sábado, 25 de outubro de 2014

Onde o Diabo se Esconde

Título no Brasil: Onde o Diabo se Esconde
Título Original: Where the Devil Hides
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: LD Entertainment
Direção: Christian E. Christiansen
Roteiro: Karl Mueller
Elenco: Alycia Debnam Carey, Colm Meaney, Adelaide Kane, Jennifer Carpenter 

Sinopse:
Numa fechada e isolada comunidade religiosa nascem seis garotas no sexto dia do sexto mês. Para o líder e pastor Elder Beacon (Colm Meaney) isso é um claro sinal da presença do diabo pois o 666 está presente bem no meio daqueles acontecimentos. Após uma tragédia, os anos passam e as meninas se tornam finalmente mulheres. Prestes a celebrarem seus aniversários de 18 anos, uma série de mortes começam a acontecer dentro da comunidade. Estaria Beacon realmente com a razão ou tudo seria fruto apenas de uma visão fanática e fatalista de sua seita?

Comentários:
"Where the Devil Hides" começa muito bem. Somos apresentados àquela comunidade fechada em si mesmo, onde tudo gira em torno de uma visão religiosa fundamentalista da vida. As garotas são impedidas de conhecer rapazes fora da fazenda onde vivem, festas e bebidas também não são tolerados. Todos se vestem de forma igual, com vestimentas sóbrias e soturnas. As meninas vão tentando viver suas vidas da melhor forma possível naquele clima opressor, embora seja complicado para adolescentes viverem naquele ambiente de repressão e culpa. Para Mary (Alycia Debnam Carey) a situação é ainda mais delicada, já que ela tem constantes ataques de epilepsia que são interpretadas como manifestações diábolicas. Após sofrer quase um abuso sexual por parte do pastor, ela resolve ir embora, algo que não será muito fácil, pois fora criada longe do mundo moderno. Conseguirá se livrar da suposta maldição ao qual está supostamente condenada? O primeiro conselho que daria a quem for assistir a esse filme é não confiar inteiramente nas armadilhas do roteiro. Falar muito seria de certa forma estragar as surpresas, mas de antemão é válido informar que o espectador é levado a crer e acreditar em uma certa situação que parece ser a mais racional possível. De repente o roteiro dá uma reviravolta e tanto e o tom geral muda radicalmente (em minha opinião, não para melhor). Mesmo assim, com esse tipo de concessão não há como negar que é um horror curioso, diria até bem instigante, apesar do deslize final que comete. Só pecou mesmo por tentar ser pop e juvenil demais.

Pablo Aluísio

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