quinta-feira, 8 de junho de 2017

Além da Ilusão

A sinopse pode até animar o espectador, mas infelizmente não espere por grande coisa. Na história duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), chegam a Paris com a intenção de ganhar muito dinheiro com a elite local. Elas promovem sessões de espiritismo, conversando com entes queridos falecidos. Inicialmente elas se apresentam com um agente circense em apresentações públicas e depois começam a realizar sessões privadas, particulares. As coisas porém não andam tão bem. A única saída aparece quando um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), se interessa pelas irmãs. Poderia haver alguma forma de ganhar dinheiro com elas no cinema? Não demora muito e um roteiro é escrito, justamente para explorar nas bilheterias os supostos poderes mediúnicos das irmãs americanas, mas tudo acaba saindo do controle rapidamente.

Com uma premissa tão promissora, "Além da Ilusão" acaba ficando pelo meio do caminho. Não é um filme sobre espiritismo e nem charlatanismo, não vai pela linha do terror e falha como drama romântico. No fundo é aquele tipo de roteiro que acaba não indo para lugar nenhum, causando grande frustração no espectador. A atriz Natalie Portman está apagada em uma personagem ruim. Nem a cena de nudez dela vai despertar muito interesse. A atriz Lily-Rose Depp, que é filha de Johnny Depp com a cantora francesa Vanessa Paradis, também não diz a que veio. Com um semblante de tédio e marasmo ela não chama atenção. Para piorar aparece com um estranho visual de sobrancelha cortada, algo que nunca é explicado pelo roteiro do filme. Assim só sobra mesmo um enredo devagar, quase parando. O cinema francês geralmente é dito como chato, arrastado, em contraposição com o cinema americano. Pois bem, essa produção francesa só serve mesmo para confirmar esse velho preconceito.

Além da Ilusão (Planetarium, França, Bélgica, 2016) Direção: Rebecca Zlotowski / Roteiro: Rebecca Zlotowski, Robin Campillo  / Elenco: Natalie Portman, Lily-Rose Depp, Emmanuel Salinger / Sinopse: Duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), decidem ir até Paris para ganhar dinheiro com supostas sessões de espiritismo e acabam caindo nas graças de um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), que começa a produzir um filme sobre o tema envolvendo a comunicação entre vivos e mortos. Filme indicado ao César Awards na categoria de Melhor Design de Produção (Katia Wyszkop). Também indicado ao Lumiere Awards na categoria de Melhor Música (Robin Coudert).

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. O mágico Harry Houdini,no começo do século 20, desmoralizou completamente esses palhaços mal intencionados do espiritismo , incluindo ai a mulher do Arthur Connan Doyle, que de amigo passou a desafeto do mágico, e esse desmascaramento custou a vida de Houdini, no que pareceu ter sua origem em um incidente, mas como Houdini tirou a regalia da corja de charlatões e charlatãs em forma de verbas, oficiais ou não, de muita gente, vai se saber! Espiritismo não passa de charlatanismo seguido por ingênuos, ou fracos.
    Sobre a nudez da Natalie Portman; eu estou interessado.

    PS. Comment: C.H.I.P.S.

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  2. Existe farta documentação, livros e filmes sobre isso. Houdini desmascarou todos os que se diziam médiuns na Europa e Estados Unidos. Por isso o espiritismo nunca se espalhou por esses países. Só pegou mesmo no Brasil, uma vez que já havia um espaço para religiões afro em que contatos com mortos já era algo rotineiro. De minha parte quanto mais conheço o espiritismo, mais católico me torno.

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  3. O Brasil é um lugar de palhaços sincréticos que acreditam que tudo; até em Lulas.

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  4. E isso sem esquecer que o Lula é uma assombração! rsrsrs

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