terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Senhor das Armas

Título no Brasil: O Senhor das Armas
Título Original: Lord of War
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, França, Alemanha
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol 
Elenco: Nicolas Cage, Ethan Hawke, Jared Leto

Sinopse: 
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um vendedor... mas não um vendedor comum. O que ele comercializa com seus clientes é um produto muito valorizado, de grande valor, mas igualmente letal. Orlov é um vendedor de armas pesadas, armamento de ponta, de alta tecnologia, usado para grandes conflitos. Ele transita no submundo da venda ilegal de armas. Onde os países não podem vender por questões éticas ou legais lá está Orlov, negociando com ditadores sanguinários, criminosos internacionais e grandes cartéis de drogas. Para desempenhar tal atividade ele também precisa de proteção e segurança e as tem, provenientes de grandes corporações e políticos poderosos, afinal ele é o Senhor das Armas.

Comentários:
Excelente filme. "O Senhor das Armas" é muito bem realizado, tem roteiro que não deixa pontas soltas e um ótimo argumento que traz uma boa dose de realidade sobre o mundo em que vivemos. Tudo se resume no poder da indústria bélica americana. Afinal o complexo militar dos Estados Unidos simplesmente não pode parar. Além do mercado oficial de venda de armas há todo um submundo negro onde milhões são comercializados, pois a produção tem que ser escoada, não importa de qual maneira. O personagem de Nicolas Cage transita nesse ambiente. Ele vende armamento pesado em regiões do mundo onde esse tipo de transação seria completamente ilegal. Sua posição lhe garante todos os tipos de privilégios e garantias, inclusive de políticos poderosos em altos cargos, afinal não se trata de migalhas mas de milhões de dólares. O que importa é achar um meio de vender a produção bélica, pois os negócios não podem parar! Essa é apenas uma das reflexões que o filme levanta. Basta lembrar do atual conflito da Síria para entender como tudo acontece! Afinal o governo americano não pode vender armas dentro daquela guerra civil pois algo desse tipo seria proibido pela ONU. É justamente em ambientes assim que o personagem de Cage entra. Se alguém precisa de armamento pesado e não pode comprar pelos meios oficiais, então Orlov resolverá a questão. Aliás é bom que se diga, esse foi o último grande filme estrelado por Nicolas Cage! Um ator que havia se notabilizado no começo de sua carreira estrelando filmes realmente muito bons mas que ultimamente tem surgido em produções sem a menor relevância para o mundo do cinema. Como realmente aprecio seu trabalho espero que ele reencontre, o mais breve possível, o caminho dos bons filmes.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Apesar do Nícolas Cage (poderia ser o Clive |Owen), eu adoro esse filme e já o vi diversas vezes e agora sempre vejo algumas partes que mais gosto, porém eu acho muito mal explicado como um dia o Orlov decide vender armas, vende algumas para uns bandidinhos e logo depois de uma feira, em que ele e ignorado por um grande vendedor de armas, já se torna um grande vendedor. O tempo que perdem com o romance dele poderia ser gasto em mostrar mais sobre seu início. Fica claro que a família não tem grande importância pra ele mesmo.

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  2. Ah, e Lord of War é perfeito como nome pois é o jeito errado de falar Senhor da Guerra do Presidente Africano ao qual ele fornece armas em troca de diamantes de sangue. Ele inclusive se arrisca corrigindo esse presidente dizendo "não é Lord of War e sim War's Lord" no que o presidente retruca com toda a prepotência que sua posição lhe confere "eu prefiro do meu jeito".

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  3. Ótimas observações. Eu particularmente estou chegando na seguinte conclusão: só se consegue contar bem uma história, com riqueza de detalhes, no formato de séries. Aí sim, você pode desenvolver tudo detalhadamente em minúcias. Em filmes, por causa da duração limitada de pouco mais de 2 horas, isso fica bem complicado de se fazer. É necessário um outro timing, uma outra forma de desenvolver o enredo, por isso os saltos, os pulos nos fatos. Mesmo assim sua observação é bem válida, pois não custava nada dar uma explicadinha melhor de como tudo aconteceu, mesmo que levasse apenas uma ou duas cenas. Abraços, Pablo Aluísio.

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