficial de venda de armas há todo um submundo negro onde milhões são comercializados, pois a produção tem que ser escoada, não importa de qual maneira. O personagem de Nicolas Cage transita nesse ambiente. Ele vende armamento pesado em regiões do mundo onde esse tipo de transação seria completamente ilegal. Sua posição lhe garante todos os tipos de privilégios e garantias, inclusive de políticos poderosos em altos cargos, afinal não se trata de migalhas mas de milhões de dólares. O que importa é achar um meio de vender a produção bélica, pois os negócios não podem parar! Essa é apenas uma das reflexões que o filme levanta. Basta lembrar do atual conflito da Síria para entender como tudo acontece! Afinal o governo americano não pode vender armas dentro daquela guerra civil pois algo desse tipo seria proibido pela ONU. É justamente em ambientes assim que o personagem de Cage entra. Se alguém precisa de armamento pesado e não pode comprar pelos meios oficiais, então Orlov resolverá a questão. Aliás é bom que se diga, esse foi o último grande filme estrelado por Nicolas Cage! Um ator que havia se notabilizado no começo de sua carreira estrelando filmes realmente muito bons mas que ultimamente tem surgido em produções sem a menor relevância para o mundo do cinema. Como realmente aprecio seu trabalho espero que ele reencontre, o mais breve possível, o caminho dos bons filmes.
Pablo Aluísio.
Alexandre
Título no Brasil: Alexandre
Título Original: Alexander
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone, Christopher Kyle
Elenco: Colin Farrell, Anthony Hopkins, Angelina Jolie, Val Kilmer, Jared Leto, Jonathan Rhys Meyers, Rosario Dawson
Sinopse:
Adaptação para as telas de cinema da história de Alexandre, o Grande (356 a.C - 323 a.C), líder da Macedônia que conquistou vastas terras ao longo de seu reinado. Conquistador nato, Alexandre III destruiu impérios rivais, matou reis e se tornou senhor de povos tão diferentes como os gregos, babilônicos e persas. Ao fundar cidades em lugares distantes de seu longo império acabou criando a fusão da cultura ocidental com a oriental, dando origem ao chamado período Helênico da civilização mundial.
Comentários:
Esse filme é um alienígena na filmografia de Oliver Stone. Ele sempre procurou dirigir filmes com maior teor político e social e esse Alexandre fugia justamente disso. O personagem da história é mítico, conseguiu conquistar quase todo o mundo conhecido em sua época, só cessando as conquistas perto da Índia, quando suas tropas exaustas praticamente se rebelaram para voltar para a Macedônia. Em vida Alexandre era um autêntico "grego" de sua época: adorador das artes, guerreiro, irascível em sua busca por terras e poder. Também como todo bom adepto daquela cultura tinha sua longa lista de relacionamentos, inclusive com homens, o que curiosamente chocou alguns quando o filme chegou nos cinemas. Isso porém é um erro de percepção. O homossexualismo naquela cultura de Alexandre era algo normal, típico da cultura clássica grego romana. A maioria dos imperadores romanos também eram homossexuais e tinham amantes masculinos. Os casos amorosos entre homens eram públicos e notórios. Apenas com a chegada do Cristianismo é que relacionamentos gays se tornaram escandalosos sob o ponto de vista moral e religioso.
Outra crítica que muito se fez a esse filme foi a escolha do elenco. Colin Farrel não convence como esse mito da história. De mito grego ele não tem nada. O ator não consegue perder seu jeito de "beberrão de pub" nem quando interpreta um personagem tão forte como esse. Assim a coisa toda ficou com um ar de falso, fake. Angelina Jolie também não consegue tornar verossímil seu papel. A mulher que interpreta era uma matriarca forte na vida real, mas no filme Angelina parece a amante de seu filho. Além disso a Angelina Jolie não tinha idade suficiente para interpretar a mãe de Alexandre. Mais um exemplo de que a pressão dos agentes de grandes atores pode sim arruinar qualquer projeto cinematográfico - basta apenas impor a escalação no elenco! O roteiro também se perde bastante já que a história de Alexandre é longa e detalhada, mal cabendo em um filme normal, mesmo que tenha uma extensa duração. Seria ideal se tivessem feito uma minissérie. Recentemente saiu Spartacus, um exemplo de uma boa história bem desenvolvida, quem sabe um dia não levem também a biografia de Alexandre para o mesmo formato televisivo. Assim Oliver Stone se deu mal no fim das contas, pois o filme não foi o sucesso esperado e ele teve que se retirar do cinema épico. Fica para a próxima então.
Pablo Aluísio.
Título Original: Alexander
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Oliver Stone, Christopher Kyle
Elenco: Colin Farrell, Anthony Hopkins, Angelina Jolie, Val Kilmer, Jared Leto, Jonathan Rhys Meyers, Rosario Dawson
Sinopse:
Adaptação para as telas de cinema da história de Alexandre, o Grande (356 a.C - 323 a.C), líder da Macedônia que conquistou vastas terras ao longo de seu reinado. Conquistador nato, Alexandre III destruiu impérios rivais, matou reis e se tornou senhor de povos tão diferentes como os gregos, babilônicos e persas. Ao fundar cidades em lugares distantes de seu longo império acabou criando a fusão da cultura ocidental com a oriental, dando origem ao chamado período Helênico da civilização mundial.
Comentários:
Esse filme é um alienígena na filmografia de Oliver Stone. Ele sempre procurou dirigir filmes com maior teor político e social e esse Alexandre fugia justamente disso. O personagem da história é mítico, conseguiu conquistar quase todo o mundo conhecido em sua época, só cessando as conquistas perto da Índia, quando suas tropas exaustas praticamente se rebelaram para voltar para a Macedônia. Em vida Alexandre era um autêntico "grego" de sua época: adorador das artes, guerreiro, irascível em sua busca por terras e poder. Também como todo bom adepto daquela cultura tinha sua longa lista de relacionamentos, inclusive com homens, o que curiosamente chocou alguns quando o filme chegou nos cinemas. Isso porém é um erro de percepção. O homossexualismo naquela cultura de Alexandre era algo normal, típico da cultura clássica grego romana. A maioria dos imperadores romanos também eram homossexuais e tinham amantes masculinos. Os casos amorosos entre homens eram públicos e notórios. Apenas com a chegada do Cristianismo é que relacionamentos gays se tornaram escandalosos sob o ponto de vista moral e religioso.
Outra crítica que muito se fez a esse filme foi a escolha do elenco. Colin Farrel não convence como esse mito da história. De mito grego ele não tem nada. O ator não consegue perder seu jeito de "beberrão de pub" nem quando interpreta um personagem tão forte como esse. Assim a coisa toda ficou com um ar de falso, fake. Angelina Jolie também não consegue tornar verossímil seu papel. A mulher que interpreta era uma matriarca forte na vida real, mas no filme Angelina parece a amante de seu filho. Além disso a Angelina Jolie não tinha idade suficiente para interpretar a mãe de Alexandre. Mais um exemplo de que a pressão dos agentes de grandes atores pode sim arruinar qualquer projeto cinematográfico - basta apenas impor a escalação no elenco! O roteiro também se perde bastante já que a história de Alexandre é longa e detalhada, mal cabendo em um filme normal, mesmo que tenha uma extensa duração. Seria ideal se tivessem feito uma minissérie. Recentemente saiu Spartacus, um exemplo de uma boa história bem desenvolvida, quem sabe um dia não levem também a biografia de Alexandre para o mesmo formato televisivo. Assim Oliver Stone se deu mal no fim das contas, pois o filme não foi o sucesso esperado e ele teve que se retirar do cinema épico. Fica para a próxima então.
Pablo Aluísio.
A Casa de Cera
Título no Brasil: A Casa de Cera
Título Original: House of Wax
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Dark Castle
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Charles Belden, Chad Hayes
Elenco: Chad Michael Murray, Paris Hilton, Elisha Cuthbert
Sinopse:
Um grupo de adolescentes descobre um antigo e sinistro museu de cera onde as estátuas parecem ter uma incrível veracidade e semelhança com pessoas reais. O que não sabem é que estão prestes a cair em uma armadilha sombria e mortal.
Comentários:
Remake de um filme dos anos 1950 chamado "Museu de Cera", dirigido por André De Toth (conhecido diretor de vários filmes de faroeste com Randolph Scott) e estrelado por Vincent Price e Frank Lovejoy. Como se trata de uma refilmagem já ficamos desconfiados. A verdade é que dificilmente algum remake é realmente bom. Para complicar ainda mais se trata de uma produção com o selo da produtora Dark Castle. Já tive chance de falar da Dark Castle aqui em outro texto (acho que no do filme "Navio Fantasma"). Essa produtora nunca fez nada que me impressionasse. Seus filmes são fortemente apoiados em efeitos digitais mas se esquecem completamente de trabalhar melhor nos roteiros. O que era charmoso no antigo filme de Price aqui se torna apenas sensacionalista, exagerado. Na época do lançamento a fita contou com uma promoção extra pois trazia em seu elenco a Paris Hilton. Ela foi a primeira celebridade do mundo que virou celebridade sem nenhuma razão. É a celebridade pela celebridade. Antigamente para ser uma celebridade a pessoa tinha que ser ator, atriz, escritor, cantor, etc, ou seja, ter algum talento na vida. Paris se tornou celebridade por nada. Sim, ela é herdeira do império Hilton mas e daí? Puro marketing pessoal que vende vento. O pior é que as pessoas compram vento, ora vejam só... Mas deixemos isso de lado. Para não dizer que nada se salva temos aqui pelo menos a presença da linda Elisha Cuthbert. Assim se nada lhe agradar pelo menos terá a beleza dela para ver ao longo de uma fita que realmente não traz nada de novo para o subgênero "terror-com-adolescentes-gritando".
Pablo Aluísio.
Título Original: House of Wax
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Dark Castle
Direção: Jaume Collet-Serra
Roteiro: Charles Belden, Chad Hayes
Elenco: Chad Michael Murray, Paris Hilton, Elisha Cuthbert
Sinopse:
Um grupo de adolescentes descobre um antigo e sinistro museu de cera onde as estátuas parecem ter uma incrível veracidade e semelhança com pessoas reais. O que não sabem é que estão prestes a cair em uma armadilha sombria e mortal.
Comentários:
Remake de um filme dos anos 1950 chamado "Museu de Cera", dirigido por André De Toth (conhecido diretor de vários filmes de faroeste com Randolph Scott) e estrelado por Vincent Price e Frank Lovejoy. Como se trata de uma refilmagem já ficamos desconfiados. A verdade é que dificilmente algum remake é realmente bom. Para complicar ainda mais se trata de uma produção com o selo da produtora Dark Castle. Já tive chance de falar da Dark Castle aqui em outro texto (acho que no do filme "Navio Fantasma"). Essa produtora nunca fez nada que me impressionasse. Seus filmes são fortemente apoiados em efeitos digitais mas se esquecem completamente de trabalhar melhor nos roteiros. O que era charmoso no antigo filme de Price aqui se torna apenas sensacionalista, exagerado. Na época do lançamento a fita contou com uma promoção extra pois trazia em seu elenco a Paris Hilton. Ela foi a primeira celebridade do mundo que virou celebridade sem nenhuma razão. É a celebridade pela celebridade. Antigamente para ser uma celebridade a pessoa tinha que ser ator, atriz, escritor, cantor, etc, ou seja, ter algum talento na vida. Paris se tornou celebridade por nada. Sim, ela é herdeira do império Hilton mas e daí? Puro marketing pessoal que vende vento. O pior é que as pessoas compram vento, ora vejam só... Mas deixemos isso de lado. Para não dizer que nada se salva temos aqui pelo menos a presença da linda Elisha Cuthbert. Assim se nada lhe agradar pelo menos terá a beleza dela para ver ao longo de uma fita que realmente não traz nada de novo para o subgênero "terror-com-adolescentes-gritando".
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Marley & Eu
Título no Brasil: Marley & Eu
Título Original: Marley & Me
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: David Frankel
Roteiro: Scott Frank, Don Roos
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Eric Dane
Sinopse:
O jovem casal formado por John (Owen Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) resolve adotar um cachorrinho da raça Labrador Retriever chamado Marley. Quando pequeno, Marley era uma gracinha, impossível de resistir, mas ao crescer se torna um cão bagunceiro, indisciplinado e desobediente, causando muitas confusões para seus donos. Sua lealdade e amor porém conquistam o casal, que vai passando pelas dificuldades da vida ao seu lado até o dia em que Marley precisa dizer adeus.
Comentários:
Esse filme foi lançado sem alarde nos cinemas, sem qualquer tipo de pretensão e de repente se tornou um grande sucesso de bilheteria. Cachorrinhos faturando horrores para o cinema não é novidade, basta lembrar de Lassie, Rin-Tin-Tin e Benji. Hollywood porém não acreditava mais nesse tipo de produção. Era considerado algo ultrapassado, fora de moda. Os fãs de filmes sobre animais domésticos então tiveram que por longos anos se contentar com os telefilmes sobre a eterna amizade entre homem e cão. Isso até "Marley & Me" provar que havia toda uma legião de cinéfilos dispostos a consumir esse tipo de fita. Temos que reconhecer que o roteiro é bobinho, sem novidades, mas isso em momento nenhum se torna um defeito. O filme conquista mesmo por sua simplicidade e bonita história que foi baseada em fatos reais, que virou livro e também fez sucesso nas livrarias. Aliás será praticamente impossível não se emocionar com os momentos finais do filme já que tudo é muito bem encenado, mostrando os últimos momentos do querido Marley. Assista e não chore se puder! Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards, Kids' Choice Awards e Teen Choice Awards.
Pablo Aluísio.
Título Original: Marley & Me
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: David Frankel
Roteiro: Scott Frank, Don Roos
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Eric Dane
Sinopse:
O jovem casal formado por John (Owen Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) resolve adotar um cachorrinho da raça Labrador Retriever chamado Marley. Quando pequeno, Marley era uma gracinha, impossível de resistir, mas ao crescer se torna um cão bagunceiro, indisciplinado e desobediente, causando muitas confusões para seus donos. Sua lealdade e amor porém conquistam o casal, que vai passando pelas dificuldades da vida ao seu lado até o dia em que Marley precisa dizer adeus.
Comentários:
Esse filme foi lançado sem alarde nos cinemas, sem qualquer tipo de pretensão e de repente se tornou um grande sucesso de bilheteria. Cachorrinhos faturando horrores para o cinema não é novidade, basta lembrar de Lassie, Rin-Tin-Tin e Benji. Hollywood porém não acreditava mais nesse tipo de produção. Era considerado algo ultrapassado, fora de moda. Os fãs de filmes sobre animais domésticos então tiveram que por longos anos se contentar com os telefilmes sobre a eterna amizade entre homem e cão. Isso até "Marley & Me" provar que havia toda uma legião de cinéfilos dispostos a consumir esse tipo de fita. Temos que reconhecer que o roteiro é bobinho, sem novidades, mas isso em momento nenhum se torna um defeito. O filme conquista mesmo por sua simplicidade e bonita história que foi baseada em fatos reais, que virou livro e também fez sucesso nas livrarias. Aliás será praticamente impossível não se emocionar com os momentos finais do filme já que tudo é muito bem encenado, mostrando os últimos momentos do querido Marley. Assista e não chore se puder! Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards, Kids' Choice Awards e Teen Choice Awards.
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
A Sombra do Batman
Título no Brasil: A Sombra do Batman
Título Original: Beware the Batman
Ano de Produção: 2013 / 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Sam Liu, Rick Morales, Curt Geda
Roteiro: Mark Banker, Erin Maher,
Elenco: Anthony Ruivivar, JB Blanc, Sumalee Montano
Sinopse:
Após testemunhar a morte de seus pais por um criminoso em Gotham City o jovem milionário Bruce Wayne resolve assumir uma nova identidade, a de Batman, um cavaleiro das trevas que começa a caçar todos os bandidos soltos nas ruas da grande cidade. No meio da criminalidade o aviso então se alastra: "Cuidado com a sombra do Batman!"
Comentários:
DVD que traz todos os treze primeiros episódios da série "A Sombra do Batman". No total são mais de duas horas e meia de animação com episódios que duram em média pouco mais de 20 minutos. Infelizmente os produtores não resolveram apostar em uma animação ao estilo tradicional, investindo em computação gráfica. O resultado é irregular. A verdade é que fora do mundo milionário do cinema, com seus amplos recursos técnicos e generosos orçamentos, a CGI nem sempre funciona muito bem. Em termos de roteiro a série também traz algumas novidades que podem desagradar os mais tradicionalistas como um mordomo Alfred brutamontes (com passado de agente secreto) e novos vilões, personagens pouco conhecidos como o Professor Porco, o Sr. Sapão e Magpie, uma cleptomaníaca com surtos psicóticos. Não que nada disso vá desagradar a garotada que acompanhará a série no Cartoon Network. Caso você esteja curioso para conhecer e gosta das aventuras do Batman então pode ser até uma opção meramente mediana para o fim de semana.
Pablo Aluísio.
Título Original: Beware the Batman
Ano de Produção: 2013 / 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Sam Liu, Rick Morales, Curt Geda
Roteiro: Mark Banker, Erin Maher,
Elenco: Anthony Ruivivar, JB Blanc, Sumalee Montano
Sinopse:
Após testemunhar a morte de seus pais por um criminoso em Gotham City o jovem milionário Bruce Wayne resolve assumir uma nova identidade, a de Batman, um cavaleiro das trevas que começa a caçar todos os bandidos soltos nas ruas da grande cidade. No meio da criminalidade o aviso então se alastra: "Cuidado com a sombra do Batman!"
Comentários:
DVD que traz todos os treze primeiros episódios da série "A Sombra do Batman". No total são mais de duas horas e meia de animação com episódios que duram em média pouco mais de 20 minutos. Infelizmente os produtores não resolveram apostar em uma animação ao estilo tradicional, investindo em computação gráfica. O resultado é irregular. A verdade é que fora do mundo milionário do cinema, com seus amplos recursos técnicos e generosos orçamentos, a CGI nem sempre funciona muito bem. Em termos de roteiro a série também traz algumas novidades que podem desagradar os mais tradicionalistas como um mordomo Alfred brutamontes (com passado de agente secreto) e novos vilões, personagens pouco conhecidos como o Professor Porco, o Sr. Sapão e Magpie, uma cleptomaníaca com surtos psicóticos. Não que nada disso vá desagradar a garotada que acompanhará a série no Cartoon Network. Caso você esteja curioso para conhecer e gosta das aventuras do Batman então pode ser até uma opção meramente mediana para o fim de semana.
Pablo Aluísio.
O Rei da Califórnia
Título no Brasil: O Rei da Califórnia
Título Original: King of California
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Mike Cahill
Roteiro: Mike Cahill
Elenco: Michael Douglas, Evan Rachel Wood, Willis Burks II
Sinopse:
Após ser internado por longos anos em instituições psiquiátricas, Charlie (Michael Douglas) ganha a liberdade. Ele tem uma filha, Miranda (Evan Rachel Wood), com quem mantém uma relação complicada. De volta às ruas Charlie começa a se convencer que há nos subúrbios da cidade onde mora um antigo tesouro espanhol enterrado, algo que seria a solução de todos os seus problemas financeiros. Seu alvo passa a ser um mercado de conveniência das redondezas que ele acredita ter sido construído em cima do local onde os espanhóis teriam escondido a fortuna.
Comentários:
Comédia muito despretensiosa estrelada por um envelhecido Michael Douglas. O roteiro tenta pegar carona com a modinha de filmes indies que fizeram sucesso entre a juventude em 2007. O problema é que o enredo é pouco atraente, muito bobo mesmo e não desperta maior interesse (talvez por essa razão o filme tenha sido um grande fracasso de bilheteria). É curioso ver um ator como Michael Douglas, que sempre preferiu estrelar blockbusters oportunistas, encarar um projeto como esse. Um filme pequeno, simples, que certamente não teria a menor chance de se destacar comercialmente nas bilheterias. Por falar nelas há muito tempo que Douglas não consegue mais se destacar no mercado. Abrindo o jogo seu último filme realmente relevante foi "Traffic", lançado há quase quinze anos. É certo que ele tentou se reerguer com "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme" mas os resultados comerciais foram bem mornos. Assim o ator ultimamente tem se limitado a pequenos filmes como esse, que não trazem grandes ricos e nem maiores responsabilidades. "King of California" não marca e tem todos os atributos de uma comédia descartável ao estilo Sessão da Tarde. No fundo é o retrato da própria carreira de Michael Douglas, que já foi brilhante no passado mas que hoje em dia não reluz mais.
Pablo Aluísio.
Título Original: King of California
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Mike Cahill
Roteiro: Mike Cahill
Elenco: Michael Douglas, Evan Rachel Wood, Willis Burks II
Sinopse:
Após ser internado por longos anos em instituições psiquiátricas, Charlie (Michael Douglas) ganha a liberdade. Ele tem uma filha, Miranda (Evan Rachel Wood), com quem mantém uma relação complicada. De volta às ruas Charlie começa a se convencer que há nos subúrbios da cidade onde mora um antigo tesouro espanhol enterrado, algo que seria a solução de todos os seus problemas financeiros. Seu alvo passa a ser um mercado de conveniência das redondezas que ele acredita ter sido construído em cima do local onde os espanhóis teriam escondido a fortuna.
Comentários:
Comédia muito despretensiosa estrelada por um envelhecido Michael Douglas. O roteiro tenta pegar carona com a modinha de filmes indies que fizeram sucesso entre a juventude em 2007. O problema é que o enredo é pouco atraente, muito bobo mesmo e não desperta maior interesse (talvez por essa razão o filme tenha sido um grande fracasso de bilheteria). É curioso ver um ator como Michael Douglas, que sempre preferiu estrelar blockbusters oportunistas, encarar um projeto como esse. Um filme pequeno, simples, que certamente não teria a menor chance de se destacar comercialmente nas bilheterias. Por falar nelas há muito tempo que Douglas não consegue mais se destacar no mercado. Abrindo o jogo seu último filme realmente relevante foi "Traffic", lançado há quase quinze anos. É certo que ele tentou se reerguer com "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme" mas os resultados comerciais foram bem mornos. Assim o ator ultimamente tem se limitado a pequenos filmes como esse, que não trazem grandes ricos e nem maiores responsabilidades. "King of California" não marca e tem todos os atributos de uma comédia descartável ao estilo Sessão da Tarde. No fundo é o retrato da própria carreira de Michael Douglas, que já foi brilhante no passado mas que hoje em dia não reluz mais.
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Os Seus, Os Meus e os Nossos
Título no Brasil: Os Seus, Os Meus e os Nossos
Título Original: Yours, Mine and Ours
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: Ron Burch, David Kidd
Elenco: Dennis Quaid, Rene Russo, Jerry O'Connell
Sinopse:
Frank Beardsley (Dennis Quaid) perdeu a mulher e com oito filhos se tornou um viúvo solitário. Convenhamos não é nada fácil, principalmente nos dias de hoje. Eis que descobre finalmente que a vida continua e resolve procurar por novos relacionamentos. Acaba reencontrando a namoradinha da escola, uma antiga paixão, que ora vejam só, também está viúva. Detalhe: ela tem 10 filhos! Mesmo com tanta prole resolvem se casar, o que dará origem a muitas confusões pois a convivência de tanta gente junta certamente não será tão pacífica como desejam seus pais!
Comentários:
Essa comédia é na verdade um remake de um antigo filme estrelado pela humorista Lucille Ball em 1968 também chamado "Os Seus, Os Meus, Os Nossos". Não há grandes novidades no roteiro, que segue basicamente com o mesmo enredo. Apenas pequenos detalhes fazem diferença como o número de filhos que no original eram vinte e não dezoito como aqui! Além da confusão natural de se ter uma família com tantos filhos o roteiro procura tirar humor do fato dos filhos de pais diferentes possuírem também educações diferentes. Os filhos dele são organizados, disciplinados, estudiosos e sérios. Os filhos dela são pura bagunça e indisciplina. Funciona? Em termos, se você não estiver esperando por algo excepcionalmente engraçado até pode vir a se divertir. O curioso é que famílias numerosas vão se tornando cada vez mais raras nos dias de hoje, ao contrário do passado, onde dez filhos era algo até comum. Talvez por essa razão a estória soe bem mais datada hoje em dia do que antigamente com a estrela de "I Love Lucy". Mesmo assim, se não estiver fazendo nada na noite de sábado quem sabe a fita não se torne uma boa opção de fim de noite. Bom programa.
Pablo Aluísio.
Título Original: Yours, Mine and Ours
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: Ron Burch, David Kidd
Elenco: Dennis Quaid, Rene Russo, Jerry O'Connell
Sinopse:
Frank Beardsley (Dennis Quaid) perdeu a mulher e com oito filhos se tornou um viúvo solitário. Convenhamos não é nada fácil, principalmente nos dias de hoje. Eis que descobre finalmente que a vida continua e resolve procurar por novos relacionamentos. Acaba reencontrando a namoradinha da escola, uma antiga paixão, que ora vejam só, também está viúva. Detalhe: ela tem 10 filhos! Mesmo com tanta prole resolvem se casar, o que dará origem a muitas confusões pois a convivência de tanta gente junta certamente não será tão pacífica como desejam seus pais!
Comentários:
Essa comédia é na verdade um remake de um antigo filme estrelado pela humorista Lucille Ball em 1968 também chamado "Os Seus, Os Meus, Os Nossos". Não há grandes novidades no roteiro, que segue basicamente com o mesmo enredo. Apenas pequenos detalhes fazem diferença como o número de filhos que no original eram vinte e não dezoito como aqui! Além da confusão natural de se ter uma família com tantos filhos o roteiro procura tirar humor do fato dos filhos de pais diferentes possuírem também educações diferentes. Os filhos dele são organizados, disciplinados, estudiosos e sérios. Os filhos dela são pura bagunça e indisciplina. Funciona? Em termos, se você não estiver esperando por algo excepcionalmente engraçado até pode vir a se divertir. O curioso é que famílias numerosas vão se tornando cada vez mais raras nos dias de hoje, ao contrário do passado, onde dez filhos era algo até comum. Talvez por essa razão a estória soe bem mais datada hoje em dia do que antigamente com a estrela de "I Love Lucy". Mesmo assim, se não estiver fazendo nada na noite de sábado quem sabe a fita não se torne uma boa opção de fim de noite. Bom programa.
Pablo Aluísio.
Gagarin
Título no Brasil: Gagarin
Título Original: Gagarin: Pervyy v kosmose
Ano de Produção: 2013
País: Rússia
Estúdio: Kremlin Films
Direção: Pavel Parkhomenko
Roteiro: Andrei Dmitriyev, Oleg Kapanets
Elenco: Yaroslav Zhalnin, Mikhail Filippov, Olga Ivanova
Sinopse:
Yuri Alekseievitch Gagarin (Yaroslav Zhalnin) é um jovem de origem humilde do interior, filho de um simples carpinteiro, que decide ir para a cidade grande em busca de novas oportunidades. Na escola técnica acaba chamando a atenção dos professores por seu empenho nos estudos e logo é enviado para a força aérea russa. Lá se torna um piloto de caças e após alguns anos decide se candidatar ao programa espacial da União Soviética, naquele momento em uma verdadeira corrida espacial contra os americanos. De um universo de dois mil candidatos ele consegue se classificar entre um seleto grupo de apenas 20 pilotos designados para participar da primeira missão espacial da história. Após exaustivos treinamentos e testes, finalmente é escolhido como o primeiro homem a ir para o espaço em 1961, um feito histórico para a ciência.
Comentários:
Já que os americanos certamente nunca fariam um filme sobre Yuri Gagarin os russos foram lá e realizaram esse excelente retrato desse herói soviético, o primeiro homem a entrar em órbita. O roteiro tem duas linhas narrativas bem claras. Na primeira acompanhamos Gagarin em sua histórica missão. Os preparativos, a decolagem do imenso foguete que levou ao espaço a nave Vostok 1, a tensão nos bastidores e finalmente todos os momentos que concretizaram esse vôo histórico. Tudo mostrado com excelente nível técnico, ótimos efeitos visuais e produção requintada. Na segunda linha narrativa o roteiro mostra as origens humildes de Gagarin, aspectos da vida familiar do cosmonauta, a dura vida de trabalhador de seu pai e sua relação com a esposa e suas duas filhas. De forma inteligente o filme deixa as questões ideológicas que impulsionaram o programa soviético de lado. Como os russos ainda hoje se sentem desconfortáveis com o passado socialista de seu país (já que vivem dias de democracia), o importante é de fato mostrar a missão do ponto de vista quase que exclusivamente científico. O líder soviético Nikita Kruschev surge em cena, feliz e contente com o sucesso da missão que usará como fonte de propaganda mas é só. Nada avança muito nesse aspecto. O que torna esse filme realmente muito bom são as cenas em que Gagarin passeia em volta da Terra, olhando para a imensidão do cosmos. Nessa parte o roteiro conseguiu captar toda a emoção daquele momento. Assim "Gagarin" é um ótimo filme, que merece ser assistido com um ponto de vista na história e outro nos avanços maravilhosos da ciência.
Pablo Aluísio.
Título Original: Gagarin: Pervyy v kosmose
Ano de Produção: 2013
País: Rússia
Estúdio: Kremlin Films
Direção: Pavel Parkhomenko
Roteiro: Andrei Dmitriyev, Oleg Kapanets
Elenco: Yaroslav Zhalnin, Mikhail Filippov, Olga Ivanova
Sinopse:
Yuri Alekseievitch Gagarin (Yaroslav Zhalnin) é um jovem de origem humilde do interior, filho de um simples carpinteiro, que decide ir para a cidade grande em busca de novas oportunidades. Na escola técnica acaba chamando a atenção dos professores por seu empenho nos estudos e logo é enviado para a força aérea russa. Lá se torna um piloto de caças e após alguns anos decide se candidatar ao programa espacial da União Soviética, naquele momento em uma verdadeira corrida espacial contra os americanos. De um universo de dois mil candidatos ele consegue se classificar entre um seleto grupo de apenas 20 pilotos designados para participar da primeira missão espacial da história. Após exaustivos treinamentos e testes, finalmente é escolhido como o primeiro homem a ir para o espaço em 1961, um feito histórico para a ciência.
Comentários:
Já que os americanos certamente nunca fariam um filme sobre Yuri Gagarin os russos foram lá e realizaram esse excelente retrato desse herói soviético, o primeiro homem a entrar em órbita. O roteiro tem duas linhas narrativas bem claras. Na primeira acompanhamos Gagarin em sua histórica missão. Os preparativos, a decolagem do imenso foguete que levou ao espaço a nave Vostok 1, a tensão nos bastidores e finalmente todos os momentos que concretizaram esse vôo histórico. Tudo mostrado com excelente nível técnico, ótimos efeitos visuais e produção requintada. Na segunda linha narrativa o roteiro mostra as origens humildes de Gagarin, aspectos da vida familiar do cosmonauta, a dura vida de trabalhador de seu pai e sua relação com a esposa e suas duas filhas. De forma inteligente o filme deixa as questões ideológicas que impulsionaram o programa soviético de lado. Como os russos ainda hoje se sentem desconfortáveis com o passado socialista de seu país (já que vivem dias de democracia), o importante é de fato mostrar a missão do ponto de vista quase que exclusivamente científico. O líder soviético Nikita Kruschev surge em cena, feliz e contente com o sucesso da missão que usará como fonte de propaganda mas é só. Nada avança muito nesse aspecto. O que torna esse filme realmente muito bom são as cenas em que Gagarin passeia em volta da Terra, olhando para a imensidão do cosmos. Nessa parte o roteiro conseguiu captar toda a emoção daquele momento. Assim "Gagarin" é um ótimo filme, que merece ser assistido com um ponto de vista na história e outro nos avanços maravilhosos da ciência.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Evocando Espíritos
Título no Brasil: Evocando Espíritos
Título Original: The Haunting in Connecticut
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Gold Circle Films
Direção: Peter Cornwell
Roteiro: Adam Simon, Tim Metcalfe
Elenco: Virginia Madsen, Martin Donovan, Elias Koteas
Sinopse:
Uma família se muda para uma antiga casa em Southington, Connecticut. O imóvel, há muitos anos abandonado, é comprado por uma verdadeira pechincha. No começo tudo parece transcorrer muito bem até que pequenos eventos inexplicáveis começam a surgir no meio da noite. Inicialmente os familiares tentam ignorar mas depois que parte desconhecida da casa é descoberta, uma câmara de embalsamento de corpos no porão, as coisas começam a sair do controle. Acontece que na década de 1920 o local serviu de casa funerária. Algumas fotos aterrorizantes de corpos são encontradas no fundo escuro do local e várias manifestações de espíritos malignos começam a surgir de forma recorrente. O que a família poderá fazer para se proteger desses eventos sinistros?
Comentários:
A proposta dessa franquia "Evocando Espíritos" até que é bem interessante. Adaptar para o cinema velhas histórias de assombração. Esse filme, por exemplo, foi baseado numa história real que ocorreu no estado americano de Connecticut. Inclusive esses acontecimentos já tinham sido explorados em um programa do canal Discovery, chamado "Assombrações". Por essa razão assim que o filme começou me lembrei imediatamente do que tinha visto na TV. A casa existe até os dias atuais e é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. No programa do Discovery o local era mostrado pela primeira vez na televisão americana. Os produtores desse filme fizeram nesse aspecto um belo trabalho de reconstituição histórica, recriando a velha residência em estúdio. O filme é curioso e interessante por seu tema mas também apresenta alguns problemas. Nas mãos de um diretor melhor acredito que a estória iria render mais. Talvez Peter Cornwell tenha se equivocado por não ser tão sutil como era de esperar. Os fantasmas surgem muitas vezes de forma banal, quebrando o suspense e a tensão que situações assim poderiam gerar. Também subestima muito a inteligência do espectador, sempre tentando explicar os mínimos detalhes de tudo o que acontece (o que é desnecessário). De qualquer maneira do jeito que está não está ruim. Bem melhor é a continuação, "Evocando Espíritos 2", que também foi baseado em um fato supostamente real mas de forma bem melhor. Esse primeiro, infelizmente, perde uma ótima oportunidade de ser uma pequena obra prima do terror.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Haunting in Connecticut
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Gold Circle Films
Direção: Peter Cornwell
Roteiro: Adam Simon, Tim Metcalfe
Elenco: Virginia Madsen, Martin Donovan, Elias Koteas
Sinopse:
Uma família se muda para uma antiga casa em Southington, Connecticut. O imóvel, há muitos anos abandonado, é comprado por uma verdadeira pechincha. No começo tudo parece transcorrer muito bem até que pequenos eventos inexplicáveis começam a surgir no meio da noite. Inicialmente os familiares tentam ignorar mas depois que parte desconhecida da casa é descoberta, uma câmara de embalsamento de corpos no porão, as coisas começam a sair do controle. Acontece que na década de 1920 o local serviu de casa funerária. Algumas fotos aterrorizantes de corpos são encontradas no fundo escuro do local e várias manifestações de espíritos malignos começam a surgir de forma recorrente. O que a família poderá fazer para se proteger desses eventos sinistros?
Comentários:
A proposta dessa franquia "Evocando Espíritos" até que é bem interessante. Adaptar para o cinema velhas histórias de assombração. Esse filme, por exemplo, foi baseado numa história real que ocorreu no estado americano de Connecticut. Inclusive esses acontecimentos já tinham sido explorados em um programa do canal Discovery, chamado "Assombrações". Por essa razão assim que o filme começou me lembrei imediatamente do que tinha visto na TV. A casa existe até os dias atuais e é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. No programa do Discovery o local era mostrado pela primeira vez na televisão americana. Os produtores desse filme fizeram nesse aspecto um belo trabalho de reconstituição histórica, recriando a velha residência em estúdio. O filme é curioso e interessante por seu tema mas também apresenta alguns problemas. Nas mãos de um diretor melhor acredito que a estória iria render mais. Talvez Peter Cornwell tenha se equivocado por não ser tão sutil como era de esperar. Os fantasmas surgem muitas vezes de forma banal, quebrando o suspense e a tensão que situações assim poderiam gerar. Também subestima muito a inteligência do espectador, sempre tentando explicar os mínimos detalhes de tudo o que acontece (o que é desnecessário). De qualquer maneira do jeito que está não está ruim. Bem melhor é a continuação, "Evocando Espíritos 2", que também foi baseado em um fato supostamente real mas de forma bem melhor. Esse primeiro, infelizmente, perde uma ótima oportunidade de ser uma pequena obra prima do terror.
Pablo Aluísio.
U.S. Marshals - Os Federais
Título no Brasil: U.S. Marshals - Os Federais
Título Original: U.S. Marshals
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Baird
Roteiro: Roy Huggins, John Pogue
Elenco: Tommy Lee Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr., Joe Pantoliano
Sinopse:
Samuel Gerard (Tommy Lee Jones) é um agente federal que tem a missão de recapturar o assassino fugitivo Mark Roberts (Wesley Snipes) que conseguiu escapar das garras da lei após se libertar quando o avião que o transportava em direção à prisão sofreu um acidente. Ao lado do experiente Gerard surge um agente bem mais jovem e novato, John Royce (Robert Downey Jr.) que o ajudará a pegar Roberts. O que poucos sabem porém é que o procurado não é um fugitivo comum, mas sim um criminoso envolvido numa complexa rede de interesses envolvendo políticos poderosos.
Comentários:
"U.S. Marshals - Os Federais" foi vendido na época de seu lançamento como uma espécie de continuação do sucesso "O Fugitivo". Na realidade não é bem disso que se trata. O único elo de ligação vem mesmo do personagem do agente Samuel Gerard, novamente interpretado pelo ator Tommy Lee Jones. É verdade que a estrutura do roteiro de uma forma em geral procura se assemelhar bastante ao filme anterior, mas isso não coloca a fita necessariamente como uma sequência direta daquela produção com Harrison Ford. São fitas de certa forma bem independentes, que podem ser assistidas isoladamente, sem perda nenhuma da compreensão de suas tramas. O diretor Stuart Baird é um caso curioso. Uma rara transição da mesa de edição para a direção. Ele ficou conhecido por ter realizado a edição de vários filmes de ação famosos, especialmente com Bruce Willis e seu talento em dar agilidade nas cenas levou a Warner a apostar nele como diretor de fitas de ação. Depois de dirigir o bom e competente "Momento Crítico" ele foi designado para esse "U.S. Marshals" e não decepcionou. Os fãs de "Star Trek" também o conhecem bem pois ele dirigiu uma boa aventura da franquia em 2002, "Nêmesis". Assim temos aqui um policial ágil, com muita adrenalina e como não poderia deixar de ser, ótimas cenas de perseguição. Tudo mostrado em um bom ritmo, feito especialmente para o espectador não desgrudar os olhos da tela. Se você gosta desse estilo de filme certamente não pode deixar de conferir.
Pablo Aluísio.
Título Original: U.S. Marshals
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Baird
Roteiro: Roy Huggins, John Pogue
Elenco: Tommy Lee Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr., Joe Pantoliano
Sinopse:
Samuel Gerard (Tommy Lee Jones) é um agente federal que tem a missão de recapturar o assassino fugitivo Mark Roberts (Wesley Snipes) que conseguiu escapar das garras da lei após se libertar quando o avião que o transportava em direção à prisão sofreu um acidente. Ao lado do experiente Gerard surge um agente bem mais jovem e novato, John Royce (Robert Downey Jr.) que o ajudará a pegar Roberts. O que poucos sabem porém é que o procurado não é um fugitivo comum, mas sim um criminoso envolvido numa complexa rede de interesses envolvendo políticos poderosos.
Comentários:
"U.S. Marshals - Os Federais" foi vendido na época de seu lançamento como uma espécie de continuação do sucesso "O Fugitivo". Na realidade não é bem disso que se trata. O único elo de ligação vem mesmo do personagem do agente Samuel Gerard, novamente interpretado pelo ator Tommy Lee Jones. É verdade que a estrutura do roteiro de uma forma em geral procura se assemelhar bastante ao filme anterior, mas isso não coloca a fita necessariamente como uma sequência direta daquela produção com Harrison Ford. São fitas de certa forma bem independentes, que podem ser assistidas isoladamente, sem perda nenhuma da compreensão de suas tramas. O diretor Stuart Baird é um caso curioso. Uma rara transição da mesa de edição para a direção. Ele ficou conhecido por ter realizado a edição de vários filmes de ação famosos, especialmente com Bruce Willis e seu talento em dar agilidade nas cenas levou a Warner a apostar nele como diretor de fitas de ação. Depois de dirigir o bom e competente "Momento Crítico" ele foi designado para esse "U.S. Marshals" e não decepcionou. Os fãs de "Star Trek" também o conhecem bem pois ele dirigiu uma boa aventura da franquia em 2002, "Nêmesis". Assim temos aqui um policial ágil, com muita adrenalina e como não poderia deixar de ser, ótimas cenas de perseguição. Tudo mostrado em um bom ritmo, feito especialmente para o espectador não desgrudar os olhos da tela. Se você gosta desse estilo de filme certamente não pode deixar de conferir.
Pablo Aluísio.
Arraste-me para o Inferno
Título no Brasil: Arraste-me para o Inferno
Título Original: Drag Me to Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Ruth Livier
Sinopse:
Christine Brown nega um novo empréstimo para uma velha senhora que sem essa quantia ficaria sem casa. Já idosa e abandonada à própria sorte ela é despejada de sua residência e resolve despejar toda a sua fúria lançando uma maldição secular contra Brown. Esse feitiço acaba atraindo todos os tipos de energias e espíritos negativos para a vida da pobre moça que se vê assim em um verdadeiro inferno na Terra.
Comentários:
Eu não me surpreendi com o filme porque antes de assistir já tinha lido várias críticas dizendo que era algo ao estilo "Uma Noite Alucinante", então já sabia de antemão o que iria encontrar: muitas cenas escatológicas, muito humor negro e um final pra lá de esquisito. Eu até gostei e pra falar a verdade me diverti. Dentro do que ele propõe (ser um tipo de "terrir" - terror para rir) até que Raimi se saiu bem. O filme tem uma levada meio despretensiosa mesmo, acho inclusive que ele fez esse para relaxar das tensões que sofreu ao dirigir "Homem Aranha". Os personagens são todos caricaturais ao extremo, mostrando o tempo todo que Sam Raimi jamais quis fazer algo mais sério. A velha cigana que joga uma maldição é um exemplo disso. Raimi quase fez dela um clichê ambulante das antigas bruxas de desenho animado e produções antigas de terror. Na cena do atropelamento então o cineasta deixa claro suas reais intenções. É um filme para se ver com muita pipoca, cercado dos amigos no cinema, com todos dando risadas dos absurdos do roteiro. Houve quem levasse à sério mas isso, repito, não estava nos planos de Raimi. Se você quiser um passatempo descompromissado, que joga e satiriza com os clichês dos filmes de terror, esta fita certamente pode ser uma boa opção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Drag Me to Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Ruth Livier
Sinopse:
Christine Brown nega um novo empréstimo para uma velha senhora que sem essa quantia ficaria sem casa. Já idosa e abandonada à própria sorte ela é despejada de sua residência e resolve despejar toda a sua fúria lançando uma maldição secular contra Brown. Esse feitiço acaba atraindo todos os tipos de energias e espíritos negativos para a vida da pobre moça que se vê assim em um verdadeiro inferno na Terra.
Comentários:
Eu não me surpreendi com o filme porque antes de assistir já tinha lido várias críticas dizendo que era algo ao estilo "Uma Noite Alucinante", então já sabia de antemão o que iria encontrar: muitas cenas escatológicas, muito humor negro e um final pra lá de esquisito. Eu até gostei e pra falar a verdade me diverti. Dentro do que ele propõe (ser um tipo de "terrir" - terror para rir) até que Raimi se saiu bem. O filme tem uma levada meio despretensiosa mesmo, acho inclusive que ele fez esse para relaxar das tensões que sofreu ao dirigir "Homem Aranha". Os personagens são todos caricaturais ao extremo, mostrando o tempo todo que Sam Raimi jamais quis fazer algo mais sério. A velha cigana que joga uma maldição é um exemplo disso. Raimi quase fez dela um clichê ambulante das antigas bruxas de desenho animado e produções antigas de terror. Na cena do atropelamento então o cineasta deixa claro suas reais intenções. É um filme para se ver com muita pipoca, cercado dos amigos no cinema, com todos dando risadas dos absurdos do roteiro. Houve quem levasse à sério mas isso, repito, não estava nos planos de Raimi. Se você quiser um passatempo descompromissado, que joga e satiriza com os clichês dos filmes de terror, esta fita certamente pode ser uma boa opção.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Operação Sombra - Jack Ryan
Título no Brasil: Operação Sombra - Jack Ryan
Título Original: Jack Ryan - Shadow Recruit
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Adam Cozad, David Koepp, Tom Clancy
Elenco: Chris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley, Kenneth Branagh
Sinopse:
Jack Ryan (Chris Pine) é um jovem universitário que assiste os terríveis atentados terroristas de 11 de setembro. Tomado por um fervor patriótico resolve se alistar no corpo de fuzileiros dos Estados Unidos. Após ser abatido em combate acaba conhecendo a charmosa médica Cathy Muller (Keira Knightley) em um hospital militar. Sua vida porém está prestes a mudar. Especialista em mercado financeiro ele é procurado pelo misterioso Thomas Harper (Kevin Costner) que o quer nos quadros da CIA, o serviço de inteligência americano. Disfarçado, Ryan começa então a trabalhar em Wall Street com o objetivo de rastrear contas internacionais usadas para terrorismo. Suas suspeitas o levam até Moscou, onde encontra uma peça chave em todo o esquema, comandado por Viktor Cherevin (Kenneth Branagh).
Comentários:
Você conhece bem o personagem Jack Ryan. De vez em quando ele vai e volta ao cinema americano em filmes como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "Perigo Real e Imediato" e "A Soma de Todos os Medos". Já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford e Ben Affleck. Agora retorna na pele do ator Chris Pine (o Capitão Kirk da nova franquia Star Trek). Como se pode perceber logo nas primeiras cenas estamos na presença de mais um daqueles filmes que contam as origens de personagens famosos. O problema é que não faz sentido. É absurda essa introdução de como ele entrou na CIA simplesmente porque Jack Ryan nos livros de Tom Clancy tem suas estórias passadas em um tempo bem anterior aos atentados de 11 de setembro de 2001, então como agora Hollywood tenta situar sua origem justamente naqueles acontecimentos? Além disso o Jack Ryan que todos conhecemos é um homem experiente, na faixa de seus 40 e tantos anos, frio e calculista e não o garotão que surge nesse filme, apaixonado, passional e cheio de altos valores morais. A única coisa que explica tantas mudanças é a necessidade de trazer o personagem para os dias atuais, para ser comercializada para um público muito jovem que frequenta os cinemas atualmente. Isso acabou estragando o filme que além do mais nem tem uma trama muito interessante e complexa como a dos filmes anteriores. O resultado de tudo isso é fácil de explicar pois "Operação Sombra - Jack Ryan" é sem dúvida o mais fraco filme realizado com esse personagem. Uma pena.
Pablo Aluísio.
Título Original: Jack Ryan - Shadow Recruit
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Adam Cozad, David Koepp, Tom Clancy
Elenco: Chris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley, Kenneth Branagh
Sinopse:
Jack Ryan (Chris Pine) é um jovem universitário que assiste os terríveis atentados terroristas de 11 de setembro. Tomado por um fervor patriótico resolve se alistar no corpo de fuzileiros dos Estados Unidos. Após ser abatido em combate acaba conhecendo a charmosa médica Cathy Muller (Keira Knightley) em um hospital militar. Sua vida porém está prestes a mudar. Especialista em mercado financeiro ele é procurado pelo misterioso Thomas Harper (Kevin Costner) que o quer nos quadros da CIA, o serviço de inteligência americano. Disfarçado, Ryan começa então a trabalhar em Wall Street com o objetivo de rastrear contas internacionais usadas para terrorismo. Suas suspeitas o levam até Moscou, onde encontra uma peça chave em todo o esquema, comandado por Viktor Cherevin (Kenneth Branagh).
Comentários:
Você conhece bem o personagem Jack Ryan. De vez em quando ele vai e volta ao cinema americano em filmes como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "Perigo Real e Imediato" e "A Soma de Todos os Medos". Já foi interpretado por Alec Baldwin, Harrison Ford e Ben Affleck. Agora retorna na pele do ator Chris Pine (o Capitão Kirk da nova franquia Star Trek). Como se pode perceber logo nas primeiras cenas estamos na presença de mais um daqueles filmes que contam as origens de personagens famosos. O problema é que não faz sentido. É absurda essa introdução de como ele entrou na CIA simplesmente porque Jack Ryan nos livros de Tom Clancy tem suas estórias passadas em um tempo bem anterior aos atentados de 11 de setembro de 2001, então como agora Hollywood tenta situar sua origem justamente naqueles acontecimentos? Além disso o Jack Ryan que todos conhecemos é um homem experiente, na faixa de seus 40 e tantos anos, frio e calculista e não o garotão que surge nesse filme, apaixonado, passional e cheio de altos valores morais. A única coisa que explica tantas mudanças é a necessidade de trazer o personagem para os dias atuais, para ser comercializada para um público muito jovem que frequenta os cinemas atualmente. Isso acabou estragando o filme que além do mais nem tem uma trama muito interessante e complexa como a dos filmes anteriores. O resultado de tudo isso é fácil de explicar pois "Operação Sombra - Jack Ryan" é sem dúvida o mais fraco filme realizado com esse personagem. Uma pena.
Pablo Aluísio.
O Patriota
Título no Brasil: O Patriota
Título Original: The Patriot
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Mel Gibson, Heath Ledger, Tom Wilkinson, Chris Cooper
Sinopse:
Na colônia da Carolina do Sul, no ano de 1776, o colono Benjamin Martin (Mel Gibson) se torna vítima da brutal repressão das tropas inglesas na região. Tentando vencer na vida duramente, com sua pequena plantação, ele vê seus dois filhos mais velhos se alistarem no chamado exército continental formado após a colônia decidir lutar contra um dos maiores impérios do mundo, o da Grã Bretanha. Todos querem a independência. A rebelião desperta a fúria da metrópole que decide se vingar da população civil. A pequena plantação de Martin é incendiada e sua família sofre a tragédia da guerra que se forma no horizonte. A partir desses eventos Martin finalmente se decide por lutar no conflito para que uma nova, jovem e ambiciosa nação finalmente se liberte da opressão inglesa.
Comentários:
Filmes sobre a revolução americana sempre despertaram certos receios por parte dos grandes estúdios de Hollywood, principalmente depois do enorme fracasso comercial de "Revolução", estrelado por Al Pacino. Só mesmo o nome de Mel Gibson para levantar um projeto como esse. Tentando misturar fatos históricos reais com personagens de mera ficção "O Patriota" pretendeu levar acima de tudo entretenimento para as plateias. Nenhuma grande tese ou programa político é defendido em cena. Apenas história emoldurada nos moldes dos grandes blockbusters da indústria americana. Curiosamente até que a ideia não se mostra ruim. Gibson tem uma boa cena de ação atrás da outra e se destaca numa boa produção, que procura humanizar e dar um rosto aos colonos americanos que cansados da exploração do colonizador resolveram colocar em frente suas ambições de liberdade e independência. No elenco de apoio temos a presença de um jovem Heath Ledger, ainda tentando abrir seu espaço dentro do mercado. Sua interpretação é apenas mediana e nada realmente deixa transparecer o grande ator que viria a se tornar. Tom Wilkinson também merece destaque pelo bom trabalho desenvolvido em seu personagem, o general e Lord Charles Cornwallis. O filme só não é melhor porque afinal de contas temos o inexpressivo Roland Emmerich por trás das câmeras. Exigir desse diretor algo acima da média seria realmente pedir demais.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Patriot
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Mel Gibson, Heath Ledger, Tom Wilkinson, Chris Cooper
Sinopse:
Na colônia da Carolina do Sul, no ano de 1776, o colono Benjamin Martin (Mel Gibson) se torna vítima da brutal repressão das tropas inglesas na região. Tentando vencer na vida duramente, com sua pequena plantação, ele vê seus dois filhos mais velhos se alistarem no chamado exército continental formado após a colônia decidir lutar contra um dos maiores impérios do mundo, o da Grã Bretanha. Todos querem a independência. A rebelião desperta a fúria da metrópole que decide se vingar da população civil. A pequena plantação de Martin é incendiada e sua família sofre a tragédia da guerra que se forma no horizonte. A partir desses eventos Martin finalmente se decide por lutar no conflito para que uma nova, jovem e ambiciosa nação finalmente se liberte da opressão inglesa.
Comentários:
Filmes sobre a revolução americana sempre despertaram certos receios por parte dos grandes estúdios de Hollywood, principalmente depois do enorme fracasso comercial de "Revolução", estrelado por Al Pacino. Só mesmo o nome de Mel Gibson para levantar um projeto como esse. Tentando misturar fatos históricos reais com personagens de mera ficção "O Patriota" pretendeu levar acima de tudo entretenimento para as plateias. Nenhuma grande tese ou programa político é defendido em cena. Apenas história emoldurada nos moldes dos grandes blockbusters da indústria americana. Curiosamente até que a ideia não se mostra ruim. Gibson tem uma boa cena de ação atrás da outra e se destaca numa boa produção, que procura humanizar e dar um rosto aos colonos americanos que cansados da exploração do colonizador resolveram colocar em frente suas ambições de liberdade e independência. No elenco de apoio temos a presença de um jovem Heath Ledger, ainda tentando abrir seu espaço dentro do mercado. Sua interpretação é apenas mediana e nada realmente deixa transparecer o grande ator que viria a se tornar. Tom Wilkinson também merece destaque pelo bom trabalho desenvolvido em seu personagem, o general e Lord Charles Cornwallis. O filme só não é melhor porque afinal de contas temos o inexpressivo Roland Emmerich por trás das câmeras. Exigir desse diretor algo acima da média seria realmente pedir demais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Do que as Mulheres Gostam
Título no Brasil: Do que as Mulheres Gostam
Título Original: What Women Want
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Icon Entertainment
Direção: Nancy Meyers
Roteiro: Josh Goldsmith, Cathy Yuspa
Elenco: Mel Gibson, Helen Hunt, Marisa Tomei, Bette Midler
Sinopse:
Nick Marshall (Mel Gibson) é um executivo de Chicago que após sofrer um acidente desenvolve uma estranha e curiosa habilidade: a de saber o pensamento das mulheres. Ele logo percebe que esse novo dom pode lhe beneficiar de diversas formas, no trabalho e principalmente nos relacionamentos amorosos pois é de fato uma grande vantagem saber o que elas realmente pensam, gostam e querem dos homens.
Comentários:
Quando esse filme foi lançado Mel Gibson explicou que o fez por pura diversão, algo bem leve e bem humorado, fugindo do padrão de suas fitas mais conhecidas. Claro que em filmes como "Máquina Mortífera", que são produções de pura ação, Gibson também exercitava seu bom humor, uma vez que o personagem que interpretava era definitivamente meio maluco mas aqui não há nenhum sinal de carros explodindo ou tiroteios. No fundo tudo não passa de uma comédia romântica feita especialmente para o público feminino (os homens, fãs de Gibson, certamente vão se aborrecer logo nos primeiros minutos de filme). O grande problema de "What Women Want" é que se trata de uma comédia de uma piada só. Ok, Gibson ganha o poder de ler a mente das mulheres, ele usa o que elas pensam em seu favor, ganha com isso mas... é só! Certamente há momentos divertidos, principalmente quando o roteiro brinca com o fato das mulheres no fundo não saberem o que realmente querem. Gibson vai se moldando no que elas querem dele mas isso definitivamente vai se desgastando ao longo do filme a ponto de no final perdermos o interesse sobre o que acontece. É uma produção para se assistir uma única vez e depois esquecer. Vale como curiosidade de um momento bem singular da carreira de Mel Gibson e nada mais do que isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: What Women Want
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Icon Entertainment
Direção: Nancy Meyers
Roteiro: Josh Goldsmith, Cathy Yuspa
Elenco: Mel Gibson, Helen Hunt, Marisa Tomei, Bette Midler
Sinopse:
Nick Marshall (Mel Gibson) é um executivo de Chicago que após sofrer um acidente desenvolve uma estranha e curiosa habilidade: a de saber o pensamento das mulheres. Ele logo percebe que esse novo dom pode lhe beneficiar de diversas formas, no trabalho e principalmente nos relacionamentos amorosos pois é de fato uma grande vantagem saber o que elas realmente pensam, gostam e querem dos homens.
Comentários:
Quando esse filme foi lançado Mel Gibson explicou que o fez por pura diversão, algo bem leve e bem humorado, fugindo do padrão de suas fitas mais conhecidas. Claro que em filmes como "Máquina Mortífera", que são produções de pura ação, Gibson também exercitava seu bom humor, uma vez que o personagem que interpretava era definitivamente meio maluco mas aqui não há nenhum sinal de carros explodindo ou tiroteios. No fundo tudo não passa de uma comédia romântica feita especialmente para o público feminino (os homens, fãs de Gibson, certamente vão se aborrecer logo nos primeiros minutos de filme). O grande problema de "What Women Want" é que se trata de uma comédia de uma piada só. Ok, Gibson ganha o poder de ler a mente das mulheres, ele usa o que elas pensam em seu favor, ganha com isso mas... é só! Certamente há momentos divertidos, principalmente quando o roteiro brinca com o fato das mulheres no fundo não saberem o que realmente querem. Gibson vai se moldando no que elas querem dele mas isso definitivamente vai se desgastando ao longo do filme a ponto de no final perdermos o interesse sobre o que acontece. É uma produção para se assistir uma única vez e depois esquecer. Vale como curiosidade de um momento bem singular da carreira de Mel Gibson e nada mais do que isso.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
O Labirinto do Fauno
Título no Brasil: O Labirinto do Fauno
Título Original: El Laberinto del Fauno
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, México, Espanha
Estúdio: Warner Bros, Estudios Picasso, Sententia Entertainment
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Ariadna Gil
Sinopse:
Na Espanha em 1944, após a sangrenta guerra civil, um grupo de rebeldes continua em combate nas distantes montanhas de Navarra. E é justamente para lá que se muda a pequena Ofelia (Ivana Baquero) de apenas 10 anos ao lado de sua mãe. Seu novo padrasto é um membro do exército que luta para vencer os últimos guerrilheiros da região. Em um ambiente tão opressor e até mesmo perigoso a jovem Ofelia resolve dar asas à sua imaginação. Nos arredores de sua nova casa ela descobre um jardim e lá um novo mundo de fantasias se abre, unindo realidade com um incrível mundo povoado de seres mitológicos e fantasiosos.
Comentários:
Gostei muito. A direção de arte é o grande destaque. O roteiro é redondinho e tem muitas mensagens subliminares. Visualmente o filme é um dos mais belos (e exóticos) que já assisti na minha vida. Some-se a isso o charmoso ambiente de realismo fantástico, com um roteiro muito criativo e imaginativo embalado pelas excelentes e incríveis atuações das atrizes Sergi Lopez e Ivana Baquero, além dos ótimos efeitos especiais e você terá uma pequena obra prima, talvez o melhor momento da carreira de Guillermo del Toro no cinema. Afinal de contas nunca foi uma tarefa fácil mesclar mundo real com fantasia sem cair ou na infantilidade ou na pura bobagem. Pois o cineasta venceu essa barreira já que o filme na realidade levanta questões importantes, inclusive para o nosso mundo adulto. Por trás de cada personagem de conto de fadas há uma metáfora muito bem arquitetada sobre o mundo em que vive a garota Ofelia, que pode até mesmo ser definida, com certo espírito de humor corrosivo, como uma espécie de Alice no país das maravilhas versão hispânica. Obviamente recomendamos a produção sem nenhum receio. Assista e procure encontrar nesse mosaico de referências e metáforas a visão crítica e inteligente de Guillermo del Toro sobre o mundo (não o da fantasia, mas sim o mundo real).
Pablo Aluísio.
Título Original: El Laberinto del Fauno
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos, México, Espanha
Estúdio: Warner Bros, Estudios Picasso, Sententia Entertainment
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ivana Baquero, Doug Jones, Sergi López, Ariadna Gil
Sinopse:
Na Espanha em 1944, após a sangrenta guerra civil, um grupo de rebeldes continua em combate nas distantes montanhas de Navarra. E é justamente para lá que se muda a pequena Ofelia (Ivana Baquero) de apenas 10 anos ao lado de sua mãe. Seu novo padrasto é um membro do exército que luta para vencer os últimos guerrilheiros da região. Em um ambiente tão opressor e até mesmo perigoso a jovem Ofelia resolve dar asas à sua imaginação. Nos arredores de sua nova casa ela descobre um jardim e lá um novo mundo de fantasias se abre, unindo realidade com um incrível mundo povoado de seres mitológicos e fantasiosos.
Comentários:
Gostei muito. A direção de arte é o grande destaque. O roteiro é redondinho e tem muitas mensagens subliminares. Visualmente o filme é um dos mais belos (e exóticos) que já assisti na minha vida. Some-se a isso o charmoso ambiente de realismo fantástico, com um roteiro muito criativo e imaginativo embalado pelas excelentes e incríveis atuações das atrizes Sergi Lopez e Ivana Baquero, além dos ótimos efeitos especiais e você terá uma pequena obra prima, talvez o melhor momento da carreira de Guillermo del Toro no cinema. Afinal de contas nunca foi uma tarefa fácil mesclar mundo real com fantasia sem cair ou na infantilidade ou na pura bobagem. Pois o cineasta venceu essa barreira já que o filme na realidade levanta questões importantes, inclusive para o nosso mundo adulto. Por trás de cada personagem de conto de fadas há uma metáfora muito bem arquitetada sobre o mundo em que vive a garota Ofelia, que pode até mesmo ser definida, com certo espírito de humor corrosivo, como uma espécie de Alice no país das maravilhas versão hispânica. Obviamente recomendamos a produção sem nenhum receio. Assista e procure encontrar nesse mosaico de referências e metáforas a visão crítica e inteligente de Guillermo del Toro sobre o mundo (não o da fantasia, mas sim o mundo real).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Caçador de Recompensas
Título no Brasil: Caçador de Recompensas
Título Original: The Bounty Hunter
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Sarah Thorp
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Jason Sudeikis
Sinopse:
Milo Boyd (Gerard Butler) resolve largar sua carreira policial para virar um caçador de recompensas, afinal o trabalho é bem melhor remunerado, embora exija mais dedicação. Seu próximo alvo passa a ser a jornalista Nicole Hurley (Jennifer Aniston) que por uma dessas ironias do destino também é sua ex-esposa. Inicialmente Boyd acha que por essa razão seu serviço vai ser dos mais fáceis mas ele nem desconfia que está redondamente enganado sobre isso.
Comentários:
Pois é, temos aqui mais um exemplar do cinema fast food de Jennifer Aniston. Infelizmente o tempo passa e a atriz não consegue sair desse tipo de "comédia-romântica-bobinha-com-final-bem-fofo". Curioso também é ver Gerard Butler em um papel que não lhe caiu bem, ficando bem claro ao espectador que ele está plenamente desconfortável com tudo ao redor. Afinal de contas o filme nunca se decide em ser uma comédia romântica, um filme de ação ou um besteirol completo com toques de romance de araque. Desnecessário esclarecer também que The Bounty Hunter em seu lançamento foi impiedosamente malhado pela crítica americana. O pior é saber que eles estavam plenamente com a razão. O roteiro é muito derivativo, bobo mesmo, e não consegue nem ao menos criar uma simpatia pelos personagens que são todos muito mal desenvolvidos, criando um clima dominante de que se está assistindo a algo completamente "fake". Some-se a isso uma direção preguiçosa e você tem um abacaxi inteiro em mãos. Melhor esquecer e deixar pra lá. Desligue a TV e vá ler um livro.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Bounty Hunter
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Sarah Thorp
Elenco: Gerard Butler, Jennifer Aniston, Christine Baranski, Jason Sudeikis
Sinopse:
Milo Boyd (Gerard Butler) resolve largar sua carreira policial para virar um caçador de recompensas, afinal o trabalho é bem melhor remunerado, embora exija mais dedicação. Seu próximo alvo passa a ser a jornalista Nicole Hurley (Jennifer Aniston) que por uma dessas ironias do destino também é sua ex-esposa. Inicialmente Boyd acha que por essa razão seu serviço vai ser dos mais fáceis mas ele nem desconfia que está redondamente enganado sobre isso.
Comentários:
Pois é, temos aqui mais um exemplar do cinema fast food de Jennifer Aniston. Infelizmente o tempo passa e a atriz não consegue sair desse tipo de "comédia-romântica-bobinha-com-final-bem-fofo". Curioso também é ver Gerard Butler em um papel que não lhe caiu bem, ficando bem claro ao espectador que ele está plenamente desconfortável com tudo ao redor. Afinal de contas o filme nunca se decide em ser uma comédia romântica, um filme de ação ou um besteirol completo com toques de romance de araque. Desnecessário esclarecer também que The Bounty Hunter em seu lançamento foi impiedosamente malhado pela crítica americana. O pior é saber que eles estavam plenamente com a razão. O roteiro é muito derivativo, bobo mesmo, e não consegue nem ao menos criar uma simpatia pelos personagens que são todos muito mal desenvolvidos, criando um clima dominante de que se está assistindo a algo completamente "fake". Some-se a isso uma direção preguiçosa e você tem um abacaxi inteiro em mãos. Melhor esquecer e deixar pra lá. Desligue a TV e vá ler um livro.
Pablo Aluísio.
Assassinos de Elite
Título no Brasil: Assassinos de Elite
Título Original: The Killer Elite
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: Marc Norman e Stirling Silliphant, baseados no livro "Monkey in the Middle" de Robert Rostand
Elenco: James Caan, Robert Duvall, Arthur Hill
Sinopse:
Mike Locken (James Caan) e George Hansen (Robert Duvall) são assassinos profissionais. Eles prestam "serviços" para uma organização clandestina que faz o trabalho sujo para a CIA quando essa não pode agir dentro da legalidade. Obviamente que são profissionais frios e calculistas, que eliminam seus alvos sem qualquer tipo de remorso ou envolvimento. Nada pessoal. As coisas porém fogem do controle quando Mike descobre que ele próprio virou o alvo de seu colega Hansen! Agora ele terá que se manter vivo de todas as formas enquanto começa a também caçar seu algoz! Dois assassinos de elite que estão prontos para se enfrentarem nesse verdadeiro jogo de vida ou morte!
Comentários:
Um filme de Sam Peckinpah bem controverso. Assim podemos definir essa fita de ação dos anos 70, "Assassinos de Elite". Na época o prestígio do diretor conseguiu trazer para o filme dois atores que estavam na crista da onda, James Caan e Robert Duvall. Peckinpah queria fazer uma película que se tornasse a definitiva sobre assassinos profissionais mas com problemas pessoais (ele estava lutando contra um pesado vício em drogas) as coisas não saíram tão bem. Na verdade notamos uma clara hesitação na direção, resultando em um filme confuso, longo demais e que nunca se decide em ser uma produção de pura ação ou algo a mais. Para muitos críticos há excessos de diálogos, alguns que nada acrescentam em uma obra que tinha a proposta de ser rápida e eficaz. Também tive a nítida sensação de que Sam Peckinpah perdeu o controle sobre o corte final da edição definitiva. A edição não é bem realizada e a trama apresenta furos de lógica. Mesmo com esses problemas pontuais o filme consegue superar tudo, apostando num ótimo entrosamento do elenco e em sequências bem realizadas de violência estilizada - a marca registrada do diretor. Definitivamente não é dos melhores trabalhos de Peckinpah mas vale como registro de um dos momentos mais complicados de sua vida, mostrando que mesmo quando estava no fundo do poço ainda conseguia realizar bom cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Killer Elite
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: Marc Norman e Stirling Silliphant, baseados no livro "Monkey in the Middle" de Robert Rostand
Elenco: James Caan, Robert Duvall, Arthur Hill
Sinopse:
Mike Locken (James Caan) e George Hansen (Robert Duvall) são assassinos profissionais. Eles prestam "serviços" para uma organização clandestina que faz o trabalho sujo para a CIA quando essa não pode agir dentro da legalidade. Obviamente que são profissionais frios e calculistas, que eliminam seus alvos sem qualquer tipo de remorso ou envolvimento. Nada pessoal. As coisas porém fogem do controle quando Mike descobre que ele próprio virou o alvo de seu colega Hansen! Agora ele terá que se manter vivo de todas as formas enquanto começa a também caçar seu algoz! Dois assassinos de elite que estão prontos para se enfrentarem nesse verdadeiro jogo de vida ou morte!
Comentários:
Um filme de Sam Peckinpah bem controverso. Assim podemos definir essa fita de ação dos anos 70, "Assassinos de Elite". Na época o prestígio do diretor conseguiu trazer para o filme dois atores que estavam na crista da onda, James Caan e Robert Duvall. Peckinpah queria fazer uma película que se tornasse a definitiva sobre assassinos profissionais mas com problemas pessoais (ele estava lutando contra um pesado vício em drogas) as coisas não saíram tão bem. Na verdade notamos uma clara hesitação na direção, resultando em um filme confuso, longo demais e que nunca se decide em ser uma produção de pura ação ou algo a mais. Para muitos críticos há excessos de diálogos, alguns que nada acrescentam em uma obra que tinha a proposta de ser rápida e eficaz. Também tive a nítida sensação de que Sam Peckinpah perdeu o controle sobre o corte final da edição definitiva. A edição não é bem realizada e a trama apresenta furos de lógica. Mesmo com esses problemas pontuais o filme consegue superar tudo, apostando num ótimo entrosamento do elenco e em sequências bem realizadas de violência estilizada - a marca registrada do diretor. Definitivamente não é dos melhores trabalhos de Peckinpah mas vale como registro de um dos momentos mais complicados de sua vida, mostrando que mesmo quando estava no fundo do poço ainda conseguia realizar bom cinema.
Pablo Aluísio.
O Melhor Amigo da Noiva
Título no Brasil: O Melhor Amigo da Noiva
Título Original: Made of Honor
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Paul Weiland
Roteiro: Adam Sztykiel, Deborah Kaplan
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Kelly Carlson
Sinopse:
Tom (Patrick Dempsey) é um sujeito feliz e realizado. A única coisa que lhe falta é se declarar para sua melhor amiga pois ele nutre uma paixão por ela que já dura anos. Tom então decide que assim que ela retornar de uma viagem na Escócia irá tomar coragem para lhe revelar tudo que sente, de coração. Para sua enorme surpresa porém ela volta da Europa noiva de um escocês rico! Agora ele terá que encarar uma situação no mínimo complicada: ser o padrinho de casamento do grande amor de sua vida!
Comentários:
Dentro desse vasto universo de comédias românticas existe um subgênero que vem a cada dia se tornando mais popular. São os filmes que exploram casamentos em geral. Obviamente não a rotina do casamento, a chatice do dia a dia e as brigas homéricas de casais que não mais se suportam. Isso todo mundo conhece e não seria explorado em uma comédia romântica já que está mais para tragédia mesmo. De forma esperta essas produções jogam com a ilusão que toma conta das noivas antes de seus casamentos. Claro que toda mulher sonha com uma cerimônia de casamento dos sonhos, com tudo saindo perfeitamente bem e dentro do esperado. O humor desse tipo de roteiro aproveita os imprevistos que podem acontecer até o momento em que o casal de pombinhos dizem finalmente o "sim"! Como é um filme feito e dirigido para o público feminino (não poderia ser diferente) o marketing foi todo criado em cima do galã Patrick Dempsey. Eu conheço o Dempsey desde os tempos em que ele era um adolescente desengonçado em comédias juvenis como "Namorada de Aluguel". Claro que as mulheres não estão interessadas nisso mas sim em sua imagem de neurologista boa pinta na série Grey's Anatomy onde interpreta o Dr. Derek Shepherd, arrancando suspiros da mulherada. Bem, para suas fãs lamento dizer que esse filme é bem fraco, nada memorável ou relevante. Mas será que elas vão se importar mesmo com isso?
Pablo Aluísio.
Título Original: Made of Honor
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Paul Weiland
Roteiro: Adam Sztykiel, Deborah Kaplan
Elenco: Patrick Dempsey, Michelle Monaghan, Kevin McKidd, Kelly Carlson
Sinopse:
Tom (Patrick Dempsey) é um sujeito feliz e realizado. A única coisa que lhe falta é se declarar para sua melhor amiga pois ele nutre uma paixão por ela que já dura anos. Tom então decide que assim que ela retornar de uma viagem na Escócia irá tomar coragem para lhe revelar tudo que sente, de coração. Para sua enorme surpresa porém ela volta da Europa noiva de um escocês rico! Agora ele terá que encarar uma situação no mínimo complicada: ser o padrinho de casamento do grande amor de sua vida!
Comentários:
Dentro desse vasto universo de comédias românticas existe um subgênero que vem a cada dia se tornando mais popular. São os filmes que exploram casamentos em geral. Obviamente não a rotina do casamento, a chatice do dia a dia e as brigas homéricas de casais que não mais se suportam. Isso todo mundo conhece e não seria explorado em uma comédia romântica já que está mais para tragédia mesmo. De forma esperta essas produções jogam com a ilusão que toma conta das noivas antes de seus casamentos. Claro que toda mulher sonha com uma cerimônia de casamento dos sonhos, com tudo saindo perfeitamente bem e dentro do esperado. O humor desse tipo de roteiro aproveita os imprevistos que podem acontecer até o momento em que o casal de pombinhos dizem finalmente o "sim"! Como é um filme feito e dirigido para o público feminino (não poderia ser diferente) o marketing foi todo criado em cima do galã Patrick Dempsey. Eu conheço o Dempsey desde os tempos em que ele era um adolescente desengonçado em comédias juvenis como "Namorada de Aluguel". Claro que as mulheres não estão interessadas nisso mas sim em sua imagem de neurologista boa pinta na série Grey's Anatomy onde interpreta o Dr. Derek Shepherd, arrancando suspiros da mulherada. Bem, para suas fãs lamento dizer que esse filme é bem fraco, nada memorável ou relevante. Mas será que elas vão se importar mesmo com isso?
Pablo Aluísio.
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