quinta-feira, 4 de novembro de 2021

007 - O Mundo Não é o Bastante

Eu sempre gostei muito de Pierce Brosnan como o agente James Bond. Muitos dizem que os roteiros dos filmes que estrelou não eram lá grande coisa e talvez possa existir algum fundo de verdade nisso, mas a despeito de tudo o feeling do Bond original foi bem captado por Brosnan (mais até do que o atual Bond, o carrancudo e nada charmoso Daniel Craig). Na era de Brosnan como Bond o estúdio priorizou mesmo a ação, com cenas extremamente bem elaboradas, algumas inclusive entre as mais bem realizadas de toda a franquia. Esse foi o terceiro filme estrelado pelo ator, logo após os grandes sucessos de "007 Contra GoldenEye" de 1995 e "007 - O Amanhã Nunca Morre" de 1997. Seu contrato inicial determinava a realização de uma trilogia que chegaria ao final aqui. Se a produção fizesse o mesmo sucesso ele poderia renovar um novo contrato, caso contrário o estúdio iria atrás de outro ator.

Assim que chegou nas telas a fita logo se revelou outro grande êxito de bilheteria, o que abriu as portas para um quarto filme, "007 - Um Novo Dia Para Morrer" em 2002, o último que faria na pele de Bond. Curiosamente o estúdio ofereceu a Brosnan um novo contrato para a realização de mais três filmes, mas ele preferiu assinar para a produção de apenas mais um filme. Parecia preocupado em ser marcado para sempre por apenas um papel, algo que havia atingido outros atores que passaram pela série como no caso de Roger Moore. "The World Is Not Enough" fica na média de sua passagem pela franquia. É bem movimentado, tem uma trama que lembra os primeiros livros de Ian Fleming e conta com um vilão bacana. Em poucas palavras tem tudo o que fez da fórmula Bond uma das mais bem sucedidas da história do cinema. É divertido, movimentado e tem um bom ator no papel principal. Sinceramente não vejo como ter algo a mais do que isso em um filme da série do mais famoso agente secreto do cinema. Está realmente de bom tamanho.

007 - O Mundo Não é o Bastante (The World Is Not Enough, Inglaterra, Estados Unidos, 1999) Direção: Michael Apted / Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade / Elenco: Pierce Brosnan, Sophie Marceau, Robert Carlyle, Denise Richards, Judi Dench, John Cleese / Sinopse: O agente James Bond (Brosnan) enfrenta um novo vilão, um estranho sujeito que parece ser imune à dor física. Ao mesmo tempo ele precisa proteger uma rica herdeira do mundo do petróleo.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. 007 - O Mundo Não é o Bastante
    The World Is Not Enough
    Pablo Aluísio.

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  2. "...os roteiros não eram lá grande coisa."
    Adivinhe por que Pablo: ao contrario da era do Sean Connery, que se beneficiou do fato de todas estórias do filme saírem do ótimos livros do Ian Fleming, no tempo do Pearce Brosnan o talentoso escritor já havia morrido e não havia mais livros que já não houvessem sido filmados. O resultado foi o que se viu. Um dos melhores atores (pra mim o melhor despois do Sean Connery) para o papel de James Bond, mas com roteiros escritos por pernas de pau que não eram nem sombra do fabuloso Ian Fleming. Ator certo na hora errada. Mesmo assim os filmes são muito melhores que os do Roger Moore só pela presença do Pearce Brosnan com 007.

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  3. O Pierce Brosnan tinha um estúdio disposto a lhe dar as melhores produções, equipe técnica, mas faltava mesmo o material original. Como você mesmo disse o autor Ian Fleming já estava morto há muitos anos. O único filme do Brosnan baseado em obra mesmo do Fleming foi Goldeneye - se eu não estiver equivocado nessa afirmação pois não tenho plena certeza.

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    1. Goldeneye não era uma estória do Ian Fleming, mas sim uma estória original do Michael France e depois rescrita por um monte de roteiristas, e na verdade, era a primeira vez que o 007 não tinha uma estória do Ian Fleming. Entretanto esse filme acabou sendo o melhor da era Brosnan porque foi dirigido pelo Martin Campbell, um craque.

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  4. Outro que vi no cinema. Realmente o vilão é legal e tem bastante ação, mas a mocinha é fraca e o final achei anti-climax.

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