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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Drácula

No século XV um nobre romeno, Vlad Tepes, luta ao lado da Igreja Cristã Romena para expulsar os turcos da região dos Cárpatos. Sua noiva, Elisabetha (Winona Rider), acreditando que Vlad havia morrido nos campos de batalha, não suporta e comete suicídio atirando-se no rio. Porém seu grande amor não estava morto e, ao retornar da guerra, fica sabendo da morte da amada. E pior: ouve do padre Cesare que a alma de Elisabetha estava amaldiçoada por ter cometido suicídio. Neste momento, Vlad, corroído por um ódio gigantesco, renuncia, não só à igreja, mas também a Deus. Depois de romper com a igreja e com Deus, Vlad alia-se ao anti-cristo, atinge a imortalidade, e passa a ser chamado de Conde Drácula (o filho do diabo), passando assim a alimentar-se de sangue, numa prática conhecida como vampirismo. Depois de quatrocentos anos, Drácula descobre que o espírito de Elizabetha reencarnou em Londres com o nome de Wilhelmina Murray (Winona Rider), ou simplesmente, Mina Murray. Jonathan Harker (Keanu Reeves), noivo de Mina, é um jovem negociante que resolve em certa ocasião viajar à Transilvânia até a fúnebre mansão do Conde Drácula a fim de vender para o funesto proprietário dez terrenos na região de Londres. Chegando à mansão, Jonathan começa a desconfiar do estranho anfitrião, mas antes que consiga fugir, é feito prisioneiro do Conde demoníaco. Com Jonathas prisioneiro, o caminho de Drácula fica livre para que ele viaje até Londres em busca de sua amada eterna. Porém o que Drácula não sabe é que o Dr. Van Helsing (Anthony Hopkins) pode estragar todos os seus planos pois o caçará de forma implacável.

Na melhor, e mais fiel, adaptação do livro "Drácula", escrito em 1897 pelo irlandês Abraham Stoker, ou simplesmente Bram Stoker (1847-1912), Coppola realizou de forma magistral um mosaico aterrorizante e perfeito do famoso e demoníaco Conde da Transilvânia: Vlad Tepes (Drácula) - O Empalador. Ou seja, uma criatura sensual, aterrorizante, carismática e depravada. Com pinceladas na fotografia que vão desde um cianótico entristecido, até um vibrante e sensual vermelho, a obra instigante de Coppola encanta e atormenta as mentes mais centradas e ajustadas. O longa - "Drácula de Bram Stoker" (Bram Stoker's Dracula - 1992) marca de forma indelével as atuações da bela e translúcida Winona Ryder e do excelente e performático Gary Oldman. Os dois são o sustentáculo de um roteiro excelente e perturbador que a todo instante nos deixa em dúvida de tudo o que realmente é real ou onírico. A cada cena, os personagens parecem atravessar a estrada lúgubre que desemboca nas esquinas da sensualidade, da luxúria e do horror. Num exame mais profundo da obra, descobrimos que um despudorado e genial Francis Ford Coppola, consegue injetar, de forma lenta e profunda, doses letais de anfetamina nas veias de uma charmosa Inglaterra Vitoriana. Uma obra magnífica!

Drácula de Bram Stoker (Dracula, EUA, 1992) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro:  James V. Hart baseado na obra de Bram Stoker / Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci / Sinopse: Jonathan Harker (Keanu Reeves) vai a um distante e isolado castelo com a missão de vender uma propriedade a um estranho e recluso Conde chamado Drácula (Gary Oldman). Ao ver o retrato de sua amada o monstro fica admirado com a semelhança com sua antiga paixão, uma jovem falecida há muitos séculos. Não tardará para que o Conde vá ao seu encontro.

Telmo Vilela Jr.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Planeta dos Macacos: O Confronto

Já havia gostado bastante do primeiro filme, "Planeta dos Macacos: A Origem" de 2011 e agora pude constatar que a continuação, se não é tão boa quanto o filme anterior, pelo menos manteve um bom nível. É bom lembrar que essa é na verdade a terceira franquia desse universo. A primeira começou justamente no filme clássico "O Planeta dos Macacos" de 1968, estrelado por Charlton Heston e com direção de Franklin J. Schaffner. Depois vieram várias continuações e até uma série de TV. A segunda se limitou àquele interessante filme dirigido por Tim Burton de 2001 e agora temos essa nova leva de produções. A tônica aqui é mais realista. O grande destaque vai para Caesar (Andy Serkis), um macaco fruto de experiências pioneiras no primeiro filme. Ele desenvolve uma inteligência quase humana e depois se torna líder de seu bando. Nessa segunda produção Caesar e seus seguidores vão para uma reserva florestal nos arredores de San Francisco. 

Um vírus mortal criado em laboratório, que inclusive era usado em experiências com macacos, se disseminou entre a população humana. Noventa por cento da humanidade morreu por causa de sua proliferação. O que sobrou dos seres humanos no planeta agora se organiza em pequenas comunidades de sobrevivência. Dreyfus (Gary Oldman) lidera uma delas. O maior desafio é manter a geração de energia, mas para isso eles precisam recuperar uma usina hidrelétrica que se localiza justamente no território do grupo de Caesar, algo que pode desencadear uma verdadeira guerra entre macacos e homens. Ao custo de 170 milhões de dólares essa sequência se notabiliza pelo bom roteiro (que não chega a ser tão criativo como a do primeiro filme) e dos excelentes efeitos de computação gráfica.

Todos os animais do filme são meras criações digitais. Nesse caso os efeitos não são gratuitos, muito pelo contrário, eles ajudam a contar uma história muito bem desenvolvida. Para os críticos esse filme não passaria de um remake menos talentoso de "A Batalha do Planeta dos Macacos" (1973), assim como "Planeta dos Macacos: A Origem" nada mais seria do que uma refilmagem de "A Conquista do Planeta dos Macacos" (1972), ambos da franquia original. Eu vejo esse tipo de comparação com reservas. Na verdade há elementos novos, bem originais para se falar a verdade, tudo impulsionado por descobertas e teses científicas que inexistiam quando os primeiros filmes foram realizados na década de 70. Além disso há uma bem explorada rivalidade entre o líder Caesar e aquele que deveria ser seu braço direito, Koba (Toby Kebbell). Esse teria desenvolvido uma personalidade psicopata por causa das terríveis torturas a que teria sido submetido quando não passava de uma cobaia em cativeiro, o que obviamente criou em sua mente um grande trauma em relação aos seres humanos. Já Caesar teria tido uma outra vivência, principalmente com o pesquisador interpretado por James Franco, que teria lhe ensinado que os seres humanos também poderiam ser bondosos e amigos. Essa diferença de visões acabaria levando Koba e Caeser para um confronto mortal. Então em resumo é isso. Temos aqui um bom filme que me agradou bastante. A boa notícia é que fica bem claro no desfecho que haverá uma sequência em breve, a terceira dessa nova série. Se manter o bom nível dos dois primeiros filmes teremos certamente, no mínimo, uma boa diversão pela frente.

Planeta dos Macacos: O Confronto (Dawn of the Planet of the Apes, Estados Unidos, 2014) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Mark Bomback, Rick Jaffa / Elenco: Gary Oldman, Keri Russell, Andy Serkis, Toby Kebbell, Jason Clarke / Sinopse: Após noventa por cento da humanidade morrer por causa de um vírus produzido em laborátorio, humanos e macacos entram em conflito por causa de uma usina hidrelétrica localizada nos arredores de San Francisco. Filme indicado ao Oscar e ao BAFTA Awards na categoria de Melhores Efeitos Visuais (Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett e Erik Winquist).

Pablo Aluísio. 

sábado, 7 de novembro de 2015

RoboCop

O primeiro RoboCop é uma pequena obra prima dos anos 80. Claro que as várias sequências, algumas bem ruins, saturaram de certa maneira o personagem. Isso porém nunca tirou o mérito original do primeiro filme. Agora com a escassez de ideias que assola Hollywood resolveu-se realizar um remake, zerando a franquia, recomeçando tudo de novo. O resultado é essa nova versão dirigida pelo brasileiro José Padilha. Como ele foi o diretor dos excelentes filmes nacionais da franquia "Tropa de Elite" eu pensei que haveria mais conteúdo e substância nessa repaginada. Afinal de contas até mesmo o filme original colocava em pauta assuntos interessantes como a força das corporações controlando o aparelho policial que deveria ficar nas mãos do Estado. Certamente haveria bom material para levar adiante.

Padilha porém não se aprofundou muito nesse aspecto. De certa maneira ele se rendeu ao sistema mais formulaico que os grandes estúdios impõe em filmes como esse. Não houve o menor espaço para Padilha ser minimamente autoral. Ele parece o tempo todo mais preocupado em ser aceito dentro da indústria americana de cinema do que desenvolver algo que venha a ser marcante. O discurso político foi devidamente varrido para debaixo do tapete, ou melhor dizendo, amenizado ao máximo. O que sobrou foi um filme de ação e violência até competente, mas que poderia ser muito mais do que realmente é. Afinal de contas qual seria a necessidade de refilmar algo que já foi tão bom sem acrescentar nada em troca? Deixando tudo isso de lado vale a pena ao menos elogiar a competência técnica que o filme apresenta e a boa atuação de Joel Kinnaman no papel principal. Um ator já bem conhecido dos fãs da série "The Killing" ele certamente surpreendeu positivamente no papel do policial Alex Murphy.

RoboCop (Estados Unidos, 2014) Direção: José Padilha / Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier / Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton / Sinopse: Remake do clássico RoboCop de 1987. A história segue basicamente a mesma. Policial é ferido e acaba se tornando o protótipo de um novo programa que busca criar um novo tipo de homem da lei, unindo a racionalidade e a precisão de uma máquina com a consciência de um ser humano. Nasce assim RoboCop, meio homem, meio máquina, um tira total.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Alma Perdida

Título no Brasil: Alma Perdida
Título Original: The Unborn
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: David S. Goyer
Roteiro: David S. Goyer
Elenco: Odette Annable, Gary Oldman, Cam Gigandet
  
Sinopse:
Casey Beldon (Odette Annable) é uma jovem estudante, completamente normal como outras de sua idade, que começa a sofrer de pesadelos e alucinações. Ela passa a ter visões de um garotinho que ao que tudo indica é apenas um espírito errante. Com o tempo a situação vai piorando e ela busca ajuda com o rabino Rabbi Sendak (Gary Oldman). Também parte em busca de maiores informações sobre o passado de sua família e encontra toda a explicação sobre a origem daquele mal com uma senhora que vive em um asilo, Sofi Kozma (Jane Alexander). Filme premiado pelo BET Awards.

Comentários:
Em nenhum momento chega a ser um grande filme de terror, porém apresenta alguns aspectos interessantes em seu roteiro. Quando Casey começa a ter visões de um garoto ela vai até Sofi Kozma, uma idosa que vive em um asilo, que acaba explicando quem é o que seria aquela alma perdida que estaria lhe atormentando. Tudo teria começado na II Guerra Mundial quando ela e seu jovem irmão foram enviados ao campo de concentração de Auschwitz. Como eram gêmeos logo caíram nas mãos dos médicos da SS (embora seu nome não seja citado, é óbvio que se trataria de Josef Mengele e sua equipe de psicopatas). Como se sabe Mengele promoveu experiências terríveis com gêmeos e assim Sofi e seu jovem irmão foram submetidos a todos os tipos de barbaridades. O garoto morre, mas ela sobrevive. Naquele ambiente de destruição absoluta um portal é aberto e um Dybbuk teria entrado em nosso universo (No folclore judeu, um dybbuk ou dibbuk seria um espírito humano que, devido aos seus pecados pregressos, vagueia incansavelmente até que encontre refúgio no corpo de uma pessoa viva). Assim ao longo dos anos esse espírito teria perseguido os membros da família de Casey. Pena que o roteiro não tenha se preocupado em explorar mais esse tema, se contentando em apenas reforçar o sensacionalismo barato, principalmente na cena final quando temos um exorcismo diferente, baseado no Judaísmo. Os efeitos especiais são apenas esporádicos e não muito relevantes. Apenas há uma boa cena que os explora adequadamente, quando o Rabino interpretado por Oldman encontra uma estranha criatura (um cão com o rosto invertido) no altar de sua sinagoga. Fora isso o suspense se mantém em nível apenas mediano, sendo os sustos realmente escassos e bem raros. A pancadaria final, no ritual do exorcismo, é a pá de cal em um filme que preferiu as estripulias e pirotecnias de uma Hollywood comercial demais a um trabalho mais desenvolvido em cima do tema central (que inegavelmente é bem curioso).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Força Aérea Um

Título no Brasil: Força Aérea Um
Título Original: Air Force One
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Andrew W. Marlowe
Elenco: Harrison Ford, Gary Oldman, Glenn Close

Sinopse:
O presidente dos Estados Unidos James Marshall (Ford) vai até Moscou e lá realiza um discurso contra o terrorismo internacional, expondo a política de tolerância zero que seu país tomará dali em diante sobre o tema. Na volta para casa porém o Air Force One ("Força Aérea Um" - codinome do avião presidencial) é tomado de refém por um grupo extremamente perigoso e armado de terroristas radicais. Todos os passageiros e membros da tripulação se tornam reféns. O presidente porém  resolve enfrentar os criminosos que se apoderaram de seu avião...

Comentários:
Eu fico imaginando um filme desses realizado no Brasil. Nos Estados Unidos eles possuem essa visão bem glamorizada (e romântica) de seus presidentes. São venerados e adorados quase como se fossem lendas da Idade Média. Basta lembrar o carinho que aquela nação tem por alguns líderes da sua história como Lincoln ou Kennedy. No Brasil não existe nada parecido. Nossos presidentes geralmente viram ou alvo de piadas ou de ódio mortal. Na história do Brasil não conheço nenhum presidente que tenha ganho qualquer sentimento minimamente parecido com o que vemos tão frequentemente na América. Se o filme fosse feito no Brasil certamente viraria motivo de chacota e piada. Mas deixemos isso de lado. "Air Force One" foi muito badalado em seu lançamento. Trazia algo novo que seria imitado alguns anos depois em outras produções - a figura do presidente herói, íntegro até o último grau que não hesitava em colocar sua própria vida em perigo para salvar as demais pessoas inocentes. O roteiro é do tipo que não dá trégua ao espectador. Provavelmente tenha sido escrito dessa forma porque se pararmos para pensar sobre o que vemos na tela certamente descobriremos centenas de furos na trama. O ritmo é do estilo "não perca a respiração"! Harrison Ford está menos antipático do que o habitual e o diretor Wolfgang Petersen consegue no mínimo entregar um action movie eficiente. Esse é do tempo em que Harrison Ford era sinônimo de blockbusters e sucessos de bilheteria. Já faz um tempão...

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de março de 2015

RoboCop

Título no Brasil: RoboCop
Título Original: RoboCop
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Columbia Pictures
Direção: José Padilha
Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier
Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton

Sinopse:
Alex Murphy (Joel Kinnaman) é um policial que cumpre muito bem suas funções, tanto que acaba descobrindo um jogo sujo envolvendo tiras como ele. Antes que denuncie o esquema acaba sofrendo um atentado a bomba que deixa seu corpo destroçado. Isso acaba se tornando uma ótima oportunidade para que um projeto de unir homem e máquina em prol da lei seja revitalizado, surgindo daí RoboCop, o modelo ideal do policial do futuro.

Comentários:
Remakes via de regra são bem desnecessários, a não ser que o material original dê margem para uma nova releitura, mais atualizada e moderna. O primeiro filme com o policial do futuro soava muito interessante na década de 80. Era um filme de ficção policial que não se resumia a apresentar a mais pura ação descerebrada, pois tinha um interessante argumento por trás (a mudança da estrutura estatal da segurança pública para o mundo corporativo). "RoboCop" assim seria a materialização da transformação pelo qual a sociedade passava na época (inclusive sob o ponto de vista tecnológico). Até hoje é considerado um bom filme, muito coeso e bem realizado. Então chegamos a esse novo remake. Houve mesmo alguma necessidade em realizar essa obra? Sinceramente depois de assistir cheguei na conclusão que não! O cineasta José Padilha é sem dúvida talentoso, basta lembrar de "Tropa de Elite", mas aqui ele foi controlado completamente pela máquina industrial do cinema americano. No fundo não há nada de autoral nessa revisão. Ora, se o novo RoboCop não traz maiores novidades (o roteiro segue praticamente o mesmo, sem traços do diretor em seu conceito) para que refazer o que já tinha ficado tão bom? No papel principal de Alex Murphy temos o ator Joel Kinnaman, que interpreta o policial noiado da boa série "The Killing". Se não surpreende, pelo menos não atrapalha. Sua atuação é uma das poucas novidades dignas de nota. Assim chegamos na conclusão que o novo "RoboCop" não tinha mesmo razão para existir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Batman Begins

Com o último filme da trilogia estreando nas telas resolvi rever as duas primeiras produções da franquia a começar por esse "Batman Begins" que só tinha assistido uma única vez justamente na sua estréia. Lembro que gostei bastante na época mas como já não me recordava muito dos detalhes resolvi reavaliar. Acredito que nessa altura do campeonato ninguém mais duvida da qualidade dessa nova trilogia e todas as suas qualidades já surgem aqui no primeiro filme. O roteiro é muito bem escrito fazendo com que a trama, muito inteligente por sinal, se feche redondinha em si. O argumento consegue contar as origens do herói sem se focar apenas nisso abrindo espaço também para uma boa aventura ao estilo dos quadrinhos com o vilão Espantalho. O que mais caracteriza essa nova releitura de Batman no cinema assinada por Christopher Nolan é o apego com a realidade. Mesmo lidando com um personagem de universo fantástico como Batman o diretor tenta de todas as formas manter sempre um pé na realidade. Essa situação fica mais evidente se lembrarmos de outras encarnações do morcego nas telas de cinema. Não há espaço para a fantasia em excesso, o Batman de Nolan é o mais próximo possível do que seria um universo plausível, longe de exageros ou tramas infanto-juvenis.

Outro ponto forte de "Batman Begins" é seu elenco. A escolha de Christian Bale se mostrou acertada. Ele é notoriamente um ator pouco carismático ou simpático mas que se torna adequado para o personagem Batman pois esse é um sujeito com muitos demônios internos, frustrações e traumas pessoais. Assim o semblante taciturno de Bale acaba caindo como uma luva para o cavaleiro das trevas. Cillian Murphy também surge muito bem como um psiquiatra almofadinha com ar insuportável que acaba utilizando de alucinações induzidas para aumentar seus domínios. Rever os veteranos Morgan Freeman e Michael Caine sempre é um prazer e até a chatinha Katie Holmes surge bem em seu papel. Já Liam Neeson parece não ter esquecido ainda seu personagem Jedi - a todo momento ficamos com a impressão que ele vai sacar um sabre de luz! Em suma, Batman que quase sempre se deu bem nos cinemas aqui ressurge de forma muito satisfatória, em um bom roteiro que discute a diferença entre justiça e vingança de forma muito inteligente e perspicaz. "Batman Begins" é um filme à prova de falhas, bom de sua primeira à última cena, que aliás anuncia o surgimento do Coringa na franquia. Mas essa é uma outra história...

Batman Begins (Idem, Estados Unidos, 2005) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, David S. Goyer baseados nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Christian Bale, Cillian Murphy, Michael Caine, Morgan Freeman, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Rutger Hauer, Tom Wilkinson, Ken Watanabe / Sinopse: Após testemunhar a morte de seus pais o milionário Bruce Wayne (Christian Bale) resolve criar um símbolo de luta contra a criminalidade que se alastra em uma Gothan City corrupta e violenta. Esse símbolo passa a ser personificado por Batman, o Cavaleiro das Trevas.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Assassinato em Primeiro Grau

Título no Brasil: Assassinato em Primeiro Grau
Título Original: Murder in the First
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Marc Rocco
Roteiro: Dan Gordon
Elenco: Christian Slater, Kevin Bacon, Gary Oldman, William H. Macy

Sinopse:
Um adolescente de apenas 17 anos comete um pequeno roubo de uma quantia irrisória (apenas 5 dólares) mas acaba preso e condenado com uma pena pesada. Por ser indisciplinado acaba sendo levado para o "buraco", uma solitária por mais de 3 anos. Ao sair acaba demonstrando não estar bem mentalmente e acaba matando um outro preso. Agora um advogado corajoso tentará provar que os maus tratos que sofreu na prisão o enlouqueceram completamente. Filme indicado ao prêmio do Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Ator (Kevin Bacon).

Comentários:
Para quem gosta de filmes que lidam com temas mais sérios e relevantes esse "Murder in the First" é uma grande pedida. O roteiro é até simples, mas por trás dessa simplicidade se debatem aspectos importantes do sistema penal e prisional americano. Hoje em dia, com o eterno debate da maioridade penal no Brasil, o filme se torna ainda mais interessante. Até que ponto um sistema que puna um criminoso que comete um roubo de quantia irrisória é válido? E qual é a vantagem de um sistema penal que não consegue punir absolutamente ninguém como no caso Brasil? Na verdade se formos analisar friamente temos aqui uma situação de 8 ou 80. Após assistir a essa obra será impossível não parar para refletir sobre todas as nuances e detalhes dessa questão. No elenco temos um grupo maravilhoso de atores a começar pelo sempre correto e eficiente Gary Oldman. Kevin Bacon emplaca mais um bom personagem e finalmente William H. Macy praticamente quase rouba o filme dos demais. Fica assim a dica. A história de um sobrevivente de um sistema penal brutal.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Título no Brasil: Harry Potter e a Ordem da Fênix
Título Original: Harry Potter and the Order of the Phoenix
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: David Yates
Roteiro: Michael Goldenberg, baseado na obra de J.K. Rowling
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Gary Oldman, Maggie Smith, Emma Thompson, Alan Rickman, Imelda Staunton, Helena Bonham Carter, Robert Pattinson
  
Sinopse:
A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts tem uma nova professora, a senhorita Dolores Umbridge (Imelda Staunton). Por fora ela aparenta ser um doce de pessoa, muito amável e agradável, porém sua chegada em Hogwarts tem um objetivo obscuro e sinistro que fica devidamente escondido nas sombras. Assim que começa a ter cada vez mais poderes dados pelo ministério da Magia, ela começa a apertar o cerco contra os alunos e professores, promovendo uma série de medidas impopulares e sem muito sentido. Teria ela alguma ligação com o temido Lord Voldemort (Ralph Fiennes)? Filme indicado ao BAFTA Awards na categorias de Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Eu considero um dos melhores filmes da franquia de Harry Potter no cinema. Isso em razão do bom roteiro, que procura apostar no suspense ao invés de focar apenas na mera aventura. Há um clima de tensão na escola, afinal as coisas andam bem esquisitas por lá. Obviamente que Harry, Hermione e Ron logo descobrem que se trata de um plano maquiavélico para deixar os alunos indefesos no caso de um ataque contra Hogwarts. Eles então decidem aprender as técnicas de magia e bruxaria por si mesmos. Arranjam um salão na escola e vão para lá todos os dias treinar feitiços e magias de combate pois ao que tudo indica há um perigo concreto de que haverá em breve um ataque de Lord Voldemort (Ralph Fiennes) contra Hogwarts. E para surpresa de todos não parece haver ninguém capaz de parar os desmandos de  Dolores Umbridge (Staunton) que começa a perseguir professores e alunos que não concordam com seu modo de agir. Até mesmo Dumbledore parece se omitir na série de absurdos que vão sendo cometidos sob a direção de Umbridge. Harry Potter (Radcliffe) acaba descobrindo na própria pele que há mesmo algo muito soturno no ar. Esse foi o primeiro filme de "Harry Potter" dirigido pelo cineasta inglês David Yates que agradaria tanto aos executivos da Warner que voltaria dois anos depois para dirigir "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", encerrando com chave de ouro a passagem de Potter nas telas com os dois filmes da saga "Harry Potter e as Relíquias da Morte". Com estilo sóbrio, sem procurar impor sua própria marca autoral em cima de uma obra amada por muitos, o diretor acabou agradando tanto a crítica como ao público, se revelando o profissional ideal para encerrar uma das franquias de maior sucesso comercial da história do cinema. 

Pablo Aluísio.

sábado, 30 de agosto de 2014

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Título no Brasil: Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Título Original: Harry Potter and the Prisoner of Azkaban
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alfonso Cuarón
Roteiro: Steve Kloves, baseado na obra de J.K. Rowling
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Gary Oldman, Alan Rickman, Emma Thompson, Maggie Smith, Julie Christie

Sinopse:
Harry Potter (Daniel Radcliffe) retorna para Hogwarts, em seu terceiro ano na famosa escola de bruxos e magos. Agora terá que lidar com uma nova ameaça, após a fuga do assassino Sirius Black (Gary Oldman) da prisão de Azkaban. O objetivo do criminoso foragido e encontrar Potter para um desafio de vida ou morte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Trilha Sonora (John Williams) e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado a nove prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles Melhor Filme de Fantasia, Direção e Ator Coadjuvante (Gary Oldman).

Comentários:
Considero um dos melhores filmes da franquia Harry Potter. Isso se deve muito ao elenco e à direção que foi entregue ao talentoso Alfonso Cuarón (cineasta mexicano que havia se destacado por dirigir, entre outros, "Grandes Esperanças", sendo que recentemente foi destaque por ter realizado o que para muitos é sua maior obra prima, "Gravidade"). Além da direção diferenciada e caprichada, essa produção contou ainda com um time de atores coadjuvantes de primeira linha, a começar por Gary Oldman (deitando e rolando como Sirius Black), Emma Thompson (que aceitou interpretar a professora Sybil Trelawney para impressionar sua filhinha de apenas quatro anos, fã assumida de Harry Potter) e Julie Christie (para quem não sabe, um mito da era de ouro do cinema americano, a eterna Lara de "Dr. Jivago", aqui dando vida a uma personagem meramente secundária, Madame Rosmerta). Outro destaque do elenco vem da estréia do ator Michael Gambon na pele do mago Albus Dumbledore. Ele assumiu o papel após a morte de Richard Harris, falecido em 2002 após concluir sua participação em "Harry Potter e a Câmara Secreta". Além desses ótimos atores e atrizes em cena, o filme ainda se destaca pela excelente direção de arte e pela trama, uma das melhores escritas por J.K. Rowling. Enfim, realmente se tivesse que escolher o melhor filme da franquia pensaria seriamente em apontar para esse, onde todas as peças parecem estar no lugar certo.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de julho de 2014

O Profissional

Título no Brasil: O Profissional
Título Original: Léon
Ano de Produção: 1994
País: França
Estúdio: Gaumont, Les Films du Dauphin
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Jean Reno, Gary Oldman, Natalie Portman

Sinopse:
A jovem garota Mathilda (Natalie Portman) de apenas 12 anos acaba presenciando a morte de sua família em Nova York. Desesperada, ela acaba fugindo para o apartamento ao lado onde clama por refúgio. Lá mora o misterioso Léon (Jean Reno). Ele não interage socialmente com ninguém e procura levar uma vida sem chamar a atenção. O motivo é simples de entender, pois Léon é na realidade um assassino profissional que precisa viver nas sombras para realizar bem seu serviço. Da aproximação entre duas pessoas tão diferentes nasce uma improvável amizade. Filme indicado a sete categorias no César Awards, entre elas Melhor Direção, Ator (Reno) e Fotografia (Thierry Arbogast).

Comentários:
Não considero dos melhores filmes de Luc Besson, mas certamente é dos mais populares, inclusive no Brasil onde fez bela carreira profissional nos cinemas e depois no mercado de vídeo. O cineasta que sempre se notabilizou por realizar filmes intrigantes, com uma concepção visual que fugisse dos padrões mais comerciais do circuito, aqui optou por uma abordagem mais mainstream. Você encontrará pouca coisa de obras anteriores de Besson como o neopunk "Subway" ou o maravilhoso visual de "Imensidão Azul". Na verdade esse filme é uma espécie de irmão mais novo de outro filme do diretor sobre assassinos profissionais, o hoje cultuado "Nikita - Criada Para Matar" de 1990, que inclusive gerou uma popular série de TV nos Estados Unidos. A única diferença mais marcante entre as duas produções é que nessa Luc Besson centrou o foco muito mais no lado humano dos personagens, principalmente na complexa estrutura psicológica do assassino profissional Léon (em ótima interpretação do talentoso ator Jean Reno) e sua aproximação com Mathilda (Portman). Gary Oldman também está ótimo e Natalie Portman, ainda garotinha, já mostrava que tinha talento para dar e vender.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Minha Amada Imortal

Título no Brasil: Minha Amada Imortal
Título Original: Immortal Beloved
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Bernard Rose
Roteiro: Bernard Rose
Elenco: Gary Oldman, Jeroen Krabbé, Isabella Rossellini

Sinopse:
Mundialmente famoso e respeitado, o compositor Ludwig van Beethoven (Gary Oldman) passa por uma forte e constante crise existencial por não conseguir manter um romance com a mulher que ama, uma dama da sociedade que está indisponível para ele por questões morais e de costumes. Para superar sua desilusão amorosa Beethoven resolve então se refugir em sua música, criando algumas das maiores obras primas de todos os tempos.

Comentários:
Já que estamos falando de filmes românticos vamos relembrar esse "Immortal Beloved" que fez um belo sucesso no mercado de vídeo no Brasil quando foi lançado na década de 1990. O compositor Ludwig van Beethoven não era um sujeito fácil de conviver. A despeito de ser um dos maiores gênios musicais da humanidade era também um sujeito mal humorado, turrão e brigão. Os relatos de pessoas que conviveram com ele são bem uniformes sobre esse aspecto de sua personalidade forte e muito mercurial. Não raro tinha acessos de fúria e descontava suas frustrações e raivas com quem estivesse por perto. E quem diria, por baixo de toda essa maneira rude de ser, também se escondia um romântico inveterado. O roteiro desse filme explora justamente esse aspecto tão pouco conhecido de sua vida - tão misterioso inclusive que só foi revelado aos historiadores muitas décadas após sua morte, quando cartas foram encontradas em velhos arquivos históricos empoeirados. Isso mistifica em certa parte a tormentosa personalidade de Beethoven pois talvez tudo fosse apenas fruto de sua própria frustração amorosa. De uma maneira ou outra, temos aqui um belo filme, com ótima produção filmada na linda República Tcheca e de bônus uma atuação maravilhosa por parte de Gary Oldman no papel principal. Uma película especialmente indicada para todos os românticos incuráveis.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Conexão Perigosa

Título no Brasil: Conexão Perigosa
Título Original: Paranoia
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Reliance Entertainment
Direção: Robert Luketic
Roteiro: Jason Dean Hall, Barry L. Levy
Elenco: Liam Hemsworth, Gary Oldman, Harrison Ford, Richard Dreyfuss, Amber Heard

Sinopse:
Adam Cassidy (Liam Hemsworth) é um jovem pobre e ambicioso do Brooklyn em Nova Iorque que sonha em crescer dentro do ramo de empresas de alta tecnologia. Após várias tentativas em se destacar ele acaba caindo dentro de um perigoso jogo envolvendo dois magnatas do setor, Nicolas Wyatt (Gary Oldman) e Jock Goddard (Harrison Ford), velhos parceiros que se tornaram rivais mortais. Não demora muito para Adam descobrir todo o jogo sujo do mundo corporativo americano.

Comentários:
Uma tentativa de atrair o público mais jovem, mostrando o lado mais sombrio das grandes corporações de tecnologia da economia americana. Todos pretendem vencer a acirrada disputa pelo mercado e para isso não medem esforços, apelando para espionagem industrial, chantagens, roubos e até mesmo mortes. Curiosamente temos aqui um elenco estelar rodeando um ator bem medíocre, o tal de Liam Hemsworth. Muito fraco e sem expressão ele acaba estragando grande parte do potencial do filme. Esse seria um papel ideal para Tom Cruise caso ele fosse uns vinte anos mais jovem. Harrison Ford, que foi um dos maiores campeões de bilheteria das últimas décadas, se recolhe a um papel coadjuvante, quem diria. Ele surge em cena careca, com um visual estranho, e tenta incorporar para seu papel maneirismos à la Steve Jobs. Gary Oldman, também em papel secundário, se sai bem melhor, principalmente porque ele pode nunca ter sido um astro como Ford mas certamente sempre foi melhor ator do que ele. O roteiro não tem grandes surpresas mas ao menos consegue manter a atenção do espectador em sua trama enxuta. E como convém em thrillers atuais como esse há uma reviravolta nos últimos minutos mas nada que venha a comprometer o resultado final.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Hannibal

Título no Brasil: Hannibal
Título Original: Hannibal
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Universal Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro:  Thomas Harris, David Mamet
Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman

Sinopse:
A continuação da saga de Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), o canibal assassino. Ele agora está na Itália, trabalhando como curador em um museu. Clarice Starling (Julianne Moore), a agente do FBI a quem ele ajudou a prender um assassino em série, foi colocada no comando de uma operação, mas quando um de seus homens é encurralado ela precisa assumir todas as responsabilidades. Para piorar uma das vítimas de Lecter resolve usar a agente para atrair o famoso psicopata de volta aos Estados Unidos. O jogo de vida ou morte está prestes a começar.

Comentários:
Esse foi o segundo filme com o famoso personagem interpretado pelo ótimo ator Anthony Hopkins. As expectativas eram grandes, afinal "O Silêncio dos Inocentes" tinha sido tão bom, tão bem recebido pela crítica e público. O que poderia dar errado? Pois é, deu errado mesmo. Esse segundo filme não é bom. Em minha opinião aliás é bem ruim, não tenho receios de dizer. Entretanto não culpo os realizadores do filme, os atores, roteiristas, etc. Eu culpo o autor do livro original. A história já era ruim no livro - então o filme estava mesmo condenado. Se o material original é ruim, o que fazer? Não tem salvação. Há inclusive uma cena do Dr. Lecter praticamente fazendo uma refeição no cérebro aberto de uma vítima que me fez cair a ficha sobre a ruindade de tudo. Esse é um daqueles filmes que decepcionara muito quem esperava por um bom segundo filme. Ruim mesmo!
 
Pablo Aluísio.

sábado, 1 de março de 2014

RoboCop

Título no Brasil: RoboCop
Título Original: RoboCop
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Columbia Pictures
Direção: José Padilha
Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier
Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton

Sinopse:
Após algumas investigações o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) descobre um amplo esquema de corrupção envolvendo a corporação. Como retaliação acaba sofrendo um terrível atentado a bomba ao abrir seu carro. À beira da morte, sem possibilidade de continuar vivo pelos meios convencionais a empresa OmniCorp resolve usar o que sobrou de seu corpo numa nova tecnologia inovadora que une máquina e homem em apenas um organismo. Nasce assim RoboCop, um novo conceito de policial do futuro, pronto para combater a criminalidade pelas ruas da suja e violenta Detroit.

Comentários:
Remakes são complicados, ainda mais de filmes marcantes. O primeiro RoboCop e suas sequências ainda são muito presentes na memória dos cinéfilos. Por isso quando essa nova versão foi anunciada não fiquei muito entusiasmado. Como todos sabem a direção foi entregue ao talentoso cineasta brasileiro José Padilha, que se consagrou com o excelente "Tropa de Elite". Pois bem, finalmente temos agora um diretor de cinema no primeiro time em Hollywood. Dito isso é bom deixar claro algumas coisas. O novo "RoboCop" é um competente filme de ação futurista que na minha opinião se enquadra completamente dentro do que Hollywood tem produzido nos últimos anos. Não achei nada autoral como muito foi dito por aí. Certamente Padilha inseriu pequenos aspectos de sua visão pessoal sobre o personagem, isso é inegável, mas também é fato que o filme não sai muito do que se vê na linha de produção do cinema americano atualmente.

O argumento segue sendo basicamente o mesmo, com pequenas mudanças na trama que não a descaracteriza e nem a deixa muito longe do que vimos no filme original de Paul Verhoeven. Há inclusive a inserção de trechos de reportagens televisivas ao longo de toda a estória (algo marcante e bem característica da primeira versão). Some-se a isso a mensagem subliminar contra o poder das grandes corporações empresarias americanas, algo que também estava bem presente no primeiro filme de 1987. Em termos de aspectos técnicos do filme há boas mudanças. Inicialmente o design do policial robô homenageia o estilo mostrado na franquia original. Depois RoboCop ganha um novo visual, todo negro e com um capacete high tech, com visor vermelho e elegante. Muito cool realmente. Mas será que apenas esse tipo de coisa chega a justificar a existência desse novo remake? Assim temos altos e baixos em uma película 100% Made in USA (ao contrário do que muitos críticos nacionais queriam). Passa longe da criatividade e qualidade de um "Tropa de Elite" e está, repito, na média do que Hollywood costumeiramente produz todos os anos. Se você não for ao cinema esperando uma obra prima certamente se divertirá. Agora se for atrás de algo muito autoral do diretor, com uma marca verde e amarela em cada cena, pode ir tirando o cavalinho da chuva, pois isso definitivamente você não encontrará.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Os Fantasmas de Scrooge

Título no Brasil: Os Fantasmas de Scrooge 
Título Original: A Christmas Carol
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, baseado na obra de Charles Dickens
Elenco: Jim Carrey, Gary Oldman, Colin Firth

Sinopse: 
Scrooge (Jim Carrey) é um ser humano desprezível. Muito rico mas completamente mesquinho não quer saber de absolutamente ninguém em sua vida. Extremamente materialista só pensa em dinheiro e nada mais. Quando seu sócio morre ele acaba recebendo a visita de três fantasmas do natal. Um dos natais passados, outro do natal do presente e finalmente um terceiro, representando os natais do futuro. Juntos eles levarão o velho Scrooge numa jornada de auto conhecimento e renovação do verdadeiro espírito do natal.

Comentários:
Produção milionária que teve um orçamento estimado em absurdos 200 milhões de dólares. Não é para menos. Aqui o cineasta Robert Zemeckis reuniu um elenco de primeira e tecnologia de ponta para contar mais uma versão do famoso livro (imortal, diga-se de passagem) do grande Charles Dickens. Jim Carrey aproveita o uso dessa técnica para deitar e rolar em suas caracterizações. Apesar de seu talento reconhecido temos que admitir que sua atuação nem sempre funciona a contento. A questão é que essa estória, muito evocativa e belamente escrita, já foi adaptada tantas vezes (a primeira em 1910, totalizando quase 100 versões até hoje) que já não existe a menor possibilidade de surpreender. Nem mesmo sob uma nova roupagem, com tecnologia de ponta, muda essa situação. Agora se você é jovem demais para se lembrar ou nunca viu nada sobre esse enredo até pode ser uma boa opção. De fato a direção de arte desse filme é acima da média e o enredo do velho avarento encontrando sua verdadeira felicidade ainda pode emocionar aos novatos. De qualquer modo não é uma má ideia para uma madrugada de natal. Assim se estiver no espírito certo não deixe de conferir pois o filme será exibido nessa madrugada pela Rede Globo. Aproveite e tenha um Feliz natal de muita paz e alegria!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Perdidos no Espaço

Ano 2058. A Terra está esgotada, o meio ambiente está saturado. Em busca de uma saída uma missão ousada é planejada. O envio de uma família em direção ao único planeta conhecido habitável do universo. As nações da Terra vivem uma relativa era de paz mas forças rebeldes fazem de tudo para sabotar seus planos. Assim o Dr. Zachary Smith (Gary Oldman), o médico da missão Júpiter 2, é enviado para destruir os planos da nave em sua viagem espacial mas tudo acaba dando errado e ele próprio fica preso dentro da espaçonave após sua decolagem. O problema é que ele, poucos momentos antes, havia programado o robô da expedição para destruir todos os equipamentos e seus tripulantes. Desesperado tenta evitar o pior mas os estragos são significativos e a nave fica literalmente perdida no espaço com todos a bordo e completamente à deriva. Começa assim "Perdidos no Espaço", remake da famosa série de TV dos anos 60 que encantou várias gerações, até mesmo aqui no Brasil onde o seriado foi exibido com grande sucesso de audiência. Claro que apenas o ponto de partida foi aproveitado. Na verdade esse novo "Perdidos no Espaço" foi uma produção milionária, com orçamento de primeira linha e efeitos digitais de última geração, algo bem distante do que víamos na série original com seus cenários franciscanos e alienígenas pintados de verde e suas anteninhas artificiais. 

Quem acompanhava a série dos anos 60 certamente se lembra do Dr. Smith interpretado pelo talentoso ator Jonathan Harris. Ele fazia de Smith um personagem bastante cômico, sempre atrapalhado, implicando com o robô da missão o chamando constantemente de "Lata de Sardinha". Na nova versão Smith já não é um alívio cômico embora aqui e acolá apareçam certos maneirismos que Oldman utiliza até como forma de homenagear o trabalho inesquecível de Jonathan Harris. Mesmo assim ele é antes de mais nada um vilão, um personagem vil, que acaba caindo em sua própria armadilha. No restante todos os demais integrantes da família  Robinson se encontram no filme, inclusive o cativante Will Robinson (Jack Johnson), o garoto prodígio que acaba criando inúmeras inovações tecnológicas ao longo do tempo. Infelizmente essa nova versão de "Perdidos no Espaço" não fez o sucesso esperado. E qual foi a razão disso ter acontecido? Para muitos o roteiro inteligente e cientifico demais afastou o público americano das salas. Realmente há uma certa dose de verdade nesse ponto de vista. Embora o filme comece usando todas as premissas da série que lhe deu origem logo o enredo dá uma guinada e tanto, misturando viagem no tempo, astrofísica e tudo mais a que tem direito. Isso parece ter sido muito para a cabeça do americano médio que assim acabou rejeitando de forma injusta a produção. Mas deixe isso de lado e não deixe de conhecer (caso você ainda não tenha visto) pois o novo "Perdidos no Espaço" é muito bom, porque afinal consegue manter o clima de nostalgia aliada a uma nova visão bem mais moderna, com ótima trilha sonora.

Perdidos no Espaço (Lost in Space, Estados Unidos, 1998) Direção: Stephen Hopkins  / Roteiro: Akiva Goldsman / Elenco: Gary Oldman, William Hurt, Matt LeBlanc, Mimi Rogers, Heather Graham, Lacey Chabert, Jack Johnson / Sinopse: Família fica perdida no espaço após uma viagem espacial que é sabotada por um penetra dentro da nave, o Dr. Smith. Remake da famosa série de TV da década de 60.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de agosto de 2013

A Letra Escarlate

Um bom drama histórico que marcou bastante a carreira da atriz Demi Moore mas que hoje em dia anda bem esquecido. O enredo se passa no distante ano de 1666 em Massachusetts, na época uma pequena e isolada colônia inglesa no novo mundo. É lá que vive Hester Prynne (Demi Moore), uma mulher respeitável, casada com um médico da localidade, o Dr. Roger Chillingworth (Robert Duvall). Após esse desaparecer no meio da floresta, supostamente morto por índios, Hester resolve consumar sua paixão pelo reverendo Arthur Dimmesdale (Gary Oldman). Ambos há muito nutriam uma paixão mútua que não conseguia se tornar realidade pelo fato dela ser casada. Agora, com o marido desaparecido, ela resolve seguir em frente, indo de acordo com seus sentimentos. Desse tórrido romance acaba surgindo uma gravidez inesperada que choca a sociedade local, levando Hester a ser marginalizada por seus pares. Ela se recusa a revelar o nome do pai o que a estigmatiza como adúltera. Condenada pelas absurdas leis e costumes locais ela agora terá que usar em suas roupas uma chamativa letra "A" bordada, a indicando como adúltera perante toda a sociedade.

Um dos méritos de "A Letra Escarlate" é que ele desmistifica uma série de bobagens históricas que foram repetidas durante séculos, se tornando quase verdades absolutas. Sempre se disse, por exemplo, que as primeiras colônias inglesas no novo mundo eram símbolos de harmonia e liberdade. Afinal esses colonos tinham ido ao novo mundo para fugir do absolutismo de seu país, além da sempre severa perseguição religiosa. A verdade porém é que mesmo nesses novos povoados não havia de fato tanta liberdade como se suponha. Pelo contrário. A rigidez moral dos puritanos muitas vezes desembocava em repressão e violência, física ou moral, para quem ousasse ultrapassar certas fronteiras ou limites. Olhando sob um ponto de vista atual existia de fato muito preconceito e discriminação nessa suposta moral puritana que imperava entre os membros mais proeminentes das elites locais. O filme resgata isso de forma muito elucidativa. O diretor foi o talentoso Roland Joffé (de "A Missão" e "Os Gritos do Silêncio"). A produção também é acima da média com uma ótima reconstituição histórica aliada a uma história que diz muito sobre a posição da mulher naqueles anos.

A Letra Escarlate (The Scarlet Letter, Estados Unidos, 1995) Direção: Roland Joffé / Roteiro: Douglas Day Stewart, baseado na novela de Nathaniel Hawthorne / Elenco: Demi Moore, Gary Oldman, Robert Duvall / Sinopse; Jovem mulher fica estigmatizada durante o período colonial americano ao engravidar de um pastor puritano numa colônia isolada no novo mundo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Os Infratores

Três irmãos durante a vigência da lei seca começam a fabricar, contrabandear e vender bebidas mesmo sob a proibição das autoridades. “Os Infratores” é baseado em fatos reais e tenta trazer aquele velho charme dos antigos filmes de gangster. Se nas décadas de 40 o tema era laureado com o melhor do cinema noir, agora surge com pretensões bem mais modestas. O roteiro tenta explorar esse universo, mostrando todo o contexto histórico dos chamados pequenos infratores, geralmente pessoas pobres que destilavam bebida no meio das montanhas do sul americano. Nada do glamour de um Al Capone, que vivia como um rei em Chicago, aqui o foco realmente se desvia para esses pequenos meliantes que tentavam ganhar algum trocado com a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas. Assim vamos acompanhando a estória desses três irmãos durões que enfrentavam a tudo e a todos para vender suas bebidas caseiras (geralmente licores de maçã ou então whiskys de milho, em combinações indigestas que eram aceitas pois eram a única alternativa para os beberrões de plantão). Dentre os manos contrabandistas se destaca a figura de Jack (Shia LaBeouf), o caçula que ao mesmo tempo em que vende bebida ilegal acaba se apaixonando justamente pela filha do pastor local.  O trio é completado por Howard (Jason Clarke), um grandalhão durão e bom de punhos e Forrest (Tom Hardy) que acaba criando a fama de ser “invencível” pois mesmo após várias tentativas de assassinato nunca se dobra totalmente.

O roteiro não esconde o fato de simpatizar completamente com esses personagens criminosos. Eles são tratados com grande simpatia e mesmo quando cometem crimes (como assassinatos e mutilações) são justificados como meros justiceiros. Na verdade não existem pessoas de bem no enredo pois todos são bandidos, até mesmo os policiais, vistos apenas como corruptos e sujos. Por falar em homens da lei a melhor coisa do elenco é a atuação de Guy Pearce como um agente almofadinha que comete as maiores barbaridades sem amassar o paletó da moda! O elenco é muito bom analisando os nomes que fazem parte dele mas são praticamente todos mal aproveitados. O ótimo Gary Oldman, por exemplo, interpreta um gangster famoso mas suas cenas são poucas e esporádicas. Em suma, “Os Infratores” não é um grande filme de gangsters e para falar a verdade não chega nem perto dos grandes clássicos do gênero mas pode ser encarado como um mero entretenimento. Sua maior falha talvez seja o tom ameno e de leve farsa, suavizando a figura dos criminosos, mas isso acaba sendo de menor importância. Fora isso pode ser assistido sem maiores pretensões.

Os Infratores (Lawless, Estados Unidos, 2012) Direção: John Hillcoat / Roteiro: Nick Cave / Elenco: Tom Hardy, Guy Pearce, Gary Oldman, ShiaLaBeouf, Jessica Chastain, Mia Wasikowska, Dane DeHaan, Noah Taylor, Jason Clarke, / Sinopse: Três irmãos começam a vender bebidas ilegais durante a década de 1930 na vigência da lei seca. Pressionados a pagarem propina para as autoridades, para assim continuarem suas atividades ilegais se rebelam e enfrentam a ira dos “homens da lei”, entre eles um procurador sujo e um agente especial corrupto.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

JFK A Pergunta Que Não Quer Calar

Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Mas afinal quem realmente matou o presidente John Kennedy? A versão oficial afirma que o presidente americano foi morto por Lee Oswald, que agindo sozinho resolveu liquidar o político durante uma visita amigável ao Texas. Andando pelas ruas de Dallas em carro aberto, acenando para os que o saudavam nas calçadas durante seu trajeto, o líder do chamado mundo livre ficou a mercê de qualquer um que o usasse como alvo. Lee Oswald, um ex-fuzileiro naval que havia morado na Rússia por algum tempo o transformou em seu alvo. Ele agiu sozinho, sem ajuda de ninguém. Exímio atirador, subiu até um edifício onde se armazenavam livros escolares e de lá matou o presidente que vinha passando em frente a sua janela. Sua mira foi praticamente perfeita. Após atingir o presidente no pescoço deu um novo tiro que atingiu a cabeça do presidente. Foi o tiro fatal. Dias depois ao ser levado para uma cadeia próxima, Oswald foi assassinado por Jack Ruby, um membro de baixo escalão da máfia local. Isso é resumidamente tudo o que se apurou nas investigações oficiais. Os americanos ficaram tão perplexos com tudo o que aconteceu que simplesmente nunca acreditaram plenamente nessa versão oficial. Dois em cada três americanos acreditam que Kennedy foi vítima de uma conspiração sem tamanho, envolvendo figurões, agências governamentais, a Máfia, os russos, Fidel Castro e tudo o mais que você possa imaginar. Até teorias envolvendo OVNIS e Kennedy já foram criadas. Não há limites para a imaginação. Foi justamente nesse mundo de conspirações e intrigas que Oliver Stone resolveu ambientar seu “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar”.

Esse filme causou grande repercussão em seu lançamento. Não é para menos pois se propunha a jogar uma luz nesse grande mistério. O problema é que JFK, o filme de Stone, acaba por não responder pergunta nenhuma. O cineasta jogou todas as teorias em seu roteiro, misturou bem, adicionou gasolina para criar uma polêmica interminável e não chegou a nenhuma conclusão. O problema é esse, Stone simplesmente não quis se comprometer. Tudo fica no ar, envolto em mistérios, então depois de ficarmos tanto tempo vendo sua visão (o filme tem longa duração) nos sentimos enganados por ver que tudo aquilo simplesmente não chega a lugar nenhum. Outro grave defeito de JFK é que ele passa longe de ser uma produção historicamente correta. O promotor interpretado por Kevin Costner no filme é muito diferente da pessoa real. No filme ele é retratado como um herói. Na vida real era uma pessoa fascinada com o mundo das conspirações em torno de Kennedy, um aficcionado no assunto. Porém tal como o filme morreu sem chegar a conclusão nenhuma. A tal pergunta que não quer calar definitivamente não foi respondida com essa obra cinematográfica que é boa para levantar a poeira das teorias e teses intermináveis que foram criadas durante todos esses anos, mas totalmente pífia em apresentar resultados concretos. Atirando para todos os lados sem acertar em nada o filme falha completamente em suas pretensões.

JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK, Estados Unidos, 1991) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone, Zachary Sklar / Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Jack Lemmon, Vincent D'Onofrio, Sissy Spacek, Joe Pesci, Walter Matthau, Tommy Lee Jones, John Candy, Kevin Bacon, Donald Sutherland / Sinopse: Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção para Oliver Stone.

Pablo Aluísio.