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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Perdidos no Espaço

Finalmente depois de um tempo assisti a essa nova versão de "Perdidos no Espaço". Não, não é um filme novo, mas sim uma série da Netflix. Confesso que minhas expectativas não estavam muito altas, principalmente depois de ver cenas avulsas do episódio piloto. Havia modificações ali que me deixaram um pouco de sobreaviso. Só que após conferir o primeiro episódio pude constatar que a série - pelo menos tirando em média nesse primeiro programa - está realmente boa, diria até acima do que eu esperava. A trama segue basicamente sendo a mesma: uma família de astronautas perde o rumo após sua nave, a Jupiter 2, sofrer um acidente. Eles vão parar em um planeta desconhecido, fora do nosso sistema solar. Após se recuperarem do pouso forçado começam os problemas. A nave afunda numa fenda de gelo. As temperaturas são congelantes e eles precisam achar um jeito de ir embora dali.

A Judy também fica presa no gelo congelado ao mergulhar na fenda onde está a Jupiter 2. Antes dela conseguir sair da água essa congela completamente. Bom, se você alguma vez assistiu na vida ao seriado clássico vai saber que três personagens sempre dominaram todas as atenções: o garoto Will Robinson (aqui menos cerebral e gênio do que o primeiro), o Robô (que estava sempre soltando a expressão "Perigo! Perigo!) e é claro o Dr. Smith, alívio cômico e grande vilão (embora querido) da série original. Os três estão de volta. O Robô agora não é a velha "lata de sardinhas" dos tempos passados, mas sim uma criatura high-tech que inclusive consegue mudar o formato de seu corpo, se tornando ora mais aracnídeo, ora humanoide! Em relação ao Dr. Smith temos uma surpresa e tanto. Não é mais um senhor já idoso, mas sim uma mulher. Bom, em termos. Na verdade a personagem que vai ser a nova Dra. Smith é apenas uma fugitiva que rouba um casaco de um engenheiro chamado... Dr. Smith! Estou realmente curioso para ver como isso vai se desenvolver. Então é isso. Ainda só vi até o momento o primeiro episódio, mas posso antecipar que gostei do que assisti. Espero que mantenha o bom nível nos próximos episódios.

Perdidos no Espaço (Lost in Space, Estados Unidos, 2018) Direção: Tim Southam, Neil Marshall, Stephen Surjik, Deborah Chow / Roteiro: Vivian Lee, Kari Drake, Katherine Collins, baseados na série original criada por Irwin Allen, Matt Sazama e Burk Sharpless / Elenco: Maxwell Jenkins (Will Robinson), Parker Posey (Dra. Smith), Brian Steele (O Robô), Toby Stephens (John Robinson), Molly Parker (Maureen Robinson), Taylor Russell (Judy Robinson), Mina Sundwall (Penny Robinson), Ignacio Serricchio (Don West) / Sinopse: A nave Jupiter 2 sofre um acidente e vai parar em um planeta desconhecido, onde a tripulação, formada pela família Robinson, terá que sobreviver a todos os perigos desse novo universo.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de junho de 2017

Cinco Semanas Num Balão

Rever esse filme foi como relembrar as antigas reprises da Sessão da Tarde na década de 1980. Naquela época o cardápio de filmes clássicos sendo exibidos na TV aberta era bem farto e variado. E um dos campeões de exibição era justamente esse "Cinco Semanas Num Balão". O roteiro é baseado no livro do maravilhoso Júlio Verne, um dos mais imaginativos e criativos escritores de todos os tempos. Unindo fantasia e aventura ele acabou criando livros que até hoje encantam. O livro original foi publicado em 1863 e foi um dos primeiros a se tornarem best-seller. Uma fórmula que Verne iria repetir por muitos anos em seus livros seguintes. Pois bem, esse filme foi produzido para celebrar o centenário do livro, porém acabou se fazendo algumas mudanças para agradar ao público da década de 1960. Há claramente uma tentativa de transformar tudo em algo leve, divertido, com bastante humor. O filme foi dirigido pelo mestre da TV Irwin Allen, produtor de clássicas séries como "Perdidos no Espaço", "Terra de Gigantes", "Viagem ao Fundo do Mar" e "Túnel do Tempo". Trocando em miúdos, se havia alguém indicado para realizar um filme baseado nas aventuras cheias de fantasia de Verne, nome mais indicado não existia.

Infelizmente na ânsia de fazer algo muito leve e familiar, o diretor acabou tirando grande parte do conteúdo do livro de Verne. Por exemplo, o discurso abolicionista da trama original é apenas colocado em segundo plano. Ao invés de mostrar a garra dos protagonistas em chegar primeiro numa região desolada da África Ocidental para evitar que os traficantes de negros escravos dominassem o lugar, tudo é deixado bem de lado, para explorar mais as cenas de ação e humor. O elenco também é apenas mediano. O diretor escalou até o cantor juvenil Fabian para atrair bilheteria. O problema é que ele definitivamente era muito fraco como ator, mais parecendo uma imitação sem graça de Elvis Presley. Até a "Jeannie" Barbara Eden (da série "Jeannie é um gênio") foi desperdiçada. Ainda no auge da beleza ela não tinha muito a fazer a não ser desfilar com seu rosto bonito em cena. O único bom ator desse filme foi o veterano Richard Haydn. O resto realmente se tornou bem dispensável. Assim, no final das contas temos apenas um filme regular. Claro, servirá para trazer muita nostalgia para quem o assistiu na infância, mas é só. Como obra cinematográfica passa longe de ser considerado um clássico.

Cinco Semanas Num Balão (Five Weeks in a Balloon, Estados Unidos, 1962) Direção: Irwin Allen / Roteiro: Charles Bennett, baseado no livro de Jules Verne / Elenco: Red Buttons, Fabian, Barbara Eden, Richard Haydn / Sinopse: Para evitar que traficantes negreiros tomem posse de uma enorme  região remota na África Ocidental o governo da Inglaterra resolve enviar uma expedição em um balão para fincar a bandeira do Reino Unido naquele vasto território, para que assim as terras sejam reivindicadas pela coroa inglesa.

Pablo Aluísio.