Mostrando postagens com marcador J. Lee Thompson. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador J. Lee Thompson. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 6 de março de 2023

Justiça Selvagem

Título no Brasil: Justiça Selvagem
Título Original: The Evil That Men Do
Ano de Lançamento: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: ITC Entertainment
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: R. Lance Hill
Elenco: Charles Bronson, Theresa Saldana, Joseph Maher, 
José Ferrer, René Enríquez, Antoinette Bower

Sinopse:
Jack Holland (Charles Bronson), um assassino profissional, sai da aposentadoria para investigar e vingar o brutal assassinato de um velho amigo jornalista. E para isso ele vai ter que mergulhar na barra pesada do submundo do crime mais uma vez em sua vida.

Comentários:
Na década de 1980 o ator Charles Bronson adotou mesmo para sua carreira um tipo básico de personagem, a do sujeito que procurava fazer justiça com as próprias mãos. Claro que em sua mente seria um tipo de justiça, embora na realidade fosse apenas vingança sangrenta pelas ruas da cidade, onde imperava a criminalidade mais perigosa. O público adorava, com o sucesso de bilheteria ele seguia nas mesmas características e ficaria nesse tipo de personagem até o fim de seus dias. Esse filme também marca o começo de uma longa parceria do ator Charles Bronson com o diretor J. Lee Thompson, pois eles iriam fazer vários filmes juntos nos anos que viriam. Variações sobre o mesmo tema violento. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

A Batalha do Planeta dos Macacos

Título no Brasil: A Batalha do Planeta dos Macacos
Título Original: Battle for the Planet of the Apes
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: John William Corrington
Elenco: Roddy McDowall, Claude Akins, Natalie Trundy, Severn Darden, Lew Ayres, Paul Williams

Sinopse:
Macacos e homens lutam em um mundo devastado. A guerra, que não parece ter fim, vai decidir quem irá dominar o planeta. E do lado dos macacos se destaca a liderança de Caeser (McDowall), decidido a se tornar o grande vencedor.

Comentários:
Os cinéfilos esqueceram que o clássico "O Planeta dos Macacos" lançado em 1968 deu origem a uma série de sequências, se tornando uma verdadeira franquia cinematográfica. A diferença é que o primeiro filme é hoje considerado um clássico do cinema, já suas continuações... passam longe desse status. Os filmes foram, de modo em geral, massacrados pela crítica da época. Muitos diziam que era uma jogada comercial rasteira para faturar mais alguns milhões de dólares com a fama do primeiro filme. Eu fico no meio termo. Há coisas boas e ruins nessas continuações. Nenhuma delas chega perto do primeiro filme, mas também trazem coisas interessantes. Esse aqui, por exemplo, foca mais no militarismo e nas cenas de ação. Não é um grande filme, mas em minha opinião passa longe de ser tão ruim como muitos falam por aí.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

O Embaixador

Título no Brasil: O Embaixador
Título Original: The Ambassador
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Northbrook Films
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Ronald M. Cohen
Elenco: Robert Mitchum, Ellen Burstyn, Rock Hudson, Donald Pleasence, Fabio Testi, Chelli Goldenberg

Sinopse:
O embaixador dos Estados Unidos em Israel tenta construir um acordo de paz entre judeus e palestinos, mas nesse processo acaba virando alvo de grupos extremistas e terroristas, colocando sua vida em risco. Roteiro baseado no romance escrito por Elmore Leonard.

Comentários:
Rock Hudson já estava com AIDS quando viajou para o deserto de Isreal para trabalhar nesse thriller político. Ele queria voltar ao cinema após ter algumas experiências na TV. Esse seria seu último filme a ser exibido nos cinemas. Uma boa produção, com um roteiro que até mantém o interesse, mas que no geral se revelava ser um filme de mediano para fraco. Rock não era o astro do filme, esse posto coube a outro veterano, Robert Mitchum, um ator dos velhos tempos que Rock conhecia muito bem, mas que até aquele momento não tinha tido o privilégio de trabalhar ao seu lado. De uma forma ou outra a perda de peso ficou bem claro nas filmagens, o que fez com que Rock procurasse um médico quando retornou aos Estados Unidos, sabendo a partir daí que estava com o temido virus, naqueles tempos uma verdadeira sentença de morte.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

O Magnata Grego

Título no Brasil: O Magnata Grego
Título Original: The Greek Tycoon
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Nico Mastorakis, Win Wells
Elenco: Anthony Quinn, Jacqueline Bisset, Raf Vallone, Edward Albert, James Franciscus, Camilla Sparv

Sinopse:
Theo Tomasis (Anthony Quinn) é um magnata grego, um bilionário, que resolve se envolver romanticamente com a americana Liz Cassidy (Jacqueline Bisset), criando assim vários problemas pessoais em sua vida, principalmente com seus familiares.

Comentários:
Chega a ser bem óbvio o fato de que esse filme é na verdade uma cinebiografia do magnata Aristotelis Onassis. Os produtores e o estúdio, temendo processos milionários, decidiram então colocar outros nomes nos personagens principais, porém fica claro desde o começo de quem se trata. E o roteiro foca bastante no romance escandaloso envolvendo o magnata grego e a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Jacqueline Kennedy. Para decepção do povo americano ela se envolveu com essa figura excêntrica após a morte do marido, o presidente JFK. E esse romance, diria até bizarro, iria encher por anos e anos as páginas das revistas de fofocas por todo o mundo. Anthony Quinn surge muito à vontade no papel principal. Ele adorava esse tipo de personagem, onde ele colocava muito de si mesmo na interpretação. De certa maneira ele era o próprio magnata grego, com todos os seus maneirismos e cacoetes. Enfim, um filme interessante, mas que hoje em dia pode não se conectar mais tão bem com as novas gerações. Tudo vai soar bem datado e exagerado para os mais jovens.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O Vingador

Título no Brasil: O Vingador
Título Original: Murphy's Law
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Gail Morgan Hickman
Elenco: Charles Bronson, Kathleen Wilhoite, Carrie Snodgress

Sinopse:
Charles Bronson interpreta Jack Murphy um detetive veterano da polícia que está em crise após o assassinato de sua ex-esposa. Para piorar sua situação ele logo vira o principal suspeito do crime. O jogo porém não está vencido e Jack entende que sua única chance é fugir dessa situação para encontrar ele próprio o assassino, antes que seja tarde demais.

Comentários:
A chamada Lei de Murphy afirma que se algo tem possibilidade de dar errado, dará mesmo! É justamente essa lei - na verdade mais um ditado do que qualquer outra coisa - que deu nome a esse filme de ação com Charles Bronson. O ator, já veterano, mas ainda na ativa nos anos 80 pegou carona com a moda dos filmes de porrada e se deu muito bem! Ao lado do diretor J. Lee Thompson, velho conhecido seu, rodou mais essa produção na Cannon. De uma maneira em geral não há maiores novidades pois os filmes de Bronson por essa época seguiam uma fórmula básica, que afinal havia dado certo antes. É a tal coisa, não se deve mexer em time que se está ganhando. Eu particularmente considero um dos bons filmes de Charles Bronson nessa fase de sua carreira. Tem boas doses de ação, cenas bem realizadas e um background tentando trazer uma profundidade ao seu personagem durão. Ora, quem ia em uma locadora nos anos 80 para levar para casa um filme de Bronson não pedia nada muito além disso. Assim vale a recomendação, um policial bom e eficiente estrelado pelo saudoso astro.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

O Grande Búfalo Branco

Um faroeste clássico estrelado por Charles Bronso. O interessante é que esse filme também apresenta elementos novos, nada comuns nesse gênero. Na história um sujeito chamado James Otis (Charles Bronson) chega em uma remota cidade mineradora bem na fronteira do chamado cinturão do ouro, onde várias minas do rico mineral estão sendo exploradas. Ele vem atrás de dois objetivos principais: achar seu filão dourado e caçar um mítico búfalo branco que habita as montanhas geladas de Black Hills. Há tempos Otis vem sofrendo de terríveis pesadelos onde se vê face a face com a temível besta. Agora, de volta ao oeste, ele pretende liquidar aquele que é considerado o último animal selvagem de sua espécie livre na natureza, uma vez que os búfalos da região estão praticamente extintos após longos anos de matança desenfreada por caçadores em busca de peles e carne dos animais abatidos. O que pouca gente sabe é que Otis é apenas um disfarce, pois ele é na verdade o famoso pistoleiro Wild Bill Hickok, que se mantém incógnito, sem alardear sua verdadeira identidade, pois sua fama o precede, sempre trazendo jovens aspirantes que desejam o título de "homem mais rápido do gatilho". Agindo assim ele evita ter que enfrentar um novo pistoleiro toda vez que entra em um saloon cheio de cowboys e aventureiros de todo tipo.

“O Grande Búfalo Branco” é um dos mais lembrados filmes de faroeste estrelado por Charles Bronson. É uma produção de Dino de Laurentis, com muita competência técnica. O Búfalo se torna no enredo uma besta invencível, um monstro a ser desafiado nas nevascas das montanhas. O animal é todo criado através de efeitos especiais e sonoros, criando toda uma expectativa no espectador sempre que surge em cena. Nos tempos de consciência ecológica em que vivemos atualmente, o enredo pode vir a incomodar alguns pois tudo o que pretende o personagem de Bronson e caçar e matar a fera terrível, que em acessos de fúria, mata homens, animais e crianças, varrendo tudo por onde passa.

Charles Bronson está muito bem no papel. Usando um figurino exótico, usando inclusive óculos de aros redondos, bastante psicodélicos, sua caracterização certamente cairá no gosto de seus fãs. Ao seu lado, no alto da montanha, caçando o búfalo, dois outros bons atores dividem a cena com ele, Jack Warden, como um velho caçador rabugento e Will Sampson como o mitológico guerreiro Sioux Cavalo Louco. Outro destaque do elenco é a presença da veterana Kim Novak, que apesar da idade mais madura ainda estava muito bonita. A direção é do competente J. Lee Thompson, que iria trabalhar ao lado de Bronson em outras fitas violentas, como "Dez Minutos Para Morrer", "O Vingador", "Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown" e "Kinjite - Desejos Proibidos”. Em suma fica a recomendação desse bom momento do cinema western na década de 1970.

O Grande Búfalo Branco / A Caçada da Morte (The White Buffalo, Estados Unidos, 1977) Direção: J. Lee Thompson / Roteiro: Richard Sale / Elenco: Charles Bronson, Jack Warden, Will Sampson, Kim Novak / Sinopse: Caçador e pistoleiro se une a velho minerador e a um chefe indígena Sioux para caçar o último búfalo branco nas montanhas nevadas de Black Hills.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Dez Minutos Para Morrer

Título no Brasil: Dez Minutos Para Morrer
Título Original: 10 to Midnight
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: William Roberts
Elenco: Charles Bronson, Lisa Eilbacher, Andrew Stevens

Sinopse:
Charles Bronson interpreta Leo Kessler, um detetive do departamento de polícia de Los Angeles que se depara com um caso incomum: a morte de dezenas de jovens mulheres em sua jurisdição. Ao que tudo indica se trata mesmo de uma sucessão de crimes cometidos por um novo serial killer atuando em sua região. A caçada policial será das mais complicadas de sua carreira.

Comentários:
Eu considero esse um dos filmes mais subestimados dos anos 1980. Lançado no Brasil pela Globo Vídeo em VHS, a fita era surpreendemente bem realizada. Esqueça os filmes de pura ação de Charles Bronson na Cannon, pois aqui temos um roteiro bem trabalhado, com uma trama de mistério que prende a atenção do começo ao fim, envolvendo um serial killer sedutor, especializado em matar mulheres desavisadas que caíam em sua lábia e charme. De fato o irregular cineasta J. Lee Thompson acabou realizando um de seus melhores trabalhos. Bronson está em seu tipo habitual, a do sujeito durão que precisa caçar um psicopata perigoso mas que consegue ao mesmo tempo trazer alguma complexidade psicológica maior ao seu personagem, o que reforça o que foi dito antes, a de que o grande mérito do filme vem mesmo de seu roteiro, muito bem escrito, que merece ser redescoberto não apenas pelos fãs em geral de filmes de ação e psicopatas mas também e principalmente pelos admiradores do trabalho do ator Charles Bronson, aqui em um dos melhores momentos de sua carreira no cinema.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Kinjite - Desejos Proibidos

Título no Brasil: Kinjite - Desejos Proibidos
Título Original: Kinjite - Forbidden Subjects
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Golan-Globus Productions
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Harold Nebenzal
Elenco: Charles Bronson, Juan Fernández, Perry Lopez

Sinopse:
O tenente Crowe (Charles Bronson) do departamento policial de Los Angeles está determinado a desmantelar uma perigosa rede de prostituição organizada por criminosos orientais na cidade. Fortemente armado até os dentes está disposto a fazer justiça de todas as maneiras possíveis.

Comentários:
Último filme da carreira do diretor J. Lee Thompson. Em seus últimos anos ele emplacou uma muito bem sucedida parceria com o ator Charles Bronson. Dessa união no cinema surgiram obras como "Dez Minutos Para Morrer" (o melhor em minha opinião), "O Vingador" e "Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown". Todos são filmes focados essencialmente em agitadas cenas de ação, geralmente passadas no caos urbano das grandes cidades americanas, onde o crime parece estar fora de controle e sem rumo. Bronson de certa maneira personificou quase sempre o mesmo personagem, a do justiceiro das ruas, o sujeito de bem e honesto que não conseguia mais aguentar a ineficiência do Estado e que por isso resolvia fazer justiça com as próprias mãos. O inimigo aqui é a máfia oriental, que ganha milhões de dólares com o tráfico de seres humanos, garotas bonitas que são literalmente exportadas para os Estados Unidos para faturarem muito no submundo da prostituição. Uma fita que certamente entrega o que promete. Os fãs de Charles Bronson não terão do que reclamar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown

Título no Brasil: Desejo de Matar 4 - Operação Crackdown
Título Original: Death Wish 4 - The Crackdown
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Brian Garfield, Gail Morgan Hickman
Elenco: Charles Bronson, Kay Lenz, John P. Ryan

Sinopse:
Depois de vingar a morte de entes queridos nos filmes anteriores tudo o que Paul Kersey (Charles Bronson) deseja é reconstruir sua vida e viver em paz. Ele conhece uma mulher interessante e começa um bom relacionamento com ela, mas infelizmente a criminalidade não dá tréguas. A filha de sua namorada se torna vítima de uma gangue de traficantes de crack. Sem outra opção Kersey resolve voltar às ruas para limpar a escória da sociedade.

Comentários:
Quarto e penúltimo filme da violenta franquia "Death Wish". Aqui Charles Bronson resolveu voltar ao papel após uma proposta irrecusável da Cannon, que havia adquirido os direitos de filmagem de várias franquias de sucesso do passado como "Superman" e é claro, "Desejo de Matar". A parceria foi muito bem sucedida fazendo inclusive Bronson a estrelar outras fitas da produtora. Aqui nada de muito original, aliás todos os filmes da série "Desejo de Matar" são variações apenas do primeiro filme. Nada de muito inovador, a não ser a idade de Bronson que começava a se tornar um problema para as cenas mais agitadas. Mesmo assim o ator conseguiu manter seu carisma à prova de falhas. O filme segue de perto a linha das produções de ação dos anos 80, assim se você curte esse estilo certamente não ficará decepcionado. Afinal de contas Bronson sempre foi um ídolo supremo dos fãs de action movies.

Pablo Aluísio.

domingo, 31 de março de 2013

As Minas do Rei Salomão

Jesse Huston (Sharon Stone) é uma estudante de arqueologia que resolve contratar o aventureiro Allan Quatermain (Richard Chamberlain) para localizar o paradeiro de seu pai que desapareceu misteriosamente após revelar que havia conseguido finalmente o mapa que levaria para as famosas minas do Rei Salomão. Vivendo mil e uma aventuras o casal adentra nas regiões mais remotas da África selvagem para tentar achar o famoso tesouro do mitológico rei bíblico. “As Minas do Rei Salomão” é uma aventura oitentista que procura seguir os passos da franquia de sucesso “Indiana Jones”. Produzido pelo estúdio Cannon Group o filme tenta em vão capturar o charme das produções de Steven Spielberg e George Lucas. O personagem Allan Quatermain vem da literatura, é obviamente mais antigo do que Indiana Jones, mas pouco ou quase nada se encontra do Quatermain original dos livros aqui. Na realidade ele deixa de ter uma personalidade própria para se tornar um mero Indiana Jones genérico.

Sharon Stone tem sua primeira grande chance de aparecer em um filme no cinema. Antes disso ela só tinha experiência com séries e telefilmes. Seu papel não é grande coisa (nenhum papel do filme é minimamente profundo para dizer a verdade), mas vale como curiosidade. Richard Chamberlain que vinha do sucesso de TV Shogun também tenta virar um astro de filmes de aventura mas não deu muito certo. O grande problema de “As Minas do Rei Salomão” é que seu roteiro não desenvolve nenhum personagem, se limitando a colocar todos em uma sucessão de cenas de ação em trens em movimento, aviões caindo, fugindo de tribos canibais, etc. Tudo bem vazio e derivativo. Os efeitos obviamente envelheceram muito (numa era pré-digital tudo era feito com maquetes e marionetes, inclusive com uma nada verídica aranha gigante em cena). Como fez um relativo sucesso acabou ganhando uma continuação um ano depois, “Allan Quatermain e a Cidade do Ouro Perdido”, com a mesma dupla central. Depois de alguns anos Allan Quatermain voltaria às telas sendo interpretado dessa vez por Sean Connery em “A Liga Extraordinária” mas essa é uma outra história...

As Minas do Rei Salomão (King Solomon's Mines, Estados Unidos, 1985) Direção: J. Lee Thompson / Roteiro:  Gene Quintano baseado na novela de H. Rider Haggard / Elenco: Richard Chamberlain, Sharon Stone, Herbert Lom / Sinopse: Jesse Huston (Sharon Stone) é uma estudante de arqueologia que resolve contratar o aventureiro Allan Quatermain (Richard Chamberlain) para localizar o paradeiro de seu pai que desapareceu misteriosamente após revelar que havia conseguido finalmente o mapa que levaria para as famosas minas do Rei Salomão.

Pablo Aluísio.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Aventureiros de Fogo

Título no Brasil: Os Aventureiros de Fogo
Título Original: FireWalker
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Group
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Robert Gosnell, Jeffrey M. Rosenbaum
Elenco: Chuck Norris, Louis Gossett Jr, Melody Anderson
  
Sinopse:
Dois aventureiros resolvem partir em busca de tesouros das antigas civilizações Astecas, Maias e egípcias, na América Central e em outras regiões inóspitas e perdidas do mundo. Na busca pelo ouro encontrarão muitas aventuras em locais exóticos e perigosos. Um filme de Chuck Norris em uma aventura ao estilo Indiana Jones.

Comentários:
Em 1986 a produtora Cannon Group resolveu escalar seu astro Chuck Norris para estrelar o filme "FireWalker", uma produção que procurava seguir os passos de Indiana Jones. Ao seu lado foi contratado o ator e ídolo black Louis Gossett Jr que tinha se destacado na aventura B “Águia de Aço”, um genérico do grande sucesso “Top Gun – Ases Indomáveis”. A produção seria realizada no México por causa das locações exóticas que o país poderia disponibilizar para a fotografia do filme e os baixos custos de se filmar por lá. Era um filme bem diferente para Chuck Norris. O ator que vinha de vários sucessos em filmes de ação que seguiam o estilo mais cru, tinha agora que bancar o aventureiro cheio de piadinhas do script. Definitivamente não era bem a praia dele. A Cannon apostava em um grande sucesso tanto que investiu mais do que costumava investir em efeitos especiais e pirotecnia. O diretor contratado era J. Lee Thompson, o mesmo que havia dirigido “As Minas do Rei Salomão” outro genérico de Indiana Jones pela mesma Cannon. Já deu para perceber logo de cara que originalidade realmente não era o forte desse “Aventureiros de Fogo”. Apesar dos esforços do estúdio o filme não conseguiu se dar bem nas bilheterias. Os fãs de Norris gostavam de vê-lo em filmes mais simples, de pura pancadaria, não uma produção que procurava seguir os passos dos famosos filmes de Spielberg. Ele tinha seu próprio estilo e imitar os outros soava como uma péssima ideia. O roteiro também não era nada bom, muito mal escrito e sem boas cenas de ação (um pecado para o fã clube de Chuck Norris). 

Assim o filme simplesmente não pegou, não deu certo. A crítica por sua vez detestou (mais do que o normal em se tratando de filmes de Norris). “Imbecil”, “Péssimo” e “estúpido” foram adjetivos usados para qualificar o filme. O próprio Chuck Norris ficou chateado com o resultado. Para falar a verdade ele nunca havia comprado inteiramente a ideia. Como resultado da má repercussão do filme ele resolveu dar um tempo e ficou dois anos longe das telas de cinema, só retornando com “Braddock 3” que logo também se tornou um fracasso de público e crítica. De qualquer modo “Aventureiros de Fogo” marcou o fim da melhor fase do ator nas telas de cinema. A década de 1980 foi onde ele realizou seus maiores sucessos comerciais. Filmes simples, sem muitos recursos, com orçamentos bem modestos, mas que conseguiam trazer bom retorno de bilheteria. O erro do estúdio foi tentar transformá-lo em um novo Harrison Ford, coisa que ele definitivamente não era. Depois disso Norris rompeu com a Cannon e tentou bancar seus próprios filmes, algo que não deu muito certo. A salvação só viria mesmo na TV quando finalmente reencontraria o sucesso na pele de um Texas Ranger durão. No final fica a lição, não se pode transformar um ator em outro, por mais sedutora que seja essa ideia.

Pablo Aluísio.