Esse Oscar jamais será esquecido pelo povo brasileiro. O filme "Ainda Estou Aqui" fez história e pela primeira vez o cinema brasileiro venceu em uma categoria do Oscar. Foi premiado como Melhor Filme Internacional (antiga categoria Melhor Filme Estrangeiro). Confesso que fiquei emocionado com o prêmio e pulei de alegria! Afinal para quem sempre amou cinema e escreve sobre cinema praticamente todos os dias aqui no blog foi mesmo algo de se emocionar. Todos os que participaram da produção desse filme merecem elogios e gratidão por parte da nossa cultura. Chegamos lá, o Oscar é nosso!
Agora vamos para o que, em minha opinião, foram motivos para se aborrecer com o Oscar. Fernanda Torres não venceu na categoria de Melhor Atriz. Eu pensei que se ela perdesse, seria para Demi Moore. E então, eis que surge a mocinha de "Pânico" Mikey Madison vencendo pelo filme "Anora". Essa foi a Zebra do Oscar! Ninguém estava esperando por isso! Aliás esse filme "Anora" que também venceu os prestigiosos prêmios de Melhor Filme e Melhor Direção será, em um futuro bem próximo, mais um daqueles filmes que ninguém vai mais se lembrar! É um filme chocho, sem graça, nada marcante. Confesso que para Melhor Filme havia muitos outros filmes mais importantes, relevantes, como o próprio "Conclave". Esse tinha mesmo "cara de Oscar". Os tempos porém são outros. Entre premiar esse filme com tons épicos e um filme indie meio chatinho, optou-se pelo segundo. Sinal dos tempos em que vivemos.
E por falar em "Conclave", penso que houve um certo desrespeito para com Ralph Fiennes. Ele é um grande ator, estava concorrendo pela terceira vez, nunca havia sido premiado antes e já está com uma certa idade. O mais justo seria lhe dar o Oscar de melhor ator, nem que fosse pelo conjunto de sua obra. Eu gosto de Adrien Brody, mas devo dizer que "O Brutalista" é um filme cansativo, com carisma abaixo de zero. Foi algo parecido que aconteceu com Demi Moore e Fernanda Torres. Houve um certo ato de falta de respeito com essas profissionais não as premiando. Preferiram a mocinha com jeitinho de boneca de porcelana da Era Vitoriana! O Etarismo cheirou forte ontem no Oscar e isso definitivamente não deveria acontecido.
Emilia Pérez perdeu em categorias importantes porque a campanha (ou a anticampanha) do filme foi uma das coisas mais bizarras que eu já vi na minha vida. Zoe Saldaña até venceu por seus méritos próprios, mas a colega dela, Karla Sofía Gascón, criou tantos problemas e confusões que eu até fiquei admirado por esse filme ter ganho alguma coisa. Essa atriz é uma daquelas pessoas sem muita noção, barraqueira ao extremo, criadora de confusões com tudo e todos. Escrevendo atrocidades nas redes sociais ela parecia empenhada em ferrar com o próprio filme! Uma coisa de doido! Ora, o Oscar também é um prêmio de popularidade e não deu outra. Afundou em várias categorias que antes poderia ser até mesmo ser considerada a favorita ao prêmio.
O filme "Um Completo Desconhecido" ficou a ver navios. A biografia do Bob Dylan de certa maneira seguiu os passos de "Elvis" que também não levou nada. Parece que essas cinebiografias de artistas famosos da música do passado só servem mesmo para figurar como coadjuvantes de luxo na festa do Oscar. "A Substância" também fracassou. Só levou o Oscar de maquiagem, o que era esperado, embora eu pessoalmente achei uma droga os monstrengos do filme! De qualquer forma era algo esperado. Esse filme é puro horror trash dos anos 80. Não iria muito longe mesmo!
"Duna: Parte 2" levou dois prêmios importantes na parte técnica, melhores efeitos especiais e melhor som. Era mesmo o esperado. Foi mais do que o filme poderia merecer. Aliás ver "Alien: Romulus" na categoria de Melhores Efeitos também me causou surpresas. Esperava que esse filme sequer chegaria lá! E por falar em filmes técnicos, eu esperava mais prêmios para "Wicked", a overdose colorida do Mágico de Oz. Venceu em algumas categorias, mas como a festa começou com duas das atrizes do filme cantando, pensei que o filme iria se sagrar o grande vencedor da noite. Cheguei mesmo a cogitar isso durante o transcorrer da festa, mas não rolou. Ainda bem, o cinema americano anda muito infantil mesmo ultimamente.
Pablo Aluísio.
Oscar 2025
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Eu fiquei feliz de Emília Perez perder. Chega de apologia a esse tipo de aberração.
ResponderExcluirEsse filme foi um caos! As pessoas que fizeram o filme agora vivem brigando entre si, trocas de farpas para todos os lados, um horror! Um clima muito tóxico! Além disso é um filme francês que conta uma história mexicana! Nem preciso dizer que o México boicotou o filme! Enfim, problemas não faltaram!
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