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sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O Rebanho

Filme muito interessante, que mostra como se desenvolve uma mentalidade de seita. Aliás, o foco do filme é justamente essa estranha seita formada por um guru "iluminado" seguido por várias mulheres. Apenas mulheres o seguem. É bom deixar claro isso. Ele chama as mulheres mais novas de filhas e as mais velhas de esposas. Só que isso não o impede de praticar abuso sexual, não apenas contra as maduras, como também contra as jovens. E o roteiro deixa a entender que essas garotas jovens são suas filhas. Então imagine o estrago da situação. Sim, incesto!  Em seitas as coisas funcionam assim mesmo. É tudo verdade absoluta o que o líder diz e faz, é tudo obedecido e absorvido por seus seguidores. Não existe espaço para contestação nenhuma. O seguidor fanático segue tudo o que o guru diz, ou então está fora da seita, caindo em desgraça perante as demais pessoas fanatizadas que fazem parte dessa comunidade. 

Toda seita é a mesma coisa. Um lugar ideal para abusos físicos, emocionais e sexuais de todas as formas. Vemos muito disso acontecer ao longo da história e vemos isso acontecer inclusive agora no Brasil, em termos políticos. Criou-se um suposto líder nesses últimos anos. Veja bem como se se comporta as pessoas desse filme e faça a comparação com o que se vê nas frentes dos quartéis da vida aqui no Brasil hoje em dia. A mesma loucura, a mesma lavagem cerebral, a mesma insanidade. As pessoas que entram em uma lavagem cerebral de seita só saem com muito, muito tratamento psicológico. E os resultados do fanatismo são sempre horríveis, como se deixa claro no roteiro desse filme. Aliás, esse filme é recomendado especialmente para quem está delirando por aí. Tem tudo a ver com o que vemos atualmente pelas ruas no Brasil. Não seja do rebanho, não seja gado de seitas.

O Rebanho (The Other Lamb, Estados Unidos, Irlanda, Bélgica, 2020) Direção: Malgorzata Szumowska / Roteiro: Catherine Smyth-McMullen / Elenco: Raffey Cassidy, Michiel Huisman, Denise Gough / Sinopse: Líder de uma seita explora sexualmente e psicologicamente de suas seguidoras fanatizadas. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Vox Lux

Título no Brasil: Vox Lux - O Preço da Fama
Título Original: Vox Lux
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio:  Bold Films, Killer Films
Direção: Brady Corbet
Roteiro: Brady Corbet, Mona Fastvold
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Jennifer Ehle, Christopher Abbott

Sinopse:
Nesse filme a atriz Natalie Portman interpreta Celeste, uma popstar de sucesso mundial. Quando era apenas uma adolescente ela escapou de um massacre na escola onde estudava. No dia da homenagem às vítimas ela cantou pela primeira vez, ganhando a simpatia de toda uma nação. E a partir daí sua vida nunca mais parou. A música lhe trouxe fama e sucesso, mas também muitos problemas pessoais.

Comentários:
Eu poderia definir esse filme como um "Cisne Negro" popstar. Claro que o primeiro filme citado é uma obra-prima. Esse aqui é no máximo apenas interessante. O filme se divide nitidamente em duas partes distintas. Primeiro se mostra a juventude da protagonista, o drama que ela viveu, os primeiros anos da tentativa de se construir uma carreira, etc. Depois na segunda parte o roteiro dá um grande pulo no tempo e já encontramos a cantora Celeste com trinta e tantos anos, tentando manter a sanidade e o sucesso. Ela se envolveu em inúmeros problemas, inclusive envolvendo bebidas e drogas prescritas, e precisa administrar seu grande sucesso. Vale também um aviso em relação ao desenvolvimento desse filme. Se você for assistir apenas pelo trabalho da atriz Natalie Portman, bom, tenha paciência. Ela só aparece depois de 50 minutos de filme, já na segunda parte, quando ela interpreta a personagem principal afundando em problemas pessoais. E é justamente nessa segunda parte que o filme finalmente cresce. Só achei fraco o final. Deu uma sensação de que Natalie Portman fez esse filme apenas para ter um gostinho de como seria ser uma popstar. Sinceramente falando, esse não é lá um bom motivo para se estar em filme.

Pablo Aluísio.