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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

007 - Um Novo Dia Para Morrer

Esse foi o último filme de Pierce Brosnan no papel de James Bond. Depois da era Roger Moore, Brosnan foi o mais bem sucedido ator a interpretar o famoso agente inglês, a tal ponto que a MGM não queria descartá-lo da franquia, havendo ainda a possibilidade dele realizar mais dois ou até mesmo três filmes com o personagem! Infelizmente as negociações não foram em frente e o ator deu adeus a Bond pelo menos no cinema (no mundo dos games ele ainda iria emprestar sua voz uma última vez no jogo "James Bond 007: Everything or Nothing", um ano depois). Pois bem, esse "Die Another Day" é um dos que mais se aproximam do velho espírito dos primeiros filmes com Bond, com direito até mesmo a uma fortaleza na neve que poderia ter saído diretamente de produções como "O Satânico Dr. No". Os vilões são os norte-coreanos (o que não ficou datado, haja visto as insanidades do ditador Kim Jong-Un quando o filme foi lançado).

Há uma ótima Bond Girl no filme. Ao lado de James Bond surge uma agente americana chamada Jinx Johnson interpretada pela atriz Halle Berry (na época em grande fase na carreira). Como convém em todo filme com 007 há muita ação, perseguições mirabolantes, pirotecnia e invenções tecnológicas de última geração, com direito até mesmo a um Aston Martin com uma camuflagem inovadora que o deixava completamente invísivel! Numa das cenas mais bem elaboradas o agente inglês usa justamente esse veículo especial para liquidar um assassino norte-coreano em uma fortaleza de gelo no hemisfério norte - vamos convir que nada poderia ser mais James Bond do que isso, não é mesmo?

007 - Um Novo Dia Para Morrer (Die Another Day, Inglaterra, Estados Unidos, 2002) Direção: Lee Tamahori / Roteiro: Neal Purvis, baseado nos personagens criados por Ian Fleming / Elenco: Pierce Brosnan, Halle Berry, Judi Dench, John Cleese, Michael Madsen / Sinopse: O agente britânico James Bond (Pierce Brosnan) precisa deter um general da Coreia do Norte que deseja colocar as mãos em uma arma nuclear que pode destruir o mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("Die Another Day" de Madonna).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Na Teia de Aranha

Essa foi a segunda vez que o ator Morgan Freeman interpretou o especialista forense Alex Cross. O primeiro filme havia sido lançado três anos antes com o título nacional de "Beijos que Matam". Baseados nos romances policiais escritos por James Patterson, essas produções eram muito boas, com roteiros que prendiam o espectador da primeira à última cena. Algo cada vez mais raro de encontrar nos dias de hoje. Curiosamente o que prometia ser uma longa franquia para Freeman acabou se encerrando aqui nesse segundo filme, sem maiores explicações. Uma pena. Pois bem o enredo desse segundo filme era também tão interessante quanto o primeiro filme.

Arrasado depois de ter sua parceira assassinada por um serial Killer, Cross pensa em se aposentar, mas logo precisa voltar à ativa porque outro assassino em série começa a atuar na capital dos Estados Unidos. Ele rapta a filha de um senador e toda a força policial é colocada para encontrar seu paradeiro. Cross porém logo percebe, com sua vasta experiência, que o criminoso está na verdade tecendo uma complexa rede, tal como se fosse um jogo entre ele e os investigadores que estão à sua procura. Por essa razão ele passa a ser chamado de Spider, justamente por seu modo de agir. No final quem acaba ganhando é o espectador pois esse é um daqueles bons filmes sobre serial killers que não decepcionam. Além disso vamos combinar, esse tipos, a dos assassinos seriais, sempre rendem bons momentos no cinema.

Na Teia de Aranha (Along Came a Spider, Estados Unidos, 2001) Direção: Lee Tamahori / Roteiro: Lee Tamahori, baseado no livro escrito por James Patterson / Elenco: Morgan Freeman, Michael Wincott, Monica Potter / Sinopse: Talentoso investigador forense precisa voltar à ativa, na véspera de sua aposentadoria, para perseguir e encontrar um serial killer que sequestrou a filha de um importante senador dos Estados Unidos. Destaque para a trilha sonora composta por Jerry Goldsmith, que foi premiada pelo BMI Film & TV Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

No Limite

Título no Brasil: No Limite
Título Original: The Edge
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lee Tamahori
Roteiro: David Mamet
Elenco: Anthony Hopkins, Alec Baldwin, Elle Macpherson

Sinopse:
Um bilionário excêntrico, Charles Morse (Anthony Hopkins), decide ao ir ao lado da esposa e um fotógrafo a uma distante região do Alasca. Após seu avião sofrer uma pane os três acabam tendo que sobreviver naquela inóspita, fria e distante terra. Uma verdadeira luta pela sobrevivência decidirá quem é o mais apto para sobreviver.

Comentários:
É um dos filmes mais esquisitos que já assisti em minha vida. Essa opinião não é baseada em cima do enredo, nada disso, mas sim da proposta muito bizarra de colocar o ator Anthony Hopkins em uma atuação meramente física e fora de seu habitual. Ele passa muito tempo em cena fazendo caretas e grunhidos como se fosse um animal selvagem que foi encarcerado na civilização e depois solto na natureza. Para tornar o humor involuntário ainda mais acentuado o colocaram para contracenar com o canastrão Alec Baldwin. A competição para ver quem faz a expressão mais sem noção é de rolar de rir no chão. É o típico filme em que o tiro saiu pela culatra. Os produtores procuravam por um filme visceral, que apelasse para o instinto mais animalesco do ser humano, mas tudo o que conseguiram realizar foi uma comédia de humor involuntário. Grande bola fora na carreira de Hopkins, que não precisava pagar esse tipo de mico nessa altura de sua carreira. O texto escrito pelo grande David Mamet também é outra decepção. Provavelmente esse seja o único roteiro de sua carreira que considero uma grande bobagem.

Pablo Aluísio.