quinta-feira, 5 de junho de 2025
Código Preto
segunda-feira, 20 de junho de 2022
Che: A Guerrilha
Ele tentou repetir a mesma fórmula que havia sido usada na revolução Cubana, mas fracassou completamente. Um dos pontos centrais nesse fracasso foi a incapacidade de trazer o povo para lutar pela sua causa. O povo humilde que vivia em vilas no interior da Bolívia era formado por pessoas muito simples, que nem sequer entendiam direito os conceitos de revolução, socialismo, comunismo, etc. Era um povo sofrido que não tinha o mesmo nível de consciência política que o povo cubano tinha quando a revolução estourou e tomou conta daquela ilha caribenha. Diante disso Che ficou cercado pelo exército boliviano, que contava inclusive com a ajuda de agentes da CIA, dos Estados Unidos. O resultado foi melancólico, onde ele pagou muito caro por essa revolução que sequer pode ser dita como fracassada, pois na realidade nem chegou a se tornar concreta, ficando apenas no campo dos sonhos e planos dos guerrilheiros.
Che: A Guerrilha (Che: Part Two, Estados Unidos, 2008) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Peter Buchman / Elenco: Benicio Del Toro, Rodrigo Santoro, Demián Bichir / Sinopse: O filme conta a história os momentos finais de vida do guerrilheiro Che, quando ele tentou levantar o povo boliviano em uma revolução comunista naquele país.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Logan Lucky
Título Original: Logan Lucky
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: FilmNation Entertainment
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Jules Asner
Elenco: Channing Tatum, Adam Driver, Daniel Craig, Riley Keough, Katie Holmes, Seth MacFarlane
Sinopse:
A família Logan, um grupo de caipiras, decide roubar todo o dinheiro arrecadado no grande prêmio da Nascar em Charlotte, na Carolina do Norte. Antes disso porém eles precisam tirar da cadeia o especialista em arrombamento de cofres Joe Bang (Daniel Craig) e isso não vai ser muito fácil de fazer.
Comentários:
Esse filme foi inspirado em um fato real que ficou conhecido nos Estados Unidos como o "Roubo dos caipiras". Um bando de criminosos praticamente amadores, caipirões do interior do país, decidiram fazer um ousado roubo, colocando toda a grana de uma conhecida corrida da Nascar em sacos de lixo. O problema era sair dali com todo esse dinheiro sem despertar suspeitas. Filme muito bom, bem divertido, que em minha opinião foi muito mal divulgado em seu lançamento nos cinemas. Não é a toa que a bilheteria ficou bem abaixo do esperado. E o mais absurdo de tudo é saber que o filme contava com um ótimo elenco. Channing Tatum é o líder do bando, um cara até honesto e legal, que perde tudo ao ficar desempregado. O irmão dele é interpretado por Adam Driver, um sujeito que perdeu o braço numa linha de montagem. Riley Keough, a neta de Elvis, é a caçula da família. Garota esperta, boa motorista de carros velozes. E para completar o núcleo central do bando temos o próprio 007, ou melhor dizendo, o ator Daniel Craig. Cumprindo pena numa prisão ele precisa dar o fora, para participar do roubo. Enfim, bom filme que passou meio despercebido, injustamente aliás.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Sexo, Mentiras e Videotape
Título Original: Sex, Lies, and Videotape
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: RCA/Columbia Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Steven Soderbergh
Elenco: James Spader, Andie MacDowell, Peter Gallagher, Laura San Giacomo, Ron Vawter, Steven Brill
Sinopse:
O marido de uma mulher sexualmente reprimida acaba tendo um caso com a irmã dela. E a situação fica ainda mais complicada com a chegada de um visitante com um fetiche sexual bastante incomum. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro original (Steven Soderbergh).
Comentários:
Para muitos cinéfilos o diretor Steven Soderbergh é um pretensioso incorrigível. Um diretor arrogante e boçal que já estragou muitos bons roteiros por causa desse ego monumental. Nesse filme pelo menos as críticas são incabíveis, até porque o roteiro foi de autoria do próprio Soderbergh. Ele assim tinha todo o direito de inovar e ousar como bem entendesse. Curiosamente esse "estudo" da sexualidade doentia de certas pessoas acabou se tornando o primeiro filme do cineasta que ganhou reconhecimento no circuito mais intelectualizado de cinemas de arte na América do Norte. Primeiro ele ganhou o apoio da imprensa estrangeira, através do Globo de Ouro onde o filme foi indicado em categorias importantes como melhor roteiro e depois dentro do circuito de críticos americanos do eixo Nova Iorque - Los Angeles. No meu ponto de vista é um filme complicado, de difícil entrosamento. O roteiro que foi tão elogiado, me pareceu desde o primeiro momento bem confuso e sem foco. De qualquer maneira é aquele tipo de filme mais indicado a um nicho mais específico de público. Não é uma película para todos, mas para aqueles ao qual é dirigido, o consumo será feito com bel-prazer.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Erin Brockovich
Título Original: Erin Brockovich
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Susannah Grant
Elenco: Julia Roberts, Albert Finney, David Brisbin, Conchata Ferrell, Pat Skipper, Scotty Leavenworth
Sinopse:
Erin Brockovich (Julia Roberts) trabalha em um escritório de advocacia e descobre que uma empresa está contaminando toda a reserva de água de uma cidade bem no meio do deserto. Caso seja confirmada a suspeita isso resultaria em um processo milionário de mais de 300 milhões de dólares! Filme baseado em uma história real.
Comentários:
Esse filme deu o tão cobiçado Oscar para a atriz Julia Roberts. Ela já vinha procurando um bom roteiro para entrar com chances na disputa. Acabou encontrando essa história baseada em fatos reais que abalou os tribunais da Califórnia nos anos 90. A própria Erin Brockovich foi contratada para trabalhar no filme como consultora especial. Com ela ao lado Julia Roberts conseguiu copiar todos os seus maneirismos e jeito de ser. Além, é claro, comprar todo o figurino dela, uma mistura brega de saias justas e decotes vulgares. Tudo muito cafona, kitsch, fora do bom senso e da elegância. Acabou dando muito certo. A crítica americana adorou e o filme acabou também fazendo sucesso de bilheteria. O resultado de todos esses elementos juntos valeu para Roberts o prêmio máximo do cinema americano, algo com que todos sonham desde o começo da carreira. Eu tive a oportunidade de assistir ao filme no cinema, por causa da intensa repercussão na época de seu lançamento original. Considero um bom filme, com história importante, envolvendo até mesmo o meio jurídico americano. Porém é de certo modo também um pouco cansativo. No caso o espectador acabava saindo mesmo com uma espécie de overdose de Julia Roberts, já que ela está em praticamente todas as cenas do filme. Tem que gostar muito dela para curtir o filme plenamente.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Solaris
Isso ajudou e também prejudicou o filme em certos aspectos. O ritmo lento e a proposta mais cabeça não foi tão bem aceito no ocidente. Muitos criticaram a pretensão de Steven Soderbergh em tentar fazer algo melhor ou, pelo menos, igualar ao impacto que o filme russo causou nos anos 70. Comercialmente o filme foi um fracasso. Eu me recordo de ter assistido a uma entrevista de lançamento da produção, onde um George Clooney muito nervoso, tenso e estressado, rebatia as críticas de que o filme era "longo, chato e arrastado demais". Nesse ponto dei inteira razão a Clooney, uma vez que esses mesmos adjetivos poderiam ser usados contra o filme de 72. Como escrevi antes, não é um ficção comum, que se renda aos clichês do gênero. O roteiro traz algo a mais, com argumento bem complexo e com toques de surrealismo presentes. Tem que aceitar sua proposta para curtir a produção como um todo. Caso contrário o espectador vai achar mesmo tudo um grande tédio.
Solaris (Solaris, Estados Unidos, 2002) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Steven Soderbergh, baseado no livro de Stanislaw Lem / Elenco: George Clooney, Natascha McElhone, Ulrich Tukur / Sinopse: Chris Kelvin (George Clooney) é um astronauta que orbitando um planeta distante começa a ter alucinações psicológicas perturbadoras, onde começa a ver estranhas criaturas andando pelos corredores de sua nave. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Onze Homens e um Segredo
Se você não tem ideia ainda do que se trata (o que acho bem difícil), o roteiro mostra um grupo de criminosos que decide roubar um grande cassino em Las Vegas. O plano, como era de se esperar, é simplesmente mirabolante, praticamente uma orquestra bem afinada formada por ladrões. O clima é bem ameno, quase levado às últimas consequências. Nenhum ator do elenco parece levar muito à sério o que acontece, o que é um ponto positivo a mais para o filme. Lançado em 2001 esse remake foi um grande sucesso de bilheteria, se tornando um blockbuster certeiro, mostrando que George Clooney tinha jeito (e sorte) também como produtor de cinema. Como deu origem a várias continuações (todas inferiores) ainda considero esse o melhor dessa nossa safra. Claro, nenhum desses novos filmes conseguiu ser mais legal e bacana do que o de Frank Sinatra e cia, mas no geral também não fez feio. É acima de tudo uma diversão bem-vinda ao estilo soft, tudo bem descompromissado.
Onze Homens e um Segredo (Ocean's Eleven, Estados Unidos, 2001) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: George Clayton Johnson, Jack Golden Russell / Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon, Andy Garcia, Don Cheadle, Casey Affleck, Bernie Mac, Joshua Jackson, Steven Soderbergh / Sinopse: Danny Ocean (George Clooney) decide formar um grupo de especialistas, ladrões de bancos, para um roubo milionário em um dos maiores e mais ricos cassinos de Las Vegas. Filme indicado ao César Awards (França) na categoria de Melhor filme estrangeiro (USA) e ao Art Directors Guild.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
Traffic
Título Original: Traffic
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Simon Moore, Stephen Gaghan
Elenco: Michael Douglas, Benicio Del Toro, Catherine Zeta-Jones, Jacob Vargas, Michael Saucedo, Tomas Milian
Sinopse:
O filme tenta, através de seus personagens, mostrar o ciclo completo que envolve o tráfico de drogas na fronteira dos Estados Unidos com o México, mostrando o envolvimento de traficantes, políticos, empresários e policiais, todos envolvidos, de uma maneira ou outra, com a venda de drogas, um negócio altamente lucrativo e completamente ilegal.
Comentários:
Existe solução para o problema do tráfico de drogas na sociedade? Esse roteiro tenta responder, mesmo que indiretamente, essa pergunta. Claro que ele não tenta trazer soluções, mas apenas mostrar o que está errado nessa guerra contra as drogas. Entre os maiores desafios está justamente controlar o envolvimento de autoridades, policiais e agentes do Estado justamente dentro desse lucrativo negócio. Não é segredo que existem verdadeiros narcoestados, onde o poder está nas mãos dos grandes comerciantes de drogas. Afinal se há um mercado consumidor ávido por drogas haverá também quem as venda. O filme assim se sustenta nesse meio explosivo. Há um roteiro ao estilo mosaico (com ecos de Robert Altaman que Steven Soderbergh tentou se espelhar). Assim o filme vai mostrando várias histórias que parecem independentes entre si, mas que ao final se interligam. O clima é árido, seco, de certa maneira é um filme frio, muito duro. Não há nem espaço para mocinhos e bandidos, mas apenas para pessoas turvas que ora se beneficiam, ora se prejudicam por causa das drogas, que diga-se de passagem já dominou completamente a sociedade americana, indo desde os altos figurões da política até o mais rasteiro viciado que perambula pelas ruas atrás da próxima dose. Assista e tenha uma noção do caos que impera nesse assunto mais do que delicado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Direção (Steven Soderbergh), Ator Coadjuvante (Benicio Del Toro), Roteiro Adaptado (Simon Moore, Stephen Gaghan) e Edição (Stephen Mirrione).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Irresistível Paixão
Título Original: Out of Sight
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Frank
Elenco: George Clooney, Jennifer Lopez, Ving Rhames, Steve Zahn
Sinopse:
Baseado no romance policial escrito por Elmore Leonard, "Irresistível Paixão" conta a estória de Jack Foley (George Clooney). Ladrão profissional, ele é preso e condenado a cumprir pena em uma penitenciária de segurança máxima. Com inteligência acima da média consegue fugir do lugar, usando um veículo pertencente a uma agente do próprio FBI, a agente federal Karen Sisco (Jennifer Lopez). Em pouco tempo se apaixonam!
Comentários:
Esse filme foi muito superestimado pela crítica na época em que foi lançado a tal ponto que conseguiu arrancar duas indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (Scott Frank) e Melhor Edição (Anne V. Coates). Na verdade o que temos é um filme bem mediano, beirando o ruim, que se apoio totalmente no carisma da dupla central de protagonistas. George Clooney, ainda procurando espaço no cinema após ser astro de TV, repete um tipo de personagem que seria recorrente em sua carreira. Cheio de charme canastrão ele tenta convencer no papel de um criminoso bonzinho! Já Jennifer Lopez continua na mesma, uma cantora que sempre tentou se tornar atriz, com altos e baixos no cinema. Aqui ela não convence em nada como agente federal. Ao invés disso desfila sua beleza pelas cenas (algo que sempre foi o grande chamariz dela em termos de bilheteria). No geral considero um filme fraco, apesar de ter sido dirigido pelo talentoso Steven Soderbergh. É um de seus primeiros filmes e bem inferior aos anteriores "Sexo, Mentiras e Videotape", "Kafka", "O Inventor de Ilusões" e "Obsessão". Ao tentar ser comercial e pop demais acabou perdendo parte de sua essência. Enfim, um produto descartável de um grande diretor de cinema.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Treze Homens e um Novo Segredo
Título Original: Ocean's Thirteen
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Brian Koppelman, David Levien
Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Al Pacino, Andy Garcia, Casey Affleck
Sinopse:
O criminoso e ladrão sofisticado Danny Ocean (George Clooney) decide reunir seu velho bando para mais um roubo ousado e perigoso. O alvo agora é um novo e luxuoso Cassino. O plano é modificar o resultado das apostas, para que todos ganhem e levem à falência o novo empreendimento de jogos.
Comentários:
Esse foi o terceiro filme de uma franquia que havia começado lá atrás, com um remake de um antigo filme de Frank Sinatra. Os dois filmes anteriores renderem bem e por essa razão decidiram então levar esse enredo até o fim. Já estava tudo um tanto saturado, vamos convir. Olhando-se com maior atenção chega-se facilmente na conclusão que todos os roteiros são iguais, com pequenas e pontuais derivações, que não chegam a ser originais. Eu assisti esse filme no cinema, mas sem empolgação. Sabia de antemão que seria tudo do mesmo. George Clooney continuaria brincando com sua conhecida canastrice, haveria um roubo como pano de fundo e várias reviravoltas. Os roteiros já não conseguiam surpreender ninguém. Nem ao menos a presença de um elenco coadjuvante de luxo - com direito a Al Pacino - parecia empolgar ninguém. E de fato o filme comercialmente ficou pelo meio do caminho. Pena que um elenco tão bom e com tantos nomes famosos não tivessem um bom roteiro por trás para trabalhar. O ponto de vista que prevaleceu aqui foi o comercial, não o artístico. Não deu muito certo pensar assim. No final das contas o filme teve uma bilheteria fraca e acabou com a brincadeira. De bom mesmo apenas um ou outra cena mais bem editada. De resto era apenas uma tentativa de faturar mais uma vez com uma velha, antiga e desgastada fórmula de fazer cinema. Nada muito além disso.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Minha Vida com Liberace
Amado pelas matronas americanas Liberace escondia um segredo em sua vida pessoal: era gay! Para despistar as fofocas sempre tinha uma “amada” oficial, a quem não teria casado por “circunstâncias tristes” e fora de seu controle. Claro que no fundo tudo não passava de mentiras já que Liberace gostava mesmo era da presença de jovens rapazes, de preferência loiros e atléticos. Foi assim que acabou conhecendo Scott Thorson (Matt Damon), uma das grandes paixões de sua vida. Esse filme enfoca justamente esse relacionamento, mostrando a vida de luxo e luxúria do famoso pianista. Embora esteja um pouco afetado e afeminado demais, é de se reconhecer o belo trabalho que Michael Douglas desenvolve aqui na pele de Liberace. Ele está muito bem, evitando cair em maiores exageros. Suas cenas de homossexualismo ao lado de Matt Damon podem até mesmo ser consideradas ousadas para um filme convencional, mas no final se mostram necessárias. É um filme dos mais interessantes, principalmente para quem gosta de adentrar um pouco mais na intimidade dos ricos e famosos. De quebra temos um final dos mais bem bolados, muito significativo e bem de acordo com as extravagâncias de Liberace.
Minha Vida com Liberace (Behind the Candelabra, Estados Unidos, 2013) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Richard LaGravenese, baseado no livro de Scott Thorson / Elenco: Michael Douglas, Matt Damon, Scott Bakula, Eric Zuckerman / Sinopse: Liberace (Michael Douglas) é um famoso pianista e showman de Las Vegas. Amado pelas donas de casa da América ele esconde um segredo em sua vida particular: é gay e apaixonado por um jovem rapaz do interior, Scott (Matt Damon). O filme narra o conturbado relacionamento amoroso de ambos.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de junho de 2013
Terapia de Risco
É talvez esse seja justamente o grande deslize do filme. O roteiro é daquele tipo com várias reviravoltas, algumas nada plausíveis. De repente ninguém é o que aparenta ser e tudo vira de cabeça para baixo (não se preocupem não darei spoiler no texto). A trama também se mostra bem arrastada e para falar a verdade não existem personagens muito interessantes. Talvez, apenas talvez, o enredo desperte algum interesse nos estudantes de psiquiatria mas eles provavelmente também ficarão decepcionados com os furos de lógica e diagnostico que se alastram durante todo o desenrolar da estória. Catherine Zeta-Jones também não convence. Com maquiagem escura, pesada (provavelmente para realçar o lado mais sombrio de sua personagem) a atriz passa o tempo todo falando de forma sussurrada, o que demonstra que não conseguiu encontrar o tom certo para sua interpretação. Os grupos GLS também não ficarão nada contentes com sua caracterização em cena. No final das contas temos que admitir que o filme não passa de outra decepção assinada pelo irregular Steven Soderbergh.
Terapia de Risco (Side Effects, Estados Unidos, 2013) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rooney Mara, Channing Tatum, Jude Law, Catherine Zeta-Jones / Sinopse: Psiquiatra bem sucedido começa a usar uma nova droga em sua paciente depressiva. O tratamento porém começa a sair perigosamente do que era planejado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Magic Mike
Por falar em elenco a trama gira basicamente em torno da vida de três personagens centrais. O primeiro é o próprio Magic Mike (Channing Tatum). Vivendo de trabalhos braçais (como na construção civil e na construção de móveis residenciais) ele se apresenta em clubes noturnos de stripers apenas para juntar uma grana para abrir seu próprio negócio. O ator Channing Tatum mostra intimidade com o babado, até porque ele próprio viveu de tirar a roupa antes de sua carreira como ator decolar. O segundo personagem é um jovem de apenas 19 anos que perde sua bolsa de estudos numa universidade após agredir o seu técnico de futebol. Sem grana e sem emprego topa entrar no jogo que é comandado por Dallas (Matthew McConaughey), um veterano striper que agora comanda seu próprio show e que tem planos de levar seu grupo para uma casa noturna maior e mais moderna em Miami (a estória do filme se passa em Tampa, na Flórida). Embora tenha esse núcleo dramático envolvendo todos esses personagens esqueça essa questão pois tudo é bem superficial mesmo e como escrevemos tudo parece uma simples desculpa para os fortões rebolarem até dizer chega! Por falar neles é uma pena ver Matthew McConaughey regredir com esse tipo de papel, logo ele que vinha apresentando um bom trabalho em filmes realmente bons nos últimos anos. O seu Dallas no filme não passa de um cretino e ele para falar a verdade não diz a que veio se limitando a andar de fio dental pra lá e pra cá. Enfim é isso, “Magic Mike” não tem segredo, é apenas um filme apelativo que usa as cenas de strips de seus atores para chamar a atenção de seu público alvo – mulheres apenas. Para os homens heteros que estiverem em busca de bom cinema é bom desistir de tentar encontrar algo aqui pois certamente ficarão nus com a mão no bolso.
Magic Mike (Magic Mike, Estados Unidos, 2012) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Reid Carolin / Elenco: Channing Tatum, Matthew McConaughey, Joe Manganiello, Alex Pettyfer, Matt Bomer, Olivia Munn / Sinopse: Magic Mike conta a estória de um grupo de stripers masculinos que tentam ganhar a vida tirando a roupa para mulheres em um clube noturno.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Doze Homens e Outro Segredo
Aqui Danny Ocean (George Clooney) resolve viver longe do mundo da criminalidade. Casado com Tess (Julia Roberts) ele só quer mesmo paz e tranqüilidade. As coisas começam a mudar quando o ex-marido de Tess, o almofadinha Terry Benedict (Andy Garcia), resolve recuperar todo o dinheiro que lhe foi roubado pelo grupo de Danny Ocean no primeiro filme. Ao mesmo tempo Ocean resolve se precaver e muda de idéia, resolvendo reunir novamente seus comparsas para aquele que seria o super roubo de sua carreira. O alvo dessa vez porém fica na Europa. Nesse ínterim a agente do FBI Isabel Lahiri (Catherine Zeta-Jones) começa o seu acerto de contas contra Rusty (Brad Pitt), um dos membros da equipe de Ocean. Seguem-se as costumeiras perseguições, cenas espetaculares e muita ação. Assim temos mais do mesmo. O roteiro se concentra nos preparativos do grande assalto enquanto os demais personagens apenas passeiam em cena. Um dos problemas dessa franquia é justamente esse, o excesso de personagens. Com tanta gente em cena ao mesmo tempo nenhum papel chega a ser bem desenvolvido, nem o de Ocean (Clooney). Júlia Roberts e Catherine Zeta-Jones não acrescentam em nada ao resultado final e mais parecem penetras no clube do Bolinha de Clooney. Os atores também não parecem levar nada à sério, em especial Brad Pitt que mais parece estar de férias na Europa. Se não é para ser levado à sério então porque o espectador vai se importar? Mesmo assim até que funciona como passatempo ligeiro, leve, mesmo que você esqueça tudo o que assistiu dois minutos depois do filme terminar.
Doze Homens e Outro Segredo (Ocean's Twelve, Estados Unidos, 2004) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: George Nolfi / Elenco: George Clooney, Andy Garcia, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon, Catherine Zeta Jones, Vincent Cassel, Don Tiffany / Sinopse: Mais uma vez o grupo liderado por Dany Ocean (George Clooney Resolve partir para um grande roubo, só que dessa vez na Europa.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
O Segredo de Berlim
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Confissões de Uma Garota de Programa

O roteiro em si parece não ter um enredo linear. São vários flashes da vida dela, atendendo um cliente atrás do outro, indo às compras, almoçando, passando alguns momentos com seu namorado. Na realidade nada de muito importante ou relevante acontece durante a curta duração do filme (pouco mais de sessenta minutos) e quando chega o The End o público certamente ficará com a impressão de ter perdido seu tempo. Pelo menos o argumento não glamouriza o estilo de vida da protagonista, o que já é um mérito e tanto. Enfim, o filme não é muito bom mas mesmo assim, com todos esses problemas, acho que ainda vale a pena tirar um tempinho para conhecer esse tipo de idéia, quem sabe você pode até gostar da proposta do diretor.
Confissões de uma Garota de Programa (The Girlfriend Experience, Estados Unidos, 2009) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: David Levien, Brian Koppelman / Elenco: Sasha Grey, Chris Santos, Philip Eytan / Sinopse: O filme acompanha o dia a dia de uma garota de programa de luxo chamada Chelsea (Sasha Grey), seus clientes, seus encontros e sua vida privada.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Contágio

O elenco conta com vários nomes conhecidos mas todos eles, sem exceção, são desperdiçados. Em essência não passam de coadjuvantes de luxo. Gwyneth Paltrow está creditada como a principal atriz do filme o que me deixa admirado pois sua participação não tem absolutamente nada demais. Ela aparece e em pouco tempo some do mapa. Já Matt Damon tinha tudo para se destacar mas seu papel é raso (e tolo) como todos os demais. Bancando o "paizão" o ator realmente não sai muito disso, ficando no controle remoto. Suas reações em vista de grandes tragédias também não convencem, quase sempre caindo na caricatura. Outro talento jogado para escanteio é Kate Winslet. Interpretando uma médica ela aparece, fala meia dúzia de diálogos e vai para a insignificância! Jude Law tem um papel melhor, a do típico blogueiro que escreve sobre teorias da conspiração. Infelizmente também não é desenvolvido adequadamente. Enfim esse "Contágio" não me cativou. Achei sensacionalista demais, pouco desenvolvido em relação aos personagens e com clímax banal e decepcionante. Eu esperava bem mais, muito mais desse filme.
Contágio (Contagion, Estados Unidos, 2011) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Kate Winslet, Jude Law / Sinopse: Um vírus começa a se espalhar entre populações de diferentes países. Entre os contaminados estão um jovem americano, médicos e cientistas que tentam deter o avanço da nova doença contagiosa.
Pablo Aluísio.