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sábado, 25 de março de 2023

Luther: O Cair da Noite

Título no Brasil: Luther: O Cair da Noite
Título Original: Luther: The Fallen Sun
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: BBC Films
Direção: Jamie Payne
Roteiro: Neil Cross
Elenco: Idris Elba, Cynthia Erivo, Andy Serkis, Dermot Crowley, Thomas Coombes, Hattie Morahan

Sinopse:
O detetive John Luther (Idris Elba) cai em uma armadilha. Enquanto um velho inimigo começa a ganhar terreno com seus planos mirabolantes de vingança contra todos os que lhe prejudicaram no passado, o veterano detetive vai parar na prisão - e pelo visto não vai conseguir sair dali pelos meios mais tradicionais. Ele vai ter mesmo que fugir para colocar a situação em sua devida ordem. 

Comentários:
O púbico brasileiro não conhece muito, mas na Inglaterra esse personagem Luther é bem popular, tanto que sua série ficou no ar por longos dez anos. A novidade é que com o cancelamento da série original, o personagem desse detetive foi migrado para um novo formato, o de Longa-Metragem. O filme é bom, bem interessante. O clima em certos aspectos até mesmo me lembrou de Bond, James Bond, só que mais pé no chão. O ator Idris Elba mantém todo o interesse, pois ele é realmente muito bom nesse tipo de personagem. O vilão é interpretado por Andy Serkis, que tem uma chance de mostrar seu trabalho em um filme, sem estar escondido em um personagem digital feito de puro pixel. Talvez seu estilo seja um pouco caricato demais, entretanto dentro da proposta desse filme até que no final tudo se encaixou bem. Pelo visto o detetive seguirá em frente, pois o filme foi bem sucessido em seu lançamento, chegando a liderar a lista dos mais vistos da Netflix.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de setembro de 2022

Thor: Amor e Trovão

Um ser vivendo em um planeta deserto e hostil, vê sua filha morrer de fome e sede. Imediatamente afunda na mais profunda dor. Não consegue entender a situação. Por que o seu deus não o ajudou naquela hora de extrema aflição? Ao se deparar com a própria divindade materializada em sua frente, ele descobre que o seu deus é um ente arrogante, egocêntrico e que não está nem aí para a sorte daqueles que o adoram. De sua revolta, nasce uma vingança. Ele toma posse de uma espada especial que consegue matar divindades. E parte em busca da vingança contra esses seres celestiais. Será que Thor poderia deter essa matança desenfreada de deuses no universo? Esse é o novo filme do personagem da Marvel, Thor. Poderia ser um excelente filme, pois tem um vilão especial. O Carniceiro dos Deuses causou sensação nos quadrinhos. As edições em que apareceu foram muito bem criticadas pelos especialistas na nona arte. Só que tudo isso virou desperdício nas mãos desse diretor. Incrivelmente, ele quis fazer desse filme uma comédia boba, tola! 

É inacreditável, mas o filme tem um tom totalmente errado de comédia e humor. E também se divide em duas partes bem distintas, como se fosse um bolo de aniversário cortado ao meio. Nas cenas que se concentram no vilão Carniceiro dos Deuses, o ator Christian Bale está muito bem. Concentrado em seu papel e atuando seriamente. Já nas cenas do Thor, tudo o que se encontra é pura palhaçada. Incrível, mas o diretor transformou o Thor em um idiota completo. É inacreditável como um filme como esse conseguiu se tornar tão ruim, com tanto potencial para agradar aos fãs da Marvel! Esse Carniceiro dos Deuses é um ótimo vilão. Deveria ter sido melhor aproveitado. Ao invés disso, o diretor Taika Waititi encheu o filme de piadinhas sem graça. Chega a ser totalmente constrangedor. O resultado de tudo isso é um dos piores filmes desse ano.

Thor: Amor e Trovão (Thor: Love and Thunder, Estados Unidos, 2022) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Taika Waititi / Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christian Bale, Russell Crowe, Idris Elba, Chris Pratt / Sinopse: A aposentadoria de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rainha Valquíria, de Korg e sua ex-namorada Jane Foster, que – para surpresa de Thor – inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, como a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam em uma angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança desse vilão para detê-lo antes que seja tarde demais.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de setembro de 2022

A Fera

A história do filme se passa na África. Após a morte da sua esposa, um médico decide levar suas duas jovens filhas para um passeio turístico no continente africano. Ele também deseja rever um velho amigo, que agora trabalha em uma reserva natural. Durante o safari, que inicialmente parece ser bem agradável, eles são atacados por um leão em fúria. Na fuga o carro bate contra uma árvore. Eles ficam presos naquela região, a mercê do ataque dessa fera assassina. O filme assim se desenvolve, em uma grande caçada em que o felino surge como o caçador e os seres humanos que tentam sobreviver como a caça. Uma Vila nas redondezas também é atacada, e todos os seus moradores são mortos por esse enorme leão branco selvagem, por essa besta sanguinária da natureza. Como se pode perceber, é um filme com a história simples, linear. Não espere grandes temáticas ou pensamentos filosóficos no desenrolar dessa história. É realmente um conto sobre sobrevivência numa região africana isolada. Em síntese, seres humanos tentando sobreviver a um ataque de um leão em fúria.

Por falar nisso, fazia bastante tempo que eu havia assistido um filme sobre Leões africanos selvagens, matadores de homens. O último que me recordo é o hoje já clássico "A sombra e a Escuridão", com Michael Douglas e Val Kilmer. De lá para cá, Hollywood não havia mais explorado esse filão que eu considero até muito bom. A grande novidade é que nesse novo filme os felinos são todos criados pela tecnologia digital. São todos frutos de computação gráfica. A tecnologia evoluiu ao ponto do espectador não conseguir distinguir mais entre animais reais e digitais, tal a perfeição tecnológica. No quadro geral, um filme bom, gostei. Nada de muito espetacular, mas que cumpre muito bem seu papel. A diversão certamente estará garantida.

A Fera (Beast, Estados Unidos, 2022) Direção: Baltasar Kormákur / Roteiro: Jaime Primak Sullivan, Ryan Engle / Elenco: Idris Elba, Liyabuya Gongo, Martin Munro, Daniel Hadebe / Sinopse: Um pai e suas duas filhas adolescentes são caçados por um enorme leão enfurecido em uma reserva natural africana.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Vingança & Castigo

Faroeste da Nefflix. Um Black Western. E o que significa esse termo? Basicamente um faroeste com personagens e atores negros. Um bom filme, com uma história bem escrita que faz o espectador manter o interesse no desenrolar de todos os acontecimentos. No enredo dois criminosos do velho oeste precisam acertar as contas com um passado sangrento. O pistoleiro de armas douradas Rufus Buck (Idris Elba) matou o pai e a mãe de Nat Love (Jonathan Majors) quando ele era apenas uma criança. O tempo passa e Nat forma seu próprio bando de criminosos especializados em roubos a bancos. Só que ele é surpreendido pela notícia de que Rufus está em liberdade novamente após ficar longos anos na prisão. Seus comparsas o libertam quando ele viajava de trem ao ser transferido para uma nova prisão em outro estado. Livre das correntes, Rufus reorganiza sua quadrilha e começa a espalhar o terror novamente no velho oeste. E Nat está disposto a matá-lo para vingar a morte de seus pais anos antes.

O ator Jonathan Majors que interpreta o ladrão de bancos Nat parece ser um tipo dócil demais para enfrentar o vilão Rufus de Idris Elba. Esse sim está ótimo em cena pois capturou muito bem o que o roteiro exigia dele. Seu vilão é um tipo desalmado, que mata uma pessoa como se esmaga uma mosca que está incomodando. O plot twist da cena final também me soou bem idealizado, fazendo uma ponte de ligação ainda mais forte entre os dois personagens. O filme tem ótimas sequências de ação e uma ambientação muito boa, ora lembrando em certos momentos do estilo do western spaghetti. A trilha sonora também é um ponto positivo, com temas que fogem um pouco do estilo tradicional de músicas que você esperaria ouvir nesse tipo de filme, mas que no final se encaixam bem no que vemos na tela. Enfim, um bom western contemporâneo, mostrando que esse gênero cinematográfico tão tradicional ainda vive.

Vingança & Castigo (The Harder They Fall, Estados Unidos, 2021) Direção: Jeymes Samuel, Boaz Yakin / Roteiro: Jeymes Samuel / Elenco: Jonathan Majors, Idris Elba, LaKeith Stanfield, Zazie Beetz / Sinopse: Dois pistoleiros precisam acertar as contas no velho oeste. Rufus Buck (Idris Elba) matou os pais de Nat Love (Jonathan Majors) na sala de jantar de sua própria casa. Agora que Rufus está novamente em liberdade, Nat planeja finalmente sua vingança de sangue.

Pablo Aluísio. 

sábado, 14 de agosto de 2021

O Esquadrão Suicida

Um país da América do Sul sofre um golpe militar (calma, não é o Brasil de Bolsonaro com seu exército de velhos tanques fumacentos). Com o golpe um general assume o poder nessa republiqueta de bananas. Então o governo americano decide reunir novamente um grupo de condenados para ir até esse país para encobrir um envolvimento dos Estados Unidos em um projeto secreto chamado "Operação Estrela do Mar", que tem em suas instalações um aliens gigantesco que contamina e torna parasitas (verdadeiros zumbis) os seres humanos. Esse grupo chamado de Esquadrão Suicida conta com os mais diversos tipos, com destaque, é claro, para a Arlequina. Até um tipo de monstro, uma mistura indigesta entre tubarão e ser humano entra para o grupo. Esse personagem é puro comics, como aliás toda a produção. Fiquei bem surpreso também com o fato do filme ter praticamente o mesmo título do primeiro filme. Tirando o artigo não tem diferença. O primeiro se chama "Esquadrão Suicida" e esse segundo "O Esquadrão Suicida". Que bizarro! Penso inclusive que vai confundir o público de maneira em geral. Não foi uma boa opção de marketing de venda. O que deu na cabeça do estúdio? Complicado entender.

Essa então é a segunda tentativa da DC com o Esquadrão Suicida no cinema. O primeiro filme, como todos sabemos, não foi bem. A boa notícia é que as coisas melhoraram. Essa sequência acertou em apostar mais no material original, nas histórias em quadrinhos. Nunca se leva muito à sério, o que garante boas cenas. O próprio monstro aliens que surge no filme parece ter saído de uma revistinha em quadrinhos dos anos 50 ou então de um filme Sci-fi B dessa mesma década. É ultra colorido, bem no clima das velhas matinês. E o roteiro é ágil, esperto e diverte como nunca. A única crítica pontual que faria a esse novo filme vem de sua violência que em alguns momentos extrapola, ainda mais em se tratando de um filme como esse, feito basicamente para a garotada. Deveriam ter amenizado mais nesse aspecto. Fora isso, é muito melhor do que o primeiro filme. Eu particularmente gostei bastante.

O Esquadrão Suicida (The Suicide Squad, Estados Unidos, 2021) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn / Elenco: Margot Robbie, Viola Davis, Idris Elba, John Cena, Joel Kinnaman, Michael Rooker / Sinopse: O Esquedrão Sucida é enviado para um país da América do Sul que sofreu um golpe militar. Na republiqueta bananeira eles tentam resgatar planos de encobrimento do envolvimento do governo americano em um experimento que mantém prisioneiro um aliens gigantesco.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw

Essa franquia cinematográfica "Velozes & Furiosos" está virando outra coisa. Nada muito condizente com os primeiros filmes. Parece até que virou apenas uma marca comercial e nada mais. E os atores Dwayne Johnson e Jason Statham praticamente adquiriram a franquia. Esse novo filme foi produzido por eles. O custo da produção foi exorbitante, mais de 200 milhões de dólares, porém o retorno foi excelente. Décima maior bilheteria de 2019 o filme faturou até o momento a quantia de 750 milhões de dólares. Uma fortuna, sucesso garantido. Com todo mundo aproveitando os lucros é quase certo que não vão parar nesse que é (se não perdi a conta) o décimo filme com o selo "Velozes & Furiosos".

A boa notícia é que houve mudanças para melhor. Nada de carrões envenenados e aquele fiapinho de história para contar. Os roteiristas aqui tiveram liberdade para contar algo completamente novo dentro da franquia. Assim o que temos é um novo rumo para os filmes. Certo, a trama continua a menor das preocupações. O que vale mesmo é o bom humor.

Sim, o filme jamais se leva à sério e isso é sua melhor característica. Os dois protagonistas não se suportam e isso gera alguns diálogos bem divertidos. As cenas de ação são bem realizadas e cada vez mais absurdas, como é esperado nesse tipo de filme. Porém tudo é levado com uma certa ironia interna que salva o filme de qualquer crítica mal humorada. O filme até poderia ser menor, com um corte final mais enxuto, porém é fato, a diversão ficou garantida. Até para um cinéfilo veterano, que já anda cansado desse tipo de produção, a coisa pode funcionar muito bem. O segredo é embarcar na proposta do filme, não ficar analisando nada muito à sério e se divertir, apenas isso.

Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw, Estados Unidos, 2019) Direção: David Leitch / Roteiro:  Chris Morgan, Drew Pearce / Elenco: Dwayne Johnson, Jason Statham, Idris Elba, Vanessa Kirby, Helen Mirren, Ryan Reynolds / Sinopse: Uma organização criminosa quer ter em sua posse um vírus mortal que pode destruir toda a humanidade. Para impedir que isso aconteça os agentes Hobbs (Dwayne Johnson) e Shaw (Jason Statham) vão fazer de tudo para que o plano dos vilões não obtenha êxito.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Mogli: O Menino Lobo

A animação original fez parte da minha infância. Porém havia muitos anos que tinha assistido e me lembrava muito pouco. Foi bem gratificante então assistir a essa nova versão, com atores em carne e osso e bichinhos falantes construídos com a mais moderna computação gráfica. Pois é, o estúdio Disney teve essa grande ideia, a de fazer novas versões de suas antigos clássicos da animação, agora no estilo mais convencional. Em breve teremos "O Rei Leão" e "Dumbo". Basta assistir a esse "Mogli: O Menino Lobo" para entender que vem coisa muito boa por aí! O filme é uma maravilha tecnológica. Venceu inclusive o Oscar de melhores efeitos especiais. É de uma perfeição técnica de encher os olhos. Ok, tudo o que diz respeito à marca Walt Disney é extremamente bem feito, mas esse aqui subiu um ponto na escala. Como se sabe na fábula do Mogli há muitos personagens animais, que falam e interagem como se fossem seres humanos. Nessa versão eles não são caricatos, mas sim mais próximos da realidade. Excelente escolha.

Some-se a isso o fato de que o elenco de dubladores, todos astros em Hollywood, fizeram um trabalho de pura perfeição. Eu nem havia prestado atenção nesse time antes de ver o filme, mas bastou o urso Baloo abrir a boca para reconhecer imediatamente a voz de Bill Murray! Muito divertido. E o que dizer de um Rei orangotango chamado Louie com trejeitos de Christopher Walken? Impossível não reconhecer o estilo único dele falar. Até mesmo a cobra Kaa ficou perfeita na interpretação vocal de Scarlett Johansson! Enfim, tudo muito bem realizado numa nova versão que ficou excelente, em todos os aspectos cinematográficos.

Mogli: O Menino Lobo (The Jungle Book, Estados Unidos, 2016) Direção: Jon Favreau / Roteiro: Justin Marks, baseado na obra do escritor Rudyard Kipling / Elenco: Neel Sethi, Bill Murray, Ben Kingsley, Christopher Walken, Scarlett Johansson, Idris Elba, Lupita Nyong'o / Sinopse: Após a morte de seu pai, o menino Mogli passa a ser criado por lobos. Sua vida na floresta é feliz, até a chegada do tigre Shere Khan que não aceita sua presença na selva. Ele quer vingança contra todos os homens e também seus "filhotes".

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A Torre Negra

Seguramente um dos piores filmes baseados na obra de Stephen King que já tive o desprazer de assistir. Uma daquelas tramas que não tem salvação, ruim demais para se levar em frente, esse é aquele tipo de filme condenado desde o começo. Não importa que a produção seja milionária e nem que o elenco seja composto por bons atores (o que estaria Matthew McConaughey fazendo aqui?). Quando a ideia inicial é ruim, nada mais se salva. E aqui a culpa vai quase toda para King. Estaria o escritor sem novas ideias? Apelando cada vez mais para enredos fracos, sem um pingo de criatividade? Sim, porque essa coisa de uma torre que protege toda a humanidade me soou meio derivada de "O Senhor dos Anéis". Um plágio disfarçado? Poder ser...

Como eu já escrevi a estória é de amargar. Um garotinho de Nova Iorque descobre que em um universo paralelo existe uma torre que mantém a salvo toda a humanidade. Claro que seres das sombras surgem para acabar com essa proteção. De um lado temos uma espécie de bruxo ou mago, um feiticeiro das forças do mal e do outro um pistoleiro que parece ter saído diretamente de algum filme B de faroeste. E no meio disso tudo fica o espectador com cara de tédio... Enfim, o único conselho que tenho a dar sobre esse filme é bem simples: não assista, não vá perder seu precioso tempo com coisas inúteis.

A Torre Negra (The Dark Tower, Estados Unidos, 2017) Direção: Nikolaj Arcel / Roteiro: Akiva Goldsman, Jeff Pinkner / Elenco: Idris Elba, Matthew McConaughey, Tom Taylor / Sinopse: Em um universo paralelo uma grande torre protege o mundo tal como conhecemos. Forças do mal vão tentar colocar tudo abaixo para que o mal prevaleça sobre todos os homens.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

A Grande Jogada

Esse filme é um dos favoritos ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado. Fruto do trabalho do diretor Aaron Sorkin que também roteirizou seu filme. Baseado em fatos reais o enredo conta a história de Molly Bloom (Jessica Chastain). Quando criança ela começou a ser moldada para ser uma campeã olímpica pelo seu pai, que era obcecado pelo sucesso nos esportes. Já adolescente ela consegue disputar lado a lado contra as grandes profissionais, mas um acidente acaba com sua carreira. Desiludida com seu fracasso, sem vontade de encarar uma universidade de direito (novamente um objetivo imposto a ela por seu pai) Molly resolve se mudar para Los Angeles onde pretende se virar sozinha. Começa por baixo, sendo garçonete. Depois começa a trabalhar para um sujeito que organizava jogos de poker para ricaços. Em pouco tempo ela rouba o negócio do ex-patrão e passa ela mesma a organizar seu próprios jogos. Aluga um quarto de hotel luxuoso e começa em pouco tempo a fazer fortuna.

O roteiro se divide em duas linhas narrativas, uma no passado mostrando Molly no começo da vida, tentando ser esportista e depois entrando no mundo dos jogos ilegais e uma no presente, com ela já cercada pelo FBI, sendo processada, podendo pegar uma pena dura de prisão. Tudo, passado e presente, se mistura, resultando em um filme realmente muito bom. De forma inteligente o roteiro não fica girando em torno dos detalhes do poker, algo que poderia interessar apenas aos praticantes desse jogo. Ao invés disso mostra o lado mais humano de Molly, suas motivações e os traumas que traz do passado. Um aspecto interessante é que o pai dela é interpretado por Kevin Costner, em um papel até pequeno, mas muito importante dentro do filme como um todo. Outro ponto positivo ocorre quando a máfia resolve entrar no negócio de Molly. Afinal onde há jogo ilegal e muito dinheiro rolando, a máfia acaba entrando, pelo bem ou pelo mal. Então é isso. Um filme com um roteiro realmente acima da média, que vai jogando informações e situações na tela sem nunca subestimar a inteligência do espectador.

A Grande Jogada (Molly's Game, Estados Unidos, 2017) Direção: Aaron Sorkin / Roteiro: Aaron Sorkin, baseado no livro de memórias de Molly Bloom / Elenco: Jessica Chastain, Idris Elba, Kevin Costner / Sinopse: Quando Molly (Jessica Chastain) percebe que seus sonhos de se tornar uma atleta olímpica campeã acabaram após um sério acidente, ela decide dar um novo rumo na sua vida. Desiste de ir para a universidade cursar Direito e entra em outro ramo, esse bem mais perigoso, o dos jogos ilegais de poker com milionários e mafiosos. Filme indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (Aaron Sorkin). Igualmente indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jessica Chastain).

Pablo Aluísio. 

Depois Daquela Montanha

Esse filme tem um pouco de tudo, drama, aventura e principalmente romance. Sendo irônico e cínico poderia dizer que é uma espécie de "Sobreviventes nos Andes" com acentuado teor romântico. A história começa quando Alex Martin (Kate Winslet) se vê impedida de viajar por causa de uma tempestade. Ela está no aeroporto e não consegue seu voo por causa do clima. Ansiosa demais para esperar, porque seu noivo a está esperando para o casamento, ela decide chamar outro passageiro aleatório que encontra na fila do embargue para dividir o pagamento de um avião particular. O escolhido é o médico Ben Bass (Idris Elba) que topa a proposta sem pensar muito. Assim eles contratam o piloto Walter (Beau Bridges) para a viagem até Denver. Péssima ideia. O avião é um pequeno bimotor e atravessar aquela tempestade que se forma no horizonte não é das ideias mais inteligentes. Pior do que isso, o piloto sofre um derrame durante a viagem, o avião cai, o casal sobrevive, mas precisa enfrentar o frio e os perigos da montanha onde eles caíram.

É a tal coisa. O filme tem aspectos positivos. Só o fato de ter sua história praticamente toda passada no alto dessas montanhas, com paisagens maravilhosas e bonita fotografia já fazem valer a pena. Além disso tem boas cenas, como o ataque do Puma e a descida em busca de algum vilarejo ou acampamento remoto. A cena em que Ben sem querer pisa em uma armadilha para urso também tem seu impacto. Porém fora disso, principalmente na parte romântica do roteiro (sim, eles acabam se apaixonando enquanto tentam sobreviver) tudo é apenas mediano. Sempre gostei do trabalho da atriz Kate Winslet. Aqui ela tem bons momentos. O seu parceiro de cena, o ator Idris Elba, também não compromete. A questão é que o enredo por si próprio tem limitações, sempre apostando naquele tipo de situação de sobrevivência que é bem comum nessa espécie de produção. No saldo geral não me empolgou em nenhum momento, mas também não chegou a aborrecer. É de fato um filme mediano, para assistir sem muito compromisso ou interesse.

Depois Daquela Montanha (The Mountain Between Us, Estados Unidos, 2017) Direção: Hany Abu-Assad / Roteiro: J. Mills Goodloe, Charles Martin / Elenco: Kate Winslet, Idris Elba, Beau Bridges, Dermot Mulroney / Sinopse: Alex Martin (Kate Winslet) e Ben Bass (Idris Elba) tentam sobreviver no alto de uma montanha gelada após sofrerem um acidente de avião. O piloto Walter (Beau Bridges) sofreu um derrame bem no meio da viagem, os jogando em um ambiente hostil, onde também terminam se apaixonando.

Pablo Aluísio.