terça-feira, 28 de outubro de 2014

Batman & Robin

Título no Brasil: Batman & Robin
Título Original: Batman & Robin
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Akiva Goldsman, baseado na obra de Bob Kane
Elenco: Arnold Schwarzenegger, George Clooney, Chris O'Donnell, Uma Thurman, Alicia Silverstone

Sinopse:
Batman (George Clooney) se une ao seu pupilo e parceiro no combate ao crime, Robin (Chris O'Donnell), e à Batgirl (Alicia Silverstone) para enfrentar os terríveis vilões Mr. Freeze (Arnold Schwarzenegger) e Poison Ivy (Uma Thurman). Filme indicado a três prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Maquiagem, Figurino e Melhor Filme de Fantasia. "Vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria Pior Atriz Coadjuvante (Alicia Silverstone).

Comentários:
Nem só de obras primas viveu o personagem Batman nos cinemas. Para quem é jovem e só conheceu mesmo os filmes dirigidos por Christopher Nolan é bom saber que houve uma primeira franquia que surgiu com Tim Burton e morreu com Joel Schumacher. E foi justamente esse filme aqui que enterrou a primeira quadrilogia do homem morcego nos cinemas. O interessante é que as filmagens foram muito badaladas pois todos queriam conferir o personagem com o novo queridinho de Hollywood, George Clooney. De fato ele estava no pique do sucesso, após provar que tinha conseguido fazer a complicada transição da TV para o cinema. Assim a Warner desembolsou uma fortuna para tê-lo na pele de Batman. O estúdio inclusive queria realizar o melhor filme de todos os tempos sobre o herói, com orçamento milionário e caprichos impensáveis naquela época, como por exemplo, contratar o astro Arnold Schwarzenegger para interpretar o vilão Mr. Freeze! Tudo parecia caminhar para a consagração de mais um grande blockbuster, desses que realmente arrasam quarteirões mas... tudo resultou em um grande desapontamento! Joel Schumacher, provavelmente inspirado na série televisiva dos anos 1960, optou erroneamente por dar ao filme um tom exageradamente cartunesco, beirando a paródia completa. O público não aceitou e a crítica detestou. Depois que Tim Burton tinha renovado o personagem com tintas sombrias era de fato uma surpresa e tanto uma abordagem tão pop e camp como essa. Desnecessário dizer que o filme naufragou completamente, se tornando um vexame para todos os envolvidos. George Clooney ainda tentou amenizar soltando algumas piadinhas sobre o uniforme ridículo que estava usando (com direito a mamilos salientes), mas nada disso salvou "Batman & Robin" de se tornar um dos maiores desastres da história da Warner Bros. Uma mancha negra complicada de apagar na história de um dos mais populares heróis de quadrinhos de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

Linha Mortal

Título no Brasil: Linha Mortal
Título Original: Flatliners
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Peter Filardi
Elenco: Kiefer Sutherland, Kevin Bacon, Julia Roberts, William Baldwin

Sinopse:
Um grupo de arrogantes estudantes de medicina decide desvendar um dos últimos grandes mistérios da ciência moderna: a morte! Eles não desejam vencer ela, mas apenas a sondar de dentro. Assim decidem realizar uma rede de experiências levando o corpo a um estado de quase-morte. A intenção é sondar essa fronteira, para tentar descobrir o que realmente de fato existe no outro lado da vida. O que eles não sabiam é que com isso acabam abrindo portas que jamais deveriam ter sido abertas. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. Filme indicado ao prêmio Saturn da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ficção e Melhor Atriz Coadjuvante (Julia Roberts). 

Comentários:
Alguns filmes melhoram bastante com o passar do tempo. Isso se deve principalmente aos roteiros, que sendo de boa qualidade, não envelhecem jamais. Um caso que se encaixa perfeitamente no exemplo acima é essa fita de suspense que fez bastante sucesso na época de seu lançamento, tanto nos cinemas como no mercado de vídeo VHS. Os personagens são extremamente interessantes, jovens estudantes de medicina, egocêntricos, arrogantes, cheios de si, afinal de contas eles estão no topo da cadeia alimentar no ultra concorrido universo dos cursos de ponta da carreira acadêmica americana. Para jovens assim não existem barreiras que os impeçam de irem até o limite. E o que seria mais tentador e ousado do que tentar explicar os mecanismos que rondam a própria morte? Assim no auge de sua petulância eles ousam tentar atravessar essa barreira, verificar o que existe no outro lado e voltar para contar o que viram. Não é uma das tarefas mais simples de realizar. O elenco de "Flatliners" conseguiu reunir um grupo de jovens atores - ainda desconhecidos do grande público na época - que nos anos que viriam iriam se tornar astros e estrelas do cinema americano. Dentre eles se destaca Julia Roberts, ainda colhendo os frutos do recente sucesso de "Uma Linda Mulher". A direção é do irregular Joel Schumacher, um cineasta conhecido por intercalar bons filmes com bombas atômicas. Aqui, para alívio geral, ele comparece com uma obra não apenas interessante, mas também bem desafiadora. Prova que, quando acerta a mão, ele consegue mesmo realizar bons filmes.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Loucademia de Polícia

Título no Brasil: Loucademia de Polícia
Título Original: Police Academy
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Hugh Wilson
Roteiro: Neal Israel, Pat Proft
Elenco: Steve Guttenberg, G.W. Bailey, Kim Cattrall

Sinopse:
O jovem Carey Mahoney (Steve Guttenberg) decide entrar na Academia de Polícia. Lá encontra o mais estranho grupo de pessoas que jamais imaginaria. Todos os tipos mais exóticos e estranhos da cidade também estão tentando virar policiais.

Comentários:
Está sendo lançado nos Estados Unidos todos filmes dessa franquia que fez muito sucesso nos anos 80. Eu fico aqui pensando se ainda existe espaço para esse tipo de humor nos dias de hoje. Dificilmente esse tipo de filme encontrará algum novo fã, sendo que apenas os nostálgicos comprarão esse tipo de box. Particularmente nunca fui grande fã, mesmo na época considerava os filmes da "Police Academy" muito pastelões, quase como se fossem um renascimento do estilo de comédia do tipo "Os Três Patetas". Mesmo assim, bem bobos, os filmes certamente fizeram muito sucesso ao ponto de todo ano sair um novo, inclusive no Brasil, onde as fitas eram muito bem recebidas pelo público brasileiro - o que se formos pensar bem, até faz muito sentido, pois o tipo de comédia mostrada aqui, mais popular e escrachada, também faz parte do humor tipicamente nacional. Em suma, uma diversão que vai soar bem datada para os mais novos, embora algumas boas risadas também estejam garantidas.

Pablo Aluísio.

Dizem Por Aí...

Título no Brasil: Dizem Por Aí...
Título Original: Rumor Has It...
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Ted Griffin
Elenco: Jennifer Aniston, Mark Ruffalo, Shirley MacLaine, Kevin Costner

Sinopse:
Sarah Huttinger (Jennifer Aniston) é uma garota que descobre por acaso que sua própria família foi a principal fonte de inspiração para o livro e o filme "The Graduate" (A Primeira Noite de um Homem), um clássico do cinema americano dos anos 60. Depois do choque inicial ela decide ir até o fim para descobrir e conhecer todos os envolvidos nessa história.

Comentários:
Pois é, como diz o ditado a vida não está fácil para ninguém... nem para os astros e estrelas do passado. Basta dar uma rápida olhada no elenco dessa comédia romântica para bem entender isso. Shirley MacLaine foi uma das atrizes mais populares dos anos 60. Colecionou prêmios, sucessos e amores. Kevin Costner foi um campeão absoluto de bilheterias no auge de sua carreira. Chegou ao ponto de ganhar os principais prêmios da Academia em obras como "Dança com Lobos". O problema é que Hollywood é uma indústria e como toda atividade comercial o seu passado vale menos do que sua capacidade de gerar lucro. Assim esses dois ícones de ontem viraram coadjuvantes de luxo para estrelinhas de hoje. Quem, em sã consciência, iria dizer que Costner um dia seria uma escada para uma estrelinha de sitcom da TV? Pois é, o mundo dá voltas e esse dia chegou. E o filme em si? Bom, é mais uma comédia romântica que fará a alegria das fãs de Jennifer Aniston! Em poucas palavras: bobinho, inofensivo e despretensioso, tal como o nível cultural de quem adora essa atriz.

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de outubro de 2014

Licença para Casar

Título no Brasil: Licença para Casar
Título Original: License to Wed
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ken Kwapis
Roteiro: Kim Barker, Tim Rasmussen
Elenco: Mandy Moore, John Krasinski, Robin Williams

Sinopse:
Sadie Jones (Mandy Moore) e John Krasinski (Ben Murphy) formam o casal que pretende se casar em breve numa bela cerimônia católica tradicional pois ela professa essa fé. Para isso eles precisam antes passar por um curso de formação de noivos onde serão colocados à prova pelo padre Frank (Robin Williams), um religioso fora dos padrões, o que definitivamente não vai ser nada fácil para eles!

Comentários:
Pois é, o tempo passa e as carreiras dos atores vão mudando gradativamente, algumas para melhor e outras para pior. No caso do comediante Robin Williams infelizmente as coisas estão piorando com o tempo. Ele já não consegue mais estrelar filmes tão bons como no passado. Com a perda de material melhor, seus personagens também vão ficando cada vez mais sem graça, o que não me deixa surpreso quando o vejo em papéis mais sérios em filmes comuns. Esse aqui até tenta ter alguma graça, mas o roteiro é muito fraquinho. Sempre querendo fazer piada em cima das excentricidades do padre Frank (Williams) a coisa não funciona. Algumas tentativas de humor inclusive ficam constrangedoras como o uso de dois bebês mecânicos que mais parecem bonecos assustadores de filmes de terror B. Acrescente a isso um casal de atores que não empolga e não são carismáticos e você tem em mãos mais um abacaxi. Poderia ser muito divertido ver Robin Williams interpretando um reverendo cheio de esquisitices, mas esse potencial aqui simplesmente não foi aproveitado e nem virou uma realidade.

Pablo Aluísio.

Clube da Luta

Título no Brasil: Clube da Luta
Título Original: Fight Club
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Fincher
Roteiro: Jim Uhls, baseado na obra de Chuck Palahniuk 
Elenco: Brad Pitt, Edward Norton, Helena Bonham Carter, Meat Loaf

Sinopse:
Tyler Durden (Brad Pitt) se junta a outros homens como ele, para violentos combates pelos subterrâneos das grandes cidades com o desesperado objetivo de escapar de alguma forma do marasmo e do tédio da vida moderna. Nesse mundo de extremos, um narrador (Edward Norton) conta suas experiências nesse submundo que muitos ignoram existir. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhores efeitos sonoros, melhores efeitos especiais e melhor edição. Indicado ainda a 19 outros prêmios, entre eles Brit Awards, MTV Movie Awards e Las Vegas Film Critics Society.

Comentários:
"Fight Club" foi muito badalado em seu lançamento. Não era para menos, pois de fato o filme unia uma proposta nova e inteligente com um roteiro cheio de boas sacadas. Os personagens retratam de certa maneira o vazio existencial que impera entre os mais jovens ou entre adultos que descobrem que o jogo finalmente acabou, que não há mais nenhuma esperança no fim do túnel. Para escapar do sufocante tédio do dia a dia e preencher esse vácuo em suas almas, eles partem em busca de emoções mais viscerais, animais mesmo, trazendo-os de volta a um estado mais natural e selvagem. A briga assim funciona não apenas como uma brilhante válvula de escape do massacrante cotidiano, mas também como um retorno às origens animalescas dos seres humanos. Para muitos especialistas estamos assim diante da maior obra prima assinada pelo criativo cineasta David Fincher. Não há como negar que Fincher é seguramente um dos cinco diretores mais brilhantes que surgiram em meados dos anos 1990. Seus filmes nunca se rendem ao lugar comum cinematográfico, especialmente aqueles que tinham tudo para se tornarem fitas descartáveis como "Seven" ou "O Curioso Caso de Benjamin Button", mas que numa verdadeira tacada de mestre se tornaram pequenos clássicos contemporâneos. O elenco também está em momento particularmente inspirado. Edward Norton, o narrador e também protagonista de tudo o que acontece, transparece em sua voz toda a melancolia e falta de ânimo de seguir em frente com sua vida enfadonha. Brad Pitt dá vida a um personagem completamente amoral, que não liga mais para qualquer tipo de valor humano que um dia tenha sido importante para a vida civilizada em sociedade. Infelizmente no Brasil o filme ficou também tristemente marcado por uma tragédia ocorrida em um cinema, quando um jovem estudante de medicina com problemas mentais abriu fogo contra o público em um cinema de São Paulo. Melhor esquecer esse tipo de coisa e louvar sempre o excelente nível desse "Clube da Luta", um dos melhores filmes do cinema americano surgidos dos últimos anos. 

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de outubro de 2014

Onde o Diabo se Esconde

Título no Brasil: Onde o Diabo se Esconde
Título Original: Where the Devil Hides
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: LD Entertainment
Direção: Christian E. Christiansen
Roteiro: Karl Mueller
Elenco: Alycia Debnam Carey, Colm Meaney, Adelaide Kane, Jennifer Carpenter 

Sinopse:
Numa fechada e isolada comunidade religiosa nascem seis garotas no sexto dia do sexto mês. Para o líder e pastor Elder Beacon (Colm Meaney) isso é um claro sinal da presença do diabo pois o 666 está presente bem no meio daqueles acontecimentos. Após uma tragédia, os anos passam e as meninas se tornam finalmente mulheres. Prestes a celebrarem seus aniversários de 18 anos, uma série de mortes começam a acontecer dentro da comunidade. Estaria Beacon realmente com a razão ou tudo seria fruto apenas de uma visão fanática e fatalista de sua seita?

Comentários:
"Where the Devil Hides" começa muito bem. Somos apresentados àquela comunidade fechada em si mesmo, onde tudo gira em torno de uma visão religiosa fundamentalista da vida. As garotas são impedidas de conhecer rapazes fora da fazenda onde vivem, festas e bebidas também não são tolerados. Todos se vestem de forma igual, com vestimentas sóbrias e soturnas. As meninas vão tentando viver suas vidas da melhor forma possível naquele clima opressor, embora seja complicado para adolescentes viverem naquele ambiente de repressão e culpa. Para Mary (Alycia Debnam Carey) a situação é ainda mais delicada, já que ela tem constantes ataques de epilepsia que são interpretadas como manifestações diábolicas. Após sofrer quase um abuso sexual por parte do pastor, ela resolve ir embora, algo que não será muito fácil, pois fora criada longe do mundo moderno. Conseguirá se livrar da suposta maldição ao qual está supostamente condenada? O primeiro conselho que daria a quem for assistir a esse filme é não confiar inteiramente nas armadilhas do roteiro. Falar muito seria de certa forma estragar as surpresas, mas de antemão é válido informar que o espectador é levado a crer e acreditar em uma certa situação que parece ser a mais racional possível. De repente o roteiro dá uma reviravolta e tanto e o tom geral muda radicalmente (em minha opinião, não para melhor). Mesmo assim, com esse tipo de concessão não há como negar que é um horror curioso, diria até bem instigante, apesar do deslize final que comete. Só pecou mesmo por tentar ser pop e juvenil demais.

Pablo Aluísio

Jogos Mortais 2

Título no Brasil: Jogos Mortais 2
Título Original: Saw II
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Darren Lynn Bousman
Roteiro: Leigh Whannell, Darren Lynn Bousman
Elenco: Donnie Wahlberg, Beverley Mitchell, Franky G

Sinopse:
O Detetive Eric Matthews (Donnie Wahlberg) investiga um assassinato quando acaba descobrindo o envolvimento do psicopata Jigsaw (Tobin Bell) no crime mas não isso não é tudo: ele também mantém sete pessoas presas, envolvidas em um novo jogo mortal onde precisam localizar um antídoto contra um gás mortal que será lançado neles, caso não consigam vencer o desafio. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhor Filme de Terror.

Comentários:
Segundo filme da franquia "Saw". Até hoje fico surpreso com a enorme quantidade de filmes que foram lançados em cima do personagem Jigsaw em tão pouco tempo. Esse aqui ainda mantém a qualidade que fez a fama da série. As armações de Jigsaw são bem armadas, verdadeiras armadilhas assassinas. O filme tem um bom roteiro e na direção o toque do jovem e talentoso cineasta Darren Lynn Bousman que acabou agradando tanto ao estúdio que voltaria à franquia com "Jogos Mortais 3" em 2006 e "Jogos Mortais 4" em 2007. No geral é mais um gore violento e sanguinário, o que convenhamos é justamente o que espera o público alvo desse tipo de fita. No final das contas a criatividade na idealização das mortes e o jogo sádico de Jigsaw são os principais fatores que conseguem manter o interesse do espectador do começo ao fim.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Projeto Secreto - Macacos

Título no Brasil: Projeto Secreto - Macacos
Título Original: Project X
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jonathan Kaplan
Roteiro: Lawrence Lasker, Stanley Weiser
Elenco: Matthew Broderick, Helen Hunt, William Sadler

Sinopse:
Jimmy Garrett (Matthew Broderick) é um jovem designado para cuidar de um grupo de chimpanzés que são utilizados em um programa militar secreto denominado "Project X". Sua convivência com os animais acaba criando um vínculo emocional com eles. Não demora muito e Garrett começa a pensar em uma maneira de os tirar de lá.

Comentários:
Recentemente no Brasil um grupo de ativistas pela causa dos direitos dos animais invadiu um laboratório de testes e salvou vários filhotes da raça Beagle. Esse fato, amplamente noticiado na imprensa, me lembrou imediatamente desse filme, "Projeto Secreto - Macacos". O enredo tem o mesmo objetivo, denunciar os abusos que são cometidos contra animais que são expostos a experimentos científicos. O personagem de Broderick é um sujeito que acaba se envolvendo justamente nesse tipo de situação, só que no seu caso a coisa é ainda mais barra pesada pois se trata de animais usados em testes de armas militares. Além do sempre carisma presente em Matthew Broderick, o filme ainda se destaca pela bela presença da atriz Helen Hunt e da direção segura de Jonathan Kaplan. Os animais do filme também são extremamente bem treinados, tornando a situação explorada pelo roteiro ainda mais comovente. Enfim deixo a dica caso você seja um ecologista ou não! Em ambos os casos a película certamente valerá a pena!

Pablo Aluísio.

Meus Vizinhos São um Terror

Título no Brasil: Meus Vizinhos São um Terror
Título Original: The 'Burbs
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joe Dante
Roteiro: Dana Olsen
Elenco: Tom Hanks, Bruce Dern, Carrie Fisher, Corey Feldman

Sinopse:
Ray Peterson (Tom Hanks) é um típico paí de família americano que vê algo de estranho em seus novos vizinhos. Acostumado com uma amizade mais próxima de quem mora ao lado ele logo percebe que os novos moradores de sua rua não querem muita conversa com os seus vizinhos. Ray assim começa a colocar na cabeça que há algo de errado com aquela gente. Estaria certo ou tudo seria fruto apenas da falta do que fazer com sua vida?

Comentários:
Simpático e bem humorado filme estrelado por Tom Hanks, ainda em sua fase como comediante. Produzido por Steven Spielberg esse era o tipo de produção que não fazia muito alarde nas bilheterias de cinema, mas que depois encontrava seu lugar ideal no mercado de vídeo (em pleno auge do VHS), se tornando campeão de locações. O roteiro brinca com o chamado americano suburbano típico. É aquele cara que mora em uma boa casa nos subúrbios das grandes cidades e que leva uma vida levemente entediante. Para passar o tempo começa a xeretar a vida dos vizinhos. É curioso ver que em praticamente todos os filmes e séries que enfocam esse tipo de americano médio ele sempre é retratado como um idiota, completamente controlado pela esposa e filhos. Deve ser algum tipo de tradição na terra do Tio Sam, quem sabe. Deixando essas curiosidades sociológicas de lado o fato é que o filme é boa diversão, muito embora vá se perdendo aos poucos durante o desenrolar da trama. Os problemas do roteiro foram causados por uma grande greve de roteiristas em Hollywood na época, por isso o espectador vai claramente notar que embora comece muito bem o enredo vai perdendo qualidade até o seu final, que também não é grande coisa. Mesmo assim, com todos esses pequenos defeitos, o filme ainda diverte e funciona, principalmente se for encarado como um pipocão no fim de noite.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ligações Perigosas

Título no Brasil: Ligações Perigosas
Título Original: Dangerous Liaisons
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Glenn Close, John Malkovich, Michelle Pfeiffer, Keanu Reeves, Uma Thurman

Sinopse:
Baseado no famoso romance "Les Liaisons Dangereuses" do autor Choderlos de Laclos (1741 - 1803), o filme "Ligações Perigosas" narra as intrigas, fofocas e ciladas sociais que se desenvolvem na corte francesa do século XVIII. De um lado o fútil e perigoso Visconde Sébastien de Valmont (John Malkovich), do outro a maquiávelica Marquesa Isabelle de Merteuil (Glenn Close) e no meio de todas as armações sociais a bela e jovem Madame de Tourvel (Michelle Pfeiffer). Um jogo mortal de sedução e poder dentro das relações entre nobres da monarquia francesa da época. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte.

Comentários:
Choderlos de Laclos foi um dos principais generais de Napoleão Bonaparte. Quando não estava nos campos de batalha lutando por seu imperador, escrevia romances. O livro que deu origem a esse filme logo se tornou um dos mais populares de sua carreira como escritor. Ele desvenda o jogo de poder e cobiça que existia dentro da corte francesa. O curioso é que o próprio Napoleão era fruto da revolução francesa, que procurava colocar abaixo a ordem social da monarquia daquela nação, mas tão logo assumiu o poder absoluto deu origem a também uma corte suntuosa e luxuosa, provando que nem sempre as boas intenções resultam em algo positivo. Deixando um pouco de lado esse contexto histórico o fato é que "Ligações Perigosas" tem uma das tramas mais saborosamente perversas da história do cinema americano. Stephen Frears, em grande momento, soube como poucos explorar as vilanices de seus personagens. Aqui, como obviamente podemos notar, o que importa é realmente passear pelas artimanhas e manipulações dos dois personagens centrais, ambos sem quaisquer escrúpulos pessoais ou valores morais, mas mestres na arte da manipulação social. Claro que apenas dois grandes atores poderiam tirar todo o potencial do texto literário para as telas de cinema. Nesse ponto John Malkovich e Glenn Close estão soberbos. Glenn Close em especial tem uma das melhores atuações de sua vida e quem a conhece sabe que isso definitivamente não é pouca coisa. O contraste da podridão de seus interesses e almas com a delicada inocência, juventude e beleza de Michelle Pfeiffer (linda no filme) garantem o alto nível do filme no quesito atuação. Em termos de produção o filme também apresenta um requinte único, com belíssima reconstituição de época, extremamente luxuosa nos mínimos detalhes. Um filme para se ter na coleção, com a finalidade de se rever sempre que possível. Cinema do mais puro e fino bom gosto.

Pablo Aluísio.

A História de Buddy Holly

Título no Brasil: A História de Buddy Holly
Título Original: The Buddy Holly Story
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: ECA, Innovisions
Direção: Steve Rash
Roteiro: Alan Swyer, John Goldrosen
Elenco: Gary Busey, Don Stroud, Charles Martin Smith

Sinopse:
Cinebiografia do roqueiro Charles Hardin Holley, mais conhecido como Buddy Holly. Na segunda metade dos anos 1950 ele conseguiu atingir o estrelato ao participar da explosão do nascente rock n roll nas rádios americanas. Talentoso cantor, compositor e guitarrista teve sua promissora carreira interrompida precocemente por causa de uma tragédia que abalou o país. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Canção. Indicado ainda nas categorias de Melhor Ator (Gary Busey) e Melhor Som.

Comentários:
Esse filme foi realizado para celebrar os vinte anos da morte do jovem cantor e compositor Buddy Holly que morreu tragicamente de um acidente de avião enquanto fazia uma excursão pelo interior dos Estados Unidos. No mesmo acidente morreram também Ritchie Valens, que vinha fazendo sucesso com "La Bamba", "Donna" e outra canções e Big Bopper que estava se destacando nas paradas com sua "Chantilly Lace". Apesar de não ter uma grande produção é um filme honesto, com bom roteiro, que explora de forma extremamente bem feita aspectos da vida precoce de Holly. Na época muito se reclamou do ator Gary Busey que de fato não era muito parecido com o Buddy Holly da vida real, mas isso no fundo é uma bobagem já que ele conseguiu captar bastante bem - beirando a perfeição - os maneirismos e o jeito de ser do cantor. É aquele tipo de filme que todos sabem o final, que não é feliz, mas que vale a pena por resgatar a memória de todos aqueles talentosos artistas que perderam suas vidas naquela madrugada gelada de 1958.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Educação Siberiana

Título no Brasil: Educação Siberiana
Título Original: Educazione Siberiana
Ano de Produção: 2013
País: Itália
Estúdio: Cattleya Studios
Direção: Gabriele Salvatores
Roteiro: Stefano Rulli, Sandro Petraglia
Elenco: John Malkovich, Arnas Fedaravicius, Vilius Tumalavicius, Eleanor Tomlinson

Sinopse:
Kolyma (Arnas Fedaravicius) nasce numa tradicional família de siberianos. Para viver os duros tempos da dominação soviética na região, seu avô lhe ensina as principais regras de sobrevivência. Para ele nenhum homem deve matar outro homem, a não ser que seja um russo comunista que encontrar pela frente. Esses podem ser degolados sem problemas. Assim Kolyma vai vivendo sua vida, ao lado dos amigos e membros numa distante e isolada região da fria Sibéria. Filme indicado ao Globo de Ouro - Itália, nas categorias Melhor Fotografia e Melhor Música.

Comentários:
O filme tem três linhas narrativas históricas, todas centradas no personagem Kolyma (Arnas Fedaravicius). Na primeira, durante sua infância, o espectador toma consciência de suas origens, personificadas em seu avô Kuzya (John Malkovich), que lhe passa os principais valores de um verdadeiro siberiano, entre eles o de odiar com todas as forças qualquer russo que tente se intrometer em sua vida. Depois, na segunda linha narrativa, acompanhamos sua juventude ao lado de seus amigos, vivendo de pequenos golpes aplicados nas redondezas. Pequenos furtos e roubos sem maiores consequências. Por fim vemos Kolyma servindo o exército, onde acaba tendo que enfrentar um velho amigo que está nas fileiras do inimigo, convertido agora ao islamismo. O elenco é multinacional, onde atores americanos, ingleses, russos e até lituanos dão vida aos personagens. Curiosamente não há nenhum siberiano presente, embora todo o enredo gire em torno das tradições e cultura daquele povo, que segue sendo oprimido pelas tropas russas em seu território até os dias de hoje. A paisagem é desoladora, um deserto branco de neve, mas a estória tem calor humano suficiente para manter o interesse. Além disso o texto tece um interessante painel tendo como pano de fundo períodos históricos importantes daquela distante região, passando pela dominação do regime Stalinista, seguindo com a queda da União Soviética e por fim caindo sob domínio de milícias criminosas e paramilitares. Um retrato no mínimo curioso de uma história que geralmente só conhecemos dos livros de história que ainda insistem em vender aquele período de regime comunista como uma época feliz e próspera para o povo que viveu sob sua sanguinária e opressora ditadura. Os eventos mostrados no filme mostram que definitivamente não foi bem assim.

Pablo Aluísio.

Star Wars Rebels

Título no Brasil: Star Wars Rebels
Título Original: Star Wars Rebels
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Pictures
Direção: Steward Lee
Roteiro: Dave Filoni, Simon Kinberg
Elenco: Vanessa Marshall, Steve Blum, Taylor Gray

Sinopse:
Ezra Bridger (Taylor Gray) é um jovem que mora em um distante planeta perdido nos confins do universo. Quando tropas do império vão ao local receber um importante carregamento de armas ele acaba percebendo que há no meio da multidão um grupo de rebeldes prontos a colocar as mãos nas armas. Sem pensar duas vezes Ezra resolve por conta própria também entrar na jogada, tentando com isso ficar com a valiosa carga que valerá uma verdadeira fortuna no mercado negro. Animação baseada na obra originalmente criada por George Lucas.

Comentários:
Esse é o primeiro produto a ser lançado depois que a Disney comprou todos os direitos sobre a marca "Star Wars". Se trata de uma série com 12 episódios programados para a primeira temporada. O que temos aqui é uma animação que novamente explora aquele universo que já conhecemos tão bem. A má notícia é que não achei grande coisa. As naves imperiais estão lá, o clima em geral procura recriar os famosos filmes e até a trilha sonora evoca as notas musicais que tanto conhecemos. Mesmo assim não consegue empolgar. O roteiro apenas recicla elementos dos três primeiros filmes sem muito sucesso. O garoto simples que acaba entrando na batalha entre rebeldes e império pode ser visto como um plágio de Luke Skywalker. Os rebeldes que ele encontra pelo caminho - jedis obviamente - também vão soar familiares, mas nada disso vai elevar o nível dessa animação que para piorar tudo traz dois aspectos que me deixaram bem decepcionado. O primeiro se refere ao tom bem mais infanto juvenil do que nos filmes originais. Não adianta nutrir grandes esperanças sobre isso, pelo andar da carruagem a Disney suavizou tudo realmente, direcionando "Star Wars" para um público bem jovem, na faixa dos dez, doze anos. Agora mais surpreendente vem no segundo aspecto: não consegui gostar da própria animação sob o ponto de vista meramente técnico! Os personagens parecem ter saído de algum game não muito bem realizado. Seus cabelos mais parecem tapetes espessos e os rostos não são expressivos. Esperava tudo, menos que não fosse tão bem feito. Enfim, se isso for mesmo um preview do que vem por aí nos cinemas é bom os fãs de "Star Wars" começarem a se preocupar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fúria

Título no Brasil: Fúria
Título Original: Tokarev, Rage
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Image Entertainment
Direção: Paco Cabezas
Roteiro: Jim Agnew, Sean Keller
Elenco: Nicolas Cage, Danny Glover, Rachel Nichols, Max Ryan

Sinopse:
Paul Maguire (Nicolas Cage) é um rico e bem sucedido empreiteiro que vive um dos melhores momentos de sua vida. Casado pela segunda vez, pai de uma adorável adolescente, ele se sente feliz e realizado não apenas na profissão, como também em sua vida pessoal. Tudo muda numa noite quando resolve jantar fora ao lado de sua bela esposa. Ao retornar descobre um cenário completamente caótico em sua casa. Sua filha foi raptada e os dois jovens que a acompanhavam estão feridos após a suposta invasão de um grupo de homens fortemente armados. Pelo visto o passado criminoso de Maguire voltou para assombrar sua vida de conto de fadas.

Comentários:
Este é o novo filme de Nicolas Cage, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros. É a tal coisa, pouca qualidade tem sido vista nos últimos filmes do ator, então quando algo novo estrelado por ele entra no circuito comercial as expectativas não conseguem ser muito altas, haja visto as bombas que surgiram em sua filmografia recentemente. Aqui o roteiro tenta desenvolver uma trama de justiça pelas próprias mãos e vingança no submundo do crime. O personagem de Cage tem um passado sombrio, assim quando sua filha é raptada tudo leva a crer que algum fantasma do passado retornou para acertar contas com ele. Desesperado, ele resolve se unir a dois velhos parceiros para encontrar os sequestradores. Inicialmente ele desconfia da máfia russa instalada nos Estados Unidos. Após agredir e torturar alguns mafiosos ele consegue algumas informações, mas nenhuma delas parece consistente! Não há nenhuma certeza sobre quem teria sido o responsável pelo crime e é justamente em torno disso que o filme dará sua grande reviravolta final - que antecipo não é lá grande coisa, mas que certamente pegará muita gente desprevenida. Há bastante ação, a ponto inclusive de em determinado momento me lembrar dos antigos filmes dos anos 80, mas fora isso não há maiores surpresas. O bom e velho Danny Glover, da franquia "Máquina Mortífera", está em cena para reforçar ainda mais a nostalgia daqueles anos. Como diversão rápida até pode funcionar, embora não consiga se tornar em nenhum momento um grande thriller policial em termos gerais.

Pablo Aluísio.