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domingo, 16 de abril de 2017

8mm - Oito Milímetros

Título no Brasil: 8mm - Oito Milímetros
Título Original: 8MM
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Andrew Kevin Walker
Elenco: Nicolas Cage, Joaquin Phoenix, James Gandolfini
  
Sinopse:
O detetive particular Tom Welles (Nicolas Cage) é contratado por uma rica senhora, agora viúva, que descobriu um material perturbador no cofre do marido falecido. É um filme e ao que tudo indica ele traz cenas reais de um assassinato. Ela quer descobrir a origem e a veracidade das filmagens. Cabe a Welles agora investigar, indo para o submundo da pornografia e criminalidade da cidade. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
O cineasta Joel Schumacher sempre foi conhecido pela irregularidade em sua filmografia. Ele tanto conseguiu dirigir bons filmes, como verdadeiras bombas ao longo de sua carreira. Esse aqui fica no meio termo. Na verdade pode-se considerar até um bom filme, principalmente por explorar um tema bem complicado, o submundo dos chamados "snuff films", filmes trazendo imagens reais de crimes como assassinatos, estupros, etc. Algo direcionado mais para um público bem doentio. Ao ser contratado por uma viúva rica ele cai fundo no pior submundo de Los Angeles e lá descobre todos os tipos de perversões e taras sexuais. Além do bom roteiro outro aspecto que chama a atenção nessa produção é o elenco de apoio. Não é para menos, temos aqui um ótimo Joaquin Phoenix, em um papel bem estranho e fora dos padrões e James Gandolfini, da série de sucesso "Família Soprano" como um sujeito bem desprezível. Em suma, " 8mm - Oito Milímetros" é um bizarro passeio pelo submundo da alma humana, algo que acaba destruindo até mesmo a vida familiar e profissional do detetive, protagonista da fita. Entre os vários filmes de Joel Schumacher esse é certamente um dos que valem a pena ser conhecidos, embora não seja indicado para pessoas de estômagos fracos.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de abril de 2017

Vivendo no Limite

Título no Brasil: Vivendo no Limite
Título Original: Bringing Out the Dead
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Nicolas Cage, Patricia Arquette, John Goodman, Ving Rhames, Tom Sizemore, Marc Anthony
  
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Joe Connelly, o filme conta a história de Frank Pierce (Nicolas Cage), um paramédico que começa a perder sua sanidade durante intensos e prolongados plantões noturnos trabalhando em uma ambulância pelas ruas mais pobres de Nova Iorque. Em pouco tempo começa a ter alucinações com pacientes que tentou salvar, mas que morreram sob seus cuidados. Filme indicado ao Florida Film Critics Circle Awards.

Comentários:
Esse é um dos filmes mais diferentes de Martin Scorsese. Durante anos o diretor teve problemas com cocaína, assim ele resolveu imprimir um ritmo alucinado ao seu filme, com um roteiro completamente insano, mostrando a rotina de um paramédico literalmente vivendo no limite (em caso raro de título nacional bem adequado). Hoje em dia o filme é pouco lembrado, mesmo para os admiradores do cinema de Scorsese. O filme fez pouco sucesso, para o estúdio foi um fracasso de bilheteria, mas mesmo assim teve boa recepção por parte da crítica. Certamente não é dos mais brilhantes trabalhos do cineasta, que aqui procurou por um roteiro mais convencional, embora inove na forma como ele mostra a estória do protagonista de uma maneira em geral. Nicolas Cage está bem no papel, principalmente por explorar um personagem na tênue linha entre a loucura e a sanidade. Com os olhos esbugalhadas, cara de quem não está entendendo muito o que está acontecendo ao redor, ele conseguiu atuar muito bem. No geral é um filme na média, o que se tratando de Martin Scorsese acaba sendo muito pouco.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Cães Selvagens

Esse é um filme sobre um grupo de bandidos que após saírem da prisão voltam ao mundo do crime. Até aí nada de muito diferente de várias outras produções com enredos semelhantes. O diferencial vem mesmo da abordagem que o veterano cineasta Paul Schrader usa para contar sua história. Nada é muito convencional nesse aspecto. Com roteiro baseado no conto policial escrito por Edward Bunker, o filme tem um viés que beira o nonsense e o absurdo, causando óbvio desconforto no espectador. Um exemplo disso vem logo na primeira cena. Willem Dafoe interpreta um ex-presidiário que depois de cumprir uma longa pena na prisão ganha a liberdade. Ele vive (ou melhor dizendo, explora) uma mulher, uma mãe solteira com problemas de obesidade. Ele vive em sua casa, cheirando cocaína, ficando o tempo todo doidão. Quando ela não suporta mais essa situação o expulsa de lá, mas isso logo se mostra uma péssima ideia. O sujeito surta completamente e comete um crime horrível. Essa cena, extremamente violenta, foi filmada com fundo musical lúdico, infantiloide, meio bobo, que dá uma sensação de óbvio desconforto em quem assiste. É uma espécie de opereta do absurdo, da violência gratuita!
 
Paul Schrader porém não desiste. Logo o trio de criminosos em busca de "serviços" vê uma boa chance no horizonte. Por 700 mil dólares eles topam fazer um sequestro, envolvendo um bebê! Lógico que algo assim tão hediondo poderia colocar tudo a perder e conforme vamos acompanhando o crime realmente se torna uma armadilha mortal. É tudo mostrado com toques de insanidade, de puro delírio. O ator Willem Dafoe, que sempre considerei um dos melhores de sua geração, é um dos grandes destaques do filme em termos de atuação, justamente pelo fato de seu personagem ser o mais insano de todos, devidamente conhecido pelo apelido de "cachorro louco"! Claro que a grande estrela do elenco Nicolas Cage está lá, mas diante de Dafoe ele desaparece completamente! A cena final é puro delírio. Paul Schrader saturou a tela com cores fortes e envolveu tudo em uma neblina quase sobrenatural, com resultados muito bons. Admito que não esperava por algo assim tão diferente. Paul Schrader parece ter tido o firme propósito de dirigir o filme mais sui generis de sua longa e extensa filmografia. Acabou atingindo seus objetivos.

Cães Selvagens (Dog Eat Dog, Estados Unidos, 2016) Direção: Paul Schrader / Roteiro:  Matthew Wilder, baseado na obra de Edward Bunker / Elenco: Nicolas Cage, Willem Dafoe, Christopher Matthew Cook / Sinopse: Três condenados ganham a liberdade após cumprirem suas penas. De volta às ruas eles retornam para as atividades criminosas, trabalhando para um chefão mafioso conhecido como "El Greggo". Após alguns serviços eles aceitam participar de um crime hediondo, o sequestro de um bebê, filho de um ricaço da cidade.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Joe

Depois de ficar alguns anos preso, por ter agredido um policial, Joe (Nicolas Cage) segue com sua vida. Ele mantém um pequeno negócio, onde recruta trabalhadores para envenenar árvores no meio da floresta. A intenção é retirar a mata original para a plantação de pinheiros. É um trabalho duro. Gary (Tye Sheridan) é um jovem desempregado que pede um emprego a Joe. A vida familiar dele é caótica, com sua mãe e irmã oprimidas por seu pai, um sujeito alcoólatra e violento. Tentando ajudar, Joe emprega o rapaz, mal sabendo que isso lhe trará vários problemas no futuro.

Gostei desse filme "Joe". É um dos poucos da recente safra da filmografia do ator Nicolas Cage que realmente vale a pena. Não sei bem a razão, mas Cage entrou em uma fase ruim, trabalhando em produções cada vez piores, algumas com roteiros ridículos. Bom ator certamente ele é, o que faltava era escolher melhor seus projetos. "Joe" é uma pausa muito bem-vinda na mediocridade de sua carreira mais recente. É um bom drama, com personagens interessantes e argumento coeso, que prende a atenção. O protagonista é um homem comum, um trabalhador que tenta ganhar a vida da melhor forma possível.

O diretor David Gordon Green optou por escolher uma narrativa lenta, contemplativa. Nada é muito apressado e o enredo se desenvolve em seu próprio ritmo. A vida de Joe tem muitos problemas, inclusive uma rixa violenta com um sujeito intragável, um bêbado de bar com quem sempre sai na mão quando se encontram. O cenário onde tudo se passa é uma pequena cidadezinha do sul do Texas, com aquele clima de decadência econômica que os americanos do interior conhecem muito bem. A própria atividade de Joe - a de envenenar árvores - é clandestina, pois ele é contratado pelas grandes madeireiras para fazer o serviço sujo, abrindo caminho para elas depois devastarem a floresta. Não é um personagem heroico, muito pelo contrário, é um membro da classe trabalhadora, tentando ganhar a vida. Esse realismo aliás é o grande mérito desse filme.

Joe (Joe, Estados Unidos, 2013) Direção: David Gordon Green / Roteiro: Gary Hawkins, Larry Brown / Elenco: Nicolas Cage, Tye Sheridan, Gary Poulter / Sinopse: Joe (Cage), um ex-condenado, ganha a vida na floresta ao lado de seus contratados. Sua vida muda quando conhece um garoto com problemas familiares. Ao tentar ajudá-lo Joe acaba se envolvendo em uma situação no mínimo delicada e perigosa. Filme premiado pela Austin Film Critics Association e Venice Film Festival na categoria de Melhor Direção.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A Outra Face

Título no Brasil: A Outra Face
Título Original: Face/Off
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Woo
Roteiro: Mike Werb, Michael Colleary
Elenco: John Travolta, Nicolas Cage, Joan Allen, Nick Cassavetes, Gina Gershon, Dominique Swain
  
Sinopse:
Castor Troy (Nicolas Cage) é um terrorista internacional caçado pelo incansável agente do FBI Sean Archer (John Travolta). No passado o criminoso fora responsável pela morte do filho do policial, o que acabou transformando sua captura em uma questão bem pessoal. Tudo corre bem até que finalmente Archer consegue colocar as mãos em Troy, mas esse acaba entrando em coma após uma grande explosão. O problema é que ele deixou uma bomba armada para ser explodida a qualquer momento. Assim o agente do FBI precisa descobrir onde ela está. Para isso resolve fazer uma cirurgia inovadora e revolucionária onde o rosto do criminoso é transplantado para sua face. Archer pretende usar o disfarce para descobrir onde estaria a bomba, mas algo acaba saindo terrivelmente errado.

Comentários:
Quando o cineasta oriental John Woo foi para Hollywood ele foi saudado como um gênio dos filmes de ação de Hong Kong. Muitos críticos (de forma completamente exagerada) diziam que Woo iria revolucionar o cinema americano. Em pouco mais de dois anos ele rodou quatro filmes, todos aproveitando essa onda favorável por parte de artigos em revistas americanas especializadas em cinema. Esse aqui foi seu terceiro filme Made in USA. Aproveitando-se da fama de dois astros de Hollywood (John Travolta e Nicolas Cage) ele dirigiu um filme com produção classe A embasado em pura bobagem trash. O roteiro jamais pode ser levado à sério, no fundo é uma grande brincadeira com Travolta tirando onda de Cage, o imitando, e vice versa. Claro que há realmente ótimas cenas de ação, porém o fato inegável é que o tempo mostrou que tudo não passava mesmo de uma fita bem descartável, nada memorável. A tal "genialidade" de John Woo nunca realmente chegou a se comprovar nos Estados Unidos. Assim depois de alguns anos (e fracassos de bilheteria) ele acabou retornando para Hong Kong, onde voltou a dirigir aqueles filmes de artes marciais sem muita qualidade cinematográfica. Melhor para ele que nunca deveria ter abandonado o nicho em que sempre se deu bem. Por fim uma mera curiosidade: John Woo voltaria a trabalhar ao lado de Nicolas Cage no filme de guerra "Códigos de Guerra" em 2002. Infelizmente a fita acabou se tornando um grande fracasso comercial, enterrando de vez as pretensões de Woo em continuar a trabalhar em Hollywood.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Regresso do Mal

Durante a noite de Halloween, Mike Lawford (Nicolas Cage) decide levar seu pequeno filho de sete anos para assistir a grande festa que está sendo realizada pelas ruas de Nova Iorque. Ao parar para comprar um sorvete para o garoto se distrai e ele desaparece no meio da multidão. Desesperado pede ajuda para policiais, mas ninguém consegue encontrar seu jovem filho. Um ano depois, após muitas investigações e pistas falsas, Mike começa a perceber que algo sobrenatural pode estar envolvido no desaparecimento do menino. Ele segue pistas a partir de uma frase que sempre parece surgir pelo caminho "Pay The Ghost" (Pague o Fantasma). Após visitar um beco escuro onde vivem mendigos e desabrigados, ele descobre que há uma ligação entre essa expressão e uma antiga seita Celta que vem desde os primórdios da colonização da cidade, ainda no século XVII. A partir daí Mike finalmente entende que está lidando com algo muito maior e mais complexo do que poderia inicialmente imaginar.

Pois é, temos aqui um filme de Halloween, feito justamente para ser lançado nos cinemas durante esse feriado tipicamente americano. É mais uma tentativa de Nicolas Cage em levantar sua carreira que anda de mal a pior, colecionando fracassos sucessivos. Como fã de terror de longa data posso dizer que se você for esperar por algo muito assustador em relação a esse filme vai seguramente se decepcionar. O roteiro nem é tão mal, tem até boas ideias pelo meio do caminho (como um bom uso de flashbacks históricos), mas a coisa toda sempre fica um tanto artificial. É pouco verossímil para ser levado à sério e em consequência lhe passar algum tipo de medo de verdade. Os efeitos especiais são pontuais e pelo menos não estragam a história que está se tentando passar. O clima de suspense infelizmente é quebrado de forma até infantil na sequência final quando o personagem de Cage precisa atravessar uma espécie de ponte entre o nosso mundo e o mundo espiritual. Achei a ideia bem boba e infantilizada, sem consistência. Enfim, temos aqui realmente uma tentativa de faturar bem nos cinemas aproveitando a onda do Halloween, mas devo avisar que ficou mesmo pelo meio do caminho. Talvez funcione melhor com adolescentes, já com veteranos a fita não conseguirá mesmo impressionar em nenhum aspecto. Raso demais para causar qualquer tipo de medo.

Regresso do Mal (Pay the Ghost, EUA, 2015) Direção: Uli Edel / Roteiro: Dan Kay, baseado na novela de Tim Lebbon / Elenco: Nicolas Cage, Sarah Wayne Callies, Veronica Ferres / Sinopse: Professor se desespera ao perder seu filho no meio de uma grande festa de Halloween. Após meses de busca intensa ele começa a seguir pistas que podem levar a uma ligação entre antigas crenças celtas e o paradeiro de centenas de crianças desaparecidas. Teria algo a ver com um evento trágico que aconteceu em Nova Iorque durante o século XVII, em pleno período da colonização da cidade?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Motoqueiro Fantasma

O sonho do Nicolas Cage era interpretar o Superman no cinema. Não deu certo. Apesar do filme ter sido iniciado pela Warner logo foi cancelado. Cage não nasceu com a pinta do Clark Kent e nem muito menos com o tipo do Superman. Assim o projeto foi cancelado. Como não deu para interpretar o mais popular personagem dos quadrinhos o ator acabou procurando por algo mais, digamos, modesto. Acabou achando o que procurava quando o roteiro da adaptação de "Ghost Rider" caiu em suas mãos. O personagem, considerado secundário dentro do universo Marvel parecia mais adequado. Era um anti-herói, bem de acordo com a personalidade de Cage e também passaria longe de sofrer a pressão que uma versão de Superman teria ao chegar nas telas.

Esse primeiro filme, apesar de ter recebido críticas bem ruins, até que diverte bastante. É bem produzido, tem efeitos especiais bem legais e Cage está no tom certo, como se estivesse acima de tudo se divertindo como nunca! O enredo? Um jovem chamado Johnny Blaze (Cage), desesperado pelo fato do pai estar com um câncer incurável, resolve fazer um pacto com Mefistófeles (sim, ele mesmo, o anjo caído). O tal ser das trevas salvaria a vida de seu pai e em troca poderia levar sua alma. As coisas acabam não saindo exatamente como planejadas e muitos anos depois Mefistófeles retorna ao nosso mundo para cobrar a dívida. Nesse meio tempo o próprio Blaze, contando com os poderes das fossas infernais, se torna um motoqueiro fantasma. Ainda prefiro "Coração Satânico" que tem um desenvolvimento bem mais intelectual, mas mesmo assim não tem como não se divertir com esse filme. Vamos convir que como pura cultura pop, até que esse "Ghost Rider" se sai muito bem.

Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider, EUA, 2007) Direção: Mark Steven Johnson / Roteiro: Mark Steven Johnson / Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Sam Elliott / Sinopse: Depois de fazer um pacto com o diabo um motoqueiro chamado Johnny Blaze se transforma numa estranha criatura, com seu corpo em chamas, dirigindo uma motocicleta realmente infernal. Filme indicado na categoria de Melhor Filme de Terror pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.

Pablo Aluísio. 

domingo, 15 de novembro de 2015

O Guarda-Costas e a Primeira Dama

Dois anos antes da produção dessa pérola (no mal sentido) o ator Kevin Costner conseguiu emplacar o maior sucesso de sua carreira, o filme "O Guarda-Costas". Por certo os produtores pensaram que o público havia criado algum fetiche em relação a esse tipo de profissional o que acabou dando origem a esse abacaxi monstruoso. Sinceramente... que filme ruim! Hoje em dia Nicolas Cage perdeu o pudor de aparecer em bombas, mas naquela época ele tinha um prestígio e tanto dentro do meio cinematográfico. Qual não foi a surpresa ao vê-lo passando mico em um filmeco como esse! Pior foi o caso da atriz Shirley MacLaine! Atriz veterana, com clássicos imortais em sua filmografia, precisou passar pelo vexame de estrelar essa fitinha descartável e esquecível. 

Nada se salva, o roteiro é péssimo, não tem graça e nem razão de ser. O elenco não sabe o que fazer com um material tão ruim. O fracasso comercial praticamente destruiu a carreira do novato diretor Hugh Wilson, que a partir daí foi de mal a pior, tentando emplacar numa carreira morta em seu nascimento, assinando outras porcarias do tipo "Polícia Desmontada" e "De Volta para o Presente" (péssimo filme com o ainda mais péssimo Brendan Fraser). Enfim, desista. Se nunca viu, passe longe. Se perdeu seu precioso tempo vendo isso, os meus sinceros pêsames!

O Guarda-Costas e a Primeira Dama (Guarding Tess, Estados Unidos, 1994) Direção: Hugh Wilson / Roteiro: Hugh Wilson, Pj Torokvei / Elenco: Shirley MacLaine, Nicolas Cage, Austin Pendleton / Sinopse: Um guarda-costas é designado para cuidar da segurança de ninguém menos do que a Primeira-Dama dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de setembro de 2015

A Lenda do Tesouro Perdido

Título no Brasil: A Lenda do Tesouro Perdido
Título Original: National Treasure
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Jon Turteltaub
Roteiro: Jim Kouf, Cormac Wibberley
Elenco: Nicolas Cage, Diane Kruger, Justin Bartha

Sinopse:
Ben Gates (Nicolas Cage) é um persistente caçador de tesouros perdidos. Através de pesquisas históricas ele procura encontrar preciosidades que há muito foram enterradas pelas areias do tempo. Agora ele segue a pista de uma verdadeira fortuna em ouro e jóias que está escondido há séculos. Sua melhor pista pode estar na Declaração de Independência dos Estados Unidos, só que ter acesso ao documento original não será nada fácil.

Comentários:
Velhas fórmulas parecem ainda dar certo comercialmente quando se coloca toda uma nova roupagem para se passar por algo novo. Esse "National Treasure" tem elementos de vários outros filmes, especialmente os da série "Indiana Jones" e das tramas de livros ao estilo "Código da Vinci", mas jogados em um caldeirão até podem surgir como algo novo para os marinheiros de primeira viagem. Infelizmente como se pode notar logo nas primeiras cenas o fator originalidade não é o forte por aqui. Além disso essa coisa de teorias da conspiração envolvendo aspectos do passado já deu o que tinha que dar. Se já era forçado demais nos livros de Dan Brown imagine aqui, que é uma cópia da cópia. Cage, desesperado por algum sucesso de bilheteria, pelo menos no aspecto comercial acertou uma. Sim, apesar de não trazer nada de novo o filme fez sucesso comercial, impulsionado por uma agressiva campanha de marketing! Mas após o filme acabar não há propaganda que consiga convencer o espectador mais consciente de que ele não acabou de ver um pastel de vento, pois cinematograficamente é justamente isso que esse filme é. Os anos passam mas o produtor Jerry Bruckheimer não toma jeito mesmo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Con Air - A Rota da Fuga

Título no Brasil: Con Air - A Rota da Fuga
Título Original: Con Air
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Nicolas Cage, John Cusack, John Malkovich, Ving Rhames, Steve Buscemi 

Sinopse:
Grupo de prisioneiros da mais alta periculosidade são transferidos para um novo presídio de segurança máxima em um vôo especial. Entre os criminosos está o serial killer Cyrus Grissom (John Malkovich). Dotado de um QI fora do normal ele pretende liderar uma rebelião em pleno vôo, para sequestrar o avião em direção a outro país, onde pretende finalmente recuperar sua liberdade. Cameron Poe (Nicolas Cage), outro prisioneiro condenado por um crime menor, deseja apenas cumprir sua sentença para ir embora dali sem maiores problemas e por isso se torna um empencilho para os planos de Cyrus, assim como o obstinado agente do FBI interpretado por John Cusack.

Comentários:
Em seu lançamento foi um grande sucesso de bilheteria esse "Con Air - A Rota da Fuga". É o típico filme da linha de produção de Jerry Bruckheimer. Trocando em miúdos, muita pirotecnia, cenas espetaculares de ação e ritmo alucinado. Eu me recordo bem que uma das sensações do filme foi o pouso espetacular da aeronave em plena rua principal de Las Vegas - onde o avião saia arrastando tudo por onde passava. Já era uma mudança nos efeitos especiais que agora eram feitos (com muita competência técnica) por computadores, nascendo os tais efeitos digitais que iriam dominar o cinema pipoca dali em diante. Outro ponto forte dessa produção é seu elenco, acima da média. Além de Nicolas Cage, com longos cabelos, ainda tínhamos John Cusack, como um agente federal que andava de sandálias havaianas e no grupo dos vilões dois ótimos atores, o psicótico John Malkovich e o estranho Steve Buscemi (sempre muito bom mas também sempre subestimado). Nos anos 90 "Con Air" foi um dos mais populares filmes de ação lançados. Hoje é uma boa oportunidade para rever a produção e matar as saudades.   

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de julho de 2015

Peggy Sue, Seu Passado a Espera

Definitivamente nunca gostei de "Peggy Sue", o que não deixa de ser algo surpreendente. Não é segredo para absolutamente ninguém que eu sempre gostei muito dos anos 1950. A cultura, tanto do ponto de vista musical como cinematográfica, sempre me agradou muito. Assim é de se admirar que eu realmente não tenha apreciado esse filme nostálgico sobre uma mulher que descobre que sua vida definitivamente não tomou o rumo certo. Frustrada e deprimida, ela acaba desejando voltar ao passado, em plenos anos 50, para consertar todos os seus erros. Então sem muita explicação lógica lá está a personagem de Kathleen Turner de volta aos anos de colégio, aos primeiros amores e passos na vida. A diferença agora é que ela tem uma mente de uma mulher madura e calejada pelas experiências vividas e assim começa a mudar tudo, pensando em finalmente ter um destino melhor para seu futuro. As coisas parecem no lugar nesse filme assinado pelo mestre Francis Ford Coppola, um dos meus diretores preferidos.

O problema é que o enredo nunca se encaixa direito. De fato é necessário uma dose fora do normal de cumplicidade para curtir o filme em seu proposta principal. Quando a volta ao passado é jogada assim na cara do espectador, sem nenhuma explicação melhor, as coisas realmente ficam comprometidas. Se você não comprar a ideia do roteiro nos primeiros 20 minutos tudo vai acabar indo por água abaixo. Muito provavelmente é o que aconteceu no meu caso. Apesar de ser um fã da cultura vintage não consegui absorver a proposta (ou falta dela) de um roteiro que soa muitas vezes muito forçado e sem sentido. A direção de arte é bonita, a trilha sonora é recheada de grandes clássicos e Kathleen Turner está deslumbrante com seu figurino nostálgico. Nem tudo isso porém salva o filme de si mesmo. Uma grande pena. Faltou realmente uma dose maior de imaginação de seus roteiristas.  

Peggy Sue, Seu Passado a Espera (Peggy Sue Got Married, Estados Unidos, 1986) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Jerry Leichtling, Arlene Sarner / Elenco: Kathleen Turner, Nicolas Cage, Barry Miller / Sinopse: Uma mulher olha para o passado e deseja reviver seus anos de juventude para consertar algumas coisas! Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Kathleen Turner), Melhor Fotografia (Jordan Cronenweth) e Melhor Figurino (Theadora Van Runkle). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Atriz (Kathleen Turner).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Beijo da Morte

Veterano ladrão de carros decide que vai deixar o mundo do crime para se dedicar à esposa e filhos. Seus planos porém são adiados após seu primo pedir que ele lhe ajude em um último e lucrativo golpe, envolvendo roubo de caminhões. A partir daí sua vida acaba dando uma grande guinada para pior. Esse é um remake de um antigo clássico da década de 1940 que tentou catapultar a carreira do ator David Caruso (de populares séries de TV como "NYPD Blue") para o cinema. Não deu muito certo. Na verdade Caruso nunca foi um ator muito carismático. Em séries seu jeito sisudo acabou dando certo, por causa da familiaridade que proporciona ao público, mas em um filme, onde a aproximação tem que ser muito mais rápida com o espectador a coisa definitivamente não funcionou.

Quem acabou roubando assim as atenções foi novamente Nicolas Cage no papel do vilão Little Junior Brown! De barbicha e com cara de mau, Cage acabou sendo uma das coisas boas dessa fita policial que aliás conta com um elenco de apoio acima da média. Entre os coadjuvantes vale a pena destacar também a gracinha Helen Hunt, que também tentava uma transição do mundo das séries de TV para o cinema. Ela, pelo menos, foi muito mais bem sucedida nesse aspecto que seu colega David Caruso. Enfim, temos aqui um filme bem diferente da carreira do diretor Barbet Schroeder que por um momento deixou os filmes mais cults de lado para rodar esse bom policial de rotina. Vale conferir e conhecer.

O Beijo da Morte (Kiss of Death, Estados Unidos, 1995) Direção: Barbet Schroeder / Roteiro: Eleazar Lipsky, Ben Hecht / Elenco: David Caruso, Samuel L. Jackson, Nicolas Cage, Helen Hunt, Stanley Tucci, Ving Rhames / Sinopse: Criminoso decide deixar o mundo do crime, mas antes de deixar tudo no passado aceita fazer um último roubo, uma decisão que vai lamentar até o fim de seus dias.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Atraídos Pelo Destino

"It Could Happen to You" é uma comédia romântica que fez relativo sucesso na década de 90. O enredo gira em torno de Charlie Lang (Nicolas Cage), um policial de Nova Iorque. Após uma refeição numa lanchonete da cidade ele descobre que está sem dinheiro para dar uma gorjeta para a simpática garçonete Yvonne (Bridget Fonda). Então brincando tira um bilhete de loteria de seu bolso e diz para ela que se ganhar o grande prêmio voltará para dividir todo o dinheiro com ela! Pois bem, naquela mesma noite acontece o inesperado! Ele ganha a bolada de quatro milhões de dólares na loteria da cidade! E agora? Cumprirá a promessa? Nicolas Cage já havia trabalhado antes com o diretor Andrew Bergman no bem sucedido "Lua de Mel a Três" e voltou à parceria.

O roteiro, por incrível que pareça, foi baseado em um fato real! O resultado é bem agradável, lembrando em certos aspectos da ingenuidade bem intencionada dos antigos filmes de Frank Capra. Tudo acontece nesse clima de fábula romântica e tudo mais. Não chega a ser marcante em nenhum momento, porém felizmente não irrita também. Vale a pena pelas boas intenções e pela sempre bela presença de Bridget Fonda, a mais bonita integrante do clã Fonda. Pena que ela hoje esteja aposentada do cinema. Para os fãs de Cage (e ele tem um grande fã-clube no Brasil) é uma boa oportunidade de vê-lo em um papel mais diferenciado em sua carreira.

Atraídos Pelo Destino (It Could Happen to You, Estados Unidos, 1994) Direção: Andrew Bergman / Roteiro: Jane Anderson / Elenco: Nicolas Cage, Bridget Fonda, Rosie Perez / Sinopse: Uma história romântica que começa quando duas pessoas solitárias são unidas por uma situação surreal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O Imperador

Título no Brasil: O Imperador
Título Original: Outcast
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, China, França
Estúdio: Notorious Films, Golden Village Pictures
Direção: Nick Powell
Roteiro: James Dormer
Elenco: Hayden Christensen, Nicolas Cage, Yifei Liu, Andy On
 
Sinopse:
Oriente Médio. Século XII. Jacob (Hayden Christensen) é um cavaleiro cristão lutando nas cruzadas que acaba se decepcionando com a causa. Desiludido e em crise de fé, ele decide ir embora para terras longínquas, indo parar no extremo oriente, na China. Lá acaba se viciando em ópio e entra numa disputa sucessória entre dois jovens príncipes após a morte do chefe do clã da região. Tentando manter todos salvos, Jacob acaba se envolvendo em inúmeras aventuras onde poderá contar apenas com sua habilidade com a espada.

Comentários:
Tentei muito gostar desse filme. O tema me chamou logo a atenção, numa aventura explorando cruzadas, disputas pelo trono no período medieval chinês e tudo mais. Não adiantou minha boa vontade porque realmente é uma fitinha muito fraca, derivativa e sem novidades. Os clichês obviamente estão por todos os lados e as cenas de ação dão sono, cheguei até mesmo a bocejar (um péssimo sinal). O resultado ruim só veio confirmar a maré baixa que atinge as carreiras de Hayden Christensen e Nicolas Cage. Em relação ao Christensen devo dizer que ele nunca me convenceu. Já o considerava medíocre na segunda trilogia de "Star Wars" e até hoje ele não conseguiu mudar minha opinião com suas atuações ridículas em filmes igualmente ruins. Para piorar seu personagem é chato até dizer chega. Na metade do tempo surge gemendo de dor e na outra se apresenta chapado de ópio! Como torcer por alguém assim? Já Cage segue seu purgatório cinematográfico. Se você (ainda) consegue gostar de seu trabalho depois de tantos abacaxis vai um aviso: sua participação no filme é mínima e insignificante. Ele surge apenas em momentos pontuais, declama meia dúzia de palavras e some de uma vez. Péssimo. No final "Outcast" não funciona como filme histórico e nem muito menos como película de ação. Lamento dizer, mas é de fato uma tremenda perda de tempo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fúria

Título no Brasil: Fúria
Título Original: Tokarev, Rage
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Image Entertainment
Direção: Paco Cabezas
Roteiro: Jim Agnew, Sean Keller
Elenco: Nicolas Cage, Danny Glover, Rachel Nichols, Max Ryan

Sinopse:
Paul Maguire (Nicolas Cage) é um rico e bem sucedido empreiteiro que vive um dos melhores momentos de sua vida. Casado pela segunda vez, pai de uma adorável adolescente, ele se sente feliz e realizado não apenas na profissão, como também em sua vida pessoal. Tudo muda numa noite quando resolve jantar fora ao lado de sua bela esposa. Ao retornar descobre um cenário completamente caótico em sua casa. Sua filha foi raptada e os dois jovens que a acompanhavam estão feridos após a suposta invasão de um grupo de homens fortemente armados. Pelo visto o passado criminoso de Maguire voltou para assombrar sua vida de conto de fadas.

Comentários:
Este é o novo filme de Nicolas Cage, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros. É a tal coisa, pouca qualidade tem sido vista nos últimos filmes do ator, então quando algo novo estrelado por ele entra no circuito comercial as expectativas não conseguem ser muito altas, haja visto as bombas que surgiram em sua filmografia recentemente. Aqui o roteiro tenta desenvolver uma trama de justiça pelas próprias mãos e vingança no submundo do crime. O personagem de Cage tem um passado sombrio, assim quando sua filha é raptada tudo leva a crer que algum fantasma do passado retornou para acertar contas com ele. Desesperado, ele resolve se unir a dois velhos parceiros para encontrar os sequestradores. Inicialmente ele desconfia da máfia russa instalada nos Estados Unidos. Após agredir e torturar alguns mafiosos ele consegue algumas informações, mas nenhuma delas parece consistente! Não há nenhuma certeza sobre quem teria sido o responsável pelo crime e é justamente em torno disso que o filme dará sua grande reviravolta final - que antecipo não é lá grande coisa, mas que certamente pegará muita gente desprevenida. Há bastante ação, a ponto inclusive de em determinado momento me lembrar dos antigos filmes dos anos 80, mas fora isso não há maiores surpresas. O bom e velho Danny Glover, da franquia "Máquina Mortífera", está em cena para reforçar ainda mais a nostalgia daqueles anos. Como diversão rápida até pode funcionar, embora não consiga se tornar em nenhum momento um grande thriller policial em termos gerais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Adaptação

Título no Brasil: Adaptação
Título Original: Adaptation
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Charlie Kaufman, Donald Kaufman, Susan Orlean
Elenco: Nicolas Cage, Tilda Swinton, Meryl Streep, Chris Cooper, Jay Tavare, Brian Cox, Maggie Gyllenhaal

Sinopse:
Um roteirista recebe uma tarefa praticamente impossível: adaptar para o cinema um livro técnico sobre orquídeas! Como transformar algo assim em um filme? Desesperado, em crise, resolve inovar escrevendo um outro texto, esse sobre a adaptação de um livro simplesmente impossível de adaptar. Filme que usa brilhantemente a chamada metalinguagem cinematográfica.

Comentários:
Para alguns é um filme chato, pretensioso em demasia e sem sentido. Para outros é uma pequena obra prima que usa a metalinguagem cinematográfica de forma brilhante. Afinal quem tem razão? Na verdade toda obra artística desperta sentimentos e reações contraditórias, dependendo do espectador. "Adaptação" não é diferente. O estilo vem bem ao encontro do cinema pouco convencional de Spike Jonze, um cineasta que passa longe de realizar filmes banais. Na verdade ele utilizou de sua própria experiência profissional e pessoal para criar um enredo muito inteligente e sui generis. Por essa razão não espere nada muito quadradinho e nem dentro dos padrões. No elenco cabe destacar também o trabalho do Nicolas Cage. Hoje em dia infelizmente ele está em uma maré baixa que não parece ter fim mas há mais de dez anos tinha um status de ótimo ator, sempre se envolvendo em projetos ousados e fora do comum. A construção de seu personagem aqui é realmente perfeita e mexe bastante com o espectador que está em busca de algo novo, que fuja do lugar comum. Experimente, conheça, não podemos dizer com certeza que você vai gostar mas certamente será uma experiência cinematográfica diferente.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Reféns

Título no Brasil: Reféns
Título Original: Trespass
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Karl Gajdusek
Elenco: Nicolas Cage, Nicole Kidman, Cam Gigandet

Sinopse:
Kyle Miller (Nicolas Cage) é um comerciante de diamantes que tem uma bela casa e uma família formada por sua linda esposa Sarah (Nicole Kidman) e sua filha Avery (Liana Liberato). Sua rotina feliz porém é brutalmente interrompida quando um grupo de criminosos invade sua casa para roubar as pedras preciosas. A partir daí se instala um jogo mortal de ameaças e violência. 

Comentários:
Sinceramente estava esperando um abacaxi daqueles! O filme foi tão criticado em seu lançamento que pensei tratar-se de outro filmeco da carreira de Nicolas Cage. Bobagem, "Reféns" passa longe de ser tão ruim como disseram. Na verdade posso dizer que como thriller e dentro de sua proposta ele cumpre muito bem seus objetivos. O roteiro vai explorando essa situação de desespero, jogando com várias reviravoltas ao longo da projeção. Algumas delas soam forçadas mas outras me agradaram. Kidman está lindissima no começo do enredo, mostrando que idade nem sempre rima com perda da beleza e charme, basta apenas saber envelhecer com elegância. Cage está até bem interessante em seu personagem. Ao invés de ser o herói cool de ação de seus últimos filmes (ruins) ele interpreta um típico pai de família americano que negocia no mercado de diamantes e se vê envolvido numa situação limite. O cineasta Joel Schumacher dirige o filme. Como eu já tive oportunidade de escrever aqui antes ele é um profissional irregular, com altos e baixos na carreira. Esse filme aqui eu colocaria entre seus trabalhos medianos, nem se enfileira com seus melhores momentos e nem tampouco pode ser considerado uma de suas porcarias infames (como aquele Batman que todos odeiam). Um filme com pouco mais de 90 minutos (duração ideal) que certamente se transforma em um bom passatempo para um domingo à tarde preguiçoso.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Senhor das Armas

Título no Brasil: O Senhor das Armas
Título Original: Lord of War
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, França, Alemanha
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol 
Elenco: Nicolas Cage, Ethan Hawke, Jared Leto

Sinopse: 
Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um vendedor... mas não um vendedor comum. O que ele comercializa com seus clientes é um produto muito valorizado, de grande valor, mas igualmente letal. Orlov é um vendedor de armas pesadas, armamento de ponta, de alta tecnologia, usado para grandes conflitos. Ele transita no submundo da venda ilegal de armas. Onde os países não podem vender por questões éticas ou legais lá está Orlov, negociando com ditadores sanguinários, criminosos internacionais e grandes cartéis de drogas. Para desempenhar tal atividade ele também precisa de proteção e segurança e as tem, provenientes de grandes corporações e políticos poderosos, afinal ele é o Senhor das Armas.

Comentários:
Excelente filme. "O Senhor das Armas" é muito bem realizado, tem roteiro que não deixa pontas soltas e um ótimo argumento que traz uma boa dose de realidade sobre o mundo em que vivemos. Tudo se resume no poder da indústria bélica americana. Afinal o complexo militar dos Estados Unidos simplesmente não pode parar. Além do mercado oficial de venda de armas há todo um submundo negro onde milhões são comercializados, pois a produção tem que ser escoada, não importa de qual maneira. O personagem de Nicolas Cage transita nesse ambiente. Ele vende armamento pesado em regiões do mundo onde esse tipo de transação seria completamente ilegal. Sua posição lhe garante todos os tipos de privilégios e garantias, inclusive de políticos poderosos em altos cargos, afinal não se trata de migalhas mas de milhões de dólares. O que importa é achar um meio de vender a produção bélica, pois os negócios não podem parar! Essa é apenas uma das reflexões que o filme levanta. Basta lembrar do atual conflito da Síria para entender como tudo acontece! Afinal o governo americano não pode vender armas dentro daquela guerra civil pois algo desse tipo seria proibido pela ONU. É justamente em ambientes assim que o personagem de Cage entra. Se alguém precisa de armamento pesado e não pode comprar pelos meios oficiais, então Orlov resolverá a questão. Aliás é bom que se diga, esse foi o último grande filme estrelado por Nicolas Cage! Um ator que havia se notabilizado no começo de sua carreira estrelando filmes realmente muito bons mas que ultimamente tem surgido em produções sem a menor relevância para o mundo do cinema. Como realmente aprecio seu trabalho espero que ele reencontre, o mais breve possível, o caminho dos bons filmes.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Os Croods

Título no Brasil: Os Croods
Título Original: The Croods
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks 
Direção: Kirk De Micco, Chris Sanders
Roteiro: Chris Sanders, Kirk De Micco
Elenco: Nicolas Cage, Ryan Reynolds, Emma Stone

Sinopse: 
A animação mostra as aventuras dos Croods. Inicialmente uma família das cavernas que pouco sai da segurança de seu lar mas que precisa migrar após presenciar todo o mundo ao redor passando por mudanças de clima, tempo e natureza. Isso acaba indo contra tudo o que o pai acredita. Já para a filha adolescente Eep isso é simplesmente o que ela mais queria que acontecesse. Numa noite, após se aventurar sem permissão do pai pela noite ela acaba conhecendo um jovem rapaz que traz em mãos algo que ela nunca viu em sua vida, o fogo! Ele será essencial para espantar as feras, tornando segura a grande jornada que todos irão enfrentar em busca de novos horizontes, um novo mundo a se descobrir.

Comentários:
Bem, não é de hoje que o mundo pré-histórico vira bom material para a animação. Basta lembrar dos Flintstones de Hanna-Barbera nos anos 60 para entender isso. Agora a DreamWorks resolveu apostar numa fórmula parecida, trazendo os Croods para as telas de cinema. É uma família de homens das cavernas, bem rudes e com receio de tudo. O patriarca, Grug, defende que o medo e a cautela formam o segredo para continuarem vivos, enquanto todos os demais foram mortos de um jeito ou outro. Por isso adota um estilo de vida que não ousa, que não admite maiores aventuras e isso obviamente acaba contrariando sua filha adolescente, Eep, que deseja sair pelo mundo, conhecendo novos lugares e novas pessoas. No fundo ela é a personagem principal pois reflete em seu jeito de ser a maneira de toda adolescente sob a face da Terra - quem tem parentes nessa faixa etária entenderá bem isso. Uma das coisas que mais me chamaram atenção aqui foi a mudança de cenário do primeiro para o segundo ato. No começo os Croods vivem amedrontados dentro de uma caverna poeirenta no meio do deserto, onde tudo é medo e o cinza predomina. Depois que se aventuram lá fora descobrem um mundo colorido, cheio de animais exóticos. Aliás esses são um show á parte pois o conceito desses bichos me chamou bem a atenção já que os animadores deram mesmo asas às suas imaginações. As criaturas são coloridas, diferentes e bem originais. De certa maneira traz até mesmo um visual pra lá de psicodélico, quem diria! Na dublagem dois nomes se destacam, Nicolas Cage e Emma Stone! Estão muito bem, por isso prefira assistir cópias legendadas. No geral é isso, boa animação da Dreamworks que muito provavelmente virará uma nova franquia. Que venham os novos filmes então!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sangue no Gelo

Os chamados Serial Killers, ou assassinos em série, são terríveis criminosos na vida real mas que no cinema acabam rendendo bons filmes. Um exemplo é esse novo "The Frozen Ground", filme que tem tido boa receptividade pela crítica na Europa e nos EUA. Um dos atrativos de seu roteiro é o fato de ter sido baseado em fatos reais o que deixa tudo ainda mais impressionante para o espectador. A história se passa em Anchorage, uma cidade isolada e fria no distante Alasca. É lá que começam a surgir vários corpos no meio da floresta. Inicialmente o departamento de polícia não vê ligação entre todas as mortes uma vez que há uma certa distância temporal entre elas. Um policial porém, o detetive Jack Halcombe (Nicolas Cage), começa a perceber que existe um padrão nos crimes. Todas as vítimas são jovens, bem parecidas entre si, com cabelos escuros curtos, sendo algumas delas prostitutas desaparecidas. Além disso os corpos revelam sinal de execução, com tiros de um potente rifle, calibre .223, dados pelas costas. O aparecimento de uma nova vítima ainda viva, uma garota que sofreu uma tentativa de estupro acaba levando o foco das investigações para o pacato cidadão e pai de família Robert Hansen (John Cusack). Mas como provar que esse sujeito acima de todas as suspeitas é na verdade um psicopata serial?

Como é um filme baseado em fatos reais o roteiro inverte de certa forma a sequência dos acontecimentos em relação aos filmes tradicionais sobre serial killers. Assim o espectador sabe logo de antemão quem é o assassino. Mesmo com essa inversão, onde não existe o impacto de se descobrir quem é o criminoso responsável pelas mortes, o filme mantém o interesse. Ponto para o ator Nicolas Cage que vem em uma maré baixa já há algum tempo. Não resta dúvida que é uma ótima notícia para os fãs de Cage que ultimamente tem se especializado em atuar em produções ruins, daquelas que viram chacotas nas mãos dos críticos. Aqui temos uma situação bem diferente, ainda bem, pois é um filme realmente bem realizado, roteirizado e com ótima reconstituição dos fatos. Outro que também está muito bem em cena é John Cusack. Sua caracterização é perfeita pois ele conseguiu trazer para as telas aquelas nuances psicológicas bem conhecidas de assassinos desse tipo. Eles geralmente mantém uma fachada social perfeita, com família e trabalho. Parecem cidadãos exemplares. Alguns são até muito pacatos e admirados pelos vizinhos. Por baixo da máscara de bom mocismo porém se esconde um predador feroz. Um retrato perfeito de um triste caso real que abalou o Alasca e que certamente abalará também o espectador. Assista sem receios, afinal Cage vinha virando sinônimo de filme ruim mas aqui felizmente isso passa longe de acontecer. 

Sangue no Gelo (The Frozen Ground, Estados Unidos, 2013) Direção: Scott Walker / Roteiro: Scott Walker / Elenco: Nicolas Cage, John Cusack, Vanessa Hudgens, Dean Norris / Sinopse: Policial prestes a se aposentar (Cage) acaba sendo designado para o caso que iria definir toda a sua carreira: a caça e captura do maior serial killer da história do Alasca.

Pablo Aluísio.