Título no Brasil: A Vida de David Gale
Título Original: The Life of David Gale
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alan Parker
Roteiro: Charles Randolph
Elenco: Kevin Spacey, Kate Winslet, Laura Linney, Melissa McCarthy, Rhona Mitra, Gabriel Mann
Sinopse:
Após ser acusado do estupro de uma de suas alunas, o professor David Gale (Spacey) vê sua vida desabar. E após a morte de uma colega que trabalhava ao seu lado numa ONG de direitos humanos, a coisa piora ainda mais. Ele é preso e acusado de um crime que o leva para o corredor da morte. Três dias antes da data de sua execução decide receber a jornalista Bitsey Bloom (Winslet) para contar a sua versão dos fatos.
Comentários:
Bom filme que discute nas entrelinhas de seu roteiro a questão da pena de morte. Seria esse tipo de penalidade adequada para o mundo em que vivemos? Kevin Spacey novamente dá show de interpretação em seu personagem. Ele está no corredor da morte, acusado do homicídio de uma colega de trabalho, mas alega completa inocência. Faltam apenas 3 dias para sua execução. A jornalista, interpretada pela atriz Kate Winslet vai até a prisão para ouvi-lo. E fica convencida de sua inocência. Porém haverá tempo para salvá-lo da pena capital? Mais importante do que isso, ele é inocente ou culpado do crime pelo qual foi julgado e condenado? É um bom roteiro, que tem uma causa a defender, porém devo dizer que apesar do bom desenvolvimento de toda a história quando o filme chega ao seu final há uma certa decepção. Isso porque o roteiro vai longe demais para provar seu ponto de vista. Uma situação como a que é revelada em suas cenas finais realmente estrapola o bom senso, é inverossímil demais. De qualquer forma é bom dizer que até esse ponto chegar o filme já terá valido a pena. E o mais curioso de tudo é perceber como a situação atual do ator Kevin Spacey, que praticamente foi banido de Hollywood após uma série de acusações, encontra semelhanças com as do personagem que interpreta nesse filme. A vida, nesse caso, realmente imitou a arte.
Pablo Aluísio.
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domingo, 12 de julho de 2020
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Poderia Me Perdoar?
Você provavelmente conhece a atriz Melissa McCarthy daquelas comédias bem bobas e descartáveis que sempre estão em cartaz no circuito comercial. Aqui ela consegue mudar completamente essa imagem, assumindo um excelente papel e se saindo muito bem no filme. Embora tenha um certo humor ácido, diria uma ironia cortante, esse filme certamente não é uma comédia. Está mais para drama, com um tempero de cinismo. Isso porque sua história foi baseada em fatos reais, embora bem incomuns.
O filme conta a história da escritora Lee Israel (Melissa McCarthy). No passado ela teve uma certa projeção no meio literário de Nova Iorque, principalmente por escrever biografias de astros e estrelas do passado. Só que o tempo passou, ela começou a ficar sem trabalho, entrando numa crise de criatividade. Sem novos livros publicados, vieram as dificuldades financeiras. Vivendo em um pequeno apartamento ao lado de seu gato de estimação e precisando pagar o aluguel e as demais contas ela então resolveu tomar uma decisão nada usual.
Ao vender um manuscrito para uma pequena livraria de seu bairro ela foi descobrindo que havia todo um mercado de comercialização de cartas e documentos assinados por escritores do passado. Colecionadores pagavam bem por essas páginas. Então Lee decide ela mesma falsificar esse tipo de souvenir. Claro, o que ela estava fazendo era um crime, um crime de falsificação. Como era uma pessoa culta, que lia muitos livros, ficou fácil de certo modo reproduzir a forma de escrever de todos esses autores do passado. E seu público consumidor era formado por intelectuais ricaços de Nova Iorque, uma gente que pagaria bem para ter esse tipo de "pedaço" da história de seus autores preferidos. O filme é muito bom. Tem excelente clima e uma ótima trilha sonora. Além daquele clima de decadência, no caso intelectual, que vai agradar muita gente, em especial aos leitores habituais de grandes obras do passado.
Poderia Me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?, Estados Unidos, 2018) Direção: Marielle Heller / Roteiro: Nicole Holofcener, Jeff Whitty / Elenco: Melissa McCarthy, Richard E. Grant, Dolly Wells / Sinopse: Escritora sem trabalho e passando por dificuldades financeiras resolve produzir uma série de cartas e documentos falsos envolvendo grandes escritores do passado para vender a colecionadores. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Melissa McCarthy), Melhor Ator Coadjuvante (Richard E. Grant) e Melhor Roteiro Adaptado (Nicole Holofcener e Jeff Whitty).
Pablo Aluísio.
O filme conta a história da escritora Lee Israel (Melissa McCarthy). No passado ela teve uma certa projeção no meio literário de Nova Iorque, principalmente por escrever biografias de astros e estrelas do passado. Só que o tempo passou, ela começou a ficar sem trabalho, entrando numa crise de criatividade. Sem novos livros publicados, vieram as dificuldades financeiras. Vivendo em um pequeno apartamento ao lado de seu gato de estimação e precisando pagar o aluguel e as demais contas ela então resolveu tomar uma decisão nada usual.
Ao vender um manuscrito para uma pequena livraria de seu bairro ela foi descobrindo que havia todo um mercado de comercialização de cartas e documentos assinados por escritores do passado. Colecionadores pagavam bem por essas páginas. Então Lee decide ela mesma falsificar esse tipo de souvenir. Claro, o que ela estava fazendo era um crime, um crime de falsificação. Como era uma pessoa culta, que lia muitos livros, ficou fácil de certo modo reproduzir a forma de escrever de todos esses autores do passado. E seu público consumidor era formado por intelectuais ricaços de Nova Iorque, uma gente que pagaria bem para ter esse tipo de "pedaço" da história de seus autores preferidos. O filme é muito bom. Tem excelente clima e uma ótima trilha sonora. Além daquele clima de decadência, no caso intelectual, que vai agradar muita gente, em especial aos leitores habituais de grandes obras do passado.
Poderia Me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?, Estados Unidos, 2018) Direção: Marielle Heller / Roteiro: Nicole Holofcener, Jeff Whitty / Elenco: Melissa McCarthy, Richard E. Grant, Dolly Wells / Sinopse: Escritora sem trabalho e passando por dificuldades financeiras resolve produzir uma série de cartas e documentos falsos envolvendo grandes escritores do passado para vender a colecionadores. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Melissa McCarthy), Melhor Ator Coadjuvante (Richard E. Grant) e Melhor Roteiro Adaptado (Nicole Holofcener e Jeff Whitty).
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de novembro de 2016
Caça-Fantasmas
Alguns filmes são simplesmente ruins. Não adianta procurar qualquer tipo de justificativa para tentar levantar sua bola. Esse novo remake, na verdade uma cópia muito mal feita e sem graça do famoso filme dos anos 80 (sem pensar em sua continuação que era igualmente ruim) não convence em nenhum momento. Os defensores dessa nova versão apelaram para o feminismo de colocar quatro atrizes nos papéis principais, ao invés do quarteto de marmanjos do filme original. Um espécie de "empoderamento" das mulheres no cinema. Haja bobagem! O filme é ruim, não importando o fato de ter sido estrelado por quatro atrizes. Ele é simplesmente ruim e fraco. E peca por aspectos surpreendentes, como por exemplo, efeitos especiais ruins (o que não era de se esperar) e uma ridícula direção de arte que tenta em vão capturar o estilo anos 80. Tudo muito, muito fraco, de dar tédio.
Outro aspecto que depõe contra o filme é seu roteiro mal desenvolvido. Era de se esperar que por causa do tal "empoderamento" as personagens femininas fossem minimamente bem exploradas, mostrando aspectos das vidas delas. Mas esqueça. Isso não acontece. Todas as personagens são vazias e sem graça. Assim, no fritar dos ovos, só sobram as meras boas intenções que sinceramente não farão diferença nenhuma quando você se tocar que é um dos piores filmes de 2016. Pior para quem, como eu, foi assistir com a maior boa vontade do mundo e quebrou a cara - além de perder o precioso dinheiro do ingresso. Dizem que remakes são ruins por natureza, pois bem, esse aqui se superou pois é realmente péssimo. Uma tremenda perda de dinheiro, tempo e paciência. Melhor que não fosse sequer produzido.
Caça-Fantasmas (Ghostbusters, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Paul Feig / Roteiro: Katie Dippold, Paul Feig / Elenco: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon / Sinopse: Grupo de garotas decide formar sua própria equipe de Caça-Fantasmas.
Pablo Aluísio.
Outro aspecto que depõe contra o filme é seu roteiro mal desenvolvido. Era de se esperar que por causa do tal "empoderamento" as personagens femininas fossem minimamente bem exploradas, mostrando aspectos das vidas delas. Mas esqueça. Isso não acontece. Todas as personagens são vazias e sem graça. Assim, no fritar dos ovos, só sobram as meras boas intenções que sinceramente não farão diferença nenhuma quando você se tocar que é um dos piores filmes de 2016. Pior para quem, como eu, foi assistir com a maior boa vontade do mundo e quebrou a cara - além de perder o precioso dinheiro do ingresso. Dizem que remakes são ruins por natureza, pois bem, esse aqui se superou pois é realmente péssimo. Uma tremenda perda de dinheiro, tempo e paciência. Melhor que não fosse sequer produzido.
Caça-Fantasmas (Ghostbusters, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Paul Feig / Roteiro: Katie Dippold, Paul Feig / Elenco: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon / Sinopse: Grupo de garotas decide formar sua própria equipe de Caça-Fantasmas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Caça-Fantasmas
Título no Brasil: Caça-Fantasmas
Título Original: Ghostbusters
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold, Paul Feig
Elenco: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon, Leslie Jones, Charles Dance, Andy Garcia, Bill Murray, Sigourney Weaver
Sinopse:
Prestes a ser escolhida como a nova professora titular de uma prestigiada universidade, a estudiosa e pesquisadora Erin Gilbert (Kristen Wiig) acaba tendo uma surpresa nada agradável ao perceber que sua antiga amiga da escola, Abby Yates (Melissa McCarthy), está vendendo um livro escrito por ela sobre fantasmas! Isso pode prejudicá-la pois ela considera o tema ridículo. Despedida da instituição ela resolve então se unir a Abby para formar um grupo de caçadoras de fantasmas. Elas querem limpar a cidade de fenômenos paranormais.
Comentários:
Pelo amor de Deus, que filme péssimo!!! Eu assisti os dois filmes originais "Ghostbusters" no cinema. Embora o segundo seja bem fraco, o primeiro é uma bobeirinha pop muito divertida, um dos mais lembrados dos anos 80. Eu gosto bastante dessa franquia para falar a verdade. Por isso fui esperando pelo menos um filme mediano. Sabia que não seria tão bom quanto o primeiro, por causa das reações negativas do público e das inúmeras críticas alertando que o filme era muito ruim, mas mesmo assim havia um pouquinho de esperança de assistir algo pelo menos assistível. Eu me equivoquei. O filme é bem ruim, ruim mesmo. O roteiro é apenas uma cópia mal feita, mal escrita, do filme de 1984. Uma cópia que sequer consegue criar nostalgia nos fãs. É só embaraçoso de tão fraco. O filme foi envolvido numa polêmica ridícula envolvendo o fato de que o elenco agora seria todo feminino. Isso é o de menos. Embora Melissa McCarthy e Kristen Wiig sejam comediantes talentosas elas não conseguem superar a ruindade do roteiro. É impossível não ser soterrado por um material tão imbecil! Por falar em elenco as pontas de Bill Murray e Sigourney Weaver só servem para piorar ainda mais o cenário pois o espectador acaba lembrando de como era bom o primeiro "Ghostbusters" nesse quesito. Eu também fiquei decepcionado com os efeitos especiais. Como é possível um filme dos anos 80 ser tão superior nesse aspecto a um filme atual? Pois é, basta lembrar dos fantasmas das primeiras versões para ver como aqui soa tudo tão decepcionante. Parece um episódio daquele "Goosebumps" de tão ruim! É a tal coisa, se ainda não viu no cinema, não vá perder seu dinheiro. E se não conferiu em outro meio, pelo menos agradeça por não ter caído numa fria, não perdendo seu precioso tempo com essa bobagem. Assim não há outra conclusão, esse novo "Ghostbusters" é mesmo uma grande porcaria, sinceramente... Fuja!
Pablo Aluísio.
Título Original: Ghostbusters
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold, Paul Feig
Elenco: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon, Leslie Jones, Charles Dance, Andy Garcia, Bill Murray, Sigourney Weaver
Sinopse:
Prestes a ser escolhida como a nova professora titular de uma prestigiada universidade, a estudiosa e pesquisadora Erin Gilbert (Kristen Wiig) acaba tendo uma surpresa nada agradável ao perceber que sua antiga amiga da escola, Abby Yates (Melissa McCarthy), está vendendo um livro escrito por ela sobre fantasmas! Isso pode prejudicá-la pois ela considera o tema ridículo. Despedida da instituição ela resolve então se unir a Abby para formar um grupo de caçadoras de fantasmas. Elas querem limpar a cidade de fenômenos paranormais.
Comentários:
Pelo amor de Deus, que filme péssimo!!! Eu assisti os dois filmes originais "Ghostbusters" no cinema. Embora o segundo seja bem fraco, o primeiro é uma bobeirinha pop muito divertida, um dos mais lembrados dos anos 80. Eu gosto bastante dessa franquia para falar a verdade. Por isso fui esperando pelo menos um filme mediano. Sabia que não seria tão bom quanto o primeiro, por causa das reações negativas do público e das inúmeras críticas alertando que o filme era muito ruim, mas mesmo assim havia um pouquinho de esperança de assistir algo pelo menos assistível. Eu me equivoquei. O filme é bem ruim, ruim mesmo. O roteiro é apenas uma cópia mal feita, mal escrita, do filme de 1984. Uma cópia que sequer consegue criar nostalgia nos fãs. É só embaraçoso de tão fraco. O filme foi envolvido numa polêmica ridícula envolvendo o fato de que o elenco agora seria todo feminino. Isso é o de menos. Embora Melissa McCarthy e Kristen Wiig sejam comediantes talentosas elas não conseguem superar a ruindade do roteiro. É impossível não ser soterrado por um material tão imbecil! Por falar em elenco as pontas de Bill Murray e Sigourney Weaver só servem para piorar ainda mais o cenário pois o espectador acaba lembrando de como era bom o primeiro "Ghostbusters" nesse quesito. Eu também fiquei decepcionado com os efeitos especiais. Como é possível um filme dos anos 80 ser tão superior nesse aspecto a um filme atual? Pois é, basta lembrar dos fantasmas das primeiras versões para ver como aqui soa tudo tão decepcionante. Parece um episódio daquele "Goosebumps" de tão ruim! É a tal coisa, se ainda não viu no cinema, não vá perder seu dinheiro. E se não conferiu em outro meio, pelo menos agradeça por não ter caído numa fria, não perdendo seu precioso tempo com essa bobagem. Assim não há outra conclusão, esse novo "Ghostbusters" é mesmo uma grande porcaria, sinceramente... Fuja!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Um Santo Vizinho
Título no Brasil: Um Santo Vizinho
Título Original: St. Vincent
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Theodore Melfi
Roteiro: Theodore Melfi
Elenco: Bill Murray, Melissa McCarthy, Naomi Watts
Sinopse:
Vincent (Bill Murray) passa longe de ser um exemplo. É um sujeito ranzinza, cínico e mal-humorado que vive em bares, é viciado em apostas de corridas de cavalos e esporadicamente sai com uma stripper que se prostitui e que está grávida, sem saber direito o que fará de sua vida. Seu estilo de vida vai mudando aos poucos quando sua nova vizinha resolve lhe pagar alguns dólares para que ele tome conta de seu filho, após ele voltar da escola. A convivência com o garoto aos poucos vai mudando a visão de mundo do velho Vincent. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Bill Murray). Também indicado ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Naomi Watts).
Comentários:
Bill Murray se notabilizou desde os tempos do SNL em interpretar tipos mais cínicos. Essa persona nunca deixou o ator. Provavelmente seu próprio jeito de ser contribuiu muito para isso. Depois de alguns anos vivendo desse tipo de papel ele mudou os rumos de sua carreira e estrelou filmes que foram bastante elogiados pela crítica. Produções como "Encontros e Desencontros", "Sobre Café e Cigarros" e "Viagem a Darjeeling" trouxeram um status cult para sua filmografia. De comediante gaiato ele começou a ser respeitado como grande ator. Chegou inclusive a ser premiado em festivais importantes de cinema. Agora o ator deixa essa fase mais pretensiosa de lado para fazer algo mais simples, ameno. Apesar de algumas indicações no Globo de Ouro a verdade é que não existe nada demais nesse "St. Vincent". O roteiro é simples, tem um enredo que poderíamos até qualificar como banal e mesmo as reviravoltas da trama não soam como algo muito importante ou relevante. Bill Murray parece brincar o tempo todo com sua própria imagem, a do sujeito que pouco está se importando com o que pensam dele. Ele não tem família, laços emocionais ou relacionamentos duradouros. Ao invés disso prefere pagar para ter a companhia de Daka (Naomi Watts), uma jovem que ganha a vida tirando a roupa em bares de strip tease de quinta categoria. Ao ter que cuidar de um estudante colegial, o impassível Vincent resolve apresentar ao garoto parte de sua vida, o levando a bares, corridas de cavalos e ao lado menos turístico da cidade. O filme basicamente gira em torno disso, um homem que não tem a menor vocação com crianças tendo que conviver com um jovem estudante de escola católica. Há uma ou outra coisinha mais interessante, porém no geral "St. Vincent" parece ter sido realmente superestimado um pouco além da conta. É ver para crer.
Pablo Aluísio.
Título Original: St. Vincent
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Theodore Melfi
Roteiro: Theodore Melfi
Elenco: Bill Murray, Melissa McCarthy, Naomi Watts
Sinopse:
Vincent (Bill Murray) passa longe de ser um exemplo. É um sujeito ranzinza, cínico e mal-humorado que vive em bares, é viciado em apostas de corridas de cavalos e esporadicamente sai com uma stripper que se prostitui e que está grávida, sem saber direito o que fará de sua vida. Seu estilo de vida vai mudando aos poucos quando sua nova vizinha resolve lhe pagar alguns dólares para que ele tome conta de seu filho, após ele voltar da escola. A convivência com o garoto aos poucos vai mudando a visão de mundo do velho Vincent. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator - Comédia ou Musical (Bill Murray). Também indicado ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Naomi Watts).
Comentários:
Bill Murray se notabilizou desde os tempos do SNL em interpretar tipos mais cínicos. Essa persona nunca deixou o ator. Provavelmente seu próprio jeito de ser contribuiu muito para isso. Depois de alguns anos vivendo desse tipo de papel ele mudou os rumos de sua carreira e estrelou filmes que foram bastante elogiados pela crítica. Produções como "Encontros e Desencontros", "Sobre Café e Cigarros" e "Viagem a Darjeeling" trouxeram um status cult para sua filmografia. De comediante gaiato ele começou a ser respeitado como grande ator. Chegou inclusive a ser premiado em festivais importantes de cinema. Agora o ator deixa essa fase mais pretensiosa de lado para fazer algo mais simples, ameno. Apesar de algumas indicações no Globo de Ouro a verdade é que não existe nada demais nesse "St. Vincent". O roteiro é simples, tem um enredo que poderíamos até qualificar como banal e mesmo as reviravoltas da trama não soam como algo muito importante ou relevante. Bill Murray parece brincar o tempo todo com sua própria imagem, a do sujeito que pouco está se importando com o que pensam dele. Ele não tem família, laços emocionais ou relacionamentos duradouros. Ao invés disso prefere pagar para ter a companhia de Daka (Naomi Watts), uma jovem que ganha a vida tirando a roupa em bares de strip tease de quinta categoria. Ao ter que cuidar de um estudante colegial, o impassível Vincent resolve apresentar ao garoto parte de sua vida, o levando a bares, corridas de cavalos e ao lado menos turístico da cidade. O filme basicamente gira em torno disso, um homem que não tem a menor vocação com crianças tendo que conviver com um jovem estudante de escola católica. Há uma ou outra coisinha mais interessante, porém no geral "St. Vincent" parece ter sido realmente superestimado um pouco além da conta. É ver para crer.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de março de 2014
As Bem-Armadas
Título no Brasil: As Bem-Armadas
Título Original: The Heat
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold
Elenco: Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Marlon Wayans
Sinopse:
Ashburn (Sandra Bullock) é uma agente do FBI carreirista, arrogante e nerd que só pensa em ser promovida. Após prender um serial killer ela é designada para uma nova missão em Boston. Há um chefão de drogas atuando na cidade que a agência há muito tempo tenta descobrir a identidade. Lá acaba tendo que trabalhar ao lado da detetive Mullins (Melissa McCarthy) da polícia de Boston. Ela é o extremo oposto da engomadinha do FBI. É grosseirona, tem a boca suja e um jeito bem truculento de lidar com a bandidagem da localidade.
Comentários:
Pensei que fosse bem pior. Tudo bem, certamente é uma bobagem mas tenho que reconhecer que é uma bobagem divertida. Na realidade o roteiro tem mais clichês do que as novelas da Globo mas pelo menos existem momentos e cenas que vão lhe proporcionar algumas risadas. A fórmula é obviamente muito batida, essa coisa de comédia policial que reúne dois tiras de personalidades bem opostas já era coisa antiga nos anos 80, então imagine nos dias de hoje! Mesmo assim a presepada funciona. Credito isso ao carisma de Sandra Bullock e Melissa McCarthy. A Bullock deve sofrer de algum transtorno, deve ser bipolar ou algo assim, só isso explica o fato de sua carreira ser tão irregular. No mesmo ano em que concorre ao Oscar com chances reais ele me sai com uma bobeirinha como esse filme. Vai entender a cabeça da moça! Já a gordinha Melissa McCarthy está impagável como a policial boca suja, mal educada e casca grossa Mullins! Foi justamente com ela que dei algumas boas gargalhadas pois seus diálogos são pra lá de toscos! Enfim, pipocão americano com jeitão de anos 80. Se você gosta do estilo certamente vai gostar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Heat
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold
Elenco: Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Marlon Wayans
Sinopse:
Ashburn (Sandra Bullock) é uma agente do FBI carreirista, arrogante e nerd que só pensa em ser promovida. Após prender um serial killer ela é designada para uma nova missão em Boston. Há um chefão de drogas atuando na cidade que a agência há muito tempo tenta descobrir a identidade. Lá acaba tendo que trabalhar ao lado da detetive Mullins (Melissa McCarthy) da polícia de Boston. Ela é o extremo oposto da engomadinha do FBI. É grosseirona, tem a boca suja e um jeito bem truculento de lidar com a bandidagem da localidade.
Comentários:
Pensei que fosse bem pior. Tudo bem, certamente é uma bobagem mas tenho que reconhecer que é uma bobagem divertida. Na realidade o roteiro tem mais clichês do que as novelas da Globo mas pelo menos existem momentos e cenas que vão lhe proporcionar algumas risadas. A fórmula é obviamente muito batida, essa coisa de comédia policial que reúne dois tiras de personalidades bem opostas já era coisa antiga nos anos 80, então imagine nos dias de hoje! Mesmo assim a presepada funciona. Credito isso ao carisma de Sandra Bullock e Melissa McCarthy. A Bullock deve sofrer de algum transtorno, deve ser bipolar ou algo assim, só isso explica o fato de sua carreira ser tão irregular. No mesmo ano em que concorre ao Oscar com chances reais ele me sai com uma bobeirinha como esse filme. Vai entender a cabeça da moça! Já a gordinha Melissa McCarthy está impagável como a policial boca suja, mal educada e casca grossa Mullins! Foi justamente com ela que dei algumas boas gargalhadas pois seus diálogos são pra lá de toscos! Enfim, pipocão americano com jeitão de anos 80. Se você gosta do estilo certamente vai gostar.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Missão Madrinha de Casamento
Pensei que fosse ser uma comédia mais ao estilo "baixaria" uma vez que a coisa que mais ouvi ultimamente é de que se tratava de uma versão feminina de "Se Beber Não Case". Sinceramente não vi maiores semelhanças. Na realidade é uma comédia romântica bem na média do que o cinema americano anda produzindo ultimamente. Musiquinhas românticas, o velho clichê da solteirona de 30 anos louca porque ainda está solteira (de onde esses caras tiram a ideia de que o casamento é a solução para a infelicidade das pessoas?) e tudo o que você já viu em muitos e muitos filmes desse tipo. Na realidade achei tão convencional que me surpreendi. Acredito que a única grande diferença das demais "água com açúcar" é o clima acentuado de humor mas fora isso, nada de novo no front. Nesse aspecto os brasileiros são obviamente alvos, como se a culinária brasileira fosse tão indigesta a ponto de dar dor de barriga imediata nos americanos (e como se a comida deles, o tal de fast food, não fosse a pior refeição que um ser humano pudesse comer na face da terra), que o diga a gordinha Melissa McCarthy que sofre de obesidade mórbida e que, falando sinceramente, não faz nada no filme que justifique sua indicação ao Oscar.
O resto do elenco é formado por atrizes competentes devo confessar. Na realidade pode-se dizer que na falta de um roteiro melhor elas realmente carregam o filme nas costas. Eu pessoalmente gosto muito da Kristen Wiig desde os tempos em que via suas performances no SNL. Ela é uma comediante de mão cheia para interpretar balzaquianas neuróticas como a personagem do filme. Outra que se destaca é a Rose Byrne, o que é curioso, pois ela é atriz dramática na realidade (vide sua ótima participação em Damages). Em conclusão é como eu disse - tudo mais do mesmo. No final fica a pergunta: até quando vamos aguentar mais comédias românticas sobre casamentos? Será que o público não se cansa nunca disso?
Operação Madrinha de Casamento (Bridesmaids, Estados Unidos, 2011) Direção: Paul Feig / Roteiro: Annie Mumolo e Kristen Wiig / Elenco: Kristen Wiig, Maya Rudolph, Rose Byrne, Wendi McLendon-Covey, Ellie Kemper, Melissa McCarthy, Chris O'Dowd, Jill Clayburgh / Sinopse: O filme mostra as diversas confusões e problemas em que se envolve um grupo de mulheres na preparação do casamento de uma delas.
Pablo Aluísio.
O resto do elenco é formado por atrizes competentes devo confessar. Na realidade pode-se dizer que na falta de um roteiro melhor elas realmente carregam o filme nas costas. Eu pessoalmente gosto muito da Kristen Wiig desde os tempos em que via suas performances no SNL. Ela é uma comediante de mão cheia para interpretar balzaquianas neuróticas como a personagem do filme. Outra que se destaca é a Rose Byrne, o que é curioso, pois ela é atriz dramática na realidade (vide sua ótima participação em Damages). Em conclusão é como eu disse - tudo mais do mesmo. No final fica a pergunta: até quando vamos aguentar mais comédias românticas sobre casamentos? Será que o público não se cansa nunca disso?
Operação Madrinha de Casamento (Bridesmaids, Estados Unidos, 2011) Direção: Paul Feig / Roteiro: Annie Mumolo e Kristen Wiig / Elenco: Kristen Wiig, Maya Rudolph, Rose Byrne, Wendi McLendon-Covey, Ellie Kemper, Melissa McCarthy, Chris O'Dowd, Jill Clayburgh / Sinopse: O filme mostra as diversas confusões e problemas em que se envolve um grupo de mulheres na preparação do casamento de uma delas.
Pablo Aluísio.
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