sábado, 8 de março de 2025

Os Amores de Brad Pitt

Os Amores de Brad Pitt
Considerado pelas mulheres dos anos 90 como o homem mais lindo de Hollywood, era mesmo de esperar que Brad Pitt se tornasse o alvo preferido de todos os jornais de fofocas do planeta. Cada novo relacionamento amoroso era capa de revista! Um verdadeiro superstar dos tabloides! 

Os amores de Brad Pitt foram capas e capas de revistas por todos esses anos. Vendiam muito e ele fez sua parte, conquistando novas belas garotas a cada mês. Só que seus casos com mulheres sem fama não poderiam ser comparados com as estrelas. E quando Pitt começava a namorar uma atriz famosa as revistas (e as fofocas) explodiam! Não se falava de outra coisa!

Eu sempre fui muito mais interessado no que ele fazia no cinema, nas suas atuações, mas o mundo das celebridades era impossível de ignorar. E quando Brad Pitt anunciou que estava namorando firme com a atriz Gwyneth Paltrow o mundo literalmente parou! Eu achava interessante esse caso. Eram dois profissionais da atuação de que gostava. Eram loiros, jovens, bonitos e ricos! Claro que a imprensa se fartou em cada pequeno detalhe que encontrava. Os lugares que o casal frequentava, o que eles comiam, se tinham brigado ou não, ou qual era o motivo. Ah, o mundo das futilidades! Tem gente que adora mesmo!

Esse primeiro caso amoroso terminou meio mal para o Brad Pitt. Um fotógrafo do tipo paparazzi flagrou ele na varanda de uma cobertura fazendo brincadeiras eróticas com a Gwyneth Paltrow. Nu, com o pênis no meio das pernas, Pitt parecia rebolar e dançar para a namorada, que caía na gargalhada! Nem preciso dizer que foi um escândalo um tanto constrangedor para todos os envolvidos quando as fotos foram publicadas nos jornais, no dia seguinte. E pelo visto isso esfriou o relacionamento entre os pombinhos!

Depois de Gwyneth Paltrow veio o namoro com Jennifer Aniston. Você que é jovem não tem a menor ideia do estouro que foi esse relacionamento no meio da imprensa. Não se falava de outra coisa, também pudera, ela era a estrela do programa mais visto da TV americana da época, o megasucesso Friends. De certa maneira era naquele momento a namoradinha da América! 

Então namorar o galã número 1 de Hollywood foi mesmo explosivo! E quando Pitt apareceu em Friends para uma participação especial a audiência bateu todos os recordes! E depois de cinco anos, tudo acompanhado com olhos de lince pela imprensa, finalmente eles se casaram em 2000. Parecia o final perfeito e feliz para a década de 1990 do casal. Eles tinham chegado lá, no topo absoluto do sucesso na vida profissional e amorosa! Era o casal mais famoso e bem sucedido do mundo! A cerimônia de casamento foi um grande evento, com congestionamento de helicópteros, onde todo mundo queria ver pelo menos uma foto do momento feliz do casal! 

Só que, como todos sabemos, esse era o mundo real e não uma história de uma comédia romântica de Hollywood. Assim após cinco anos de casamento a coisa toda parecia ter parado no marasmo. A velha paixão, por parte dele, parecia ter esfriado! Digo por parte dele porque em meu ponto de vista a Jennifer Aniston sempre o amou demais! Acredito inclusive que ela o ama até os dias de hoje! 

Infelizmente para Jennifer Aniston, o Pitt acabaria se apaixonando pela Angelina Jolie. Eles estavam filmando um filme que eu pessoalmente acho bem ruinzinho chamado Sr. e Sra. Smith. Uma comédia de ação meio boboca. Bom, se o filme era ruim, o casal pareceu não se importar muito e começou a se pegar pra valer nos bastidores. Assim que começaram as filmagens a boataria se espalhou por Hollywood. Pitt, um homem casado, estava tendo um ardoroso romance com Jolie, que também era casada! Os jornais sensacionalistas foram à loucura! O namoro deles ganhou até nome, "Brangelina"! 

E isso me surpreendeu muito na época. Não havia duas mulheres mais diferentes em Hollywood do que Angelina Jolie e Jennifer Aniston. Enquanto Aniston fazia o estilo de garota legal, aquela vizinha muito simpática e bonita que você almejava namorar de mãos dadas, a Jolie era o extremo oposto. Era uma mulher de muita atitude, vamp, sensual, uma autêntica devoradora de homens... fossem eles casados ou não!

A Jennifer Aniston até tentou salvar o casamento, mas a humilhação pública foi demais! Ela largou o amor de sua vida, que se foi para sempre para então se casar com Jolie, um casamento que não iria se revelar feliz, terminando em um verdadeiro barraco jurídico nos tribunais, com acusações para todos os lados, fazendo com que o responsável de relações públicas do ator tivesse que trabalhar em dobro para abafar as partes mais picantes e destrutivas para sua carreira!

Pablo Aluísio. 

A Febre do Titanic


A Febre do Titanic
Muitos que vão ler essas linhas não viveu o impacto do filme Titanic dentro da cultura da época. Foi um enorme sucesso de bilheteria. E eu vivi tudo aquilo. Já era um cinéfilo empenhado, daqueles que assistiam a todos os filmes de relevância que eram lançados tanto no cinema como no mercado de vídeo VHS. Por essa razão conhecia muito bem o trabalho do Leonardo DiCaprio. 

Só que depois de Titanic as coisas mudaram muito! Leonardo deixou de ser apenas um jovem ator muito talentoso, conhecido dos cinéfilos para se tornar uma celebridade internacional de alta popularidade. Eu bem me lembro de ficar impactado ao ver tantas capas de revistas com o ator. Quem gostava de cinema o conhecia, mas ele era um jovem talentoso sem muito apelo de mídia. Tanto isso é verdade que simplesmente não me recordo de ter visto ele em nenhuma capa de revista de cinema antes de Titanic. 

Mas aí veio o impacto avassalador de Titanic nas bilheterias. Em pouco tempo o filme se tornou o mais popular e lucrativa da história do cinema, superando ET que ocupava essa posição desde 1982. As filas de cinema davam voltas nos quarteirões e eu estive em uma dessas filas, claro, pois vi o fenômeno todo em primeira mão, no calor dos acontecimentos. 

Então Leonardo DiCaprio virou uma celebridade ao estilo cantores dançarinos de boys bands! As adolescentes gritavam por onde ele passava, compravam todas as revistas teens com ele na capa. Uma coisa assombrosa! Todas as jovens queriam ser sua namorada, todas compravam livros para saber mais sobre sua vida. 

Eu jamais vou esquecer o que vi naquele ano! Foi algo realmente de impressionar. E todo o sucesso não se resumiu ao cinema. A trilha sonora de Titanic vendeu muito, embalada pelo hit "My Heart Will Go On" de Celina Dion. Tocava o tempo todo nas emissoras de rádio. Sempre que ouço essa música sou transportado imediatamente para aquela época, pois foi mesmo um sucesso daqueles marcantes, que todos conheciam. Foi o tema romântico musical de muitos jovens casais. Não tenha dúvidas disso. 

O interessante é que o passar dos anos só fez bem ao Leonardo DiCaprio. Ele deixou de ser aquele ídolo adolescente daquela fase de absurdo sucesso popular e voltou a ser o que sempre havia sido, ou seja, um bom ator de cinema, cujos filmes eram conhecidos por quem entendia e curtia cinema. Não se engane, a tribo dos cinéfilos sempre foi muito exclusiva e se sentiu, por aquele breve período de tempo, meio que invadida pelas fãs histéricas do Leo. Ninguém, no fundo, curtia aquela verdadeira "Beatlemania" em cima do Leonardo DiCaprio. Todo cinéfilo, afinal de contas, é meio presunçoso. E eu confesso que também tenho esse pecado. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 7 de março de 2025

A Redenção: A História Real de Bonhoeffer

A Redenção: A História Real de Bonhoeffer 
A história real de um jovem pastor que na Alemanha Nazista teve a coragem de se levantar contra a hipocrisia da Igreja, que naquele momento histórico deu todo o apoio às barbaridades de Hitler e seus comparsas. Nessa onda de idolatria insana que varreu a Alemanha o próprio Cristo foi deixado de lado. Aos fanáticos, inclusive a maior parte dos evangélicos protestantes daquele país, coube a adoração a esse homem, que certamente foi a figura mais vil da história da humanidade. 

Essa história me levou a diversas reflexões. Como é possível que pessoas que se diziam cristãs conseguiam ignorar completamente a mensagem de Jesus para abraçar o ódio tão facilmente? E o que mais me espanta é que esses líderes nazistas e fascistas nunca esconderam seus objetivos e planos malignos. Tudo era feito às claras! Mesmo assim uma multidão de fanáticos o seguiam, sendo a maioria em igrejas, sejam protestantes, sejam católicas. Os religiosos parecem acreditar piamente nesse tipo de líder político inescrupuloso. Poucas são as vozes que se levantam contra, como no caso do protagonista desse filme. E essa história, que se passa na Segunda Guerra Mundial, anda se repetindo nos dias atuais! Tenha medo, muito medo, meu caro leitor! 

Vou logo adiantando que não é um filme com final feliz. Muito pelo contrário. Os nazistas não deixavam barato para quem os confrontassem. A pena imposta geralmente era a morte, sem julgamentos, sem devido processo legal, sem nada. Apenas uma execução sumária, geralmente promovida por membros da famigerada SS, uma espécie de exército nazista auxiliar ao verdadeiro exército alemão. Esses eram os responsáveis pelas maiores atrocidades. Faziam o serviço sujo de um regime político que era mais do que sujo, era bárbaro e incivilizado. Enfim, apreciei o filme. É um resgate, uma forma de relembrar esse grande homem. Sua vida foi a mais pura definição da coragem humana! 

A Redenção: A História Real de Bonhoeffer (Bonhoeffer: Pastor. Spy. Assassin., Alemanha, 2024) Direção: Todd Komarnicki / Roteiro: Todd Komarnicki / Elenco: Jonas Dassler, Phileas Heyblom, August Diehl / Sinopse: Com história baseada em fatos reais, esse filme resgata a história de um pastor que se recusou a idolatrar Hitler e o regime nazista nas décadas de 1930 e 1940 e pagou caro por manter firme suas convicções cristãs. 

Pablo Aluísio. 

Inverno Sem Fim

Inverno Sem Fim 
Esse filme, produzido na Hungria dos dias atuais, conta uma história real acontecida nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, quando a Hungria foi ocupada pelas tropas da União Soviética. Assim que o país ficou sob controle de Moscou, começaram a levar colaboracionistas do regime nazista para campos de concentração soviéticos na Sibéria, os terríveis Gulags. Ali os prisioneiros eram submetidos a um regime brutal, de trabalho praticamente escravo nas minas congeladas da região. Obviamente que não havia qualquer tipo de respeito aos direitos humanos dos prisioneiros. De certa maneira os russos repetiam os erros dos nazistas! 

No caso desse filme o roteiro foca no caso de uma jovem mulher húngara que foi submetida a esse regime brutal. Um bom filme, bem produzido e com um roteiro que só falha numa questão: ele procura esconder de forma deliberada que aqueles prisioneiros colaboraram com os alemães nazistas durante a guerra. Faz isso por um motivo bem óbvio, não trazer a antipatia do espectador para com os personagens, mas nesse processo se perde a devida honestidade intelectual que se deve ter ao contar histórias como essas. 

Inverno Sem Fim (Örök tél, Hungria, 2018) Direção: Attila Szász / Roteiro: Norbert Köbli, Attila Szász, János Havasi / Elenco: Marina Gera, Sándor Csányi, Laura Döbrösi / Sinopse: Mulheres de uma Hungria ocupada pela União Soviética são levadas para campos de concentração na Sibéria. História baseada em fatos reais. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 6 de março de 2025

Nosferatu em Veneza

Nosferatu em Veneza 
O Nosferatu anda em alta depois daquele bom filme lançado em 2024. Aqui uma produção dos anos 80 que trazia novamente Klaus Kinski no papel do vampiro! Ele havia protagonizado o remake dos anos 70. só que aqui, para minha decepção, não usou a maquiagem do visual clássico que tantos conhecemos. Klaus está praticamente de cara limpa, com aquela expressão de doido varrido que lhe era tão peculiar! Pelo menos nisso ele era um mestre! Já era uma figura estranha por natureza! Concordo que essa versão pode ser considerada até mesmo um pouco fraca, mas não posso negar que tenha seu estilo. O diretor realmente se esforçou para trazer beleza às cenas, o que era até natural de se esperar por causa da própria cidade de Veneza, um cartão postal à céu aberto! Aliás o uso dos mascarados do carnaval de Veneza caiu muito bem na estética do vampiro. Aquelas fantasias medievais possuem mesmo um elemento de macabro que sempre me deixou com uma certa fascinação. 

Apesar do roteiro um pouco truncado o diretor fez um bom trabalho, cometendo poucos deslizes. O pior deles vem naquela cena do Nosferatu correndo pelas ruas de Veneza atrás de uma de suas vítimas! Quase caiu no humor involuntário. Esse tipo de personagem não pode ser usado dessa forma, leviana. Não, tem que ser bem trabalhado, sempre colocado nas sombras, para aumentar o mistério em torno de si mesmo. Esse é o principal segredo do suspense. E para quem assistiu ao novo Nosferatu, um pequeno spoiler: o desfecho da história é muito semelhante entre os dois filmes. A lenda de que um amor verdadeiro vindo de uma mulher humana que poderia finalmente trazer á morte para uma criatura condenada a vagar pelos séculos e séculos pelas vias escuras, continua o mesmo. E também funciona aqui, nesse filme pouco conhecido, mas que tem seus méritos cinematográficos.  

Nosferatu em Veneza (Nosferatu a Venezia, Itália, Estados Unidos, 1988) Direção: Augusto Caminito, Klaus Kinski / Roteiro: Alberto Alfieri, Leandro Lucchetti, Augusto Caminito / Elenco: Klaus Kinski, Christopher Plummer, Donald Pleasence, Barbara De Rossi, Yorgo Voyagis / Sinopse: Durante um ritual de magia negra, um grupo de satanistas invoca a presença do lendário vampiro Nosferatu. E não tarda para essa criatura da noite começar a surgir pelas noites da bela cidade italiana de Veneza. Filme também conhecido como "Drácula em Veneza". 

Pablo Aluísio. 

O Estripador de Nova York

O Estripador de Nova York 
Filme italiano rodado em Nova Iorque contando a história de um serial killer que começa a matar mulheres em uma orgia de sangue e terror. Achei ruinzão, mal feito, mas curiosamente ainda encontrei coisas boas por aqui. Todo filme, por mais tosco e ruim que seja, sempre tem alguma coisa que leva um espectador atento a ir até o seu final. No meu caso foi ver Nova York tal como era na época em que o filme foi produzido. Era o final dos anos 70, começo dos anos 80 e a grande cidade americana era dominada pelo lixo nas ruas, pela prostituição ao céu aberto e pelas centenas de lojas de pornografia espalhadas por toda a Times Square. 

Um cenário bem diferente da Nova Iorque do turismo internacional dos dias atuais. Pois é, a cidade passou por uma limpeza e toda aquela vida noturna underground e um tanto marginal foi varrida das principais ruas da metrópole norte-americana. Já o filme em si, bom, não há muito o que dizer. É ruim mesmo, apelativo e nada criativo. O cinema italiano da época poderia fazer algo melhor. 

O Estripador de Nova York (Lo squartatore di New York, Itália, 1982) Direção: Lucio Fulci / Roteiro: Gianfranco Clerici, Vincenzo Mannino, Lucio Fulci / Elenco: Jack Hedley, Almanta Suska, Howard Ross / Sinopse: Assassino em série começa a matar jovens mulheres nas ruas escuras de Nova Iorque e a polícia fica sem pistas para prender o assassino. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 5 de março de 2025

A Vingança dos Daltons

Título no Brasil: A Vingança dos Daltons
Título Original: When the Daltons Rode
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Marshall
Roteiro: Harold Shumate, Emmett Dalton
Elenco: Randolph Scott, Kay Francis, Brian Donlevy

Sinopse:
Tod Jackson (Randolph Scott) é um jovem advogado que vai até o distante Kansas para visitar seus clientes e amigos, os Daltons, que possuem um belo e próspero rancho na região. O problema agora é que uma poderosa empresa cobiça as terras dos Daltons e estão dispostos a colocar as mãos naquela propriedade de todas as formas possíveis, inclusive levantando falsas acusações de crimes contra todos os que ousam desafiar o poder da companhia.

Comentários:
Mais um ótimo western com o mito Randolph Scott. Infelizmente é uma de suas produções menos lembradas, já que após sua estreia nos cinemas ficou décadas fora de circulação - só mais recentemente foi relançado nos Estados Unidos dentro de um box de DVDs que resgatou parte da filmografia esquecida do eterno cowboy do velho oeste. Alguns aspectos merecem menção. Como se sabe com a expansão das estradas de ferro rumo ao Pacífico muitas companhias entraram em atritos com rancheiros e fazendeiros que não abriam mão de suas terras - justamente aquelas por onde os trilhos teriam que passar. Quando o dinheiro não bastava para convencer a venda dessas terras entrava em ação bandoleiros contratados por essas empresas para intimidar e coagir a venda, muitas vezes usando de métodos violentos e ilegais. Esse pedaço esquecido da história serve justamente de mote para esse bom faroeste que certamente agradará em cheio aos fãs do western mais clássico do cinema americano.

Pablo Aluísio.

O Rei Cowboy

Título no Brasil: O Rei Cowboy
Título Original: King Cowboy
Ano de Produção: 1928
País: Estados Unidos
Estúdio: William LeBaron Productions
Direção: Robert De Lacey
Roteiro: Stanner E.V. Taylor, Frank Howard Clark
Elenco: Tom Mix, Sally Blane, Lew Meehan 

Sinopse:
Tom Mix interpreta Tex Rogers, um cowboy contratado para levar um rebanho do Texas até o Arizona. Na longa e perigosa viagem ele terá que enfrentar terríveis ladrões de gado, tribos hostis de Apaches e a traição de seus próprios colegas de travessia, todos interessados em tomar posse do valioso carregamento bovino.

Comentários:
"King Cowboy" marcou a fase mais bem sucedida comercialmente do ator e cowboy Tom Mix. Na era do cinema mudo ele praticamente criou - ao lado de outros ícones do gênero - toda a mitologia do velho oeste, com seus heróis românticos, honestos e íntegros. Curiosamente nessa fase mais antiga do cinema americano os animais já se destacavam como atrações de bilheteria. Assim ao lado de Tom Mix brilhava Tony, chamado pelo estúdio de "O cavalo maravilha de Tom Mix". Seu nome era promovido até mesmo nos posters dos filmes, só para se ter uma ideia de seu impacto na popularidade das produções. Durante o lançamento do filme Mix e Tony viajaram por várias cidades pelos Estados Unidos fazendo apresentações promocionais ao filme. Só para se ter uma ideia a excursão começou em Los Angeles e só terminou quatro meses depois em Nova Iorque. Indo de costa a costa do país o ator acabou virando um ídolo, o mais popular e bem pago do cinema americano na época. Carismático e muito atencioso com os fãs Tom Mix virou um dos maiores símbolos do velho oeste, em um tempo onde a máquina promocional da mídia ainda engatinhava. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de março de 2025

Os Gays de Hollywood - Parte IV

Os Gays de Hollywood - Parte IV
Quando os filmes de Hollywood se tornaram sucesso mundial, os atores, atrizes e diretores logo ficaram imensamente ricos. E essa riqueza não era apenas mostrada pelos carros e figurinos de luxo, mas também pelas belas mansões. Havia revistas de cinema da época que mostravam as enormes casas desses astros e estrelas, então para um grande nome de Hollywood alcançar o verdadeiro status de sucesso era necessário também mostrar sua bela mansão, com grandes piscinas e dezenas de quartos. Ter uma revista publicando sua vida privada era sinônimo de sucesso absoluto no mundo do cinema da época. 

Quando não estavam posando para as revistas na beira de suas piscinas, astros e estrelas gays de Hollywood logo perceberam que tinham também o esconderijo perfeito para suas estripulias sexuais, claro, tudo escondido do público que ia aos cinemas assistir aos seus filmes. Para as pessoas em geral eles eram lindos, ricos e heterossexuais. Nada poderia "manchar" suas imagens trabalhadas pelos departamentos de marketing dos grandes estúdios. 

Alla Nazimova comprou uma enorme casa nas colinas de Hollywood e fez dessa mansão o point lésbico da indústria cinematográfica. Todo fim de semana ela reunia a comunidade "Lesbian" da cidade na sua enorme piscina. Ali rolava namoros, flertes, casos amorosos ocasionais e tudo mais que fosse possível, na segurança de uma mansão privada, longe da imprensa e dos fofoqueiros. Tão popular ficou a casa de Alla que dizem que ela deu uma grande festa onde foram convidadas mais de 600 lésbicas de Hollywood de uma só vez! Quase faltou espaço dentro de sua bela mansão com estilos florais para tanta gente junta, reunida. 

Algo bem parecido aconteceu com o famoso diretor George Cukor. Ele também transformou sua casa em um point gay, mas no caso dele, de encontro de homossexuais masculinos. Tantas pessoas passaram a frequentar sua mansão que ele mandou construir inúmeras pequenas casas ao redor, tipo bangalôs, onde os astros poderiam relaxar com seus namorados sem que fossem incomodados. A um amigo chegou a dizer que estava pensando em abrir um resort gay privativo. Ele tinha certeza que iria ficar rico e ganhar mais dinheiro com isso do que como diretor de cinema. Algo que ele realmente tinha razão. 

Outro que transformou sua mansão em point gay foi Rock Hudson. Durante anos o ator não ligou muito para onde morava. Chegou a morar por anos em seu pequeno veleiro em Malibu. Porém cansou dessa vida e começou a construir uma grande mansão a que chamou de "O Castelo". As festas que Rock deu nessa mansão se tornaram lendárias na velha Hollywood. Eram festas onde só homens eram convidados. Todos gays! Nesse ambiente Rock ficava totalmente à vontade, vivendo sua sexualidade sem receios, além de ser tratado como um verdadeiro monarca da comunidade LGBT em Hollywood. Dizem que era um ótimo anfitrião, providenciando para que cada convidado fosse muito bem tratado em sua residência rosada. 

Havia também festinhas em apartamentos por toda a Hollywood. Essas festas eram frequentadas por jovens atores. Eles ainda não tinham chegado ao estrelado, mas estavam na luta. James Dean não perdia nenhuma dessas festas. Estava sempre presente. Ele havia morado alguns meses com um famoso publicitário que trabalhava na TV e conhecia vários desses jovens aspirantes ao sucesso. Havia muito flerte, paquera, alguns declamavam poesias, outros dançavam com o rosto colado. Quando a festinha invadia a madrugada eles liam scripts, chegavam até mesmo a ensaiar algumas cenas, uns ajudando aos outros. Havia uma espécie de camaradagem (hoje conhecida como broteragem) entre todos esses artistas da atuação. Era um ambiente bem informal para todos esses jovens atores. 

Além do cinema o mundo da música também tinha seus redutos gays. Festas frequentadas principalmente por jovens cantores pop, que eram ídolos das adolescentes colegiais. A fofoca da época dizia que essas badaladas baladas gays eram bem frequentadas pela geração algodão doce da música dos Estados Unidos. Uma turma de jovens cantores que surgiram no final dos anos 50, começo dos anos 60. Artistas como Fabian, Frankie Avalon, Ricky Nelson, Paul Anka, Neil Sedaka, etc. Dizem que até o jovem Liberace costumava aparecer por lá. Ele vivia no armário desde sempre, mas praticamente todos em Hollywood sabiam que ele era gay! Assim havia gente bonita, jovem, escalando o sucesso e a fama, todos curtindo juntos nessas animadas festas coloridas. Justamente o que muitos deles procuravam.

Pablo Aluísio. 

O General Morreu ao Amanhecer

O General Morreu ao Amanhecer 
A História do filme se passa na China, durante a década de 1930. O país passa por uma guerra civil. São vários generais que lutam entre si, tentando se opor e impor aos inimigos. O mais forte tomará o poder supremo. Um caos. No meio de tudo isso temos o personagem de Gary Cooper. Ele é um americano que vive de "oportunidades". Assim quando um general lhe dá uma grande quantia em dinheiro por armas, ele embarca em um trem para encontrar esse traficante de armas que vai lhe vender esses rifles e fuzis. Na viagem de ida ao encontro desse criminoso o trem onde viaja o personagem de Cooper é parado na ferrovia. Ele cai nas mãos do inimigo e precisa dar conta não apenas do dinheiro, como também das armas. Sua vida passa a correr sério risco dentro desse jogo perigoso. 

Eu sempre gostei muito do Gary Cooper, mas confesso que não gostei desse filme. Seu personagem tende a ser um cara bonzinho, mas quem já viu um vendedor de armas contrabandeadas ser um mocinho? Ele é um mercenário em última instância, um sujeito que vive de vender armas para alimentar uma guerra civil de uma nação que tenta sobreviver. Isso foi antes da Revolução Comunista e podemos perceber bem o olhar de colonialista dos americanos em relação aos chineses. E para piorar ainda mais o quadro geral, o roteiro tenta emplacar um romance nada convincente entre o personagem de Cooper e Madeleine Carroll, uma atriz platinada muito fraquinha. Sua atuação, exagerada e caricata, vai jogando as últimas pás de cal nesse filme que definitivamente não me agradou em nada. 

O General Morreu ao Amanhecer (The General Died at Dawn, Estados Unidos, 1936) Direção: Lewis Milestone / Roteiro: Clifford Odets, Charles G. Booth / Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Akim Tamiroff / Sinopse: Em uma China devastada pela guerra civil, um mercenário americano ganha fortunas vendendo armas para generais chineses inimigos. As coisas andam bem, até que ele cai nas mãos de um militar violento em busca de vingança. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 3 de março de 2025

Oscar 2025

Oscar 2025
Esse Oscar jamais será esquecido pelo povo brasileiro. O filme "Ainda Estou Aqui" fez história e pela primeira vez  o cinema brasileiro venceu em uma categoria do Oscar. Foi premiado como Melhor Filme Internacional (antiga categoria Melhor Filme Estrangeiro). Confesso que fiquei emocionado com o prêmio e pulei de alegria! Afinal para quem sempre amou cinema e escreve sobre cinema praticamente todos os dias aqui no blog foi mesmo algo de se emocionar. Todos os que participaram da produção desse filme merecem elogios e gratidão por parte da nossa cultura. Chegamos lá, o Oscar é nosso! 

Agora vamos para o que, em minha opinião, foram motivos para se aborrecer com o Oscar. Fernanda Torres não venceu na categoria de Melhor Atriz. Eu pensei que se ela perdesse, seria para Demi Moore. E então, eis que surge a mocinha de "Pânico" Mikey Madison vencendo pelo filme "Anora". Essa foi a Zebra do Oscar! Ninguém estava esperando por isso! Aliás esse filme "Anora" que também venceu os prestigiosos prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção será, em um futuro bem próximo, mais um daqueles filmes que ninguém vai mais se lembrar! É um filme chocho, sem graça, nada marcante. Confesso que para Melhor Filme havia muitos outros filmes mais importantes, relevantes, como o próprio "Conclave". Esse tinha mesmo "cara de Oscar". Os tempos porém são outros. Entre premiar esse filme com tons épicos e um filme indie meio chatinho, optou-se pelo segundo. Sinal dos tempos em que vivemos. 

E por falar em "Conclave", penso que houve um certo desrespeito para com Ralph Fiennes. Ele é um grande ator, estava concorrendo pela terceira vez, nunca havia sido premiado antes e já está com uma certa idade. O mais justo seria lhe dar o Oscar de melhor ator, nem que fosse pelo conjunto de sua obra. Eu gosto de Adrien Brody, mas devo dizer que "O Brutalista" é um filme cansativo, com carisma abaixo de zero. Foi algo parecido que aconteceu com Demi Moore e Fernanda Torres. Houve um certo ato de falta de respeito com essas profissionais não as premiando. Preferiram a mocinha com jeitinho de boneca de porcelana da Era Vitoriana! O Etarismo cheirou forte ontem no Oscar e isso definitivamente não deveria acontecido. 

Emilia Pérez perdeu em categorias importantes porque a campanha (ou a anticampanha) do filme foi uma das coisas mais bizarras que eu já vi na minha vida. Zoe Saldaña até venceu por seus méritos próprios, mas a colega dela, Karla Sofía Gascón, criou tantos problemas e confusões que eu até fiquei admirado por esse filme ter ganho alguma coisa. Essa atriz é uma daquelas pessoas sem muita noção, barraqueira ao extremo, criadora de confusões com tudo e todos. Escrevendo atrocidades nas redes sociais ela parecia empenhada em ferrar com o próprio filme! Uma coisa de doido! Ora, o Oscar também é um prêmio de popularidade e não deu outra. Afundou em várias categorias que antes poderia ser até mesmo ser considerada a favorita ao prêmio. 

O filme "Um Completo Desconhecido" ficou a ver navios. A biografia do Bob Dylan de certa maneira seguiu os passos de "Elvis" que também não levou nada. Parece que essas cinebiografias de artistas famosos da música do passado só servem mesmo para figurar como coadjuvantes de luxo na festa do Oscar. "A Substância" também fracassou. Só levou o Oscar de maquiagem, o que era esperado, embora eu pessoalmente achei uma droga os monstrengos do filme! De qualquer forma era algo esperado. Esse filme é puro horror trash dos anos 80. Não iria muito longe mesmo!

"Duna: Parte 2" levou dois prêmios importantes na parte técnica, melhores efeitos especiais e melhor som. Era mesmo o esperado. Foi mais do que o filme poderia merecer. Aliás ver "Alien: Romulus" na categoria de Melhores Efeitos também me causou surpresas. Esperava que esse filme sequer chegaria lá! E por falar em filmes técnicos, eu esperava mais prêmios para "Wicked", a overdose colorida do Mágico de Oz. Venceu em algumas categorias, mas como a festa começou com duas das atrizes do filme cantando, pensei que o filme iria se sagrar o grande vencedor da noite. Cheguei mesmo a cogitar isso durante o transcorrer da festa, mas não rolou. Ainda bem, o cinema americano anda muito infantil mesmo ultimamente. 

Pablo Aluísio. 

Nossa Coleção de Cinema e Rock Clássico


Coleção Cinema e Rock Clássico
Estamos ampliando nossa esfera de comunicação com o público que gosta de cinema e rock clássico. Já lançamentos três títulos sobre cinema clássico. Abaixo segue nossa lista de livros. Adquira seu exemplar e forme sua própria coleção. 

Elvis Presley
Esse é o primeiro volume de uma longa série que iremos publicar sobre Elvis Presley. Nesse Volume 1 dissecamos os anos de Elvis na Sun Records, sua primeira gravadora. Segue análise e detalhes sobre seus dois primeiros discos. Depois entregamos ao leitor tudo sobre seus dois primeiros filmes no cinema, Love Me Tender e Loving You. Completa o quadro uma longa série de textos comentando seus singles e uma coleção de textos sobre aspectos pessoais e profissionais que aconteciam com Elvis nessa fase inicial de sua carreira. 

Adquira seu exemplar nos links abaixo: 

Marlon Brando
Nesse livro dedicado a esse grande ator da história de Hollywood, temos toda a sua filmografia comentada, com ficha técnica e detalhes cinematográficos. Além disso o livro traz uma série de textos, artigos e crônicas sobre a vida de Marlon Brando, inclusive com muitas curiosidades sobre seus filmes e sua vida pessoal.

Adquira seu exemplar nos links abaixo: 

Marilyn Monroe
A diva do cinema americano em sua era de ouro ganhou espaço especial em nossa coleção. Em seu livro temos todos os seus filmes, desde os primeiros e desconhecidos, até seus grandes sucessos de bilheteria, cada um comentado em seus menores detalhes. Em uma longa série intitulada Hollywood Boulevard trazemos uma série de crônicas sobre a carreira e a vida pessoal de Marilyn, mostrando seus amores e casamentos. 

Adquira seu exemplar nos links abaixo: 

Pablo Aluísio. 

domingo, 2 de março de 2025

Louis XIV - O Rei Sol

Louis XIV - O Rei Sol
Foi sem dúvida o monarca mais marcante da história da dinastia Bourbon, que iria governar a França por quase um milênio! Amava o luxo e a riqueza, por essa razão ficou marcado para sempre na mente das pessoas como um monarca extravagante, com roupas de alto luxo, muitos babados em seus figurinos, grande perucas e sapatinhos brilhantes de cores chamativas. Esse seu jeito de se vestir levantava rumores de que era homossexual, mas nada poderia estar mais distante da realidade. Luís XIV era muito mulherengo e colecionou centenas de amantes enquanto governou. 

Também era um governante astuto e inteligente. Quando percebeu que a corte de Paris era formada basicamente por conspiradores, fofoqueiros e pessoas vis de todos os tipos, decidiu construir um enorme palácio para onde levaria toda a nobreza da França. Versalhes já existiu como casa de campo de seu pai, mas Louis XIV queria construir ali o maior palácio da Europa. Iria transferir todos os nobres para seu palácio, confinando a nobreza para assim controlar as intrigas palacianas, eliminando os inimigos da coroa. 

Também criou um rígido protocolo social que mantinha os nobres sempre presos a ele. Tudo em Versalhes era controlado, nada era natural. Todos os rituais que você possa imaginar foram criados. Os nobres assistiam ao monarca em seus momentos mais privados, como as refeições, o banho ou o momento de deitar-se. Cada nobre tinha uma função específica nesses momentos e não poderia sair da etiqueta que era controlada com extremo rigor. Agindo dessa maneira em pouco tempo o Rei estava no controle total de sua nobreza. Nada dentro daquele palácio poderia acontecer sem sua ordem. 

Mas houve o outro lado ruim de toda essa exuberância da corte. A construção do Palácio de Versalhes, o luxo, o requinte sem limites, acabou quebrando as finanças do Estado francês. Louis XIV custava muito caro. Ele tinha milhares de roupas luxuosas, cavalos, artistas em sua folha de pagamento. Foi o maior mecenas da história! Era um homem que não admitia ter limites para sua gastança. Quando criticado por estar quebrando a economia do Estado Francês, ele se saiu com a frase que iria ser lembrada para sempre: "O Estado sou eu!". 

Louis XIV teve vários problemas de saúde. Alguns por causa de suas inúmeras amantes, pois teve muitas doenças venéreas, outras por causa de doenças naturais que vieram com a idade. Teve um sério problema de gota que praticamente apodreceu uma de suas pernas. A ferida gerava um fedor insuportável e o Rei, que havia se notabilizado também por seus caríssimos perfumes, ficou bem perturbado por isso. Morreu com a França quebrada por seus exageros. Ele literalmente gastou cada centava que havia no tesouro real. Não sobrou nada para seus sucessores. Louis XV, seu herdeiro, iria passar todo o seu reinado tentando consertar isso, mas não houve jeito. As sementes da Revolução Francesa estavam plantadas. Monarquia rica demais com um povo miserável, chegando a passar fome pelas ruas de Paris. Não poderia dar em outra coisa. 

Pablo Aluísio. 

Pedro, o Grande

Pedro, o Grande
Um dos mais celebrados líderes da história russa. Pedro realmente era um grande homem, além de ser um homem grande, literalmente falando. Estima-se que tinha mais de 2 metros de altura! Embora fosse um nobre e herdeiro do trono, Pedro ganhou o carinho do povo russo por causa de seu jeito de ser. Era um sujeito extrovertido, que se misturava no meio do povão, bebia com eles, dançava em suas festas, parecia mesmo amar os seus súditos. Era muito simpático no trato social, nada ameaçador ou tirânico. Todos pareciam gostar muito dele. Festeiro, gostava de andar com artistas de circo, tanto que tinha sua própria trupe de bobos da corte formada por anões, que o acompanhavam por toda parte. Então onde chegasse, Pedro trazia sua própria festa e animação. 

Quando se tornou Czar, Pedro decidiu que iria construir uma nova capital para o império russo. Estava cansado de Moscou, uma cidade que não lhe agradava. Ele amava a bela arquitetura e achava os prédios de Moscou muito feios! Assim começou as obras de sua adorada nova capital que iria se chamar São Petersburgo! O lugar para erguer essa grande cidade não poderia ser pior. Era uma região cheia de pântanos, mas Pedro, confiante que tudo iria dar certo, tocou o projeto em frente. O resultado de suas ambições pode ser conferida até os dias atuais. É a mais européia das cidades russas, com lindos palácios que atraem até hoje milhares de turistas todos os anos. 

Pedro era um homem de ação e provou isso inúmeras vezes. Além da construção de uma nova capital ele decidiu construir uma grande armada, uma nova marinha para a Rússia. Com muitos portos congelados pelo frio, a Marinha russa sempre foi a mais desprestigiada das armas, mas Pedro queria mudar isso. Construiu uma grande indústria naval e participou ativamente da construção de grandes barcos e navios de guerra. Agindo assim deu trabalho para milhares de russos que estavam desempregados, elevando a economia do país a um grande nível de prosperidade entre a parte mais pobre do império. 

Na política externa Pedro admirava muitos os grande países europeus ocidentais, principalmente a França e Inglaterra. De certa maneira copiou a arquitetura de grandes palácios como o de Versalhes, para as novas construções de sua capital. Gostava da Inglaterra e chegou a cogitar se casar com alguma princesa da casa real britânica, mas isso acabou não acontecendo. A Suécia, por outro lado, era a grande inimiga da Rússia, e Pedro entrou em guerra com essa nação algumas vezes, mas nada muito marcante. Pedro, o Czar que queria melhorar a Rússia, a mantendo mais próxima da Europa civilizada, morreu jovem e foi aclamado pelo povo russo em seu funeral. Foi um dos mais populares líderes daquela poderosa nação. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 1 de março de 2025

Raul Seixas - Os Grandes Sucessos de Raul Seixas

Raul Seixas - Os Grandes Sucessos de Raul Seixas
Olhando para o passado, eu me lembro de ter tido esse disco em algum momento da minha vida. Entretanto, com o passar do tempo, a cópia simplesmente desapareceu da minha coleção. Isso me leva a crer que o disco na realidade era emprestado de alguém, e eu tive que devolver, mas não me lembro exatamente das circunstâncias. A memória do que realmente se passou se perdeu no tempo, infelizmente. De qualquer forma, me lembro perfeitamente que lá pelo começo dos anos 90 ouvi bastante esse LP. É um disco de coletânea, ou seja, de melhores sucessos. Um tipo de cartão de visitas a obra desse grande cantor e compositor brasileiro. 

Só que há também nesse repertório músicas menos óbvias, o que garante o interesse até mesmo para quem tem todos os discos de Raul Seixas. Algumas músicas que foram incluídas nesta seleção não estão em nenhum disco oficial do artista. Um exemplo? Let Me Sing, Let Me Sing. Então, obviamente, o interesse do colecionador da época do vinil se fazia presente. Enfim, curti muito esse LP e curti muito o rock magro de Raul Seixas. Ele foi certamente um dos grandes nomes do rock nacional em todos os tempos. Um baiano arretado que fazia música de muita qualidade.

Raul Seixas - Os Grandes Sucessos de Raul Seixas (1993)
Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás
Ouro De Tolo
Medo Da Chuva
Loteria Da Babilônia
Como Vovó Já Dizia (Óculos Escuros)
As Minas Do Rei Salomão
Let Me Sing, Let Me Sing
Gîtâ
Metamorfose Ambulante
Eu Também Vou Reclamar
Al Capone
Tente Outra Vez
Mosca Na Sopa
Dentadura Postiça

Pablo Aluísio.

RPM - Rádio Pirata

RPM - Rádio Pirata
O RPM foi o grupo de rock mais popular dos anos 80. Não foi o Legião Urbana, não foi o Paralamas do Sucesso, nenhuma dessas bandas, foi o RPM. Eles venderam mais cópias de seus discos do que qualquer outro conjunto nacional de rock, mas vamos também dizer outra verdade por aqui: Foi tudo fogo de palha! Pois é, os caras surgiram, fizeram enorme sucesso, lançaram apenas 2 discos de sucesso e afundaram no seu próprio ego! O RPM só teve dois grandes sucessos de vendas, o primeiro disco e esse aqui. Praticamente as mesmas músicas, sendo que o LP original trazia as músicas gravadas em estúdio e esse aqui trazia a versão ao vivo delas! E foi só isso mesmo... 

Foi ou não foi o maior fogo de palha da indústria fonográfica brasileira? Eu não tenho a menor dúvida disso. E também devo dizer que esses caras eram bem sem noção! No auge do sucesso, ao invés de administrar bem o sucesso do grupo, eles resolveram tomar rumos errados, como por exemplo, se afundarem em um mar de pó de cocaína! Incrível como certas pessoas não possuem a menor consciência de si mesmo e do sucesso. Pensam que tudo cai do céu, de graça. Pensando assim eles afundaram, brigando muito entre si, cheirando toneladas de coca, fazendo confusão... um horror! Até lançaram mais um álbum de músicas inéditas, mas esse disco não aconteceu, não fez sucesso! Nem demorou nada e já nos anos 80 eles estavam completamente acabados! O que mais posso dizer? Bem feito...

RPM - Rádio Pirata Ao Vivo (1986)
Revolução Por Minuto
Alvorada Voraz
A Cruz e a Espada
Naja
Olhar 43
Estação no Inferno
London London
Flores Astrais
Rádio Pirata

Erick Steve.