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domingo, 13 de outubro de 2019

Jogo Entre Ladrões

Mais um filme sobre roubo de joias. Esse é um nicho ainda bem popular no cinema. Aqui dois ladrões profissionais interpretados por Morgan Freeman e Antonio Banderas, resolvem unir forças para roubar as milionárias joias que um dia pertenceram à dinastia Romanov da Rússia. O principal alvo vai para os famosos ovos Fabergé, maravilhosas peças cravejadas dos mais caros e finos diamantes. Cada uma valendo algo em torno de 20 milhões de dólares. O problema passa a ser colocar as mãos nessas peças, uma vez que elas ficam em um cofre com os mais modernos e rígidos esquemas de segurança. Para piorar a máfia russa entra na jogada e começa a chantagear os dois ladrões, pois caso eles não consigam roubar os ovos, a bela namorada de Banderas no filme será executada. 

Bom, considerei um filme bem na média. É uma fita rápida, com pouco mais de 90 minutos de duração. Não se perde muito tempo tentando desenvolver os personagens principais. Tudo é posto com uma relativa pressa em meu ponto de vista. Há uma ou outra cena mais sensual entre Banderas e a linda atriz australiana  Radha Mitchell (uma tremenda gata!) com cenas moderadas de nudez e sexo, mas fora disso tudo se concentra mesmo nos preparativos do roubo e na execução final dos planos. Nessas cenas do roubo propriamente dito é que está o calcanhar de Aquiles desse filme pois não vi nada de muito original ou criativo. Fica na média mesmo, mais do mesmo. Teria sido interessante ao roteiro desenvolver melhor a história das joias, como elas foram feitas, etc, mas como já escrevi o filme foi feito mesmo para ser algo rápido, sem delongas. No geral é apenas mediano. Uma dessas produções de roubos mirabolantes que apenas cumpre tabela, sendo de rotina. Nada espetacular ou memorável. Dá para assistir... e é só!

Jogo Entre Ladrões (Thick as Thieves, Estados Unidos, 2009) Direção: Mimi Leder / Roteiro: Ted Humphrey / Elenco: Morgan Freeman, Antonio Banderas, Radha Mitchell, Robert Forster, Rade Serbedzija / Sinopse: Dois ladrões profissionais unem forças para roubar as joias da dinastia Romanov, peças históricas e de grande valor no mercado negro. O problema vai ser superar o mais moderno sistema de segurança do cofre onde elas se encontram.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

O Pacificador

Título no Brasil: O Pacificador
Título Original: The Peacemaker
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Mimi Leder
Roteiro: Leslie Cockburn
Elenco: George Clooney, Nicole Kidman, Marcel Iures, Aleksandr Baluev, Randall Batinkoff, Jim Haynie

Sinopse:
Duas armas nucleares são roubadas depois de um acidente de trem. A busca por elas se torna assunto de Estado pois há rumores que serão utilizadas como "arma suja" em Nova Iorque. Assim a cientista Julia Kelly (Kidman) se une ao Tenente-Coronel Thomas Devoe (Clooney) para evitar que uma grande tragédia aconteça.

Comentários:
Esse foi um dos primeiros filmes produzidos pelo novo estúdio de cinema que Steven Spielberg havia criado, chamado de DreamWorks. Para isso o produtor não poupou esforços, contratando duas estrelas de cinema, George Clooney e Nicole Kidman. Ela recebeu um ótimo cachê de 5 milhões de dólares para fazer o filme. Como era uma produção com muitas cenas de ação também não se poupou recursos para que as sequências fossem as mais espetaculares possíveis. A despeito de tudo isso porém o filme não foi lá essas coisas. Em minha opinião esqueceram de escrever um roteiro melhor. É tudo meio derivativo, sem novidades. Além disso a preocupação de sempre puxar uma explosão, muitas vezes gratuita, acaba criando aquela sensação de tédio - algo fatal para esse tipo de filme. Para não dizer que não havia qualidades, tínhamos uma esforçada Nicole Kidman de cabelo pintado tentando tornar o filme mais interessante do que realmente era. Não deu. Uma andorinha só definitivamente não faz verão! Enfim, com fraca bilheteria e recepção muito fria por parte da crítica esse filme não conseguiu marcar e nem ser um grande cartão de visitas para o novo estúdio de Steven Spielberg.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A Corrente do Bem

Título no Brasil: A Corrente do Bem
Título Original: Pay It Forward
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Mimi Leder
Roteiro: Catherine Ryan Hyde, Leslie Dixon
Elenco: Kevin Spacey, Haley Joel Osment, Helen Hunt, Jim Caviezel, Angie Dickinson, Jon Bon Jovi

Sinopse:
Um professor de high School (o equivalente ao ensino médio no Brasil) encoraja seus alunos a tornarem o mundo um lugar melhor, criando uma corrente de bons atos, boas intenções e atitudes, uma verdadeira corrente do bem. Filme premiado pelo Young Artist Awards na categoria de Melhor ator juvenil (Haley Joel Osment).

Comentários:
Sempre achei meio bobinho, com mensagem de boas intenções de botequim ou de livros de auto ajuda, daqueles bem clichês. Nada especial ou muito inteligente, só meio piegas mesmo. De qualquer maneira a coisa só piorou com o tempo, principalmente agora que o ator Kevin Spacey foi denunciado por assediar um ator de apenas 14 anos de idade, o que nos Estados Unidos é uma acusação bem séria de se enfrentar (e que dá cadeia, inclusive). Para escapar da fama de pedófilo o Spacey precisou sair do armário, dizendo que era gay, algo que enfureceu o movimento GLSBT americano, já que de forma subliminar envolveu homossexualidade com pedofilia. O mar definitivamente não está para peixe na vida dele. E nesse filme aqui o Kevin Spacey interpretava justamente um professor muito bem intencionado que se relacionava (no sentido certo da palavra) com jovens e adolescentes. É um filme que nasceu para passar na Sessão da Tarde pela eternidade e que agora corre o sério risco de virar uma piada de humor negro involuntária contada pelo destino! Quem diria...Ah e antes que me esqueça: o elenco de apoio tem desde a diva do cinema clássico Angie Dickinson, passando pelo "Jesus" Jim Caviezel, indo parar no rei do rock farofa, Bon Jovi. Uma salada ao estilo mistureba para todos os gostos.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Impacto Profundo

No mesmo ano em que Armageddon chegava nas telas os estúdios Dreamworks se apressaram para lançar esse “Impacto Profundo” que tinha o mesmo argumento do filme de Michael Bay. A idéia era realizar um filme mais pé no chão, menos fantasioso e bobo. O enredo mostrava um jovem chamado Leo (interpretado por Elijah Wood, antes de seu grande sucesso “O Senhor dos Anéis”) que descobre meio por acaso a chegada de um grande meteoro vindo em direção ao planeta Terra. Ao lado de sua namorada Sarah (feita pela sumida Leelee Sobieski) ele tenta convencer o mundo acadêmico da astronomia da destruição que está por chegar. Há algumas curiosidades sobre “Impacto Profundo” que merecem ser relembradas. A primeira é trazer o ator Morgan Freeman como o presidente dos Estados Unidos. Eu me lembro que só pelo fato dele ser negro já despertou bastante controvérsia na época de lançamento do filme. Houve crítico americano dizendo que a maior ficção do filme era justamente essa, a de um negro na Casa Branca. Mal sabia ele que em poucos anos isso se tornaria uma realidade com a chegada de Obama no poder. Outra coisa que chama a atenção é que o filme, que usa poucos efeitos especiais se comparado com “Armaggedon”, se concentra muito mais nos efeitos aqui na Terra que isso causará do que propriamente na tragédia em si. É um ponto positivo.

De negativo podemos perceber que “Impacto Profundo” foi prejudicado por seu estúdio, a Dreamworks de Spielberg. Isso aconteceu porque a produção foi acelerada ao máximo para chegar nas telas antes de “Armaggedon”. A pressa nas filmagens e no processo de edição e pós produção prejudicou muito o resultado final que acabou ficando truncado, sem fluência. A diretora Leder não tinha cacife suficiente para impor sua opinião e assim o filme foi literalmente editado pelos executivos da Dreamworks que estavam mais preocupados com a bilheteria do que propriamente por méritos artísticos. Para o cinéfilo o filme vale muito a pena por caso de seu elenco, que conseguiu reunir um belo time de veteranos das telas. Um exemplo é Robert Duvall, sempre digno, interpretando um astronauta veterano que participa da missão de salvamento do nosso planeta. Outras presenças importantes são as de Maximilian Schell e Vanessa Redgrave, em papéis pequenos, é verdade, mas que ao menos servem para matar a saudade desses ícones. Some-se a isso a boa interpretação de Morgan Freeman e você terá um filme no mínimo interessante sobre o tema – o que já é uma grande coisa se compararmos com o fraco “Armaggedon”. Enfim fica a dica: “Impacto Profundo”, para entendermos bem como é frágil nossa posição dentro do universo.

Impacto Profundo (Deep Impact, Estados Unidos, 1998) Direção: Mimi Leder / Roteiro: Bruce Joel Rubin, Michael Tolkin / Elenco: Elijah Wood, Robert Duvall, Téa Leoni, Vanessa Redgrave, Morgan Freeman, Leelee Sobieski, Maximilian Schell, James Cromwell / Sinopse: A Terra se prepara da melhor forma possível para um impacto de proporções cósmicas.

Pablo Aluísio.