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domingo, 26 de março de 2023

Império da Luz

Título no Brasil: Império da Luz
Título Original: Empire of Light
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos; Reino Unido
Estúdio: Searchlight Pictures
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Sam Mendes
Elenco: Olivia Colman, Micheal Ward, Colin Firth, Toby Jones, Tom Brooke, Tanya Moodie

Sinopse:
Hilary (Olivia Colman) é uma senhora que trabalha em um cinema no sul da Inglaterra nos anos 80. Sua situação é delicada porque ela tem histórico de problemas de saúde mental e está sempre tentando se manter em uma situação de controle emocional. E ser assediada sexualmente pelo dono do cinema não ajuda em nada sua situação. E tudo complica quando ela se envolve com o novo empregado, um jovem que vai trabalhar naquele cinema. 

Comentários:
Muito bom filme, outro que acabou sendo esnobado injustamente no Oscar. Merecia muitos prêmios, mas a Academia parece firme no seus anseios de premiar porcarias. Aqui temos uma clara homenagem ao cinema de antigamente. O cenário é um bonito cinema no sul da Inglaterra, chamado Empire. Ele já está meio decadente, mas ainda consegue atrair certo eventos como a estreia mundial do filme "Carruagens de Fogo". O foco do filme centra na história dos empregados desse cinema. A protagonista é uma mulher já com certa idade que tenta viver dignamente, algo complicado por causa de seus problemas mentais e do chefe que promove assédio sexual contra ela. Esse personagem asqueroso é interpretado por Colin Firth! Veja que ironia, logo um ator que sempre se destacou por suas atuações de gentlemens e homens finos. É sem dúvida um bom filme, mas em minha opinião o diretor errou ao escolher seu final. O filme deveria terminar na cena em que a protagonista assiste no cinema ao filme "Muito Além do Jardim". Seria o desfecho ideal, mas o filme ainda se arrasta por 10 minutos inúteis, perdendo o lirismo de um final que teria sido perfeito. 

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de maio de 2022

A Vida Extraordinária de Louis Wain

Esse filme conta a história de um ilustrador, desenhista e pintor inglês que viveu na era vitoriana. Seu nome era Louis Wain. A vida para ele não foi fácil. Era o irmão mais velho de 5 irmãs. Quando seu pai morreu, ele precisou sustentar a sua família e para isso contava apenas com sua arte. Viver como artista naqueles tempos não era fácil, por isso ele fazia de tudo um pouco para sobreviver, desenhava e fazia ilustrações de bichos de estimação de pessoas ricas, pintava retratos de pessoas importantes, etc. Para a sua sorte acabou sendo contratado por um jornal de Londres para ser ilustrador de suas páginas. Naqueles tempos não havia ainda uso de fotografias, então a figura de um ilustrador era essencial dentro do jornalismo. Quando foi contratado por esse jornal ele passou pela fase mais estável de sua vida. Conseguiu sustentar suas irmãs mais jovens e até mesmo se casou como a governanta de sua própria casa.

E isso era um problema dentro de uma sociedade baseada em camadas sociais rígidas. Era algo que chocava, pois ela havia sido sua empregada. Louis Wain não se importou com isso e seguiu em frente com sua vida. Em uma tarde chuvosa, sua esposa resgatou um gatinho que estava na chuva. Artista como era, ele logo resolveu fazer alguns desenhos desse gato mal sabendo que havia encontrado o estilo que o iria consagrar. Ele então começou a fazer uma série de ilustrações de gatos para o jornal onde trabalhava. Essas ilustrações foram publicadas em uma edição de Natal especial que vendeu muito. Louis Wain ficou imensamente conhecido na época. O segredo era que o artista retratava os gatos como se fossem seres humanos e isso era uma inovação e tanto. Algo que depois iria ser usado no mundo das histórias em quadrinhos e posteriormente nos desenhos animados. Nesse aspecto ele foi um grande pioneiro na arte que dominava. Esse período de felicidade não durou muito. Esse artista era uma daquelas pessoas que infelizmente o destino havia reservado várias tragédias em sua vida pessoal. A esposa morreria de um câncer de mama e a sua irmã mais jovem iria sofrer de esquizofrenia. Foi uma época dura para ele.

Tecnicamente o filme é muito bom, com ótima reconstituição de época. Uma produção classe A sem dúvida, que tenta resgatar parte daqueles tempos da era vitoriana. O ator que interpreta Louis Wain é o  nosso velho conhecido Benedict Cumberbatch, um excelente ator. A atriz Claire Foy interpreta sua esposa. Quem assistiu à série The Crown vai reconhecê-la, pois ela interpretou a rainha Elizabeth II quando jovem. Esse filme me trouxe sentimentos de ambiguidade, pois ao mesmo tempo em que eu apreciava a obra cinematográfica em si, também não pude deixar de ficar bem triste pelo destino do protagonista. Filmes baseados em histórias reais são muito interessantes, mas também podem ser bem dramáticos, pois são baseados em vidas de pessoas que realmente existiram, que não são personagens de mera ficção. O artista retratado nesse filme teve um fim de vida trágico. Infelizmente o destino nem sempre sorri para todos.

A Vida Extraordinária de Louis Wain (The Electrical Life of Louis Wain, Reino Unido, 2021) Direção: Will Sharpe / Roteiro: Simon Stephenson / Elenco: Benedict Cumberbatch, Claire Foy, Andrea Riseborough, Olivia Colman / Sinopse: O filme conta a história de um artista inglês do século 19 que se notabilizou por suas ilustrações e quadros de gatos de estimação. Filme premiado pelo British Independent Film Awards.

Pablo Aluísio. 

domingo, 1 de maio de 2022

A Filha Perdida

Mais um filme da lista do Oscar 2022. O filme conta dois momentos da vida da professora universitária Leda, um no passado, outro no presente. Quando tinha apenas vinte e poucos anos o seu sonho era entrar no mundo acadêmico, se tornar professora em uma boa universidade no norte dos Estados Unidos. Ela segue estudando e escrevendo artigos e fica muito feliz quando recebe uma oferta de emprego. Só que ela tem marido, duas filhas e tudo fica mais complicado. No passado a protagonista é interpretada pela atriz Jessie Buckley. Já no tempo presente encontramos Leda como uma mulher madura que vai até a Grécia passar um mês de férias. Divorciada, sozinha, ela só quer um tempo para escrever alguns artigos e esfriar a cabeça. Só que viajar para outro país de férias sozinha também traz seus riscos.

O grande tema desse roteiro é a discussão entre maternidade e vida profissional. Algumas mulheres sofrem muito para conciliar esses dois aspectos da vida. No caso de Leda ela tem duas filhas e ao mesmo tempo tenta entrar em um mercado de trabalho muito competitivo que é o mundo acadêmico e universitário. Tem que se esforçar muito, estudar muito, mas como fazer isso com duas filhas pequenas? Outro tema em discussão é que muitas mulheres simplesmente não possuem vocação para serem mães. A sociedade muitas vezes impõe isso a elas, como pressão social, gerando mulheres infelizes e frustradas. A personagem interpretada pela atriz Dakota Johnson vem para reforçar que isso atravessa gerações, não apenas no passado, mas no presente também. Ela é uma jovem mãe e não está nada satisfeita com esse papel.

Um filme que gostei, tanto do ponto de vista da proposta do roteiro como também pela bela interpretação de todo o elenco feminino. Aliás duas das atrizes que atuam no filme foram indicadas ao Oscar, algo raro de acontecer. Jessie Buckley, que interpreta a personagem principal em sua época de juventude, foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. Já a velha Leda, interpretada por uma ótima Olivia Colman, rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. Nada mal para um filme que discute a mulher, em fases diferentes da vida e os desafios que surgem pela frente.

A Filha Perdida (The Lost Daughter, Estados Unidos, 2021) Direção: Maggie Gyllenhaal / Roteiro: Maggie Gyllenhaal / Elenco: Olivia Colman, Jessie Buckley, Dakota Johnson, Ed Harris, Peter Sarsgaard / Sinopse: A vida de uma mulher, uma professora universitária, em dois momentos distintos de sua vida. Quando jovem e mãe de duas crianças pequenas e na fase da maturidade quando tenta encontrar paz e tranquilidade numa viagem de férias na Grécia.  Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Olivia Colman), melhor atriz coadjuvante (Jessie Buckley) e melhor roteiro adaptado (Maggie Gyllenhaal).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

The Crown - Quarta Temporada

The Crown - Quarta Temporada
Essa quarta temporada está sendo uma das mais bem sucedidas em termos de audiência. A razão é até simples de entender. Nessa temporada surge a figura da princesa Diana, além de enfocar os anos em que a primeira-ministra da Inglaterra foi Margaret Hilda Thatcher, uma das pessoas mais influentes dentro da política da década de 1980. Some-se a isso o surgimento da questão do IRA (Exército Republicano Irlandês) e você entenderá bem que o contexto histórico é dos melhores. Como já é tradicional nessa série, a temporada conta com 10 episódios que irei comentando, conforme for assistindo. Segue abaixo os reviews dos episódios.

The Crown 4.01 - Gold Stick
Nesse primeiro episódio da quarta temporada temos o surgimento de Thatcher, Diana e o do IRA. Pela primeira vez na história a Inglaterra tem uma primeira-ministra. E não é pouca coisa. Conhecida como a "Dama de Ferro" ela marcou como poucas a política inglesa, sendo também uma figura central na geopolítica internacional. Também aqui temos a primeira aparição de Diana. Quando o Príncipe Charles a viu pela primeira vez ela era apenas uma adolescente, fantasiada para uma peça teatral na escola. Charles, que tinha intenções de namorar sua irmã mais velha acaba se interessando pela garota. E outro ponto de destaque vem dos primeiros ataques terroristas do IRA, onde uma das vítimas é justamente uma pessoa ligada à própria família real. Os irlandeses entraram no jogo político em busca da independência de sua nação. Um ótimo episódio inicial, dando o pontapé para essa temporada que promete muito. / The Crown 4.01 - Gold Stick (Inglaterra, 20 ) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 4.02 - The Balmoral Test
Antes de comentar o episódio em si, deixo aqui uma curiosidade. Foi apenas nesse segundo episódio da temporada que eu me toquei que a atriz que interpretava a primeira-ministra Thatcher é Gillian Anderson (sim, a agente do FBI Scully de Arquivo X). Com essa maquiagem e esse cabelo armado dos anos 80, realmente não havia percebido quem era. Pois bem, nesse episódio a família real vai passar alguns dias de descanso no castelo de Balmoral, na Escócia, um lugar tradicional para caçadas e encontros familiares. E pela primeira vez Margaret Thatcher é convidada. Ela acha tudo um horror. Os membros da família real são esnobes, rudes e frívolos (isso em seu ponto de vista). Melhor se sai a jovenzinha Diana Spencer (interpretada pela linda atriz Emma Corrin). Ela não apenas se dá bem com todos da família real como também se torna a favorita deles para Charles se casar. E assim começa uma longa história que conhecemos muito bem. / The Crown 4.02 - The Balmoral Test (Inglaterra, 2020) Direção: Paul Whittington / Roteiro: Peter Morgan, Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Helena Bonham Carter, Gillian Anderson, Josh O'Connor, Emma Corrin. 

The Crown 4.03 - Fairytale
Diana vai vivendo seus últimos dias de solteira. Ela acaba sendo escolhida pelo Príncipe Charles para ser sua esposa, se casar com ela, gerar herdeiros para o trono. Só que nem tudo são flores e contos de fadas para a jovem princesa. Ela logo descobre que Charles tem obsessão por uma mulher que foi sua paixão no passado. Embora seja casada com outro homem, Charles não consegue esquecer dela. E para surpresa de Diana essa mulher é mais presente na vida de Charles do que ela poderia supor. Uma dessas paixões sem explicação que fazem homens como Charles perderem completamente a razão, o bom senso e o racionalismo. O conto de Fadas (Fairytale) vai logo perdendo o encanto. / The Crown 4.03 - Fairytale (Inglaterra, 2020) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Josh O'Connor, Emma Corrin.

The Crown 4.04 - Favourites
A Inglaterra está prestes a entrar na Guerra das Malvinas. Os argentinos entram nas ilhas sem permissão e colocam os ingleses para fora, violando todos os tratados internacionais. A primeira-ministra, em um primeiro momento, nem presta muita atenção no que está acontecendo. Ela está mais preocupada com o filho que desapareceu no meio do deserto durante o Rally Paris-Dakar. Uma expedição de busca é organizada para localizar o rapaz. E enquanto tudo isso acontece a Rainha decide se encontrar com cada um de seus quatro filhos. Ela quer saber como está a vida deles e também descobrir qual seria o seu favorito depois que seu marido dizer que sim, ela tinha um favorito. / The Crown 4.04 - Favourites  (Inglaterra, 2020) Direção: Paul Whittington / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Josh O'Connor, Emma Corrin.

The Crown 4.05 - Fagan
Esse episódio conta uma história inacreditável, que parece mentira, mas que aconteceu realmente. Um sujeito comum, um homem da classe trabalhadora inglesa, entrou dentro do quarto da Rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham, em Londres. O mais curioso é que quando assisti ao episódio me lembrei imediatamente desse curioso fato. Sim, porque os jornais da época noticiaram muito essa "invasão". Mostrava bem como era fácil chegar na Rainha. A segurança do Palácio de Buckingham deixava muito a desejar realmente. Nesse episódio também é mostrado as comemorações da vitória da Inglaterra na guerra das Malvinas. Olha, nesse ponto a série errou um pouco. Penso que esse conflito contra a Argentina deveria ter sido muito mais aproveitado dentro dos episódios da temporada. / The Crown 4.05 - Fagan (Inglaterra, 2020) Direção: Paul Whittington / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 4.06 - Terra Nullius
Esse episódio relembra a viagem que Charles e Diana fizeram para a Austrália em 1983. Essa viagem teve duas realidades distintas. Para o público australiano foi um sucesso fenomenal. O povo daquele país amou Diana, seu carisma, seu cuidado com o filho, herdeiro do trono e tudo mais. Porém também foi uma viagem de crise conjugal. Charles simplesmente não conseguia esquecer Camila e isso gerava mais e mais stress, conflitos, brigas. E o pior é que o povo australiano não gostava de Charles, mas apenas de Diana, o que elevou ainda mais os problemas. E também havia a questão de saúde da princesa Diana. Sofrendo de aneroxia e bulimia, ela não conseguia mais se controlar. Excelente episódio que resgata o grande sucesso popular e de mídia das aparições públicas de Diana. Ela foi um fenômeno popular sem precedentes. / The Crown 4.06 - Terra Nullius (Inglaterra, 2020) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Josh O'Connor (Charles), Emma Corrin (Diana), Olivia Colman (Elizabeth II). 

The Crown 4.07 - The Hereditary Principle
Você sabia que dentro da família real inglesa há casos de doença mental? É justamente isso que esse episódio revela. E não é apenas um caso isolado, mas seis deles. Duas primas diretas da rainha Elizabeth II se encontravam internadas secretamente em uma instituição para doentes mentais nos arredores de Londres. Eram filhas de seu tio materno, mas tudo acabou sendo escondido pois a família real não poderia arcar com um escândalo em suas mãos. As pobrezinhas foram abandonadas nessas instituições e dadas como mortas nos livros de genealogia da família real da Inglaterra. Até me lembrou o caso de uma irmã do presidente americano JFK que também foi internada em um hospício depois de sofrer lobotomia. Tudo escondido. Nem as famílias ricas e poderosas escapam do estigma da doença mental. Um ótimo episódio que me rendeu certa reflexão sobre a fragilidade da vida humana, mesmo que você venha a ter sangue azul da nobreza! / The Crown 4.07 - The Hereditary Principle (Inglaterra, 2020) Direção: Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 4.08 - 48:1
Como a monarquia inglesa reagiu ao regime racista do Apartheid? Esse episódio é muito esclarecedor na procura pela resposta a essa pergunta. A Rainha Elizabeth II achava aquele regime da África do Sul um verdadeiro horror. Ele tinha uma opinião bem firme sobre isso. E justamente nesse ponto que ela entrou em atrito com a Primeira-Mnistra Margaret Thatcher que defendia a tese de que a Inglaterra não deveria impor qualquer tipo de sanção para a África do Sul, uma vez que esse país era um importante parceiro comercial internacional dos ingleses. Entretanto o tempo demonstrou que a razão estava mesmo com a Rainha. Um regime como aquele não poderia continuar, como não continuou. Um episódio da série que mostra bem o lado mais humano e ético da soberana inglesa. Muito bom! / The Crown 4.08 - 48:1 (Inglaterra, 2020) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham.  

The Crown 4.09 - Avalanche
Até assistir a essa série eu não tinha a real percepção de como o casamento de Charles e Diana era problemático. Ele não conseguia esquecer a tal de Camila e ela, por sua vez, abandonada e negligenciada, começou a colecionar amantes de todos os tipos, desde militares da guarda (foi apaixonada por um major) até mesmo um simples segurança. O plebeu aqui, pelo visto, se deu bem. Nesse episódio o evento mais marcante é uma grande avalanche que ocorreu na Suíça, justamente quando Charles estava esquiando com um casal de amigos. Por sorte ele conseguiu sobreviver sem maiores danos. Já o casamento... esse já estava mais do que danificado. Estava condenado mesmo! / The Crown 4.09 - Avalanche (Estados Unidos, 2020) Direção: Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Josh O'Connor. 

The Crown 4.10 - War
Agora é... guerra! Último episódio da quarta temporada. E como termina "The Crown"? O casamento de Charles e Diana continua péssimo. Eles mal se falam e quando se encontram geralmente é tudo feito aos berros, aos gritos. Ele tem uma amante, ela tem vários amantes. E quando a família real se encontra para o Natal o clima é o pior possível. A rainha Elizabeth II fica até mesmo fugindo dos dois pois não aguenta mais suas brigas conjugais. O acontecimento mais forte desse episódio porém vem da queda da primeira-ministra Margaret Thatcher. A dama de ferro perde o apoio de seu próprio partido, o conservador. E assim também perde o posto tão cobiçado que ocupou por mais de uma década. A despedida da rainha é marcante e chorosa. Mesmo condecorada ela sente muito. Foi o fim do auge de sua carreira política. / The Crown 4.10 - War (Inglaterra, 2020) Direção:     Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan, Jonathan Wilson / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Meu Pai

O drama "Meu Pai" conta a história de Anthony (Anthony Hopkins), um senhor idoso que tem uma única filha. Ele passa a enfrentar problemas de sua idade, como o esquecimento, o embaralhamento das situações cotidianas, o desconhecimento de pessoas próximas. E para piorar a filha está saturada emocionalmente dessa situação e planeja ir morar em outro país. Seu marido também concorda que é precisa internar o pai de sua esposa em uma instituição adequada, em um asilo ou casa de repouso pois a carga emocional de se lidar com uma pessoa idosa nessas condições é algo muito pesado em seu ponto de vista.

Filme maravilhoso! O roteiro procura colocar o espectador sob o ponto de vista de uma pessoa idosa que está sofrendo dos efeitos do envelhecimento sobre a mente humana. Assim as coisas começam a ficar confusas. O portador desse tipo de enfermidade não consegue mais se lembrar das coisas, confunde as pessoas, até mesmo as que vivem ao seu lado, perde a noção de espaço e tempo. Não consegue nem mesmo se lembrar das cuidadoras que vão passando por sua vida. Foi um dos roteiros mais primorosos que vi nos últimos tempos. Simplesmente genial.

Além disso o filme conta com um trabalho de atuação de Anthony Hopkins que merece todos os nossos aplausos. Vou colocar a questão nos seguintes termos: se ele não vencer o Oscar de melhor ator nesse ano será uma das maiores injustiças da história da Academia. Anthony Hopkins passeia com sublime interpretação nas diversas fases pelas quais pessoas idosas em sua idade vivenciam. Ora tenta se mostrar firme e ciente de si, ora percebe que está perdendo o controle, sem saber direito o que se passa ao seu redor. No final expõe toda a sua fragilidade emocional ao se lembrar de sua mãe, falecida há décadas. Um filme que realmente emociona. Muito humano e bem realizado é certamente um dos grandes filmes desse ano. Merece todos os elogios.

Meu Pai (The Father, Inglaterra, França, 2020) Estúdio: Trademark Films / Direção: Florian Zeller / Roteiro: Christopher Hampton, Florian Zeller / Elenco: Anthony Hopkins, Olivia Colman, Imogen Poots, Rufus Sewell, Mark Gatiss, Olivia Williams / Sinopse: O filme mostra a vida de uma filha que precisa lidar com o pai que está sofrendo sérios sintomas de demência causada por sua idade avançada. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor ator (Anthony Hopkins), melhor roteiro adaptado, melhor atrix coadjuvante (Olivia Colman), melhor edição (Yorgos Lamprinos) e melhor design de produção (Peter Francis, Cathy Featherstone).

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de dezembro de 2020

The Crown - Terceira Temporada

The Crown - Terceira Temporada
Essa terceira temporada da série foi lançada em novembro de 2019. No total foram produzido dez episódios. A mudança mais significativa foi no elenco. Praticamente todos os atores foram substituídos, por uma razão natural. Conforme os personagens se tornam mais velhos surge a necessidade de também mudar a faixa etária de todos os atores e atrizes da série. A atriz Olivia Colman passou a interpretar a rainha Elizabeth II a partir dessa temporada. Interpretar rainhas não é algo novo em sua carreira, uma vez que ela interpretou a rainha Anne no premiado filme "A Favorita" de 2018. Só que agora precisou mudar de postura. Se a rainha Anne era praticamente uma louca, Elizabeth II sempre foi pura razão e equilíbrio. Enfim, a série continuou com o mesmo padrão de qualidade, que não pode ser qualificado como menos do que ótimo. Abaixo irie comentar os episódios, conforme for assistindo aos mesmos.

The Crown 3.01 - Olding
Ness primeiro episódio da terceira temporada temos mudanças importantes. Logo na primeira cena a rainha Elizabeth II é levada a conferir as novas moedas e cédulas da Libra. O antigo perfil da rainha, a retratando como uma mulher jovem, dá lugar a um novo desenho, com ela já na idade mais avançada. A rainha envelheceu. E os velhos amigos do passado começam a ir embora. Entre eles o ex-primeiro ministro Winston Churchill. Após sofrer um AVC ele finalmente vem a morrer em 24 de janeiro de 1965, em Kensington. Seu funeral tem toda a honra e pompa necessários a esse grande homem, que venceu Hitler e os nazistas durante a II Guerra Mundial. O trabalhista Harold Wilson acaba se tornando o novo primeiro-ministro. Há boatos de que ele seria um espião da KGB e esses rumores chegam até a rainha. Após investigações ela é informada que o espião não é o Mr. Wilson (que chegou inclusive a ser citado numa música dos Beatles), mas sim o próprio curador de artes do palácio de Buckingham. A revelação, como era de se esperar, deixa todos constrangidos e chocados. Um espião da União Soviética dentro do próprio Palácio da rainha, foi realmente um grande choque para todos. / The Crown 3.01 - Olding (Inglaterra, 2019) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 3.02 - Margaretology  
Esse episódio explora muito bem a tensão que existia entre as duas irmãs, a princesa Margareth e a rainha Elizabeth. A irmã mais jovem sempre teve uma personalidade mais expansiva, extrovertida, ela queria ser a rainha. Porém o trono pertencia à Elizabeth simplesmente porque ela era a mais velha filha do rei. Isso deixava Margareth sempre na sombra e como ela sofria por isso. Nesse episódio Margareth viaja até os Estados Unidos e precisa convencer o presidente Johnson a dar aval para um empréstimo que o Reino Unido precisa desesperadamente. E ela, contra todas as previsões, acaba se dando muito bem na Casa Branca, criando uma forte amizade com o presidente. / The Crown 3.02 - Margaretology (Inglaterra, 2019) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 3.03 - Aberfan  
Em 1966 uma grande barragem se rompeu causando a morte de centenas de pessoas, inclusive de 116 crianças que foram soterradas dentro das salas de aula na escola onde estudavam. A tragédia chocou todo o mundo. O primeiro ministro, Mr. Wilson, foi imediatamente ao lugar, na cidadezinha de Aberfan, no país de Gales, para prestar suas homenagens. A rainha Elizabeth II não. Isso causou um grande mal-estar e só depois que os jornais e a reação do público começou a virar contra a coroa foi que ela finalmente decidiu viajar até lá, visitando os lugares da tragédia. Esse episódio mostra um dos maiores arrependimentos da rainha. Ele se arrependeu muito por ter demorado mais de uma semana para reagir a tudo o que estava acontecendo, algo que acabou arranhando de certo modo sua popularidade, a deixando com uma certa imagem de monarca insensível e fria demais para com as tragédias que se abatiam sobre seu povo. / The Crown 3.03 - Aberfan (Inglaterra, 2019) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 3.04 - Bubbikins
O foco desse episódio é todo em cima da peculiar princesa Alice de Battenberg. Ela era a mãe do Duque de Edimburgo, marido de Elizabeth II. Bisneta da rainha Vitória, ela em determinado momento de sua vida decidiu deixar tudo para trás. Se tornou freira e foi viver para ajudar os pobres. Abriu uma ordem religiosa que acolhia órfãos pobres que viviam pelas ruas na Grécia. Quando houve um golpe militar nesse país na década de 1960 ela precisou ir embora e acabou indo passar seus últimos dias de vida no Palácio real em Londres. A história dela já daria espaço para uma série própria, mas aqui em "The Crown" trouxeram de volta essa pessoa realmente extraordinária. Ela era uma nobre, mas acima de tudo uma nobre em sua alma. E a princesa Alice retornava para a Inglaterra em um momento especialmente complicado, onde a família real tentava melhorar sua imagem pública perante o povo britânico. A produção de um documentário vinha justamente nessa direção, algo que no final das contas acabou não dando muito certo. / The Crown 3.04 - Bubbikins (Inglaterra, 20 ) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Jane Lapotaire. 

The Crown 3.05 - Coup  
Eu jamais poderia imaginar que a Inglaterra quase passou por um golpe militar durante a década de 1960. Pois é, um grupo de banqueiros e empresários procuraram um velho almirante veterano, o Lord Mountbatten (interpretado pelo excelente ator Charles Dance) e lhe fizeram uma proposta absurda. Um golpe militar na Inglaterra com o objetivo de tomar o poder do primeiro-ministro socialista Wilson, naquela altura enfrentando sérios problemas econômicos, inclusive com a queda da Libra. E enquanto tudo isso acontecia em Londres, onde estava a Rainha Elizabeth II? Comprando cavalos na França. Imaginem a saia justa, o choque que ela teve quando tudo aconteceu, ainda mais envolvendo um membro da família real. Realmente uma história por demais interessante e de certo modo também assustadora. / The Crown 3.05 - Coup (Inglaterra, 2019) Direção: Christian Schwochow / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Charles Dance, Tobias Menzies, Marion Bailey.

The Crown 3.06 - Tywysog Cymru 
Nesse episódio o príncipe Charles toma posse como príncipe de Gales, mas as coisas não são tão simples como poderiam parecer à primeira vista. Os galeses formam um povo bem ciente de suas origens, sua história. Eles possuem língua própria e cultura bem diferenciada da dos ingleses. Assim Charles vai passar alguns meses no País de Gales com a intenção de aprender sobre sua língua e cultura. O problema é que seu professor é um sujeito que odeia a Inglaterra e sua dominação sobre o País de Gales. Ele sempre foi um republicano que sonhara com a independência de sua pequena nação. Bom episódio, revelando outro aspecto historicamente relevante. Povo nenhum no mundo gosta de ser dominado por outro povo. E o retrato da Rainha Elizabeth II nesse episódio é o pior possível, a mostrando como uma arrogante incorrigível que sequer tinha muita consideração pelo próprio filho. / The Crown 3.06 - Tywysog Cymru  (Inglaterra, 2019) Direção: Christian Schwochow / Roteiro: Peter Morgan, James Graham / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 3.07 - Moondust  
Esse episódio é centrado na chegada do homem à Lua. É o ano de 1969 e esse foi certamente o grande acontecimento histórico daquele ano. O Príncipe Philip fica particularmente abalado por tudo. Ele que sempre quis ser um aviador, começa a sentir frustrado internamente. Ele racionaliza e chega na conclusão que não fez as coisas que queria em sua vida. A velhice chegou e ele se sente um homem não realizado. E quando os três astronautas da Apolo visitam o Palácio de Buckingham, ele se sente um tanto decepcionado com todos eles. Estava esperando encontrar grandes heróis da conquista do espaço, porém encontra apenas 3 homens comuns, que realizaram um grande feito. Nesse episódio, também quase todo centrado na figura do marido de Elizabeth II, ficamos sabendo que ele acabou patrocinando a reunião de um grupo de religiosos que tinham como principal função discutir os grandes temas da vida e da religião. Um feito pessoal que até hoje lhe traz grande orgulho, apesar do começo bem pouco promissor. / The Crown 3.07 - Moondust (Inglaterra, 2019) Direção: Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: .Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter. 

The Crown 3.08 - Dangling Man 
O Rei Eduardo VIII (ou Edward VIII) abdicou da coroa para se  casar com uma americana divorciada. Foi algo único na história da monarquia inglesa. Mágoas sobraram para todos os lados, principalmente em relação à família real. Assim quando ele piora em sua saúde, quando o seu médico diz que tem poucos dias de vida, a Rainha Elizabeth II lhe faz uma visita de despedida, de adeus. O velho monarca, sem coroa e sem trono, agoniza, mas faz de tudo para receber a rainha como ainda se deve. E lhe dá cartas escritas a ele pelo princípe Charles, o que talvez seja uma pista do porquê Elizabeth nunca ter abdicado do trono em favor do filho, mesmo estando bem velha. Algo ali definitivamente não lhe agradou. / The Crown 3.08 - Dangling Man (Inglaterra, 20'9) Direção: Samuel Donovan / Roteiro: Peter Morgan, David Hancock / Elenco:  Olivia Colman, Tobias Menzies, Marion Bailey. 

The Crown 3.09 - Imbroglio 
O príncipe Charles era apaixonado por Camila muito antes de conhecer Diana. É o que descobrimos quando assistimos a esse episódio. Só que esse romance não era bem visto pelos membros da família real. No máximo eles viam Camila como um mero passatempo para o herdeiro do trono, um prazer temporário e não como uma mulher digna de casar com o futuro Rei da Inglaterra. E isso fica bem claro aqui. No começo a mãe de Charles, a rainha Elizabeth II, até viu com certa tolerância esse namoro, mas depois ficou assustada com as atitudes do filho. E nesse episódio também vemos o enterro de Edward VIII, o velho monarca que abdicou da coroa para casar com uma americana divorciada. Alguém que Charles gostava e que de maneira em geral se inspirava. Olha o tamanho do problema. / The Crown 3.09 - Imbroglio (Inglaterra, 20 ) Direção: Samuel Donovan / Roteiro: eter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter.  

The Crown 3.10 - Cri de Coeur
Último episódio da terceira temporada. E como termina a série The Crown? Bom, para encerrar esse ciclo de episódios temos o Jubileu de Ouro da rainha Elizabeth II. Tudo é motivo para a festa do povo da Inglaterra, mas a própria monarca não se sente tão realizada assim. Ela chega a perguntar porque o país piorou tanto com ela no trono. Entretanto o foco principal desse episódio é mesmo a irmã Margareth, mais uma vez envolvida com problemas envolvendo seus homens. Está quase divorciada do marido e arranja um amante para curtir com ela as maravilhas de uma ilha no Caribe. Claro que isso tudo vira um grande escândalo nos tablóides ingleses. Há sempre um preço a se pagar por fazer parte da família real. / The Crown 3.10 (Inglaterra, 2019) Direção: Jessica Hobbs / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Olivia Colman, Tobias Menzies, Helena Bonham Carter   

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A Favorita

A Rainha Anne da Inglaterra só esteve no trono por cinco anos (de 1702 a 1707) e foi considerada pelos historiadores como uma monarca fraca, que não deixou herdeiros e que era muito manipulável pelas pessoas próximas a ela. Durante seu reinado surgiram rumores e fofocas entre os empregados do palácio de que ela na verdade era lésbica e tinha um caso amoroso com uma condessa chamada Lady Sarah (Rachel Weisz). Esses boatos nunca foram confirmados completamente, mas servem de ponto central nesse novo filme, "A Favorita".

Nele encontramos a Rainha Anne (Olivia Colman) em seus últimos anos, já doente e decadente. Ela é uma mulher medrosa, carente e de pouca cultura, a ponto de não conseguir tomar nenhuma decisão importante e nem compreender direito os assuntos do Estado. Com uma personalidade tão fraca acaba sendo dominada por sua "favorita", a própria Lady Sarah que praticamente passa a reinar em seu lugar, tomando todas as decisões do império, desde o aumento de impostos, passando também pelas celebrações de paz e guerra com nações europeias. Sua posição de destaque começa a ser colocada em perigo quando surge uma nova empregada no palácio chamada Abigail (Emma Stone). Bonita e ambiciosa, começa a flertar com a Rainha, tentando seduzi-la. A partir daí começam todas as intrigas palacianas, bem típicas desse tipo de filme de época.

O roteiro explora bem o abismo que pode surgir em determinadas monarquias quando as pessoas erradas acabam subindo ao trono. O diretor Yorgos Lanthimos se destaca por não ter construído um filme de visual clássico. Ao invés disso propõe grandes planos panorâmicos, tentando aproveitar todo o rico cenário onde a história de passa. Isso é interessante por dar um grau de profundidade ao espectador, mas também distorce as imagens em alguns momentos, causando um certo desconforto visual. Outro aspecto cinematográfico digno de nota é que o diretor muitas vezes flerta com o absurdo, seja mostrando certas danças esquisitas, seja em diálogos que vão quase ao nonsense. No final somos apresentados a um filme muito interessante, embora não historicamente tão correto. É um dos mais lembrados para o próximo Oscar. Será que as previsões vão se confirmar? Veremos nas próximas semanas.

A Favorita (The Favourite, Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda, 2018) Direção: Yorgos Lanthimos / Roteiro: Deborah Davis, Tony McNamara / Elenco: Olivia Colman, Emma Stone, Rachel Weisz, James Smith / Sinopse: Duas mulheres, a nobre Lady Sarah (Rachel Weisz) e a empregada do palácio Abigail (Emma Stone), disputam a atenção da lésbica Rainha Anne (Olivia Colman). Poder e ambição se juntam na privacidade do trono inglês. Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Olivia Colman).

Pablo Aluísio.