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domingo, 4 de abril de 2021

King Kong 2

Título no Brasil: King Kong 2
Título Original: King Kong Lives
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Toho Company, De Laurentiis Entertainment
Direção: John Guillermin, Charles McCracken
Roteiro: Ronald Shusett, Steven Pressfield
Elenco: Linda Hamilton, Peter Elliott, Brian Kerwin, John Ashton, Peter Michael Goetz, Alan Sader

Sinopse:
Após cair das torres gêmeas, King Kong consegue sobreviver. Em uma cirurgia de emergência ele sofre um transplante e um coração artificial é implantado. Tudo isso ocorre enquanto se descobre que há uma fêmea da mesma espécie do gorila gigante. O que poderá acontecer?

Comentários:
A produtora de Dino De Laurentiis estava falindo quando em desespero de causa foi produzido esse filme. Acontece que os direitos autorais do famoso monstro ainda pertenciam a ele. Foi uma péssima decisão. O filme é ruim demais. Tive a oportunidade de assistir no cinema, na época de lançamento original, e realmente era um filme bem ruim, até mesmo para um adolescente. Na verdade tentaram fazer uma sequência tardia de "King Kong" de 1976, que até hoje é considerado um bom filme. O mesmo diretor John Guillermin foi contratado. Rodou algumas cenas e foi demitido. O roteiro era péssimo, com uma história mal feita, elaborada às pressas, sem fazer muito sentido. É até complicado entender como uma atriz como  Linda Hamilton topou fazer essa bomba, até porque ela vinha em uma ótima fase na carreira, colhendo os frutos do sucesso de "O Exterminador do Futuro". Enfim, filme ruim, efeitos especiais bem fracos e um roteiro vergonhoso. Esse é o resumo desse lamentável "King Kong 2". Passe longe, mesmo se você gosta desse gorila gigante.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Morte Sobre o Nilo

Título no Brasil: Morte Sobre o Nilo
Título Original: Death on the Nile
Ano de Produção: 1978
País: Inglaterra
Estúdio: EMI Films
Direção: John Guillermin
Roteiro: Anthony Shaffer
Elenco: Peter Ustinov, Bette Davis, David Niven, Mia Farrow, George Kennedy, Angela Lansbury, Maggie Smith, Jack Warden
  
Sinopse:
Baseado no famoso livro "Death on the Nile" da escritora Agatha Christie, publicado em 1937. No enredo um grupo de turistas em uma exótica viagem pelo Rio Nilo, no Egito, descobre que há um assassino entre eles, após a morte misteriosa de um dos viajantes. O inspetor Hercule Poirot (Peter Ustinov) decide então desvendar o caso e acaba descobrindo, para sua surpresa, que todos os que fazem parte daquele cruzeiro parecem ter algum motivo para o crime. Mas afinal de contas quem seria o verdadeiro assassino? Filme vencedor do Oscar e do BAFTA Awards na categoria de Melhor Figurino (Anthony Powell). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Comentários:
Assim como os livros de James Bond os livros escritos por Agatha Christie seguiam uma fórmula básica. No caso dessa autora ela geralmente reunia várias pessoas suspeitas em um ambiente fechado (como um barco ou trem) e colocava o leitor na situação de tentar descobrir quem seria o assassino de um crime misteriosamente cometido. É exatamente isso que temos aqui nesse "Morte sobre o Nilo". Vários personagens se tornam suspeitos da morte de uma rica herdeira que misteriosamente é morta durante um cruzeiro turístico pelo Egito. O filme em si é muito interessante, tem ótimas cenas externas (filmadas no templo de Karnak e nas pirâmides de Gizé) e um elenco de encher os olhos de qualquer cinéfilo. Na tela desfilam veteranos da era de ouro do cinema americano, muitos deles em suas últimas aparições, o que não deixa de ser duplamente interessante para quem ama a sétima arte. O destaque obviamente vai para o grande ator Peter Ustinov que aqui interpreta um dos personagens mais famosos da escritora, o inspetor excêntrico Hercule Poirot (que todos pensam ser francês, mas que que seria belga na verdade). Ustinov domina a cena, tentando descobrir quem teria cometido o crime. Nunca assisti uma atuação fraca de Ustinov em toda a sua carreira e aqui não seria exceção. Ao lado dele, o auxiliando, temos outro grande ator, David Niven. Já envelhecido, prestes a se aposentar, o ator ainda tinha uma bela presença de cena. Classe, elegância e uma fina ironia se tornaram suas marcas registradas. Entre as atrizes o filme traz uma coleção estelar, com Mia Farrow fazendo mais uma personagem perturbada e a grande diva Bette Davis, discreta, elegante e atuando ao lado da também excelente Maggie Smith, brilhando como nunca. Enfim, só pela oportunidade de ver tanta gente talentosa junta já vale a existência do filme. Assista, se divirta e tente descobrir o quebra cabeça da trama.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

King Kong

Para muitos quando se fala no "King Kong original" o que lhe vem na cabeça é justamente essa versão dos anos 70. Também pudera, o verdadeiro filme original sobre o gorila gigante é da década de 30, quando esses nem eram nascidos. Esse também é o meu caso. O primeiro filme com o personagem King Kong que assisti foi justamente esse. É uma produção do famoso produtor Dino De Laurentiis feito em parceria com a Paramount Pictures. Dino havia comprado os direitos do gorilão dois anos antes. Inicialmente ele pensou em rodar um filme em Roma, mas com o interesse dos americanos ele resolveu produzir o filme em Hollywood mesmo. Embora King Kong tivesse sido explorado em uma série de filmes japoneses (ao estilo trash), De Laurentiis queria uma produção classe A, para ser lançado no natal daquele ano.

Para modernizar a história tudo foi mudado, mantendo-se apenas as linhas básicas da trama. No primeiro filme tudo se passava na década de 30 (algo que seria mantido por Peter Jackson anos depois em sua versão), mas aqui o enredo se passa na atualidade. Kong não enfrenta mais aviões antigos, da I Guerra Mundial (os teco-tecos nostálgicos), mas sim aviões modernos. Ele também não sobe no Empire State, mas sim no World Trade Center (as torres gêmeas que seriam destruídas em 11 de setembro). O elenco também tinha atrativos. Jeff Bridges, ainda bem jovem e com cabelão, chamava a atenção, porém quem roubava a cena era mesmo a loira Jessica Lange, no auge de sua beleza. Suas cenas sensuais até hoje chamam a atenção. No final o diretor John Guillermin realmente fez um belo trabalho. Haveria ainda uma continuação, já nos anos 80, mas dessa é melhor esquecer.

King Kong (King Kong, Estados Unidos, 1976)  Direção: John Guillermin / Roteiro: James Ashmore Creelman, Ruth Rose / Elenco: Jeff Bridges, Charles Grodin, Jessica Lange / Sinopse: Um grupo avançado acaba descobrindo numa ilha remota do pacífico um monstro, um gorila gigante chamado King Kong. Eles então resolvem levá-lo de volta à civilização para explorar economicamente suas aparições públicas, mas tudo acaba saindo do controle, levando caos e destruição a Nova Iorque. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Carlo Rambaldi, Glen Robinson e Frank Van der Veer). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Richard H. Kline) e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jessica Lange).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Os Rifles de Batasi

Em pleno declínio do sistema colonial inglês, numa distante colônia africana, um pequeno regimento do exército britânico acaba ficando sitiado bem no meio de uma enorme e incontrolável revolta popular. O povo daquela nação sai às ruas pedindo independência, deixando cercados um pequeno grupo de oficiais ingleses. Para piorar ainda mais uma situação que já parecia bastante crítica membros do próprio pelotão, africanos recrutados pelos britânicos, também resolvem aderir ao movimento popular, promovendo um verdadeiro motim dentro do quartel. Apenas o Sargento Major Lauderdale (Richard Attenborough) e seus homens resolvem resistir. O plano é tomar o paiol de armas da corporação para evitar que caia nas mãos dos revoltosos, algo que exigirá muita coragem e bravura dos militares à serviço de sua majestade, a Rainha da Inglaterra.

Há duas leituras possíveis desse bom filme de guerra. A primeira é que seria uma homenagem aos membros de um quartel sitiado por uma revolução popular numa colônia africana. A outra seria que usando de fino humor negro tipicamente inglês se estaria na verdade criticando aquela ocupação colonial. O roteiro é tão bem escrito que embora antagônicas as duas visões acabam sendo complementares no caso desse filme. O personagem interpretado pelo ator Richard Attenborough (que depois se tornaria um consagrado diretor) é um exemplo disso. Pomposo, exagerado, quase patético em suas convicções e modo de agir, ele acaba se tornando o grande "herói" dessa resistência. Ao se ver cercado por revolucionários africanos não aceita se submeter, mantendo erguida a bandeira inglesa até o fim. E por falar em final, o desfecho dessa produção guarda algumas surpresas, caindo em um tom inesperadamente cômico. Em suma, belo filme inglês, retratando de uma forma bem inteligente a mentalidade e as contradições do sistema colonial europeu que predominou em relação às suas dominações na África selvagem durante o século XIX.

Os Rifles de Batasi (Guns at Batas, Inglaterra, 1964) Direção: John Guillermin / Roteiro: Robert Holles, baseado na novela escrita por Robert Holles / Elenco: Richard Attenborough, Jack Hawkins, Flora Robson, Mia Farrow / Sinopse: Pequeno regimento de oficiais ingleses fica cercado após a eclosão de uma grande revolta popular em um país africano durante o período colonial. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Revelação Feminina (Mia Farrow). Também vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator Britânico (Richard Attenborough).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Os Rifles de Batasi

Título no Brasil: Os Rifles de Batasi
Título Original: Guns at Batasi
Ano de Produção: 1964
País: Inglaterra
Estúdio: George H. Brown Productions
Direção: John Guillermin
Roteiro: Robert Holles
Elenco: Richard Attenborough, Mia Farrow, Jack Hawkins, Flora Robson
  
Sinopse:
Numa distante e isolada colônia britânica na África, uma revolução pedindo a independência daquela nação da Inglaterra pega um grupo de oficiais e soldados britânicos de surpresa. Os rebeldes se apoderam das armas do exército inglês e começam um motim, cercando o regimento de oficiais liderados pelo Sargento-Major Lauderdale (Richard Attenborough). Para piorar a situação ele precisa manter a salvo a parlamentar Barker-Wise (Flora Robson) e a representante da nações unidas Karen Eriksson (Mia Farrow). Lá fora rugem milhares de revolucionários que querem acertar as contas com os imperialistas estrangeiros.

Comentários:
A história da colonização europeia na África foi certamente uma tragédia. Isso não apenas pelo fato de países estrangeiros dominarem aquelas nações africanas por anos, mas também pelas sangrentas guerras civis que explodiram após a saída de ingleses, franceses e belgas do solo africano. Esse filme retrata o momento em que o sistema colonial começava a ruir. O enredo se passa durante a era vitoriana, quando o povo de um lugar inóspito da África resolveu se rebelar contra a presença inglesa. O povo saiu às ruas e um grupo se armou com o próprio arsenal roubado do exército britânico para expulsar os estrangeiros. Avisados para se renderem, um oficial britânico se recusou a depor armas. Esse personagem, o militar Lauderdale, é uma das grandes atrações do filme, justamente por causa da brilhante atuação de Richard Attenborough. Se você acompanha cinema há muito tempo sabe que Attenborough foi um dos mais talentosos e brilhantes diretores ingleses de todos os tempos. Ele dirigiu grandes clássicos como "Uma Ponte Longe Demais" e "Um Grito de Liberdade", mas se consagrou mesmo por "Gandhi" quando foi premiado com o Oscar de Melhor Direção. Era realmente um grande mestre. O interesse nesse filme é que vemos aqui seu trabalho como ator. Ele se sai maravilhosamente bem. Seu papel é deliciosamente exagerado, um oficial absurdamente pomposo e rígido, dado a acessos de fúria quando contrariado nos menores detalhes. Assim que surge em cena pela primeira vez sabemos que estamos diante de uma grande atuação. No mais o filme é muito bem escrito e realizado, mostrando a qualidade do cinema inglês durante os anos 60. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Revelação Feminina (Mia Farrow). Também premiado pelo BAFTA Awards na categoria Melhor Ator (Richard Attenborough).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

El Condor

Título no Brasil: El Condor
Título Original: El Condor
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: National General Pictures
Direção: John Guillermin
Roteiro: Larry Cohen, Steven W. Carabatsos
Elenco: Lee Van Cleef, Jim Brown, Patrick O'Neal, Marianna Hill, Iron Eyes Cody, Elisha Cook Jr.

Sinopse:
Um fugitivo da prisão e um ladrão vigarista se unem para roubar uma forte mexicano localizado no deserto. O lugar é fortemente protegido e contém entre seus muros uma fortuna em ouro. Para ajudá-los a dupla consegue quase cem guerreiros da tribo Apache para invadir a guarnição militar.

Comentários:
Um filme curioso de western. Apesar de ser uma produção americana os produtores decidiram que o filme seria feito na Espanha, nos mesmos desertos onde eram filmados os faroestes italianos. Assim temos um western Made in USA com requintes e características do conhecido Western Spaghetti. O resultado ficou muito bom, um filme divertido, que não esquece também de desenvolver o lado do humor. Aliás é mais do que interessante ver o ator Lee Van Cleef atuando aqui. Ele que sempre interpretou tipos durões, sérios, com poucas palavras e ótima mira, aqui muda o tom, adotando um jeito mais sarcástico, mais picareta. O seu trabalho de atuação por essa razão ficou bem diferente. Já o ator Jim Brown foi uma escolha mais política, para dar melhores papéis de destaque dentro do cinema para atores negros. Um efeito da luta dos direitos civis nos Estados Unidos. Seu trabalho de dobradinha ao lado de Cleef funcionou muito bem. O diretor John Guillermin ficaria mais conhecido alguns anos depois quando iria dirigir o remake dos anos 70 para o clássico "King Kong". No mais é um faroeste bem movimentado, com várias cenas de ação. Mais violento até do que o habitual vai cair como uma luva para quem gosta do estilo de faroeste europeu, aqui contando com o bom gosto das produções americanas.

Pablo Aluísio.