sábado, 1 de março de 2014

RoboCop

Título no Brasil: RoboCop
Título Original: RoboCop
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Columbia Pictures
Direção: José Padilha
Roteiro: Joshua Zetumer, Edward Neumeier
Elenco: Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton

Sinopse:
Após algumas investigações o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) descobre um amplo esquema de corrupção envolvendo a corporação. Como retaliação acaba sofrendo um terrível atentado a bomba ao abrir seu carro. À beira da morte, sem possibilidade de continuar vivo pelos meios convencionais a empresa OmniCorp resolve usar o que sobrou de seu corpo numa nova tecnologia inovadora que une máquina e homem em apenas um organismo. Nasce assim RoboCop, um novo conceito de policial do futuro, pronto para combater a criminalidade pelas ruas da suja e violenta Detroit.

Comentários:
Remakes são complicados, ainda mais de filmes marcantes. O primeiro RoboCop e suas sequências ainda são muito presentes na memória dos cinéfilos. Por isso quando essa nova versão foi anunciada não fiquei muito entusiasmado. Como todos sabem a direção foi entregue ao talentoso cineasta brasileiro José Padilha, que se consagrou com o excelente "Tropa de Elite". Pois bem, finalmente temos agora um diretor de cinema no primeiro time em Hollywood. Dito isso é bom deixar claro algumas coisas. O novo "RoboCop" é um competente filme de ação futurista que na minha opinião se enquadra completamente dentro do que Hollywood tem produzido nos últimos anos. Não achei nada autoral como muito foi dito por aí. Certamente Padilha inseriu pequenos aspectos de sua visão pessoal sobre o personagem, isso é inegável, mas também é fato que o filme não sai muito do que se vê na linha de produção do cinema americano atualmente.

O argumento segue sendo basicamente o mesmo, com pequenas mudanças na trama que não a descaracteriza e nem a deixa muito longe do que vimos no filme original de Paul Verhoeven. Há inclusive a inserção de trechos de reportagens televisivas ao longo de toda a estória (algo marcante e bem característica da primeira versão). Some-se a isso a mensagem subliminar contra o poder das grandes corporações empresarias americanas, algo que também estava bem presente no primeiro filme de 1987. Em termos de aspectos técnicos do filme há boas mudanças. Inicialmente o design do policial robô homenageia o estilo mostrado na franquia original. Depois RoboCop ganha um novo visual, todo negro e com um capacete high tech, com visor vermelho e elegante. Muito cool realmente. Mas será que apenas esse tipo de coisa chega a justificar a existência desse novo remake? Assim temos altos e baixos em uma película 100% Made in USA (ao contrário do que muitos críticos nacionais queriam). Passa longe da criatividade e qualidade de um "Tropa de Elite" e está, repito, na média do que Hollywood costumeiramente produz todos os anos. Se você não for ao cinema esperando uma obra prima certamente se divertirá. Agora se for atrás de algo muito autoral do diretor, com uma marca verde e amarela em cada cena, pode ir tirando o cavalinho da chuva, pois isso definitivamente você não encontrará.

Pablo Aluísio.

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