terça-feira, 30 de janeiro de 2024
Os Chefões
domingo, 23 de janeiro de 2022
Ladrão de Diamantes
Título Original: After the Sunset
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Paul Zbyszewski, Craig Rosenberg
Elenco: Pierce Brosnan, Woody Harrelson, Salma Hayek, Don Cheadle, Naomie Harris, Chris Penn
Sinopse:
Max Burdett (Pierce Brosnan) é um ladrão internacional de diamantes. Prestes a se aposentar, ele decide colocar em frente seu último grande plano. Um diamante extremamente raro e valioso estará em exposição em um cruzeiro. Ele está decidido a colocar as mãos no precioso objeto, mas antes vai ter que se livrar do agente do FBI Stan Lloyd (Woody Harrelson) que está há anos tentando lhe prender.
Comentários:
Filme muito bom! Como costumo dizer filmes sobre planos elaborados de roubos costumam ser bons. Esse aqui tem um charme a mais. Além da boa produção, com ótima trama se desenvolvendo dentro de um navio de luxo, há uma dupla central de atores que funcionou muito bem juntos. Pierce Brosnan é o ladrão. Depois de ficar anos contratualmente preso ao personagem James Bond, o ator finalmente conseguiu abraçar outros projetos, outros filmes. Esse aqui pode ser considerado facilmente um dos melhores de sua carreira. Ele encontrou o estilo certo para seu personagem. Sofisticado e elegante, ninguém poderia à primeira vista dizer que ele seria um criminoso internacional. Woody Harrelson é o agente do FBI. Enquanto o personagem de Brosnan e o símbolo do sujeito elegante, esse homem da lei é bem bronco. O que o diferencia é sua determinação em prender o homem que persegue a tantos anos. E também não devo esquecer que o cineasta Brett Ratner dirigiu "Dragão Vermelho", o meu preferido com o psicopata Hannibal no cinema. Enfim, uma boa aventura com o charme dos antigos filmes de roubos. Em vários momentos me lembrei de "Ladrão de Casaca" de Alfred Hitchcock! Nada mal mesmo. Fica a recomendação.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de janeiro de 2019
O Cavaleiro Solitário
Em plena corrida ao ouro na Califórnia do século XIX, um grupo de pacatos e pacíficos mineradores é ameaçada e hostilizada por um rico homem de negócios que deseja as terras onde vivem para que ele próprio extraia o rico minério para si. Após promover uma série de ataques, os mineradores rezam por um milagre, pela chegada de alguma ajuda! Suas preces acabam sendo ouvidas e chega no local um cavaleiro errante misterioso, sem nome, sem destino, sem passado, conhecido apenas como “O Padre” (Clint Eastwood). Rápido no gatilho e implacável contra os facínoras, ele começa a distribuir justiça pela região, sendo considerado um salvador pelos pobres e humilhados moradores das montanhas.
“O Cavaleiro Solitário” é seguramente um dos melhores filmes de western estrelado por Clint Eastwood. Aqui ele retorna às telas com seu personagem preferido, o pistoleiro errante, sem nome, vindo de lugar nenhum, mas impondo a justiça nas comunidades mais oprimidas e humilhadas por onde passava. A caracterização de Clint está perfeita. Homem de poucas palavras e muita presença, ele impõe ordem e justiça com a única linguagem que os bandidos no velho oeste entendiam, a linguagem de um cano fumegante. Esse é seu personagem definitivo dentro do universo dos faroestes que estrelou ao longo da carreira.
Todo western que se preze deve possuir vilões à altura para engrandecer o papel do justiceiro. Aqui temos um antagonista muito interessante, o temido "xerife" Stockburn (John RusselI), na realidade um pistoleiro de aluguel que vai até o local para enfrentar o Padre pois sua presença faz com que os mineradores comecem a ter confiança em si mesmos. A ordem é eliminar o estranho cavaleiro para assim dominar completamente a região que afinal é riquíssima em ouro e outros metais preciosos. O duelo entre Stockburn e o Padre é certamente um dos melhores da mitologia do velho oeste no cinema. Ambos duelam numa cidadela incrustada numa montanha isolada. Stockburn conta ainda com um grupo de assistentes – sujeitos durões, com rostos de poucos amigos, que tencionam eliminar a presença nociva do Padre. Eles só não contavam com o fato do Padre trazer atrás de si o inferno, como bem resume uma jovem filha de uma mineradora oprimida.
Muito ação, muitos desafios e um roteiro primoroso que resgata todos os valores mais preciosos do gênero. De certa forma “O Cavaleiro Solitário” encerra uma fase na carreira de Clint que teve seu início com “O Estranho Sem Nome” na década anterior. É a fase onde realizou alguns de seus melhores sobre o velho oeste americano, todos lançados logo após sua extremamente bem sucedida parceria com o cineasta Sergio Leone na Itália. O mito do cavaleiro sem nome jamais foi tão bem representado como nesses dois filmes que são simplesmente fantásticos. Um clássico moderno com a assinatura do talentoso Clint Eastwood na direção e na produção. Simplesmente imperdível para os amantes do western americano em sua mais bem inspirada fase da década de 80.
O Cavaleiro Solitário (Pale Rider, EUA, 1985) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Michael Butler, Dennis Shryack / Elenco: Clint Eastwood, Michael Moriarty, Carrie Snodgress, Chris Penn, Richard Dysart, John Russell, Richard Kiel / Sinopse: Uma comunidade de moradores no alto da montanha sofre todo tipo de hostilidade por um rico empresário que deseja tomar conta da região para enriquecer com o ouro que brota da terra. Para defender essas pacatas e pacíficas pessoas surge no horizonte a figura de um misterioso cavaleiro errante, sem nome, sem passado e sem destino conhecido simplesmente como “O Padre”. Apesar do nome ele traz o inferno atrás de si e começa a distribuir justiça na região.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Cães de Aluguel
Título Original: Reservoir Dogs
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Live Entertainment
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino, Roger Avary
Elenco: Harvey Keitel, Tim Roth, Michael Madsen, Chris Penn, Steve Buscemi, Quentin Tarantino
Sinopse:
Seis criminosos se reúnem para colocar em prática um ousado roubo de diamantes. Para se identificarem usam nomes associados a cores, baseadas em seus temperamentos. Os planos porém não saem como eram imaginados. A polícia consegue entrar no meio do caminho. Agora, irascíveis e violentos, eles fazem um policial de refém em um balcão abandonado. O desafortunado tira logo se torna alvo do sadismo incontrolável de Mr. Blonde (Michael Madsen). A tensão assim vai crescendo e se tornando insustentável, caminhando para um desfecho que logo se tornará um grande banho de sangue.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme de repercussão da carreira do diretor Quentin Tarantino. Na época ele era apenas um diretor completamente desconhecido que só havia dirigido dois filmes antes (um deles inacabado justamente por falta de recursos). Tarantino achava que tinha um grande roteiro em mãos, e foi à luta em busca de alguém que acreditasse no filme. Acabou encontrando apoio no ator Harvey Keitel que realmente ficou fascinado com o material, com o texto e com os ótimos diálogos (que se tornariam a marca registrada de Quentin Tarantino em toda a sua carreira). Após decidir que faria a produção, Harvey Keitel saiu em busca de financiamento ao lado de Tarantino e conseguiu levantar pouco mais de um milhão de dólares de orçamento (uma mixaria em termos de Hollywood). Na base da amizade convocou os demais atores, todos amigos dele (inclusive os excelentes Tim Roth e Michael Madsen). Assim que foi lançado o filme chamou a atenção da crítica por ser visceral, cru e muito violento. Isso porém não era o principal pois "Cães de Aluguel" também trazia uma linguagem diferenciada, bem distante do que se fazia na época em termos de filmes policiais. Inicialmente no circuito alternativo e depois no mercado comercial a produção foi ganhando cada vez mais admiradores, consolidando o caminho de Quentin Tarantino rumo ao estrelato e ao sucesso, posição que até hoje ocupa. Revisto hoje em dia, mais de vinte anos depois de sua chegada aos cinemas, "Reservoir Dogs" ainda mantém o impacto por ser uma obra muito original e esteticamente inovadora. Sua violência nunca se mostra gratuita mas estilizada, invocativa. Um Tarantino de estirpe.
Pablo Aluísio.