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domingo, 1 de janeiro de 2023

Pixels

Temos aqui mais um filme com o Adam Sandler. Isso significa que a primeira coisa que o cinéfilo deve fazer é ficar com as expectativas baixas. Esse ator e comediante americano não ficou conhecido exatamente por fazer bons filmes ao longo de sua carreira. Na verdade, ele fez algumas das bombas cinematográficas mais constrangedoras dos últimos anos. Apesar disso, devo dizer que esse Pixels é bem divertido. Sim, há uma sucessão de piadinhas sem graça. Sim, o elenco parece não levar nada muito a sério. De qualquer forma, essas características que poderiam ser ditas como negativas fazem parte do jogo de um filme como esse. Afinal, o próprio roteiro e a história são bem bobocas. 

Uma civilização extraterrestre tem contato com antigos jogos da Terra, de games lançados durante os anos 80. Jogos do tipo Atari e outras companhias daquela época. Quem viveu os anos 80 certamente vai se lembrar. Então eles decidem atacar o nosso planeta justamente usando esses personagens dos games antigos. Então o filme traz coisas como o pac-man atacando Nova Iorque. Ficou até mesmo nostálgico em certa medida. Os efeitos especiais são muito bem feitos, mas algumas coisas me incomodaram um pouco. Tentando imitar a tecnologia dos anos 80, os games são altamente "pixelizados". De qualquer forma, está aí um filme leve, divertido, para passar o tempo sem maiores compromissos. Pura pipoca!

Pixels (Estados Unidos, 2015) Direção: Chris Columbus / Roteiro: Tim Herlihy / Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Michelle Monaghan, Peter Dinklage, Brian Cox, Sean Bean / Sinopse: Uma civilização extraterrestre decide atacar a Terra usando personagens de vídeo games dos anos 80. E apenas um garoto bom de game daquela época poderá vencê-lo nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Você Pertence a Mim

Esse filme me lembrou muito aquele tipo de thriller de suspense que era tão comum nos anos 90. Na realidade, eu poderia definir como um filme atual, feito com a antiga fórmula dos filmes daquela década. O roteiro conta a história de um psiquiatra que perde uma de suas pacientes. A garota, que tinha saúde mental frágil e sofria de forte depressão, supostamente se mata, pulando de um prédio. A situação fica delicada. Todo psiquiatra perde muito quando uma de suas pacientes morre, porque de certa forma, é uma batalha profissional que se perde. Depois de um certo tempo, bate a porta de sua casa um homem que ele não conhece. Esse sujeito se diz irmão da garota que cometeu suicídio. E que está ali para lhe devolver um livro que estava com sua irmã. Ele se mostra muito simpático e empático e logo ganha a confiança da família do psiquiatra. Vai mais além, seduzindo sua filha adolescente. Acha pouco e também seduz a esposa dele. No fundo, ele quer destruir a vida do doutor, mas a que preço e de que forma? 

Foi curioso ver o ator Casey Affleck interpretando um homem sério, inteligente, um psiquiatra renomado. Quando o filme começou, eu pensei que ele iria interpretar justamente o papel do sujeito desequilibrado que quer vingança. De qualquer forma, o filme funciona bem, apresentando um bom elenco. As situações de suspense vão se perpetuando e mantendo o interesse do espectador. A única coisa que eu poderia dizer que me incomodou um pouco foi a extrema fragilidade emocional daquela família que se entrega ao desconhecido sem nem ao menos racionalizar sobre a questão. A filha e a mulher do psiquiatra caem nas mãos desse sujeito de uma forma muito rápida. Que pessoas mais vulneráveis! De qualquer forma, apesar disso, ainda é um bom filme. Vale a recomendação.

Você Pertence a Mim (Every Breath You Take, Estados Unidos, 2021) Direção: Vaughn Stein / Roteiro: David Murray / Elenco: Casey Affleck, Michelle Monaghan, Sam Claflin / Sinopse: Um psiquiatra vê sua família entrar em perigo após a chegada do suposto irmão de uma das suas pacientes, que se suicidou. O sujeito parece disposto a destruir a vida familiar e emocional do médico.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de outubro de 2021

The Path - Terceira Temporada

The Path - Terceira Temporada
Essa é a terceira e última temporada da série The Path que no Brasil recebeu o sugestivo título de "O Caminho". Nessa última temporada Eddie Lane se conscientiza que realmente seria o portador da luz. O fundador da seita está morto, depois de ficar anos em coma. Ele tem um sonho com ele e decide tomar a frente do movimento. Só que sempre haverá a sombra de Cal Roberts, o último líder. Após cair em desgraça com os membros do grupo ele retorna. Na verdade volta através de uma chantagem. Se não o aceitarem de volta ele estaria disposto a revelar que havia sido molestado quando criança pelo fundador dessa nova religião. Essa terceira temporada contou com 13 episódios que foram exibidos nos Estados Unidos entre os meses de janeiro a março de 2018. Segue abaixo comentários sobre cada episódio assistido.

The Path 3.01 - The Beginning
A título de informação é bom saber que finalmente essa série ganhou título no Brasil. Por aqui vai se chamar "O Caminho". Enquanto a terceira temporada chega nos Estados Unidos, nossos canais a cabo passam a exibir a primeira. Pois bem, se você nunca assistiu é interessante saber que se trata de uma seita, até bem comum, que surge na Califórnia. Eles misturam crenças tradicionais com filosofia new age e pedaços da cultura hippie. Tudo isso dá origem a esse novo movimento religioso. Desde a temporada anterior há uma disputa para saber quem vai liderar o grupo. O criador da seita morreu há muito e não deixou um herdeiro oficial. Quem acaba assumindo posto de líder agora é      Eddie Lane (Aaron Paul). Ele havia perdido a fé e virado até mesmo um dissidente. Agora está de volta como um dos iluminados. Nesse episódio ela consegue sair de um prédio em chamas, o que faz com que seus seguidores acreditem que ele realizou um milagre!A partir daí o caminho para o fanatismo vai ficando cada vez maior. Só que Lane precisa se cuidar porque há gente dentro da seita que quer derrubar o novo "messias" o mais rapidamente possível. E nesse jogo vale tudo, até mesmo sua eliminação definitiva. / The Path 3.01 - The Beginning (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Lucid Road Productions / Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto, Kyle Allen, Hugh Dancy, Aimee Laurence.

The Path 3.02 - A Beast, No More  
Essa série recebeu o nome de "O Caminho" no Brasil. Já não era sem tempo. Nesse segundo episódio  Eddie Lane (Aaron Paul) já é o novo líder da seita. Ele porém não agrada a todos. Seu próprio filho o confronta quando esse expulsa uma jovem imigrante da comunidade religiosa. Ela teria rompido com os pais e esses em revanche colocaram panfletos de difamação e injúria por toda a escola da filha de Eddie. Uma situação constrangedora e delicada. Eddie também procura mais recursos para sua religião, chegando inclusive a vender um tal suco que antes era considerado sagrado por todos os membros. Capitalismo, eis tudo. Por outro lado Cal Roberts começa a ter acessos de ansiedade. Ele agora trabalha como consultor de atletas ricos e estúpidos, um tipo de "conselheiro de bem estar" como ele próprio define. Não chega a ser um emprego para se ter orgulho. / The Path 3.02 - A Beast, No More (Estados Unidos, 2018) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.03 - Locusts
Há um novo jovem dentro da comunidade. Ele estava caçando coelhos nas vizinhanças quando foi encontrado por Eddie Lane. Os outros membros não ficam satisfeitos com sua presença. O jovem é de origem desconhecida, tem uma suástica nazista tatuada no braço e não desperta muito confiança. Ela faz um teste para ver se poderia ficar dentro da comunidade e é reprovado. Mesmo assim, contra todas as opiniões, Eddie Lane ainda insiste em manter ele dentro da comunidade religiosa. E pelo visto não vai demorar muito em se arrepender sobre essa decisão. / The Path 3.03 - Locusts  (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.04 - De Rerum Natura
Esse episódio tem uma revelação terrível. Quando criança, Cal Roberts foi abusado sexualmente por Steve Meyer, o fundador e líder da comunidade. Isso demonstrava claramente que ele não era elevado espiritualmente coisa nenhuma. Era um homem doente, um pedófilo. E Cal, de volta ao grupo, usa essa informação devastadora como chantagem. Ele vai até a uma das executivas do Meyerismo e abre o jogo. Se eles não o aceitarem com certos privilégios, ele falará sobre tudo e isso certamente será o fim dessa religião. Eddie Lane fica sem saber da verdade, mas pelo que conheço do personagem, no dia que ele souber de tudo, a coisa toda vai para o brejo, merecidamente aliás. / The Path 3.04 - De Rerum Natura (Estados Unidos, 2018) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.05 - Pageantry
Qual é a sensação de ser enterrado vivo? Ora, desesperadora, claro! É justamente isso que sente Eddie Lane (Aaron Paul) quando ele é enterrado vivo por um caipira atrás de vingança. Inicialmente ele chega como um pai que perdeu sua filha e precisa de conselhos. Só que era tudo uma armadilha. O velho homem amargurado culpa o movimento  pela morte de sua filha, anos atrás. Agora quer matar seu líder. Um lobo em pele de cordeiro. Quem acaba salvando sua vida é Cal Roberts, que desconfia do velho insano e decide ir atrás do "chefe" Eddie Lane para saber o que estaria acontecendo. E tudo isso depois de um certo atrito entre os dois durante uma longa turnê pelo sul dos Estados Unidos. Cal Roberts estaria se destacando demais nas palestras. Com ciúmes, Eddie havia determinado que ele estaria fora das próximas cidades. /  The Path 3.05 - Pageantry (Estados Unidos, 2018) Direção: Stacie Passon / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

The Path 3.06 - Messiah
A esposa de Eddie Lane tem uma crise de fé. Algo normal já que ela descobre várias mentiras surgidas no nascimento do movimento. O fundador não era nada do que ela pensava. E ela descobre mais e mais com um professor de estudos religiosos da universidade. É algo natural de acontecer, afinal muitas religiões e seitas são fundadas sobre grandes mentiras, contos inventados e muita maluquice. Ela parece ter entrado em uma cirando de dúvidas sobre isso. E o quadro só piora quando seu pai morre. E o que faz Eddie Lane sobre tudo isso? Toma a pior decisão. Decide visitar o tal professor e sem maiores delongas o ameaça. A pose de santidade vai pelo ralo em questão de minutos.  Farsas e mais farsas no horizonte. / The Path 3.06 - Messiah (Estados Unidos, 2018) Direção: Stacie Passon / Roteiro: Jessica Goldb / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.07 - The Gardens at Giverny
Quando o episódio começa está todo mundo numa boa, curtindo uma linda mansão na França. Acontece que um ricaço francês adorou a doutrina religiosa criada pelo Meyer e assim decidiu aderir ao caminho. Então ele chamou todos para irem até a França para abrir um núcleo do grupo na Europa. Só que toda a beleza do lugar não esconde os conflitos internos de todos os membros da religião. E isso piora ainda mais quando o nome da escolhida para liderar o braço francês da seita é anunciada. Ciúmes, raiva e ódio explodem em todos os lugares. Ninguém é perfeito. E a coisa só piora.  Pena que toda aquela festa acaba em um clima ruim, principalmente depois que Eddie Lane é praticamente desafiado a subir em uma escada em chamas para supostamente provar seus dons espirituais. A coisa toda se torna bem constrangedora. Coisa horrível de se fazer. Uma "bad trip" sem dúvida.  / The Path 3.07 - The Gardens at Givern(Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Sollett / Roteiro:     Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul. Michelle Monaghan. Freida Pinto. 

The Path 3.08 - The Door
Esse episódio vai concluindo a série que foi cencelada no começo da pandemia. Pois bem, nesse episódio há mudanças significativas na vida de Eddie Lane e o culto que dirige. Ele é visitado por um pastor protestante que vem para lhe dar uma notícia que ele nem tinha ideia. Seu filho é gay e está namorando o filho do pastor. Eddie nem desconfiava. Ele depois pede para o filho abrir o jogo quando eles estão construindo uma casa na árvore, mas a conversa não toma bons rumos (não por culpa de Eddie que se mostra bem compreensivo com a situação). Uma boa maneira de mostrar a questão do homossexualismo envolvendo meios muito religiosos. Só que há mais problemas familiares. Eddie decide confrontar sua esposa. Ela tem um amante e está procurando pelas origens da igreja. Obviamente está desconfiada de tudo, perdeu sua fé. Eddie pede a ela que abandone o grupo. Ele é um líder que não consegue nem convencer a mulher de sua própria doutrina religiosa? É melhor ela ir embora. / O Caminho - The Path 3.08 - The Door (Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Sollett / Roteiro: Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan. 

The Path 3.09 - The Veil
A esposa do líder do movimento vai atrás da pessoa que começou tudo. Quer respostas! E ela descobre coisas assustadoras. O fundador do grupo inventou muita coisa. A sua paciente que tinha visões apenas tinha alguns momentos de perda de consciência, mostrando uma região devastada, como se fosse o próprio inferno. E após uma sessão espiritual a esposa de Lane vivencia tudo, tem as mesmas visões. Algo bem aterrorizante para ela. E o movimento em si, como vai? Sendo processado por um ex-membro que perde uma bolada. Lane nem pensa muito e pede a Cal que "dê um jeito" no tal sujeito! Ora, onde foi parar a espiritualidade elevada do líder? Cadê a sua vida espiritual elevada? Vai resolver esse tipo de problema cometendo crimes? Pois é, meus caros. Santidade passou longe! / The Path 3.09 - The Veil (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, John O'Connor/ Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.10 - The Strongest Souls
Vera é na realidade a filha do fundador da seita. Sua mãe Lilith tem grandes segredos a revelar sobre o Steve Meyer, que criou toda a doutrina religiosa nos anos 70. Isso criar uma tensão dentro do movimento pois Sarah, a esposa de Eddie Lane, se envolve cada vez mais com Lilith (nome de uma entidade demôniaca dentro da tradição judaico-cristã). Ela sonha inclusive com a morte de Eddie, atingido por um tiro certeiro enquanto entra no palco, vestido todo de branco. Profecia ou puro delírio? Só saberemos nos próximos episódios. Penso que pode ser mesmo o defecho final da série. Vamos aguardar. / The Path 3.10 - The Strongest Souls (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.11 - Bad Faith
A comunidade vê uma possibilidade de expandir suas crenças para a Ásia! O convite é feito por um milionário de Bali. Só que a dúvida permanece: vale a pena ir tão longe assim? Eddie Lane tem seus próprios problemas em casa. Sua ex-esposa se tornou uma cética. O filho gay não se conforma com o fato de seu namorado ter passado por uma "cura gay" em uma igreja da região. E para piorar já existe até mesmo uma profecia de que ele seria morto em plena pregação, no palco. Será que haveria algum fundo de verdade nessa visão sobrenatural e espiritual? As questões ficam no ar. / O Caminho - The Path 3.11 - Bad Faith (Estados Unidos, 2018) Direção: Jacob Hatley / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.12 - A New American Religion
Eddie Lane resolve contar tudo sobre o passado do fundador do Meyerismo. Só que Cal acha isso um absurdo. Ele diz que se tudo vier à tona, como a pedofilia de Steve Meyer, o movimento vai acabar, chegar ao seu fim. Em sua forma de pensar o movimento não tem a robustez ou firmeza de uma Igreja Católica, por exemplo, para revelar seus segredos do passado, pedir perdão aos seus membros e seguir em frente. Para Cal será o fim do movimento religioso que ele dedicou toda a sua vida, desde quando era apenas uma criança que era abusada pelo fundador da seita. E agora, qual opinião vai prevalecer? Isso só será revelado no último episódio da série. Até lá! / The Path 3.12 - A New American Religion (Estados Unidos, 2018) Direção: Jessica Goldberg / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto. 

The Path 3.13 - Blood Moon
Achei fraquinho esse episódio final da série. Como foi antecipado no episódio anterior Eddie Lane decidiu contar tudo sobre o passado, as origens dessa nova religião, só que na hora H um tiro é ouvido no meio dos seguidores. É Lilith portando uma arma. Ela tenta atirar em Eddie, mas acaba acertando na própria filha. Uma tragédia. Vera não resiste e morre. Com isso Eddie acaba não revelando os podres do caminho. E Cal suspira aliviado, até porque o que ele iria fazer da vida sem aquela comunidade religiosa? Logo ele que havia sido abusado, ainda criança, por Steve, o fundador. Um episódio morno fechou a série. Esperava por mais. De qualquer forma eu gostei dessa série que ainda segue pouco conhecida em nosso país. Uma pena. / The Path 3.13 - Blood Moon (Estados Unidos, 2018) Direção: Phil Abraham / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Freida Pinto.

Pablo Aluísio.

The Path - Segunda Temporada

The Path - Segunda Temporada
Embora tenha assistido a todos os episódios da segunda temporada da série The Path (O Caminho, no Brasil), não escrevi muito sobre os episódios. De qualquer maneira colocarei aqui os que tive a oportunidade de resenhar. Nessa segunda temporada temos a grande crise de fé de Eddie Lane (Aaron Paul). Ele descobre algumas verdades sobre o fundador do movimento e aos poucos vai perdendo sua fé na doutrina da seita. Só que ao mesmo tempo estranhos acontecimentos parecem rondar sua mente. Isso tudo sugere que ele seria o portador da luz, apesar de seu crescente ceticismo sobre tudo ao seu redor. Essa segunda temporada contou com 13 apisódios ao total que foram exibidos entre os meses de janeiro a abril de 2017. Segue abaixo os reviews sobre episódios da temporada.

The Path 2.09 - Oz
Eddie Lane (Aaron Paul) começa a se conscientizar que ele será o futuro líder do movimento. Ele sofre algumas manifestações físicas, inclusivo na mão, em sangramentos, justamente quando estava com uma medalha do grupo em mãos. Só que as coisas não são tão sagradas como ele pensa. Enquanto ele entra nessa crise existencial, sua esposa cai nos braços de Cal Roberts. O novo casal estava em uma palestra com vários outros grupos religiosos. Após a apresentação um clima pinta entre eles. A noite termina numa cama de hotel. Sarah Lane aliás está enrolada e não apenas com Cal. Ela também sabe que no passado chantageou membros da comunidade em troca de dinheiro. Todos os segredos estavam gravados em fitas, com as confissões dessas pessoas. Assim não foi nada complicado chantagear um a um. Pelo visto há algo de podre bem no meio do movimento. Bom episódio que vai aos poucos demolindo a seita retratada na série. Aliás a série se destaca justamente por essa crítica que faz a esses movimentos, que são bem populares na costa oeste da América / The Path 2.09 - Oz (Estados Unidos, 2017) Estúdio: Hulu / Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell, Rockmond Dunbar, Kyle Allen, Paul James

The Path 2.10 - Restitution
É a tal coisa, seitas geralmente afundam em fanatismo e desespero. Não seria diferente na seita que é retratada nessa boa série. Aqui nenhum membro da estranha religião (com ares até de movimento hippie) consegue se sobressair. A grande maioria das pessoas que convivem ali dentro da comunidade são vis. Eddie Lane (Aaron Paul) abandonou o grupo, adotando uma postura cética e crítica sobre sua doutrina. Porém após sofrer alucinações começou a duvidar de suas convicções. Nesse episódio ele está visivelmente abalado, sem saber que caminho tomar. E tudo piora em um ritual que os membros colocam em pequenos caixões seus sentimentos negativos. É uma espécie de expurgo de energias negativas. O problema mesmo é achar alguma energia positiva no meio de membros que traem, chantageiam e até cometem crimes em prol de uma suposta (e absurda) ideia de pureza espiritual! / The Path 2.10 - Restitution (Estados Unidos, 2017) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro:  Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

Pablo Aluísio.

The Path - Primeira Temporada

The Path - Primeira Temporada
Essa primeira temporada conta com 10 episódios. A série conta a história de um grupo de pessoas religiosas que seguem uma seita surgida na década de 1960.Seu fundador foi um hippie que afirmava aos seus seguidores que havia finalmente descoberto o caminho para a iluminação espiritual completa. Quando a série começa seu fundador agoniza na cama de um hospital, em coma. E dentro da seita começa as primeiras disputas para decidir quem vai sucedè-lo no caminho do movimento. Essa primeira temporada foi exibida entre os meses de março a maio de 2016. No Brasil a série recebeu o título nacional de "O Caminho". Segue abaixo comentários sobre os principais episódios dessa primeira temporada.

The Path 1.01 - What the Fire Throws  
Esse é o primeiro episódio dessa nova série "The Path" (em bom português, "O Caminho"). O enredo gira em torno de uma seita americana que promove uma lavagem cerebral em seus membros. Embora os produtores não assumam isso de forma pública, o roteiro é claramente uma crítica à cientologia, uma seita muito bizarra que é seguida por celebridades na Califórnia. Esse tipo de seita religiosa é muito comum de aparecer na sociedade americana. Aquela é tradicionalmente uma nação evangélica. E como bem sabemos o protestantismo tem a natural tendência de se dividir e se transformar numa imensa gama de igrejas diferentes, com suas próprias doutrinas religiosas - algumas pra lá de esquisitas. No caso da cientologia (que é seguida por gente como Tom Cruise) nada faz muito sentido. Eles idolatram um escritor de ficção científica que dizia saber a origem da humanidade. Ela teria surgido de uma colonização de extraterrestres de três metros de altura em um passado distante. Acredite, muita gente segue isso como uma verdadeira doutrina religiosa, por mais estranha que pareça ser. Tem louco pra tudo nesse mundo... Pois bem, em "The Path" somos apresentados a um jovem casal que vive dentro de uma comunidade rigidamente controlada por uma dessas seitas. Depois do suicídio do irmão, Eddie Lane (Aaron Paul) fica devastado. Ao encontrar um livro dessa seita em uma livraria ele acaba se interessando muito pelo que lê e em pouco tempo se torna um de seus membros. O problema é que após uma experiência com um chá alucinógeno, ao estilo santo daime, ele começa a desconfiar das tais verdades absolutas propagados por seu grupo e resolve se encontrar com Allison Kemp (Sarah Jones) que parece ser uma ativista contra o grupo. Ex-integrante da seita ela conseguiu se livrar da lavagem cerebral pelo qual passou e começa uma campanha pela internet visando a recuperação de ex-membros daquela loucura pseudo-religiosa. Tudo muito bom. O primeiro episódio é muito interessante e a série promete. Aaron Paul, para quem não lembra, foi o jovem noiado Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Já a loirinha Sarah Jones é nossa velha conhecida, de tantas séries como "Vegas" e "Alcatraz". Além do elenco promissor a série também tem roteiros bem escritos e essa estória que é baseada nessas seitas religiosas malucas que proliferam por toda a (doentia) sociedade americana. / The Path 1.01 - What the Fire Throws (Estados Unidos, 2016) Série criada por Jessica Goldberg / Direção: Mike Cahill / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell, Annie Weisman / Elenco: Sarah Jones, Aaron Paul, Michelle Monaghan, Hugh Dance.

The Path 1.02 - The Era of the Ladder
A dissidente da seita Alison Kemp (Sarah Jones, mais gata do que nunca) abre o jogo para Eddie Lane (Aaron Paul) e conta para ele que seu marido foi morto meses atrás por membros fanáticos do "caminho", simplesmente porque ele quis ir embora. Depois do assassinato ela mesma passou a ser perseguida, precisando correr de uma cidade a outra, procurando escapar. Lane fica chocado... Ele ainda não aceita que os religiosos que só falam em paz e harmonia poderiam matar um homem apenas pela decisão de abandonar o grupo. Mesmo em dúvida Lane volta atrás e volta para a comunidade. Com o casamento em crise ele aceita participar de uma "cura" de 14 dias onde é trancado em um quarto, sofrendo todo tipo de agressão física, psicológica e moral. Uma verdadeira tortura. Enquanto isso o novo CEO da seita parte para a ofensiva. Cal Roberts (Hugh Dancy) entende que só há uma forma de ter mais convertidos: usando o poder da TV. Ele quer ter um programa televisivo e para isso aceita sair da discrição que até então vinha caracterizando aquela comunidade religiosa para chamar a atenção do público em geral. A intenção é atrair mais adeptos. O que ele não ousa confessar para ninguém é que o fundador da nova religião agoniza numa cama de um quarto no Peru, em coma. O líder religioso que se afirmava quase como uma entidade superiora dos demais mortais está ligado a aparelhos, em vida vegetativa. Pelo visto sua mensagem em nada serviu para salvá-lo dessa linha que o separa da vida e da morte. / The Path 1.02 - The Era of the Ladder (EUA, 2016) Direção: Mike Cahill / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Hugh Dancy, Sarah Jones, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.03 - A Homecoming
Cal Roberts (Hugh Dancy) viaja em segredo para visitar o Dr. Meyer. Ele está em coma há muitos anos e os médicos lhe informam que ele nunca mais se recuperará. Seu estado de saúde é irreversível. Assim Cal começa a cogitar assumir a liderança da seita. Antes disso porém ele resolve visitar sua mãe. Ela tem problemas com alcoolismo, uma personalidade forte e bem ofensiva com ele e se recusa a deixar sua casa. Cal quer que ela vá morar em uma casa de repouso para pessoas idosas, mas ela é durona e desbocada e resolve jogar algumas coisas desagradáveis em sua cara. O clima fica péssimo e depois de muitos anos sóbrio Cal finalmente toma um porre. Ele se sente frustrado e pressionado com tudo. Eddie Lane (Aaron Paul) por sua vez continua com o casamento em frangalhos. A situação com sua esposa parece ter entrado em um beco sem saída. As discussões voltam e nem a doutrina da seita consegue amenizar os ânimos. Para piorar o que já estava bem ruim ele precisa lidar com a presença de Alison (Sarah Jone) que insiste que ele vá embora daquela comunidade de fanáticos. Eddie diz a ele que está em busca da verdade, mas Alison insiste dizendo que tudo não passa de uma grande mentira. Por fim o episódio mostra as dificuldades de um jovem da seita que acaba se apaixonando por uma garota comum de sua escola. Ele fica entre a doutrina e a fé da seita e o amor que sente pela jovem. Um grande dilema. / The Path 1.03 - A Homecoming (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Hugh Dancy, Sarah Jones, Michelle Monaghan, Emma Greenwell..

The Path 1.04 - The Future
Esse episódio se chama "O Futuro" justamente porque Cal começa a pensar sobre o futuro da comunidade. O líder está em coma no Peru, quase morto, e todos se perguntam o que acontecerá dali para frente. Para Cal as coisas são cristalinas, ele é o novo líder, aquele que levará os seis mil membros da seita para a iluminação espiritual. E isso será feito fazendo concessões cada vez maiores, como evitar de dar o alucinógeno símbolo do grupo para o filho drogado de um figurão e levar a seita para a TV, para ganhar novos membros. Os mais velhos tentam confrontar Cal, mas levam a pior. Ele deixa claro que eles vivem da seita, ganham dinheiro com ela e não devem se intrometer em seus planos. Na verdade podemos perceber que Cal é um homem pragmático, que visa levar à frente aquele grupo. No fundo ele parece saber que nenhum milagre vai salvar seu mestre e que alguém precisa tomar conta de tudo. Enquanto Cal domina tudo, Eddie tenta salvar seu casamento, que vai de mal a pior. Esse é um bom episódio, que ficará marcado pelos fãs da série por causa da constrangedora cena de Cal se masturbando ao lado de uma jovem garota da seita. Homem santo certamente ele não é! / The Path 1.04 - The Future  (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.05 - The Hole  
O nome desse episódio é literalmente em português "O Buraco". É um exercício dentro da seita em que o sujeito fica cavando um buraco no solo para ter "visões" e Eddie (Aaron Paul) as tem ao ver sua esposa nos braços de outro homem - justamente a do líder atual dos membros da comunidade. Obviamente isso logo se torna um problema. E isso é apenas um dos vários problemas que Cal (Dancy) precisa resolver. O ricaço que confiou na seita para tirar seu filho do mundo das drogas fica furioso ao saber que ele foi levado para o Peru, para tomar o chá de Ayahuasca, o poderoso alucinógeno que faz parte da crença básica dessa seita. O curioso é que esse evento também nos serve para irmos ao passado e entender como Sarah entrou no grupo. Ela estava grávida, mas os médicos perceberam que seu filho não apresentava mais batimentos cardíacos. Após uma sessão com o Ayahuasca ele voltou a viver, como em um milagre! A partir daí Sarah ficou com uma firme convicção e fé nos dogmas da estranha e exótica religião. Doutrinas essas que impedem o namoro entre membros da seita e "ignorantes" (pessoas que não fazem parte dela!). Acontece que seu filho está apaixonado por uma garota da escola e isso deve ser combatido por Sarah, de todas as maneiras. Por fim a dissidente Alison Kemp (Sarah Jones) decide falar com um agente do FBI. Ela está convencida que seu marido foi morto por membros da seita após revelar a eles que estava indo embora. Infelizmente Alison não encontra muito apoio e nem proteção por parte do agente Abe Gaines que apenas garante a ela que vai continuar as investigações. / The Path 1.05 - The Hole (Estados Unidos, 2016) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.06 - Breaking and Entering
Mentalidade de seita é isso aí. Quando alguém resolve sair dela logo começa a ser perseguida e em casos extremos acontece crimes e assassinatos. Sem saber nem direito o que está fazendo, Eddie Lane (Aaron Paul) vai ao lado do líder sua seita em um motel barato. Lá se esconde Alison Kemp (Sarah Jones). Ela é viúva de um dos ex-membros da seita que morreram em circunstâncias misteriosas. Eddie a conhece de tempos atrás e a protege nessa invasão. Ela é acusada pelo atual líder religioso de ter roubado 40 mil dólares de um escritório de San Diego, mas isso ainda é uma questão nebulosa, sem comprovação nenhuma. E outro aspecto muito presente em seitas é a velha regra de que o membro só pode se relacionar com outro membro. Pessoas de fora são consideradas nocivas à doutrina religiosa. Pior para o jovem adolescente filho de Eddie, que está apaixonado por uma garota da escola. Ele a leva na seita, ao lado de sua mãe e irmã, e a garota obviamente entende tudo o que acontece por lá. Malucos reunidos em uma crença meio sem sentido, mistura de resquícios do movimento hippie, uso de drogas alucinógenas e muito papo furado vazio sobre a "verdade" absoluta. / The Path 1.06 - Breaking and Entering (Estados Unidos, 2016) Direção:  Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.07 - Refugees
Outra série que venho acompanhando com regularidade é The Path. Se você não sabe do que se trata a história gira em torno de uma seita na Califórnia. Algo que é bem comum nos Estados Unidos. O "Messias" dessa seita está em coma, morrendo no Peru, mas todos fingem que ele está escrevendo o livro sagrado definitivo deles, sobre como encontrar o tal caminho da sabedoria. Tudo balela. Como toda seita eles escondem mentiras inconfessáveis por trás de supostas boas intenções. Nesse sétimo episódio da primeira temporada intitulado "Refugees" os membros da seita precisam decidir sobre um grupo de imigrantes ilegais que foram acolhidos por eles. É um tempo ruim para o suposto líder Cal, uma vez que ele quer dar proteção aos imigrantes, mas não conta com o apoio do conselho. Pior do que isso, ele acaba matando um velho membro que vai até ele dizer que a seita acabou, pois seu profeta está morrendo. Para piorar o que já era desastroso Cal pega Eddie em flagrante, tentando ajudar a uma dissidente, cujo marido foi morto justamente por deixar a tal seita para trás. Pois é, a velha mentalidade de seita se impõe, seja qual for a denominação que essa gente tenta seguir. / The Path 1.07 - Refugees (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.08 - The Shore
E deixando a Igreja Católica de lado e indo para o lado das seitas malucas que proliferam nos Estados Unidos, vi mais um episódio de "The Path". O personagem de Aaron Paul começa sua caminhada de descoberta, enquanto o líder da seita que ele segue precisa se livrar de um "presunto". Ele matou o sujeito depois de uma discussão sobre o controle de poder dentro da seita. Acabou abrindo seu pescoço com uma faca. Uma cena curiosa surge quando Aaron Paul na pele de seu personagem começa a recitar a oração de São Francisco em um abrigo mantido pela Igreja, onde ele passa a noite. Ao lado de um padre ele ora e momentos depois encontra a si mesmo em uma praia da Califórnia. Pelo visto sua mente finalmente está se livrando dessa mentalidade perigosa que se alastra entre seitas da nova era. Algo de fato bem perigoso. / The Path 1.08 - The Shore (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.09 - A Room of One's Own
Penúltimo episódio da primeira temporada. Pois é, estou quase chegando lá! Quem diria... Pois bem, então vamos ao resumo desse episódio. Depois da longa caminhada Eddie Lane (Aaron Paul) já chegou na conclusão que a seita é uma mentira, que seus dogmas não se sustentam e tudo não passa de fundamentalismo religioso, ou melhor dizendo, fanatismo puro mesmo! Ele quer sair de lá, mas vai ser parada dura pois sua esposa ainda é fortemente doutrinada. Ele tem dúvidas se seu casamento sobreviveria se ele caísse fora. Dureza! A seita é atualmente comandada por Cal Roberts (Hugh Dancy), mas ele é um mentiroso dizendo que o fundador e mestre vai voltar, quando na verdade ele está em coma no Peru, praticamente morto! Pior do que isso, ele se envolve nos problemas particulares dos membros, subornando uma garota que ele gosta! Ele oferece uma casa desde que ela suma da vida do jovem! Por fim, nesse episódio a gatinha Sarah Jones aparece! Ela, não vou mentir, é a principal razão que me fez acompanhar essa série. Mesmo com cabelos desarrumados e nada glamorosa, ela é certamente o ponto focal que me faz ver todos os episódios e os que virão. Sinceridade é tudo! / The Path 1.09 - A Room of One's Own (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.10 - The Miracle
Eddie Lane (Aaron Paul) está fora da seita. Ele só não assina um termo de negador da doutrina porque isso o impediria de ver sua família. Assim ele fica à distância, mas não a ponto de romper formalmente com aquelas pessoas. Essa pressão o leva a ter visões estranhas, com cobras e pássaros mortos. Ele também decide ir atrás do fundador da seita, afinal o tal sujeito ainda vive? Ele estava morrendo de câncer no Peru. Enquanto Eddie vai juntando suas provas sua esposa Sarah começa a desconfiar de Cal. Silas, um membro importante da seita está desaparecido há tempos (na verdade ele foi morto por Cal com uma facada na garganta). Aos poucos Sarah vai juntando os pedaços dessa história muito mal contada. Alison Kemp (Sarah Jones) volta aos braços da seita através de Cal, que usa até a mensagem de Jesus para que todos a perdoem. Enfim, esse foi certamente um bom episódio final da primeira temporada. Deixou pontas soltas mais do que interessantes para continuarmos a acompanhar. Por falar nisso a terceira temporada acaba de ser confirmada nos Estados Unidos, então vamos seguindo em frente. / The Path 1.10 - The Miracle (Estados Unidos, ) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco:  Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell, Sarah Jones.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O Dia do Atentado

Inicialmente não estava com muita vontade de assistir a esse filme. Como muitas pessoas que acompanharam os fatos na época do atentado em Boston, fiquei com a sensação de que o assunto já estava saturado. Foi algo marcante, mas assistir a um filme sobre isso não me animava muito. Porém como o filme estreou no Brasil nessa semana resolvi dar um voto de confiança ao diretor Peter Berg e ao ator Mark Wahlberg e resolvi conferir o filme. Olha, devo dizer que fui completamente surpreendido (mais uma vez!). O filme é muito bom, diria até mesmo excelente.

Sem perder tempo com bobagens o roteiro vai direto ao ponto. Em poucos minutos somos apresentados ao protagonista, o oficial da polícia de Boston Tommy Saunders (Mark Wahlberg) e em trinta minutos as cartas já estão na mesa. O atentado é cometido na maratona de Boston e começam as investigações para descobrir quem seria o autor daquele crime terrível. É a tal coisa, nem considero esse tipo de informação como spoiler porque os eventos reais são amplamente conhecidos pelo público. A não ser que você more na Coreia do Norte certamente sabe do que se trata a história do filme e como se deu seus principais desdobramentos - diria até mesmo seu final, como tudo acaba. É algo notório.

Isso porém passa longe de ser o mais importante aqui. O que realmente importa é a preciosa direção do cineasta Peter Berg que deu um dinamismo acima da média ao filme. Embora tenha mais de duas horas de duração, esse é aquele tipo de filme que você nem percebe que o tempo está passando. O elenco também está muito bem escolhido. Mark Wahlberg vem crescendo bastante na carreira. De astro chocho e sem graça ele vem conquistando cada vez mais espaço com bons filmes. Ele parece saber muito bem onde atuar. Suas escolhas andam certeiras nesse aspecto. Kevin Bacon, como o agente do FBI, também acertou em cheio. Ele tem uma participação bem pontual, mas igualmente importante.

E por falar em pequenas, mas preciosas atuações, o que podemos dizer do sargento interpretado por  J.K. Simmons? Ele começa surgindo apenas em pequenos momentos até entrar pra valer na cena que considero a melhor de todo o filme, quando a polícia de Boston encurrala o carro dos terroristas numa rua residencial suburbana da cidade. Excelente sequência, com trocas de tiros face a face! Enfim, falar mais seria estragar surpresas. Tudo o que você precisa saber mesmo no final é que "O Dia do Atentado" é um dos melhores filmes de 2017. Muito, muito bom!

O Dia do Atentado (Patriots Day, Estados Unidos, 2016) Direção: Peter Berg / Roteiro: Peter Berg, Matt Cook / Elenco: Mark Wahlberg, Kevin Bacon,  John Godman, J.K. Simmons, Michelle Monaghan/ Sinopse: Oficial do Departamento de Polícia de Boston é designado para participar da segurança da maratona anual da cidade. Inicialmente ele fica bem contrariado de ter que trabalhar naquele dia, em um serviço que ele considera de rotina. Tudo muda dramaticamente quando um atentado é cometido bem na linha de chegada da maratona, levando Boston a entrar em um situação de segurança nacional contra atentados terroristas. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Sleepless - Nos Limites da Lei

Título no Brasil: Sleepless - Nos Limites da Lei
Título Original: Sleepless
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Riverstone Pictures
Direção: Baran bo Odar
Roteiro: Andrea Berloff, Frédéric Jardin
Elenco: Jamie Foxx, Michelle Monaghan, Dermot Mulroney, David Harbour, Gabrielle Union, Octavius J. Johnson
  
Sinopse:
Durante uma operação contra traficantes de drogas o policial Vincent (Jamie Foxx) decide roubar para si e seu parceiro 25 kgs de cocaína, algo que no mercado seria vendido por oito milhões de dólares. Os criminosos porém não parecem dispostos a deixar isso barato e sequestram o filho de Vincent. Ou ele devolve a droga ou então eles vão matar o jovem. Vincent agora precisa salvar o filho, ao mesmo tempo em que corre para não ser preso pela corregedoria do departamento de polícia.

Comentários:
Bem decepcionante esse filme. A presença de Jamie Foxx poderia dar a falsa impressão de que viria coisa boa pela frente, até porque esse ator tem uma ótima filmografia. Passados os vinte minutos iniciais do filme as esperanças de que algo bom vai surgir na tela se vão. É muito formulaico e cheio de clichês esse filme policial. Nenhum personagem tem o menor desenvolvimento, tudo se resumindo em uma cena de ação atrás da outra. Nem o cenário mais diferente de Las Vegas importa. Há uma estranha cena de perseguição pelas ruas da cidade onde não se vê uma pessoa viva nas ruas. Certamente a produção teve que gravar de madrugada para economizar nos custos! O roteiro é banal, aquela velha história do tira que parece corrupto, mas que no fundo pode não ser. Uma reviravolta boba atrás da outra. Ok, é um filme de ação de rotina, burocrático, sem problemas. O problema maior é se perguntar se ele funciona apenas nesse quesito? A resposta é não! Veja, além de ser bem fraco essa fita policial não funciona como filme de ação! Com isso tudo se perde. Supostamente o tira interpretado por Jamie Foxx teria tentado roubar um traficante e se dado mal quando os criminosos colocaram as mãos em seu filho. Toda a ação se passa quase que exclusivamente dentro de um cassino de Las Vegas, mas isso pouco importa no final. O filme é curto - meros 90 minutos - mas é tão aborrecido que parece durar uma eternidade (Einstein explica!). Nada se salva no final. Assim meu veredito é o pior possível. Seguramente temos em mãos o pior filme da carreira de Jamie Foxx. Não poderia ser pior. Ignore e poupe seu tempo com esse amontoado de clichês cinematográficos obsoletos e saturados.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

The Path - O Caminho

Título Original: The Path
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Television
Direção: Michael Weaver, Mike Cahill
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell
Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Sarah Jones, Hugh Dancy, Emma Greenwell
  
Sinopse:
A série mostra um grupo de pessoas que vive em uma comunidade que segue os ensinamentos de uma seita fundada por um sujeito chamado Dr. Meyer. Na década de 1960 ele criou as bases doutrinárias dessa nova religião, onde se prega uma vida de correção e busca por uma elevada inspiração espiritual. Todos vivem nessa comunidade onde trabalham, vivem e tentam chegar em um grau elevado de espiritualidade.

Comentários:  
The Path, que no Brasil recebeu o nome de "O Caminho" é uma série muito boa. Sua história, embora meramente ficcional, compila muitas coisas que fazem parte de seitas reais nos Estados Unidos, principalmente em estados como Califórnia. Nessas regiões, durante os anos 60, surgiram diversas seitas, com doutrinas levantadas por líderes carismáticos, alguns deles vindo diretamente do movimento hippie. É justamente o que vemos aqui. Um fundador que tem visões e começa a liderar um grupo de seguidores devotos do tal caminho que levará para a luz espiritual máxima. Só que apesar da doutrina trazer toda essa espiritualidade, os membros não são assim tão evoluídos espiritualmente como era de se supor. Eles brigam por poder dentro do movimento, perseguem os que abandonam a religião e não raro cometem crimes para esconder os "podres" do tal movimento. Uma série excelente mostrando a verdadeira face dessas seitas modernas. 

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de setembro de 2016

The Path

Ontem assisti ao primeiro episódio dessa nova série "The Path" (em bom português, "O Caminho"). O enredo gira em torno de uma seita americana que promove uma lavagem cerebral em seus membros. Embora os produtores não assumam isso de forma pública, o roteiro é claramente uma crítica à cientologia, uma seita muito bizarra que é seguida por celebridades na Califórnia.

Esse tipo de seita religiosa é muito comum de aparecer na sociedade americana. Aquela é tradicionalmente uma nação evangélica. E como bem sabemos o protestantismo tem a natural tendência de se dividir e se transformar numa imensa gama de igrejas diferentes, com suas próprias doutrinas religiosas - algumas pra lá de esquisitas. No caso da cientologia (que é seguida por gente como Tom Cruise) nada faz muito sentido. Eles idolatram um escritor de ficção científica que dizia saber a origem da humanidade. Ela teria surgido de uma colonização de extraterrestres de três metros de altura em um passado distante. Acredite, muita gente segue isso como uma verdadeira doutrina religiosa, por mais estranha que pareça ser. Tem louco pra tudo nesse mundo...

Pois bem, em "The Path" somos apresentados a um jovem casal que vive dentro de uma comunidade rigidamente controlada por uma dessas seitas. Depois do suicídio do irmão, Eddie Lane (Aaron Paul) fica devastado. Ao encontrar um livro dessa seita em uma livraria ele acaba se interessando muito pelo que lê e em pouco tempo se torna um de seus membros. O problema é que após uma experiência com um chá alucinógeno, ao estilo santo daime, ele começa a desconfiar das tais verdades absolutas propagados por seu grupo e resolve se encontrar com Allison Kemp (Sarah Jones) que parece ser uma ativista contra o grupo. Ex-integrante da seita ela conseguiu se livrar da lavagem cerebral pelo qual passou e começa uma campanha pela internet visando a recuperação de ex-membros daquela loucura pseudo-religiosa.

Tudo muito bom. O primeiro episódio é muito interessante e a série promete. Aaron Paul, para quem não lembra, foi o jovem noiado Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Já a loirinha Sarah Jones é nossa velha conhecida, de tantas séries como "Vegas" e "Alcatraz". Além do elenco promissor a série também tem roteiros bem escritos e essa estória que é baseada nessas seitas religiosas malucas que proliferam por toda a (doentia) sociedade americana.

The Path (EUA, 2016)
Série criada por Jessica Goldberg
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell, Annie Weisman
Elenco: Sarah Jones, Aaron Paul, Michelle Monaghan, Hugh Dance

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de julho de 2014

Missão Impossível 3

Título no Brasil: Missão Impossível 3
Título Original: Mission Impossible III
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci,
Elenco: Tom Cruise, Philip Seymour Hoffman, Michelle Monaghan, Jonathan Rhys Meyers, Keri Russell, Laurence Fishburne, Ving Rhames

Sinopse:
O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) decide abandonar o trabalho de campo para apenas treinar novos agentes. Nessa nova fase de sua vida conhece Julia (Michelle Monaghan) a quem pretende pedir em casamento para levar uma vida normal ao seu lado. Seus planos porém vão por água abaixo quando surge no horizonte um violento traficante de armas que está disposto a impor sua visão do crime à sociedade.

Comentários:
Esse foi o filme de rompimento de Tom Cruise com a Paramount Pictures. Desde os tempos de "Top Gun" o ator vinha mantendo uma parceria de sucesso com o estúdio. Depois de um complicado processo de divórcio ele rompeu com seu antigo empresário e após o lançamento desse "Mission Impossible III" também rompeu com a Paramount. Era o fim de uma era. O filme havia custado 150 milhões de dólares, fez boa bilheteria mas mesmo assim os executivos entenderam que o retorno financeiro foi bem abaixo das expectativas. Em minha opinião a franquia "Missão Impossível" só sobrevive por causa das espetaculares cenas de ação, cada uma tentando superar a anterior em limites de exageros. Em termos de argumento é algo muito antigo, ultrapassado, dos tempos da guerra fria e que nos dias atuais faz pouco sentido. Cruise que sempre foi fã da série original apostou forte nessa linha de filmes ainda mais depois que praticamente desistiu de sua jornada de ganhar um Oscar de Melhor Ator, prêmio que ele parece admitir jamais vencerá. Depois de ser indicado por três vezes ao Oscar (por "Magnólia", "Nascido em 4 de Julho" e "Jerry Maguire") o ator parece mesmo ter desistido. O forte dessa terceira parte da franquia é o elenco de apoio, que conta com nomes do quilate de Philip Seymour Hoffman e Jonathan Rhys Meyers. No meio de tantas explosões eles certamente mantém o interesse. Vale a pena inclusive rever o filme por causa justamente de suas participações.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

True Detective

Título no Brasil: True Detective
Título Original: True Detective
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Cary Fukunaga
Roteiro: Nic Pizzolatto
Elenco: Matthew McConaughey, Woody Harrelson, Michelle Monaghan

Sinopse: 
Rust Cohle (Matthew McConaughey) é um tira texano que vai trabalhar numa cidadezinha do interior da Louisiana. Lá ele é designado como parceiro de Martin Hart (Woody Harrelson) no departamento de homicídios. O primeiro caso que surge no horizonte envolve a morte de uma prostituta em um ritual de magia negra. Ela é encontrada no meio de uma fazenda distante em uma posição cerimonial. O crime soa intrigante para Rust já que ele próprio não tem qualquer tipo de fé ou crença. Aos poucos ele vai desvendando a teia de complexas situações que levaram a jovem à morte.

Comentários:
Como sempre a HBO surge com mais uma excelente série. Aqui teremos apenas oito episódios o que é uma pena já que logo no episódio piloto percebemos que se trata de um produto muito bom, acima da média. O elenco é formado por dois atores de cinema que obviamente quiseram também desfrutar um pouco do ótimo momento em que vive a TV americana atualmente. Matthew McConaughey aliás está em um dos melhores momentos de sua carreira, tendo inclusive sido premiado no último Globo de Ouro. Já Woody Harrelson, de longa e produtiva carreira no cinema, está ótimo na sua caracterização de tira do interior, um sujeito meio bronco que logo entra em choque com as ideias pouco convencionais de seu parceiro. Casado, cristão, com duas filhas e família estruturada ele logo vê a enorme diferença de vida que o separa de seu novo colega policial. O personagem do detetive Rusty interpretado por Matthew McConaughey é o oposto disso. Divorciado, vivendo sozinho, ateu, com problemas com bebidas, drogas e com pensamentos bem estranhos, os dois não se bicam mas resolvem se unir para descobrir o autor do terrível crime do ritual satânico. A estrutura do roteiro segue o caminho de vários flashbacks, que vão se inserindo enquanto os personagens principais vão relembrando os fatos e os acontecimentos durante uma longa entrevista no departamento de polícia. Some-se a isso ainda uma bela trilha sonora com ótimo repertório. Para quem gosta de série policiais e tramas complexas é um prato cheio. Está mais do que recomendado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de março de 2013

Na Trilha da Vingança

 Sam (Stephen Dorff) finalmente é libertado após longos anos na cadeia. Assim que sai entra em contato com Buddha (Willem Dafoe) que deixa para ele uma pequena maleta com dinheiro, uma arma e fotos de um figurão que ele deve assassinar em breve. Sam tem uma divida de gratidão com Buddha e por isso resolve aceitar o tal serviço. O problema é que ele não está psicologicamente bem após longos anos preso. Sam sofre alucinações com eventos e pessoas de seu passado e a partir de determinado momento começa a confundir realidade com delírios. Isso se reflete bastante no conturbado relacionamento que começa a ter com uma atriz pornô fracassada chamada Florence (Michelle Monaghan) a qual não consegue mais saber se é apenas fruto de sua mente perturbada ou uma pessoa real, que vem para completar sua redenção pessoal.

“Na Trilha da Vingança” é um thriller B que pretende, sob uma verniz psicológica, dissecar a mente de um criminoso marcado pelos anos de prisão. O elenco é bom e traz de volta Stephen Dorff que já fez muitos bons filmes em sua carreira mas que ultimamente tem preferido o cinema independente com produções baratas e ousadas do ponto de vista artístico. Willem Dafoe interpreta um dos personagens centrais da trama, o enigmático Buddha, mas aparece pouco, geralmente em alucinações de Sam. A atriz Michelle Monaghan é talentosa e praticamente segura as pontas em diversos momentos do filme. Ela age não apenas como a amante de Sam mas também como sua consciência interior. O enredo não é muito linear, há idas e vindas na estória, geralmente sem um fio condutor muito preciso. A cena final, por exemplo, é continuação de um evento que começa lá pela metade do filme. A duração é pequena – pouco mais de 70 minutos – e se concentra em um evento bem especifico da vida de Sam (Dorff). No saldo final pode ser bem interessante embora tenha pretensões modestas. Vale como uma boa amostra do cinema independente americano da atualidade.

Na Trilha da Vingança (Tomorrow You're Gone, Estados Unidos, 2012) Direção: David Jacobson / Roteiro: Matthew F. Jones / Elenco: Stephen Dorff, Michelle Monaghan, Willem Dafoe / Sinopse: Após sair da prisão Sam (Dorff) é contratado por Buddha (Dafoe) para eliminar um figurão da cidade. O problema é que psicologicamente ele não está nada bem, o que torna o “serviço” muito mais complicado do que deveria ser.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Contra o Tempo

Título no Brasil: Contra o Tempo
Título Original: Source Code
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Duncan Jones
Roteiro: Ben Ripley
Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga
  
Sinopse:
Colter Stevens (Jake Gyllenhaal) é um militar americano que é escolhido para participar de uma série de testes para a ciência. Esse é um projeto secreto do governo que poderá revolucionar para sempre o mundo científico. Ele assim se torna assim uma cobaia dentro de uma experiência inédita envolvendo regresso no espaço - tempo. Filme indicado ao Visual Effects Society Awards e ao Sci Fi and Fantasy Writers of America.

Comentários:
Aqui vão algumas considerações iniciais: "Contra o Tempo" é um filme extremamente bem elaborado, pensado e construído. Ele lida com muitos temas que inclusive vão passar em branco para a maioria dos espectadores (como o conceito de universos paralelos) e o mais interessante de tudo, o filme só tem 8 minutos de duração! Isso mesmo, embora obviamente sua metragem não seja essa, o fato é que o filme se desenvolve apenas nesses oito minutos de trama e nada mais. Claro que poderia ser bem cansativo assistir algo assim, nesse formato, mas o roteiro é tão bem desenvolvido que não ficamos aborrecidos, pelo contrário, o argumento realmente flui bem nesse aspecto. Além disso o manejo eficiente de conceitos físicos como tempo, espaço, universos paralelos, teoria do caos e relação causa e efeito são tão bem articulados que convidam o espectador a rever o filme várias vezes para que ele consiga penetrar em todas as nuances do intrigante argumento. Uma boa revisão naquele seu velho livro de física da escola também ajuda na compreensão do roteiro do filme. Como conceito "Contra o Tempo" é muito bom e por incrível que pareça consegue ao mesmo tempo ser boa diversão. Algo que é bem raro para filmes assim, conceituais. Na minha forma de pensar o filme mesmo bem construído apresenta alguns furos de lógica. Não vou aqui desenvolver esses furos pois seria impossível delimitar eles sem entregar toda a história - algo que não farei para não estragar o filme para quem ainda não o assistiu. Mesmo assim, se ignorarmos esses pequenos deslizes racionais, teremos enfim um ótimo programa, inteligente, bem sacado e com final surpresa (e altamente científico, por mais incrível que isso possa parecer). Enfim, recomendo bastante e sugiro para quem gostar do filme que procure conhecer os novos campos de estudo da física moderna. Certamente muita coisa foi utilizada pelos roteiristas nesse campo, o que não deixa de ser um atrativo a mais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Contra o Tempo

Um soldado americano acaba sendo selecionado para fazer parte de uma experiência envolvendo regresso no tempo / espaço. Algumas considerações iniciais: "Contra o Tempo" é um filme extremamente bem elaborado, pensado e construído. Ele lida com muitos temas que inclusive vão passar em branco para a maioria dos espectadores (como o conceito de universos paralelos) e o mais interessante de tudo, o filme só tem 8 minutos de duração. Isso mesmo, embora obviamente sua metragem não seja essa, o fato é que o filme se desenvolve apenas nesses oito minutos de trama. Claro que poderia ser bem cansativo assistir algo assim, nesse formato, mas o roteiro é tão bem desenvolvido que não ficamos aborrecidos, pelo contrário, o argumento realmente flui bem nesse aspecto. Além disso o manejo eficiente de conceitos físicos como tempo, espaço, universos paralelos, teoria do caos e relação causa e efeito são tão bem articulados que convidam o espectador a rever o filme várias vezes para que ele consiga penetrar em todas as nuances do intrigante argumento. Uma boa revisão naquele seu velho livro de física da escola também ajuda na compreensão do roteiro do filme.

Como conceito "Contra o Tempo" é muito bom e por incrível que pareça consegue ao mesmo tempo ser boa diversão. Algo que é bem raro para filmes assim, conceituais. Na minha forma de pensar o filme mesmo bem construído apresenta alguns furos de lógica. Não vou aqui desenvolver esses furos pois seria impossível delimitar eles sem entregar toda a estória - algo que não farei para não estragar o filme para quem ainda não viu. Mesmo assim, se ignorarmos esses pequenos deslizes racionais, teremos enfim um ótimo programa, inteligente, bem sacado e com final surpresa (e altamente científico, por mais incrível que isso possa parecer). Enfim, recomendo bastante e sugiro para quem gostar do filme que procure conhecer os novos campos de estudo da física moderna. Certamente muita coisa foi utilizada pelos roteiristas.

Contra o Tempo ((Source Code, Estados Unidos, 2011) Direção: Duncan Jones / Roteiro: Ben Ripley / Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga / Sinopse: Um soldado americano acaba sendo selecionado para fazer parte de uma experiência envolvendo regresso no tempo / espaço.

Pablo Aluísio.