sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

O Brilho de uma Paixão

Título no Brasil: O Brilho de uma Paixão
Título Original: Bright Star
Ano de Lançamento: 2009
País: Reino Unido
Estúdio: BBC Films
Direção: Jane Campion
Roteiro: Jane Campion, Andrew Motion
Elenco: Abbie Cornish, Ben Whishaw, Paul Schneider 

Sinopse:
O filme conta a história do poeta inglês John Keats. Sem dinheiro e passando por dificuldades financeiras ele aluga um quarto em uma bela casa de campo. Acaba se apaixonando pela filha da dona do lugar, dando origem a uma grande paixão que ele vai utilizar plenamente na elaboração de novas poesias românticas. Roteiro baseado em um história real. 

Comentários:
A história trágica de um poeta romântico inglês. E não deixa de ser impressionante como seu fim precoce e melancólico se parece com a de dezenas de outras poetas românticos. Eles pareciam destinados sempre a um mesmo destino, fosse na Inglaterra, nos Estados Unidos ou até mesmo no Brasil. Todos pareciam destinados a seguir uma certa fórmula em suas biografias. Morrer jovem, geralmente na flor da idade. E muitos foram vítimas da tuberculose! E o que impressiona é que essas foram suas vidas reais, não havia ninguém escrevendo esses roteiros dramáticos. Como gosto muito desses seguidores involuntários do "Mal do Século" apreciei bastante esse filme. Eu realmente fico comovido ao perceber que muitos desses jovens poetas jamais tiveram reconhecimento em vida. Geralmente conseguiam lançar um ou dois livros de poesias. E eles não faziam sucesso nenhum. Eram ignorados! Só muitas décadas depois de suas mortes é que finalmente estudiosos descobriam seu valor. E depois disso vinha a consagração na poesia, sendo lidos finalmente por grandes massas. Pena que não aconteceu com eles em vida, pois obviamente mereciam esse sucesso. Morreram como fracassados, coitados! Enfim, temos aqui um belo filme. Não tem final feliz, como era de esperar, mas traz importantes lições de vida e paixão sem limites pela poesia romântica. Os leitores desse estilo vão se deliciar com absoluta certeza! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Joy

Título no Brasil: Joy
Título Original: Joy
Ano de Lançamento: 2024
País: Reino Unido
Estúdio: Nerflix
Direção: Ben Taylor
Roteiro: Jack Thorne, Rachel Mason
Elenco: Thomasin McKenzie, James Norton, Bill Nighy

Sinopse:
Um pequeno grupo formado por um especialista em reprodução humana, um médico veterano e uma jovem enfermeira, une forças para realizar uma série de pesquisas e testes com o objetivo de ajudar mulheres a alcançar sua tão sonhada gravidez. E apesar de todos os problemas iniciais, eles, aos poucos, vão conquistando grandes vitórias no campo da ciência. Filme com história baseada em fatos reais. 

Comentários:
História muito boa, edificante mesmo! Mostra como a ciência pode ajudar na vida das pessoas. Uma história real que aconteceu nos anos 60, na Inglaterra. Um pesquisador se uniu a um cientista, um professor já idoso e a uma enfermeira idealista, com personalidade forte, para avançar nas pesquisas que tinham como objetivo engravidar mulheres com problemas de esterilidade. A pesquisa científica tem seus percalços, pois no fundo é um procedimento longo e penoso de tentativa e erro. No caso da história do filmes os avanços iam acontecendo enquanto os cientistas sofriam todos os tipos de pressões vindas de setores reacionários da sociedade, entre eles da própria igreja anglicana que não queria de jeito nenhum que aquilo fosse em frente. No final descobrimos que tudo daria certo, o esforço daquelas mentes não seria em vão. Eles conseguiram! Hoje em dia esse tipo de procedimento é amplamente usado pelo mundo afora. Milhares de mulheres se tornaram mães por causa desses personagens. Um avanço e uma vitória da ciência inglesa! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

O Jogo da Rainha

Título no Brasil: O Jogo da Rainha 
Título Original: Firebrand
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: MBK Productions
Direção: Karim Aïnouz
Roteiro: Henrietta Ashworth, Jessica Ashworth
Elenco: Alicia Vikander, Jude Law, Junia Rees

Sinopse:
O filme conta a história de Katherine Parr. Ela se tornou a Rainha da Inglaterra e a sexta esposa do Rei Henrique VIII. Um jogo perigoso, já que o monarca, já doente e envelhecido, havia se tornado conhecido por mandar decapitar suas ex-esposas. Com isso, ao se unir a esse soberano absolutista, Parr entrava em um jogo de vida ou morte pelo poder. Filme baseado em fatos históricos reais. 

Comentários:
Ótimo filme histórico! O Rei Henrique VIII era conhecido por mandar matar suas esposas após descobrir que elas não lhe dariam o tão aguardado herdeiro masculino da coroa! Era obcecado por isso. Geralmente inventava mentiras sobre elas, afirmando que havia sido traído. Depois disso mandava cortar suas cabeças. Esse filme conta a história da última esposa de Henrique VIII. Ela era uma mulher inteligente e sagaz que a despeito de tudo conseguiu sobreviver, mantendo a cabeça sobre seus ombros. O interessante de sua história é que ela sobreviveu ao monarca e depois voltou a se casar após sua morte. Isso mesmo, ela era infiel ao Rei. Também pudera, Henrique VIII estava idoso, impotente e incapaz de satisfazer uma jovem e bela mulher como ela. Também era uma figura detestável em seus últimos dias. Estava absurdamente obeso, com uma ferida podre na perna que nunca parecia se curar - alguns historiadores afirmam que ele estava com Diabetes tipo 2. Enfim, um filme que vai agradar muito a quem aprecia história, como esse que lhe escreve essas linhas. Se for o seu caso, não deixa de assistir. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

A Maldição do Lobisomem

Título no Brasil: A Maldição do Lobisomem 
Título Original: The Curse of the Werewolf
Ano de Lançamento: 1961
País: Reino Unido
Estúdio: Hammer Films
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Anthony Hinds, Guy Endore
Elenco: Oliver Reed, Clifford Evans, Yvonne Romain

Sinopse:
Filho de uma pobre mulher que havia sido presa e estuprada em uma cela imunda de um castelo, um jovem começa, ao crescer, mostrar estranhos sinais. Nas noites de Lua cheia ele se torna um monstro, meio homem, meio lobo. Ele agora é um Lobisomem, sedento por sangue. 

Comentários:
Esse filme, também conhecido como "A Noite do Lobisomem", foi produzido pela Hammer nos anos 60. Então não pense que vai assistir a um daqueles filmes trash. A Hammer tinha muito estilo, tanto a ponto de contar essa história com um grupo de personagens que sequer eram ingleses, mas sim naturais da Espanha, vivendo nesse país durante o século XVIII. Por essa razão, por causa do capricho nos figurinos e cenários, além da bem cuidada história, que desenvolve todos os principais personagens, esse filme passa longe de ser uma mera bobagem de terror antigo. Pelo contrário, esse filme me pareceu muito bem realizado, muito bem escrito. O cuidado está em cada detalhe, em cada figurino. O final, igualmente, vai surpreender. Pois é, a Hammer não apenas produzia filmes de vampiros muito bons. Eles sabiam também fazer filmes muito interessantes com todos esses monstros clássicos do terror. Foi mesmo um estúdio cinematográfico diferenciado, que até hoje faz muita falta no mercado. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Viagem ao Fundo do Mar

Título no Brasil: Viagem ao Fundo do Mar 
Título Original: Voyage to the Bottom of the Sea
Ano de Lançamento: 1961
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Irwin Allen
Roteiro: Irwin Allen
Elenco: Walter Pidgeon, Robert Sterling, Joan Fontaine, Barbara Eden, Peter Lorre, Frankie Avalon

Sinopse:
Um submarino de alta tecnologia chamado Seaview é lançado em alto mar. Seu comandante, o Almirante Nelson, é um homem ambicioso que tem grande planos para seu submarino. E ele, ao lado de sua tripulação, acabará se tornando uma peça vital para a salvação da humanidade, em um de seus momentos mais cruciais. 

Comentários:
Assisti muito a série na minha infância. Nos anos 70 era exibido pela Rede Globo, depois por outros canais abertos menores. Eu achava um barato! Só que esse é o filme que deu origem a tudo. Não tem o mesmo elenco da série e nem muito menos aquele clima tão exagerado e divertido. Achei esse filme bem mais sóbrio, embora ainda haja espaço para polvos gigantes atacando o submarino! (esse tipo de coisa era marca registrada da série). O curioso é que o filme, apesar da trama um tanto absurda, ainda funciona! Obviamente que esse filme foi feito para o público juvenil da época. Claro que também envelheceu um tanto, mas como diversão nostálgica ainda me fez bem ao ver. Em relação ao filme fiquei surpreso em ver um grupo de estrelinhas pop da época como Frankie Avalon e Barbara Eden fazendo parte do elenco. Não era o tipo de elenco que poderia se esperar em um filme como esse. Eles foram colocados lá pela Fox para ajudar na promoção do filme. Enfim, gostei desse longa-metragem original. Só que devo admitir que, apesar de tudo, ainda prefiro o elenco da série. Aqueles atores eram bem melhores do que esses que vemos nesse filme. Um caso raro de série derivada melhor que o filme original que lhe deu origem. 

Pablo Aluísio.

Vôo 502: Em Perigo

Título no Brasil: Vôo 502: Em Perigo 
Título Original: Skyjacked
Ano de Lançamento: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Guillermin
Roteiro: Stanley R. Greenberg, Edwin Corley
Elenco: Charlton Heston, James Brolin, Yvette Mimieux

Sinopse:
Durante uma viagem comercial de avião entre duas grandes cidades norte-americanas, um ex-militar, claramente sofrendo de problemas de saúde mental, decide sequestrar a aeronave. Ele então exige que o avião seja direcionado para Moscou, capital da União Soviética. Ele acredita que será recebido como herói no país comunista. Sem outra alternativa, o piloto então muda a rota de viagem, receoso do pior acontecer. 

Comentários:
Mais um filme na linha Aeroporto. Quando foi lançado, esse tipo de filme já estava saturado, por essa razão não fez sucesso comercial. Penso até que seja um bom filme e tem bons momentos. O problema é que o público americano realmente torceu o nariz para o fato do roteiro apresentar um militar do exército como sequestrador desse avião. Era mais esperado que fosse um terrorista do Oriente Médio! E como se isso não fosse uma questão delicada o bastante, o roteiro ainda mostrava o avião sendo sequestrado para a União Soviética. O mundo naquela época vivia o auge da Guerra Fria! Então muita gente mesmo sabotou o filme. Eu vejo essas ousadias da narrativa quase como provocações. Era para ter levantado uma polêmica. Só que isso não aconteceu. O público americano simplesmente virou as costas para essa produção. Ignorou e deixou as salas de cinemas vazias! Uma pena! 

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de janeiro de 2025

Elvis Presley - Volume 1

Elvis Presley - Volume 1
Estamos lançando nessa semana o primeiro livro sobre Elvis Presley. Esse volume 1 traz muitas informações sobre os primeiros discos e filmes da carreira de Elvis. Será uma coleção de livros sobre Elvis daqui em diante. Nosso plano é de lançar um novo volume a cada seis meses, para no final termos uma coleção completa de textos sobre o cantor. Um material realmente muito bom. Abaixo segue a sinopse do livro e os endereços para adquirir seu exemplar. 

Elvis Presley
Nesse primeiro volume escrito por Pablo Aluísio, o leitor é apresentado aos primeiros discos e filmes da carreira de Elvis Presley. Um resgate com muitas informações, fruto de uma pesquisa que durou anos por parte de seu autor. Essa é a história do jovem artista que revolucionou o mundo da música desde os seus primeiros anos de fama, sucesso e impacto cultural. 

Links para comprar

Elvis Presley na Uiclap

Elvis Presley no Clube dos Autores:

Elvis Presley na Amazon

Pablo Aluísio. 

sábado, 25 de janeiro de 2025

Kid Abelha – Acústico MTV

Kid Abelha – Acústico MTV
Muita gente tem preconceito contra álbuns acústicos, mas eu não me incluo entre elas. Eu gosto de um bom disco acústico quando ele é bem produzido, bem feito e não realizado apenas para faturar um trocado fácil. No caso do Kid Abelha eles fizeram um lindo trabalho de resgate de seus antigos sucessos dos anos 80. Não há erros, da primeira à última faixa a audição se torna um prazer renovado. A Paula Toller é seguramente uma das melhores cantoras de sua geração. Ela nunca foi devidamente reconhecida simplesmente por causa de seu estilo, pois sempre foi uma cantora de uma banda pop jovem romântica dos anos 80. Uma pena porque ela esbanja sua bela voz nesse repertório à prova de falhas. 

Eu confesso que nunca fui colecionador do Kid Abelha, mas esse CD eu comprei para ter em minha coleção. E não fez feio no meio de outros álbuns com repertório dos anos 80. Aliás se formos fazer uma comparação rápida entre a qualidade desses grupos de rock e pop dos anos 80 com o que se produz atualmente em termos de música no Brasil, vamos ter uma clara ideia de que sim, eles fizeram e produziram material musical de qualidade, embora tenham sido sempre subestimados pela crítica. As músicas tinham belas melodias, letras inspiradas. Era o retrato daquela geração jovem que viveu aquela década muito especial. É, acima de tudo, um conjunto de músicas muito agradáveis de se ouvir. E para quem viveu os anos 80 ainda há o sentimento de nostalgia envolvido. Enfim, coisa boa. Não deixe de ouvir. 

Kid Abelha – Acústico MTV (2002)
Nada Sei (Apnéia)
Eu Contra A Noite
No Seu Lugar
Quero Te Encontrar
Lágrimas E Chuva
Maio
Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (Casinha De Sapê)
Eu Só Penso Em Você
Grand' Hotel
Gilmarley Song
Brasil
Os Outros
Amanhã É 23
Como Eu Quero
Mudança De Comportamento
Eu Tive Um Sonho
Meu Vício Agora
Fixação
Te Amo Pra Sempre / Tudo De Nós

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

O Capitão

Título no Brasil: O Capitão 
Título Original: Der Hauptmann
Ano de Lançamento: 2017
País: Alemanha
Estúdio: Music Box Films
Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Robert Schwentke
Elenco: Max Hubacher, Alexander Fehling, Sebastian Rudolph

Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, um soldado do exército alemão decide deserdar. A Alemanha nazista vive seus últimos dias, sendo invadida pela União Soviética. Na fuga, o soldado acaba tendo um lance de sorte e encontra um veículo militar abandonado. Dentro dele, um uniforme de capitão da SS. O soldado então veste o uniforme e começa a se passar por um capitão alemão, enganando a todos por onde passa! 

Comentários:
O filme se baseia em uma história real! Um desertor começa a se passar por capitão da SS, a terrível tropa de extermínio de Hitler. Com o uniforme que achou por acaso dentro de um veículo militar que foi metralhado pelos soviéticos, ele segue sua fuga. Na jornada encontra outros militares alemães e os engana. Não demora muito e ele começa a liderar toda uma tropa do exército alemão! O pior acontece quando começa a promover atrocidades contra pessoas indefesas, afinal se ele não se comportar como um oficial sádico da SS seu disfarce seria descoberto! Filme muito bom, mostrando fatos que até hoje surpreendem. E o mais interessante é ver que mesmo os militares que desconfiavam do falso capitão logo entravam na farsa também. Afinal a Alemanha estava desmoronando naquele momento. Não havia mais salvação. A anarquia imperava. E as atrocidades continuavam. Enfim, um bom filme sobre uma hsitória que é tão surreal que ficamos surpresos ao saber que ela foi real! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Nosferatu

Nosferatu
No começo de tudo, Nosferatu não passava de uma cópia mal disfarçada de Drácula. Roteiristas, ainda na era do cinema mudo, escreveram um roteiro que era claramente copiado do livro Drácula de Bram Stoker. Algo na linha "semelhante, mas tentando parecer diferente". Não deu muito certo, foram processados por plágio e tudo mais. O filme pioneiro entretanto se tornou um clássico da história do cinema. As décadas se passaram, houve um bom filme nos anos 70 e agora temos essa nova versão desse vampiro monstruoso, decadente e sombrio. 

Adorei esse novo filme! Isso é o que eu espero de um bom filme de vampiros seculares e imortais. O clima, a ambientação, o estilo sombrio da fotografia, tudo está perfeito! Esse é um filme que é colorido, mas que ao mesmo tempo parece ser em preto e branco pelo predomínio do cinza e da desilusão em todos os momentos. Diante de tamanho capricho e bom gosto, gostei de praticamente tudo! Devo dizer que a única coisa que me incomodou um pouco foi a ausência da figura clássica do próprio Nosferatu. Aquele design da criatura fez falta sim, mas em nada desmereceu esse grande filme. No fundo foi uma opção dos realizadores em serem mais fiéis à descrição do monstro na literatura do que no próprio cinema do passado. Tudo bem, uma questão de opção em relação à direção de arte. 

Esse Nosferatu é um monstro. Não é uma figura romântica, como ele bem confessa em determinado diálogo ao deixar claro que lhe é impossível amar. Apenas uma figura monstruosa e amaldiçoada que procura por algum tipo de redenção. No fundo quer o fim de sua própria maldição interior. Sim, viver séculos e séculos pode ser insuportável! E essa criatura das trevas quer voltar a ver a luz solar algum dia! Por isso achei a cena final bem impactante. Ali o filme ganhou muito em grandeza! Não se engane, esse roteiro é muito bom! 

Como fã de filmes de terror, fico realmente muito satisfeito ao perceber que o cinema atual tem procurado por uma volta ás origens nessa mitologia dos vampiros. Nada de Anna Rice, os produtores agora estão em busca dos filmes e livros clássicos do vampirismo. E essa é uma excelente notícia para quem aprecia desse tipo de universo cinematográfico. Assim espero que continue. E esse Nosferatu é sem dúvida um símbolo poderoso dessa retomada. E que venham mais filmes como esse! Estarei esperando todos eles com uma bela taça de vinho em mãos. 

Nosferatu (Nosferatu, Reino Unido, Estados Unidos, Hungria, 2024) Direção: Robert Eggers / Roteiro: Robert Eggers, Henrik Galeen / Elenco: / Sinopse: Bill Skarsgård, Willem Dafoe, Lily-Rose Depp, Nicholas Hoult, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: Jovem advogado vai até uma região distante e isolada para levar a escritura de um imóvel que foi vendido para um estranho e sombrio conde. E mal sabe ele que não apenas sua vida corre sério risco, mas a de sua noiva também. E os acontecimentos que virão serão certamente trágicos e sombrios. Baseado no livro Drácula de Bram Stoker. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Os Mortos Não Matam

Título no Brasil: Os Mortos Não Matam 
Título Original: The Dead Don't Hurt
Ano de Lançamento: 2023
País: Canadá, Estados Unidos
Estúdio: Talipot Studio
Direção: Viggo Mortensen
Roteiro: Viggo Mortensen
Elenco: Viggo Mortensen, Vicky Krieps, Solly McLeod

Sinopse:
Na década de 1860 um casal tenta sobreviver de todas as formas com seu pequeno rancho. A vida porém é muito difícil. Ele se alista nas forças da União pois precisa de dinheiro e ela vai trabalhar em um saloon da cidade. O lugar é dominado por uma família de criminosos e a esposa logo se torna alvo dos atos psicóticos do filho do verdadeiro dono daquela cidade. 

Comentários:
Muitos cinéfilos que gostam de western reclamam da falta de novos filmes do gênero na atualidade. Esse é uma verdade! Os grandes filmes de faroeste estão mesmo no passado. Não há como superar aqueles clássicos do cinema! Porém nem tudo está perdido. Garimpando com atenção você encontra até bons filmes por aí. Nem sempre são tão fáceis de achar, mas acredite, eles existem! Um exemplo vem desse filme, um projeto muito pessoal do ator Viggo Mortensen. Ele fez quase tudo aqui, dirigiu, escreveu o roteiro e atuou, além de ter produzido com seu próprio dinheiro o filme. E fez um bom trabalho de resgate. O casal protagonista é gente honesta, que quer viver com o suor de seu trabalho. Eles são donos de um ranchinho no pé de uma montanha. Um lugar complicado, muito seco e arenoso, mas eles lutam pela felicidade. Esse filme tem tudo que um bom western precisa ter. Além disso nos ensina coisas importantes, valores, esses que andam muito em falta nos dias de hoje. Assim, se você curte filmes de faroeste, não deixe de conhecer essa produção. Penso que irá apreciar. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Terra dos Faraós

Título no Brasil: Terra dos Faraós 
Título Original: Land of the Pharaohs
Ano de Lançamento: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Howard Hawks
Roteiro: William Faulkner, Harry Kurnitz
Elenco: Jack Hawkins, Joan Collins, Dewey Martin

Sinopse:
O poderoso e tirano faraó Quéops deseja construir a maior pirâmide jamais feita no Egito antigo. Para isso ele precisa de homens inteligentes. Feito prisioneiro de guerra, um brilhante arquiteto é levado até o monarca com o objetivo de também trabalhar nessa obra monumental. 

Comentários:
Outro filme muito bom sobre o Egito antigo. Aqui o espectador é transportado para os tempos do reinado do Faraó Quéops. Pouco se sabe sobre sua história, mas as informações que existem foram muito bem utilizadas pelo roteiro dessa grande produção. Por exemplo, os historiadores sabem que ele era um tirano sanguinário e que foi o construtor da grande pirâmide, a maior delas, localizada no vale de Gizé. O bom é ver que o estúdio não economizou nas cenas espetaculares, como as que mostram a própria construção da pirâmide. São cenas que ainda hoje impressionam. E tudo foi feito em um tempo em que não existia efeitos digitais, por computador. Aquela multidão de trabalhadores era real, com milhares de figurantes em cena. Além da boa produção, o filme também contou com um bom roteiro. Não decepciona e nem faz feio se formos comparar com os épicos romanos produzidos por Hollywood. Deixo assim minha recomendação para esse filme realmente muito bom! Não deixe de assistir! 

Pablo Aluísio.

Véspera de Natal

Título no Brasil: Véspera de Natal
Título Original: Christmas Eve
Ano de Lançamento: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Edwin L. Marin
Roteiro: Laurence Stallings, Richard H. Landau
Elenco: George Raft, Randolph Scott, George Brent

Sinopse:
Para salvar a fortuna de um sobrinho designer, Matilda Reed deve localizar seus três filhos adotivos há muito perdidos a tempo de uma reunião na véspera de Natal.

Comentários:
O ator George Raft foi muito popular em seu tempo. Hoje ninguém mais lembra dele, coitado, anda completamente esquecido. Do Randolph Scott ainda se fala, principalmente para quem é fã de filmes de western. E é justamente pela presença do Scott, um astro cowboy de que sempre gostei, que vejo valer a pena ver esse filme. É uma produção bem antiga e de certa forma foi marcante naquela época em que o Scott passou a pensar em abandonar todos os demais gêneros cinematográficos para só fazer filmes de faroeste. E por ser, de certa maneira, um filme meio fraco e bem mediano, parece que após filmar aqui essa produção, ele finalmente tomou sua decisão, para alegria de seus fãs de filmes de western ao velho estilo. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

O Egípcio

Título no Brasil: O Egípcio
Título Original: The Egyptian
Ano de Lançamento: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Philip Dunne, Casey Robinson
Elenco: Jean Simmons, Victor Mature, Gene Tierney

Sinopse:
Um jovem médico cai nas graças do Faraó, o salvando da morte certa. Levado até a corte, ele passa a testemunhar as intrigas e traições da monarquia do Egito antigo. Ao mesmo tempo se apaixona perdidamente por uma mulher que vai se tornar sua ruína. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Fotografia (Leon Shamroy). 

Comentários:
Eu já tinha ouvido falar muito desse filme, muitos anos antes de assistir pela primeira vez. Esse foi o filme que Marlon Brando se recusou a fazer. Ele dizia na época que o roteiro era uma porcaria. O estúdio então o pressionou, sem sucesso, para estrelar essa produção. Por essa razão fiquei com a impressão que o filme iria ser uma porcaria. Ledo engano! O filme é bom sim! Diria que me surpreendeu! A história me prendeu a atenção desde as primeiras cenas. Eu gosto muito da história do Egito Antigo e pude perceber que os roteiristas foram bem respeitosos para com a história milenar dessa civilização. Também vejo como ponto positivo a própria história do protagonista. É uma daquelas histórias universais, que poderiam muito bem se passar nos dias de hoje. O resultado de tudo isso é um filme que merece ser redescoberto e reavaliado pelos cinéfilos que gostam de cinema clássico. 

Pablo Aluísio.

Demônios Submarinos

Título no Brasil: Demônios Submarinos
Título Original: Hellcats of the Navy
Ano de Lançamento: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Nathan Juran
Roteiro: Charles A. Lockwood, Hans Christian 
Elenco: Ronald Reagan, Nancy Davis, Arthur Franz

Sinopse:
As ousadas façanhas de um comandante de submarino cuja missão é mapear os campos minados nas águas do Japão durante a Segunda Guerra Mundial.

Comentários:
Ronald Reagan foi o presidente dos Estados Unidos na década de 1980. Muitas décadas antes, ele estava em Hollywood tentando a sorte como ator, tentando virar um astro. Ele nunca foi, mas conseguiu fazer bons filmes. Esse aqui é um deles. É um filme chapa branca da Marinha americana, inclusive contando com a ajuda técnica do Almirante Nimitz, um herói da Segunda Guerra Mundial. Também é bem ufanista, mostrando todos os militares como heróis acima do bem e do mal. Apesar disso, de ser até mesmo uma coisa meio antiquada, o filme funciona. Até mesmo as cenas submarinas são bem realizadas. Muita gente fala mal do filme, por questões políticas. Eu penso de forma diferente. É uma boa diversão em termos de filmes de guerra. Por fim, um detalhe curioso: a atriz Nancy Davis iria se casar com Reagan. se tornando nos anos 80 a primeira dama do país. 

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de janeiro de 2025

O Último Dia dos Nazis

Título no Brasil: O Último Dia dos Nazis 
Título Original: Last Days of the Nazis
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Every Hill Films
Direção: Nicole Rittenmeyer
Roteiro: Nicole Rittenmeyer
Elenco: Rudolf Hoess, Albert Speer, Mathias Schenk

Sinopse:
Série documental em seis episódios que recria os últimos dias de nazistas infames. Capturados pelas forças aliadas após o fim da segunda guerra, esses criminosos foram levados para longos interrogatórios. Os episódios são baseados justamente nesses depoimentos, recriando o horror da Alemanha Nazista. 

Comentários:
Muito bom esse programa! É daqueles que você assiste o primeiro episódio por mera curiosidade e não para mais! Muitos dos nazistas aqui enfocados eram de segundo ou terceiro escalão. Isso obviamente não os eximem dos crimes de guerra que cometeram, muito pelo contrário. Ficamos conhecendo, por exemplo, um oficial SS que cometeu várias atrocidades na Polônia. Seu grupamento era formado por prisioneiros, homens insanos, assassinos, ladrões, etc. E o chefe deles era o pior de todos, um genocida convicto que matava com o maior prazer idosos, mulheres e crianças! Tão violento e psicopata era, que chocou até mesmo os demais oficiais da SS, que eram conhecidos justamente pelo comportamento insano! O horror nazista realmente parece nunca ter chegado ao fim. Nunca saberemos todos os crimes que eles cometeram. É importante resgatar esse tipo de história para que nunca mais venha a ocorrer novamente. Nazismo, nunca mais! 

Pablo Aluísio.

Confissões de um Assassino em Série

Título no Brasil: Confissões de um Assassino em Série
Título Original: Confessions of Serial Killer
Ano de Lançamento: 2019
País: Reino Unido
Estúdio: BBC
Direção: Benjamin Lister
Roteiro: Benjamin Zand
Elenco: Benjamin Zand, Roy Nowlin, Samuel Little (em imagens de arquivos)

Sinopse:
A terrível história de Samuel Little, um serial killer que matou mais de 90 mulheres por todos os estados americanos por 4 décadas! Nesse documentário de jornalismo investigativo se questiona como um assassino sem série matou por tanto tempo sem ser preso! 

Comentários:
Samuel Little matou muitas mulheres e por muito tempo. Apesar disso nao foi preso! Um caso policial que até hoje choca os estudiosos da crônica criminal dos Estados Unidos. Nesse documentário se busca a resposta para esse fato terrível. A conclusão que se chega era até previsível. Esse serial killer matava mulheres negras, prostitutas que tentavam ganhar a vida pelas ruas das grandes cidades. O criminoso era um viajante, um sujeito que ia de estado em estado cometendo seus crimes e os policiais não pareciam empenhados em desvendar esses crimes por causa dos perfis das vítimas. Uma prova inequívoca da existência do chamado racismo estrutural. Por serem prostitutas e negras, essas vítimas eram deixadas de lado pelas investigações. Algo realmente chocante, principalmente se formos em levar em conta os valores mais preciosos dos direitos humanos. Enfim, um retrato nada bonito de uma América que se recusa a olhar para si mesma no espelho do racismo e da impunidade. 

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Aqui Quem Fala é o Zodíaco

Título no Brasil: Aqui Quem Fala é o Zodíaco
Título Original: This Is the Zodiac Speaking
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Nerflix
Direção: Phil Lott, Ari Mark
Roteiro: Phil Lott, Ari Mark
Elenco: David Seawater, Connie Seawater, Don Seawater

Sinopse:
Nos anos 60 um pacato professor de ensino fundamental, chamado  Arthur Leigh Allen, acabou se envolvendo com uma mulher solteira que tinha vários filhos. O tempo passou e essas crianças, hoje adultas, relembram essa estranha figura. Para elas, não restam dúvidas: ele era o infame assassino do Zodíaco. 

Comentários:
A verdadeira identidade do assassino que matou diversas pessoas em San Francisco durante os anos 60 jamais foi descoberta. Esse serial killler conhecido como Zodíaco trouxe terror e morte na Califórnia naqueles tempos, mas jamais foi identificado e preso. Agora, passadas décadas dos crimes, uma família decidiu contar seu lado da história. Para eles o verdadeiro Zodíaco era o pacato professor Arthur Leigh que se envolveu com sua mãe quando eles eram crianças. De fato esse sujeito foi mesmo um dos suspeitos, mas nunca se conseguiu provar nada contra ele. Então essa boa série, apesar de defender sua tese, acaba, no final, indo para um decepcionante zero a zero no placar. Nada consegue se provar com certeza, ficando tudo apenas nas especulações. E em algumas situações, onde se tenta colocar o tal professor nos locais dos crimes, tudo me pareceu bem forçado. Até que o documentário é bom, mas não me convenceu sobre a real identidade desse assassino, um dos mais infames serial killers da história. O mistério continua...

Pablo Aluísio.

Os Mistérios do Palhaço Assassino

Título no Brasil: Os Mistérios do Palhaço Assassino 
Título Original: John Wayne Gacy
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Discovery Plus
Direção: Arthur Conner
Roteiro: Arthur Conner
Elenco: Jason Moran (policial investigador), John Wayne Gacy (em imagens de arquivos). 

Sinopse:
Usando a moderna tecnologia de identificação de restos mortais, o departamento de polícia de Illinois tenta descobrir a identidade de várias vítimas do serial killer John Wayne Gacy, conhecido como O Palhaço Assassino. 

Comentários:
Assassinos em série como John Wayne Gacy deixam um rastro de mortes e sangue por onde passam. E nem sempre todas as suas vítimas são identificadas. Como esses crimes ocorreram há muitos anos, em um tempo onde não havia a devida tecnologia para esse tipo de identificação, tudo ficou nas sombras. Atualmente, com o avanço da tecnologia genética, já se torna possível identificar as pessoas que foram assassinadas pelo Palhaço Assassino. É justamente esse o mote principal dessa boa série documental do Discovery. Em minha opinião esse não é apenas um resgate histórico, mas também um aspecto muito importante da dignidade dessas vítimas. As famílias possuem todos os direitos inerentes a identificação de seus parentes mortos. E nesse caso eram todos jovens, na melhor fase da vida. Uma tragédia que tenham cruzado caminho com esse demente insano! Enfim, um documentário que une tecnologia e emoção nas medidas certas. Que agora, plenamente identificadas, essas pessoas possam descansar em paz! 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

House of Cards

House of Cards
Com muito atraso comecei a assistir essa série "House of Cards". Não sei porque não comecei a ver muitos anos atrás. A questão é que sempre escapa algo importante pra ver, ainda mais em tempos de streaming insano. São tantos os lançamentos para ver em filmes e séries que não tem jeito, muita coisa vai mesmo escapar do seu radar. 

E House of Cards era uma grandes lacunas da minha agenda de séries. E o mais interessante de tudo é que estou vendo pela primeira vez os episódios da primeira temporada, logo agora, depois que o Kevin Spacey foi cancelado, acusado de uma série de assédios sexuais envolvendo jovens atores, inclusive dessa própria série. Ele tinha uns descontroles, partia para cima dos caras, tentando pegar em suas partes íntimas, um vexame! 

Por falar em vexame a vida do Spacey virou uma grande baixaria! O irmão mais velho dele contou que o pai abusava dele quando criança. Provavelmente o Spacey também foi abusado e isso marcou sua vida para sempre. Pessoas abusadas acabam se tornando abusadores de alguma forma, ainda mais quando se encontram em posição de poder que era justamente o caso do Kevin Spacey. 

Dito isso, sabendo de toda a sujeira, não tenho como não elogiar o trabalho do Kevin Spacey nessa série. Sim, o cara na vida pessoal é complicado, meio insano, provavelmente um apalpador de órgãos masculinos alheios, tudo isso provavelmente é verdade. Entretanto não há como dizer que ele não é um bom ator! Pelo contrário, sempre foi um dos melhores de sua geração. E essa série comprova tudo isso. Ele é gênio na arte de atuar. No final de tudo, eu como cinéfilo, devo colocar isso em primeiro plano. 

Pablo Aluísio. 

The Bear

The Bear
Terminei de assistir às duas primeiras temporadas de The Bear. Gostei do que vi, são bons episódios, bons roteiros e um bom elenco. Até aí tudo bem. O que não consigo entender é o deslumbramento da crítica norte-americana em relação a essa série. Os elogios são exagerados demais. Outro dia cheguei a ler uma paragrafo inacreditável de um jornalista de Boston afirmando que era a melhor série jamais feita! O que se passa na mente de um sujeito como esse?

Talvez o segredo de seu sucesso de crítica tenha sido o formato. A série não é uma sitcom, mas tem episódios com a duração desse tipo de programa com pouco mais de 30 minutos. Isso faz com que o espectador nunca fique cansado ou entediado. Por aí se vê que se a série tivesse a média maior de duração, como nas séries dramáticas em geral, não haveria tantos elogios descabelados pela frente...

E a história contada também é bem simples. Um jovem chef de cozinha, que estava indo muito bem na carreira, trabalhando em grandes restaurantes de Nova Iorque, acaba tendo que voltar para sua cidade natal Chicago após a morte do irmão. Ele provavelmente se envolveu com as pessoas erradas pois era viciado em drogas. 

Então o chef decide levantar o pequeno restaurante do irmão morto. O problema é que ele estava trabalhando em lugares finos de Nova Iorque e aquele pequeno restaurante do brother não passa de uma espelunca que serve sanduíches e hot-dogs para os moradores da região. E aí está o centro da dramaticidade da série. Nada mais, nada menos do que isso. Uma história interessante sim, mas nenhuma oitava maravilha do mundo!

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Mario Lanza - Serenade

Mario Lanza - Serenade
Na década de 1950 um jotnalista perguntou a um jovem cantor chamado Elvis Presley quem ele considerava o melhor cantor do mundo. O roqueiro Elvis não citou nenhum rockstar em sua resposta, mas sim o tradicional Mario Lanza! Nada poderia estar mais longe de seu estilo musical, mas Elvis não deixaria de reconhecer a grandeza vocal de Lanza, no que fez muito bem. Hoje em dia poucos lembram desse grande cantor, mas o fato é que ele foi o primeiro artista a vender mais de um milhão de cópias no selo RCA Victor, o que na época foi considerado algo realmente espetacular. Isso prova que apesar de cantar um tipo de música bem mais voltada para a comunidade italiana que vivia nos Estados Unidos, ele conseguia também furar essa bolha, se tornando popular em todos os segmentos, em todos os setores da sociedade norte-americana. 

Mario Lanza também foi um pioneiro em tornar muito popular a tradição milenar da música italliana. Depois dele vieram vários outros, mas em termos de pioneirismo nesse setor realmente ninguém poderia tirar o título de Lanza. Ele morreu precocemente, o que de fato interrompeu uma carreira que poderia ser ainda muito promissora, mas de qualquer forma sua contribuição para o engrandecimento artístico da música popular jamais poderá ser relevado a segundo plano. O próprio Elvis, anos depois, iria flertar com esse mesmo estilo vocal, fazendo muito sucesso com músicas como "It´s Now or Never" que no fundo não passavam de uma certa homenagem ao legado de Mario Lanza e sua popular versão de "O Sole Mio". 

Mario Lanza - Serenade (1956)
Serenade
La Danza
Torna A Surriento
O Soave Fanciulla
Di Rigori Armato
Di Quella Pira
Amor Ti Vieta
O Paradiso
Dio Ti Giocondi
Ave Maria
Lamento DI Federico
Nessun Dorma
My Destiny

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

A Família Stallone

A Família Stallone
O Stallone atualmente realmente atira para todos os lados. Aos 77 anos de idade ele tenta ainda se manter relevante, embora os anos de glória estejam mesmo no passado. Normal da vida, as coisas são assim. Em uma década você consegue ganhar 20 milhões de dólares. Na próxima fica complicado até mesmo fazer novos filmes no cinema. 

Essa série tenta copiar de alguma foram a série reality de grande sucesso The Kardashians; Eu nem preciso dizer que não assisto esse tipo de série. Não gosto, acho fútil demais. Por isso mesmo gostando muito do Stallone acabei deixando a primeira temporada passar em branco. Na segunda temporada arrisquei assistir a alguns episódios. 

A família dele é formada pela esposa e três filhas. Importante dizer que Stallone tem outros filhos. Um deles morreu há alguns anos. O outro tem problemas mentais. Esse último não aparece nesse reality. Acho que Stallone o preservou, o que achei uma atitude correta. 

Não tem nada demais aqui, as coisa são previsíveis. O Stallone é o paizão meio bobão. As filhas são jovens dinâmicas, tentando parecer carismáticas. Algumas vezes dá certo, outras não. Elas aparecem bem chatinhas. Tem também o irmão do Sly, Frank, que faz um contraponto interessante. É o tiozão solteirão e meio esquisito das meninas. Então é isso, tudo meio frívolo, meio bobinho. De bom mesmo apenas os episódios que o Stallone volta para a Itália de seus avôs. Ficou bem interessante esse episódio. O resto pode ser dispensado sem problemas. 

Pablo Aluísio. 

Enigmas do Universo

Enigmas do Universo
Série muito boa e inteligente. Parte de uma premissa que é a mais pura verdade. Tudo no universo está conectado. Desde as menores partículas até mesmo as maiores galáxias, todas as coisas do universo partem de um só contexto, seguindo as mesmas leis da física e da química. No fundo, como bem sabemos, somos apenas poeira de estrelas que há muito explodiram. E por um acaso incrível acabou gerando vida nesse planeta insignificante perante a grandeza infinita do universo. 

Pois é, o nosso Planeta Terra é apenas um de milhares pelo universo e nos últimos anos a ciência descobriu milhões de exoplanetas que orbitam estrelas nos confins do universo. Não vivemos no mais importante planeta do cosmos, nem sequer dos mais relevantes, mas devemos preservar ele da melhor forma possível pois afinal de contas é o nosso lar.

Então os roteiros dessa série são mais do que especiais. Eles geralmente partem do micro para o macrocosmos. Mostra, por exemplo, como vive uma colônia de formigas numa floresta tropical, ao mesmo tempo que vai mostrando como as estrelas nascem no universo profundo.

E se for possível assista a série legendada, com a voz original do Morgan Freeman. Ele realmente é um ótimo apresentador desse tipo de programa. Além de bom ator sempre teve a presença correta para nos mergulhar nos segredos desse cosmos infinito, cujos detalhes a humanidade ainda não chegou nem perto de descobrir ou conhecer. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Revendo Prometheus

Revendo Prometheus
Ontem revi esse que sempre foi considerado o filme mais pretensioso da franquia Aliens. Fazia muitos anos que tinha visto pela última vez. Para falar a verdade só tinha visto uma vez, em seu lançamento. Descobri que na minha lembrança havia um filme mais bem elaborado do que ele realmente é. Nessa revisão fiquei com a impressão que o roteiro é mais vazio do que pensava inicialmente. E realmente é bem isso. 

O uso das figuras dos tais "engenheiros da criação" é desperdiçada. Esses seres que teriam dado origem a espécie humana são aguardados e de repente, lá pelo meio do filme, descobrimos que um deles sobreviveu a dois milênios de existência! OK, tudo bem, na ficção isso seria aceito. Não seria nada demais. O problema é que quando esse ser surge (um homem enorme, muito maior que um ser humano normal) não há nenhuma filosofia a explorar. Ele é perguntado, naquelas perguntas que são feitas há milênios pelo ser humano. De onde veio a raça humana? Se eles são os criadores, de onde eles vieram? Só que ao invés de se comunicar com os astronautas, ele se limita a matar eles, um por um!

Que decepção! Um ser que supostamente esteve presente na criação dos seres humanos se revela apenas um brutamontes violento! Com isso o conceito, que deveria ser muito revelador dentro da franquia, vai pelo ralo! Faltou mesmo um pouco de sutileza por parte do Ridley Scott! Vamos falar a verdade!

Já sobre os Aliens em si, seu design é bem diferente. Eles ainda são seres espaciais parasitas, mas ao contrário dos outros filmes, em que eles tinham, digamos, um visual mais de hominídeos, eles aqui se revelam como seres aquáticos, como cobras ou como Lulas gigantes! Ficou diferente, mas não deixou de ficar legal também. Enfim, é isso. Não é um filme ruim, longe disso, mas não é tão bem conceituado quanto eu me lembrava. Os anos muitas vezes enganam a mente humana! 

Pablo Aluísio. 

Na Calada da Noite

Título no Brasil: Na Calada da Noite 
Título Original: Still of the Night
Ano de Lançamento: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Robert Benton
Roteiro: Robert Benton
Elenco: Roy Scheider, Meryl Streep, Jessica Tandy

Sinopse:
Após o assassinato brutal de um de seus pacientes, o Dr. Sam Rice (Roy Scheider) decide investigar por conta própria o crime. Isso o leva a se encontrar com a ex-namorada da vítima. Sem saber, o médico acaba entrando dentro de uma armadilha mortal. 

Comentários:
Thriller de suspense do começo dos anos 80. Devo dizer que apesar do roteiro até trazer algumas boas cenas, o quadro geral me soou bem previsível. Não é preciso o espectador ser Sherlock Holmes para desvendar o crime, logo descobrindo quem seria o assassino ou a assassina dentro dessa história. Meryl Streep já era uma boa atriz, mas quando fez esse filme ainda era muito jovem e inexperiente. E isso pesou em seu desempenho. Não vi nada de extraordinário, pelo contrário, pude até perceber uma certa insegurança e hesitação em seu desempenho. Ela estava jovem e bonita e talvez por essa razão o diretor tenha apelado em algumas cenas, inclusive explorando a nudez da atriz. Nada muito eroticamente relevante, mas que serviu para trazer um pouco de sensualidade na história. E nem nesse aspecto ela conseguiu acertar direito. Enfim, pareceu-me apenas razóavel esse filme. Nada marcante ou espetacular. Fica muito bem colocado na categoria de mediano. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Muito Barulho por Nada

Título no Brasil: Muito Barulho por Nada
Título Original: Much Ado About Nothing
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Renaissance Films
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: William Shakespeare, Kenneth Branagh
Elenco: Kenneth Branagh, Emma Thompson, Keanu Reeves, Kate Beckinsale, Denzel Washington

Sinopse:
Ao retornar de uma campanha militar vitoriosa, um jovem príncipe precisa agora lidar com uma série de parentes, familiares e conhecidos, que não são nada facéis de lidar. Logo ele entende que vencer no campo de batalha seria bem mais fácil do que viver no meio daquelas pessoas. 

Comentários:
William Shakespeare também escreveu peças de humor, de comédia. Claro que poucos sabem disso. Então nos anos 90 o talentoso Kenneth Branagh resolveu adaptar para o cinema esse texto do consagrado escritor. Sempre foi um trabalho menor dele, quase desconhecido fora do círculo dos especialistas em sua obra imortal. Penso que é algo interessante, mas não pense que vai dar rolar de rir com esse filme. O humor no tempo em que a peça foi escrita é bem diferente do humor dos dias atuais. Isso fica bem óbvio desde o começo. E em termos de público brasileiro a coisa ficará ainda mais complicada. O texto rebuscado de William Shakespeare torna a história um tento complicada de ser entendida por um brasileiro médio. Assim fazer rir uma pessoa comum em nosso país vai ser quase um milagre! De qualquer maneira procure conhecer o filme, nem que seja pelo ótimo elenco que ele apresenta. 

Pablo Aluísio.

O Dia Em Que Roubaram o Banco da Inglaterra

Título no Brasil: O Dia Em Que Roubaram o Banco da Inglaterra 
Título Original: The Day They Robbed the Bank of England
Ano de Lançamento: 1960
País: Reino Unido
Estúdio: Summit Film Productions
Direção: John Guillermin
Roteiro: John Brophy, Howard Clewes
Elenco: Peter O'Toole, Aldo Ray, Elizabeth Sellars

Sinopse:
Uma quadrilha de criminosos planeja e executa um roubo bem elaborado ao principal banco da Inglaterra. O plano consiste em cavar um grande túnel por baixo do grande cofre e dali retirar todo a riqueza depositada. Filme com história baseada em fatos reais. 

Comentários:
Sem dúvida, um bom filme inglês. E como convém ao cinema britânico temos aqui muita elegância para contar uma história que realmente aconteceu na história da crônica policial Londrina. Os criminosos sabiam que aquele era um velho cofre, com mais de 200 anos de existência. Embora sua frente fosse fortemente armada, com portas de aço e vigiada por guardas, o piso, o chão, daquele cofre vinha desde os tempos da era vitoriana. Então o mais fácil seria apenas entrar nele cavando um grande túnel que passasse por baixo do cofre. Uma questão de inteligência e não de força. E os assaltantes de bancos também contaram com informações preciosas dadas pelo próprio comandante da guarda. Um sujeito honesto, mas que tinha um fraco por bebidas. E de lance de sorte em lance de sorte, eles ficaram mesmo muito próximos de serem bem sucedidos em seus planos criminosos. Se você gosta do cinema inglês dos anos 60 não deixe de assistir. 

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de janeiro de 2025

The Archies - Sugar, Sugar

The Archies - Sugar, Sugar
A música dos anos 60 não se resumia a Beatles, Stones e Rock Psicodélico. Havia também grupos que gravavam o mais puro e saboroso som pop para tocar nas rádios e essas canções se tornavam grandes sucessos, com singles que vendiam mais de um milhão de cópias. É o caso de "Sugar, Sugar", que foi campeã de vendas, indo para o topo da parada de singles da Billboard. E o mais interessante de tudo é que o grupo The Archies nem existia no mundo real. Era um grupo de personagens de desenhos animados. Quando o single foi lançado e virou um hit internacional, a gravadora então recrutou um grupo de jovens atores para fazer shows e cantar ao vivo em programas. Afinal ali estava uma mina de ouro que tinha que ser devidamente explorada. 

E "Sugar, Sugar" foi mesmo um grande sucesso. Eu tenho uma lembrança afetiva com essa música porque tenho claras lembranças de gostar dessa melodia na minha infância. Eu adorava ela quando criança! E o fato de pertencer originalmente a um desenho animado só fortaleceu minha admiração por ela, que tinha uma letra bobinha também, mas que era (e continua sendo) muito agradável de se ouvir. De certo modo era uma prévia do que iria acontecer com grupos como o ABBA que iriam dominar as paradas musicais com um tipo de pop music de melodias que grudavam na mente do ouvinte para todo o sempre! Pena que esse tipo de sonoridade tão agradável tenha se perdido nos dias atuais. Era muito bom ouvir esse tipo de canção. Deixava a alma e a vida bem mais leves!

The Archies - Sugar, Sugar (1969)
Sugar, Sugar
Who's Your Baby?
Get On The Line
Over And Over

Pablo Aluísio. 

sábado, 11 de janeiro de 2025

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 5

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 5
Finalizando a análise desse álbum dos Beatles, vamos tecer os últimos comentários sobre ele. Sempre que se fala em "Beatles For Sale" se afirma que foi um álbum criado meio às pressas, tentando cumprir obrigações contratuais dos Beatles com a gravadora EMI. Era necessário ter um disco novo dos Beatles nas festas de fim de ano e o grupo estava exausto por essa época. Tudo isso tem mesmo seu fundo de verdade, mas não vamos desmerecer essas gravações. Afinal se trata de um dos 13 álbuns oficiais dos Beatles em sua carreira. Sua importância jamais poderá ser subestimada. 

"I Don't Want to Spoil the Party" nunca chegou a fazer sucesso, nem na época em que o disco foi lançado e nem muito menos depois. Eu considero, por outro lado, um dos bons momentos do "Beatles For Sale". É uma composição da dupla Lennon e McCartney que de certo modo foi usada apenas para completar o disco, mas isso não tira seus méritos. Considero ela muito bem gravada e executada. E a letra, mesmo sendo simples, tenta inovar de alguma forma. 

John Lennon tinha uma personalidade bem incisiva. Isso não atraía a simpatia de todas as pessoas, muito pelo contrário. Geralmente John, com seu jeito sincero, criava muitos problemas, seja com a imprensa, seja até mesmo com outros artistas. Não foram poucos os jornalistas que o encontraram no auge da Beatlemania, dizendo depois que ele era um tanto rude. Uma característica da classe trabalhadora de Liverpool que Lennon levou para sua vida. 

Quando essas reclamações chegavam até Brian Epstein ele costumava se encontrar com John Lennon, perguntando: What You're Doing (O que você está fazendo?). John aproveitou a deixa e escreveu essa música. Para disfarçar tentou colocar os recados que mandava para Epstein no meio de uma letra que supostamente falava do amor entre dois adolescentes. Foi praticamente uma piadinha interna entre ele e seu empresário. O bom é que tudo isso resultou em mais uma boa música do disco. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O Aprendiz

Título no Brasil: O Aprendiz 
Título Original: The Apprentice
Ano de Lançamento: 2024
País: Canadá, Estados Unidos
Estúdio: Scythia Films
Direção: Ali Abbasi
Roteiro: Gabriel Sherman
Elenco: Sebastian Stan, Jeremy Strong, Maria Bakalova

Sinopse:
Esse filme resgata os primeiros anos de Donald Trump. Filho de um empreiteiro de Nova Iorque, ele começou a construir seus próprios prédios na cidade. Sonhando alto e se aliando a um advogado nada ético, especializado em tirar seus clientes de problemas judiciais, ele foi alcançando sucesso no meio empresarial. Filme baseado em fatos reais. 

Comentários:
Quem é Donald Trump? Esse filme tenta responder a essa pergunta vasculhando seu passado. E se sai muito bem nesse aspecto, mostrando um ainda jovem Trump fazendo das suas ao lado do advogado Roy Cohn. Esse último personagem aliás rendeu um excelente filme com James Woods no papel principal alguns anos atrás. Mas falemos apenas desse filme sobre Trump. Ele é retratado como um tipo que quer vencer na vida de todas as formas. Questões éticas ou legais são deixadas de lado, quando lhe convém. Ele também aparece como um sujeito que pensava e sonhava alto demais, muitas vezes entrando em inúmeros problemas, inclusive legais, por causa disso. O seu advogado, uma espécie de mentor, mais parecia um vigarista, fazendo de tudo para livrar o cliente da prisão. E mais do que isso, como um verdadeiro mentor, ensinou lições absurdas para Trump, como por exemplo, nunca recuar de uma mentira dita. E o Donald parece ter aprendido bem a lição. Não à toa foi reeleito presidente dos Estados Unidos recentemente. O mundo que se prepare para o pior. 

Pablo Aluísio.

Os Caçadores da Biblioteca Perdida

Título no Brasil: Os Caçadores da Biblioteca Perdida 
Título Original: Libereya. Ohotniki za sokrovischami
Ano de Lançamento: 2022
País: Rússia
Estúdio: ANO Media Universal Event
Direção: Gleb Orlov
Roteiro: Andrey Zolotarev
Elenco: Tikhon Zhiznevskiy, Aleksey Serebryakov, Diana Pozharskaya

Sinopse:
Um grupo de aventureiros vai atrás de um artefato histórico de inestimável valor. A chave que os fará encontrar a milenar biblioteca de Ivã, o Terrível. Ali se encontram livros há muito perdidos na história e a possibilidade de quem a encontrar de usar de grandes poderes do conhecimento. 

Comentários:
Pois é, o cinema russo anda se adaptando aos novos tempos, sem vergonha de beber na fonte do cinema dos Estados Unidos. Embora os filmes de Indiana Jones sejam referência, o mais óbvio aqui seria citar "A Lenda do Tesouro Perdido", aquele filme com o Nicolas Cage. É uma aventura nesse estilo, mais indicado para o público juvenil, ali na faixa dos 14, 15 anos, por aí. Colocadas as fontes sobre a mesa, já dá para ter bem uma ideia do que vem nesse filme. Eu achei divertido. Tem boa produção e bons personagens, como o do pai do protagonista, um velho professor meio maluco (e um tanto insensível). Ele vive mergulhado nessa obsessão de encontrar a tal biblioteca e negligenciou todo o resto, inclusive o filho, nessa busca sem fim. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Charlie em Ação

Título no Brasil: Charlie em Ação 
Título Original: Fast Charlie
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Ashland Hill Media Finance
Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Richard Wenk, Victor Gischler
Elenco: Pierce Brosnan, Morena Baccarin, James Caan

Sinopse: 
Nesse filme o ator Pierce Brosnan interpreta Charlie, um criminoso de longa data que na velhice decidiu cuidar de seu antigo chefe. A vida segue normal até o surgimento de um novo gangster que deseja eliminar a velha liderança do mundo do crime, a velha guarda. Isso o colocará em choque com o velho Charlie que estará pronto para lhe enfrentar. 

Comentários:
Eu achei bem divertido! Esses filmes de ação feitos para serviços de streaming costumam ser bem genéricos e quando trazem algumas novidades, mesmo que pequenas, até que agradam. Em terra de cego, caolho é rei, já dizia o velho ditado. O elenco, por exemplo, é bem legal. O Pierce Brosnan sempre será lembrado como um bom James Bond dos anos 90. Hoje em dia ele está bem mais velho, mas ainda mantendo o charme que o catapultou para um dos personagens mais icônicos da história do cinema. Seu papel aqui poderia ser bem vazio, mas o roteiro ainda traz alguns traços de personalidade que o salvam da banalização completa. A participação do veterano James Cann também é outro ponto de interesse para cinéfilos de longa estrada. Enfim, nada demais, mas pelo menos traz esses bons atores em cena, mesmo que eles estejam nas portas da aposentadoria. 

Pablo Aluísio.

Coração de Caçador

Título no Brasil: Coração de Caçador
Título Original: Na oshchup
Ano de Lançamento: 2022
País: Rússia
Estúdio: KSA
Direção: Anton Muss
Roteiro: Anton Muss
Elenco: Mikhail Dorozhkin, Mikhail Evlanov, Michael Gor

Sinopse: 
Juiz aposentado, cansado da vida que levava, decide ir morar isolado numa velha cabana no meio da floresta. Ele conseguiu livrar seu filho da prisão em seus últimos dias de magistrado e agora tenta reconstruir esse relacionamento entre pai e filho que ficou abalada. Só que antes disso vai precisar sobreviver no meio do nada, após ser atacado por um urso feroz!

Comentários:
Produção russa que até começa interessante. O problema é que o roteiro nunca se decide entre ser um filme de sobrevivência no meio da floresta ou um drama existencial do protagonista, cheio de reflexões e pensamentos interiores. Ficando nesse meio termo, o roteiro se perde na indecisão. Ainda assim sobram algumas boas cenas e ideias dentro dessa história. Agora, fraco mesmo são as cenas com o tal urso negro da floresta. Talvez pela falta de maiores recursos da produção ou falta de maior experiência desse cineasta russo, as coisas são bem decepcionantes quando esse animal voraz surge em cena. Você, como espectador, fica esperando algo emocionante surgir e definitivamente isso não acontece. Fica um zero a zero bem frustrante para dizer a verdade. Por fim não vá confundir esse filme com o de mesmo nome de 1990, com Clint Eastwood. Não há nem comparação possível. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

A Casa da Noite Eterna

Título no Brasil: A Casa da Noite Eterna
Título Original: The Legend of Hell House
Ano de Lançamento: 1973
País: Reino Unido
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Hough
Roteiro: Richard Matheson
Elenco: Roddy McDowall, Pamela Franklin, Clive Revill

Sinopse:
Um grupo de pesquisadores e uma médium sensitiva vão até uma velha casa que tem fama de assombrada. Chegando lá, eles logo começam a testemunhar estranhos eventos que podem ter ligação com o mundo sobrenatural. Filme baseado no livro "Hell House" de Richard Matheson. 

Comentários:
Um filme de terror bem feito, bem realizado que busca o tempo todo trazer um certo equilíbrio, mesmo a despeito do tema que explora. É um filme que indicaria para seguidores do espiritismo, uma vez que esse roteiro não está preocupado em criar sustos fáceis ou cair na velha fórmula que estamos acostumados a ver. Ao contrário disso, tudo me pareceu bem sóbrio, diria até mesmo racional até demais! No fundo o que temos aqui é uma daquelas boas histórias para se ver numa noite de chuva, pois o tema de almas atormentadas, após mortes violentas, sempre rendeu bons livros e bons filmes. Só não vá levar nada muito à sério. O filme tem esse estilo mais realista, pero no mucho, afinal de contas acreditar na existência de fantasmas vai da crença de cada pessoa. Enfim, temos aqui um filme indicado para quem aprecia um bom filme de terror do cinema inglês clássico.  

Pablo Aluísio.

A Morta-Viva

Título no Brasil: A Morta-Viva
Título Original: I Walked with a Zombie
Ano de Lançamento: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Curt Siodmak, Ardel Wray
Elenco: Frances Dee, Tom Conway, James Ellison

Sinopse:
Uma jovem enfermeira canadense é contratada para trabalhar numa fazenda localizada no Caribe. Um homem muito rico está morrendo. O que ela nem desconfia é que na ilha existe uma antiga religião chamada Vodu que promete trazer homens mortos de volta à vida. 

Comentários:
Pois é, desde que os primeiros colonizadores chegaram no Caribe e tiveram contato com a estranha religião Vodu, o interesse por essa velha feitiçaria tem despertado curiosidade. Esse filme feito nos hoje distantes anos 1940 desenvolve bem o tema. Para uma produção feita em uma época tão remota, em que não havia os recursos de maquiagem dos dias atuais, o jeito foi mesmo contratar os atores locais mais feios que havia à disposição para atuar como zumbis! O curioso é que funciona e o espectador, mesmo vendo o filme atualmente, vai certamente levar uns sustinhos! Sinal que a direção do filme foi bem realizada de fato! 

Pablo Aluísio.