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quinta-feira, 1 de abril de 2021

O Mal Nunca Morre

Título no Brasil: O Mal Nunca Morre
Título Original: Evil Never Dies
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Coote Hayes Productions
Direção: Uli Edel
Roteiro: Star Price, Max Enscoe
Elenco: Thomas Gibson, Katherine Heigl, Simon Bossell, John Waters, Christopher Kirby, Steven Grives

Sinopse:
Depois que sua esposa é brutalmente assassinada, um policial é transferido para patrulhar uma faculdade, apenas para descobrir que o assassino agora executado pode ser trazido de volta à vida como parte do experimento de um professor.

Comentários:
Fitinha B de terror sem maiores consequências. O gênero de filmes de terror sempre se aproveitou, desde os seus primórdios, dessa coisa de utilizar vítimas jovens e bonitas para causar maior impacto no público. Então ambientar um filme de horror dentro de uma universidade é mais do que adequado dentro dessa (desgastada) fórmula cinematográfica. Em especial se tiver um elenco extra de garotas universitárias bonitas no elenco. E para fechar a fórmula que tal um assassino serial, um serial killer, que retorna do mundo dos mortos? Geralmente esse tipo de filme não é grande coisa. Esse aqui pelo menos diverte um pouquinho. PS: A atriz Katherine Heigl tentou fazer uma transição das séries de TV para o cinema, mas sem muito resultado. Após algumas comédias românticas de sucesso ela viu sua carreira no cinema praticamente desaparecer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Regresso do Mal

Durante a noite de Halloween, Mike Lawford (Nicolas Cage) decide levar seu pequeno filho de sete anos para assistir a grande festa que está sendo realizada pelas ruas de Nova Iorque. Ao parar para comprar um sorvete para o garoto se distrai e ele desaparece no meio da multidão. Desesperado pede ajuda para policiais, mas ninguém consegue encontrar seu jovem filho. Um ano depois, após muitas investigações e pistas falsas, Mike começa a perceber que algo sobrenatural pode estar envolvido no desaparecimento do menino. Ele segue pistas a partir de uma frase que sempre parece surgir pelo caminho "Pay The Ghost" (Pague o Fantasma). Após visitar um beco escuro onde vivem mendigos e desabrigados, ele descobre que há uma ligação entre essa expressão e uma antiga seita Celta que vem desde os primórdios da colonização da cidade, ainda no século XVII. A partir daí Mike finalmente entende que está lidando com algo muito maior e mais complexo do que poderia inicialmente imaginar.

Pois é, temos aqui um filme de Halloween, feito justamente para ser lançado nos cinemas durante esse feriado tipicamente americano. É mais uma tentativa de Nicolas Cage em levantar sua carreira que anda de mal a pior, colecionando fracassos sucessivos. Como fã de terror de longa data posso dizer que se você for esperar por algo muito assustador em relação a esse filme vai seguramente se decepcionar. O roteiro nem é tão mal, tem até boas ideias pelo meio do caminho (como um bom uso de flashbacks históricos), mas a coisa toda sempre fica um tanto artificial. É pouco verossímil para ser levado à sério e em consequência lhe passar algum tipo de medo de verdade. Os efeitos especiais são pontuais e pelo menos não estragam a história que está se tentando passar. O clima de suspense infelizmente é quebrado de forma até infantil na sequência final quando o personagem de Cage precisa atravessar uma espécie de ponte entre o nosso mundo e o mundo espiritual. Achei a ideia bem boba e infantilizada, sem consistência. Enfim, temos aqui realmente uma tentativa de faturar bem nos cinemas aproveitando a onda do Halloween, mas devo avisar que ficou mesmo pelo meio do caminho. Talvez funcione melhor com adolescentes, já com veteranos a fita não conseguirá mesmo impressionar em nenhum aspecto. Raso demais para causar qualquer tipo de medo.

Regresso do Mal (Pay the Ghost, EUA, 2015) Direção: Uli Edel / Roteiro: Dan Kay, baseado na novela de Tim Lebbon / Elenco: Nicolas Cage, Sarah Wayne Callies, Veronica Ferres / Sinopse: Professor se desespera ao perder seu filho no meio de uma grande festa de Halloween. Após meses de busca intensa ele começa a seguir pistas que podem levar a uma ligação entre antigas crenças celtas e o paradeiro de centenas de crianças desaparecidas. Teria algo a ver com um evento trágico que aconteceu em Nova Iorque durante o século XVII, em pleno período da colonização da cidade?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Rasputin

Grigori Yefimovich Rasputin (1869 – 1916) foi uma das figuras mais marcantes da Rússia czarista. De origem camponesa caiu nas graças da nobreza ao se tornar próximo da família Romanov. Acontece que o filho herdeiro do Czar Nicolau II sofria de hemofilia, o que colocava em risco o futuro da dinastia. O menor ferimento poderia levar o garoto à morte. Além disso sofria enormes dores que deixavam sua mãe, Alexandra, em completo desespero. Foi nesse momento de agonia e aflição que Rasputin surge no palácio imperial. Dono de uma imagem marcante (barbas longas, roupa de monge religioso e olhar vidrado) ele acabou impressionando Alexandra que, sem saber o que fazer, deixou Rasputin fazer uma oração aos pés da cama do pequeno Alexei. De um jeito ou outro o fato foi que o garoto realmente se recuperou da crise pela qual passava. Alexandra era uma mulher mística que acreditava em poderes sobrenaturais e esotéricos. Logo avisou a Nicolau que não deixasse mais Rasputin ir muito longe pois o jovem herdeiro Alexei precisava de sua presença para superar seus problemas de saúde. Após ganhar a confiança da família Romanov, o estranho Rasputin passou a ser cortejado por diversos nobres ansiosos para gozarem de favores da monarquia. Não tardou para o antes anônimo e sinistro religioso da Sibéria começasse a desfrutar de um prestigio e influência sem precedentes na corte do Czar.

Entendendo completamente sua nova posição o “religioso” Rasputin começou a abusar de sua posição dentro da nobreza. Participava de orgias, festas mundanas e todo tipo de extravagância. No fundo muito provavelmente não passava de um charlatão mas sabia muito bem vender sua imagem messiânica para aquela nobreza decadente e obtusa. Obviamente começou também a colecionar muitos inimigos, reais e imaginários, até que nas vésperas da revolução comunista Russa sofreu um atentado a tiros, punhaladas e facadas. Era um homem tão robusto e forte que mesmo assim não conseguiu ser morto. Foi preciso que seus assassinos o jogassem em um rio congelado para que finalmente morresse afogado e de hipotermia. Como se pode se perceber a história de Rasputin tem todos os elementos para gerar um grande filme. Há intrigas palacianas, escândalos envolvendo a alta nobreza e fanatismo religioso, tudo em doses fartas. Esse filme “Rasputin” conta tudo isso mas infelizmente passou bem despercebido em seu lançamento (no Brasil o filme foi direto para o mercado de vídeo e não passou nos cinemas). É uma pena porque embora não seja em nenhum momento brilhante é uma produção muito eficiente e competente em contar a história do monge louco da Sibéria. Alan Rickman foi bem escolhido para viver Rasputin. Ele naturalmente já tem aquele tipo de olhar doentio e fanatizado que marcou tanto o personagem histórico. Além disso consegue ser plenamente convincente em sua atuação. O único problema é que o verdadeiro Rasputin era um gigante com quase dois metros de altura e Rickman tem um porte bem mais franzino. Não faz mal. Não deixarei de recomendar o filme por causa desses detalhes. Fica então a dica, “Rasputin”, a história que a dinastia Romanov gostaria que não fosse contada. 

Rasputin (Rasputin, Estados Unidos, 1996) Direção: Uli Edel / Roteiro: Peter Pruce / Elenco: Alan Rickman, Greta Scacchi, Ian McKellen / Sinopse: O filme narra a história do monge místico Rasputin (Alan Rickman) que na Rússia Czarista ganhou a confiança da família Romanov após amenizar o sofrimento do pequeno Alexei, herdeiro do trono.

Pablo Aluísio.