sábado, 4 de agosto de 2018

Histórias Cruzadas

Filme muito bom que é baseado em uma história real. Antes de ir para o cinema deu origem a um best-seller nos Estados Unidos. A história se passa nos anos 1960. Uma jovem recém formada decide escrever um livro contando o cotidiano das empregadas domésticas negras do sul. Como se sabe os estados sulistas dos Estados Unidos sempre foram associados a uma sociedade extremamente racista. Basta lembrar da guerra civil para entender bem isso. Assim Skeeter (Emma Stone) começa a acompanhar as experiências de vida da empregada doméstica Aibileen (Viola Davis). É justamente nas pequenas coisas diárias que ela espera encontrar a verdadeira face daquela sociedade.

E o que ela encontra? O racismo mais disfarçado, um misto de preconceito racial com preconceito social. Relegadas a baixos salários e longas jornadas de trabalho, as empregadas domésticas negras eram mesmo consideradas seres humanos de segunda categoria. O filme porém procura não criar um estilo de panfleto social, indo mais nas sutilezas, sem exagerar na dose. Em termos de elenco, onde predominam elas, as mulheres, temos excelentes atuações. Passando pela jovem e bem intencionada personagem interpretada por Emma Stone e passando pela integridade moral e experiência de vida da Aibileen de Viola Davis. Um filme muito bom mesmo, com excelente reconstituição de época, tudo valorizado pelo roteiro socialmente consciente. Uma boa oportunidade para os americanos se olharem no espelho.

Histórias Cruzadas (The Help, EUA, 2011) Direção: Tate Taylor / Roteiro: Tate Taylor, baseado na obra de Kathryn Stockett / Elenco: Emma Stone, Viola Davis, Octavia Spencer, Bryce Dallas Howard, Mike Vogel, Allison Janney / Sinopse: Durante a década de 60 a jovem Skeeter (Emma Stone), uma recém formada que tem planos de ser tornar escritora, decide escrever um livro retratando o cotidiano das empregadas domésticas negras do sul dos EUA. Em busca de material para seu texto ela consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo. Através dela Skeeter começa a ouvir também outras empregadas domésticas de sua cidade, dando forma ao seu livro que acabaria revelando um lado nada lisonjeiro das relações patroas e empregadas no sul racista americano

Pablo Aluísio.

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