Título no Brasil: Quando as Pistolas Decidem
Título Original: The Oklahoman
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Francis D. Lyon
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Brad Dexter
Sinopse:
O Dr. John M. Brighton (Joel McCrea) é um médico idealista que resolve ir até as fronteiras mais distantes do oeste para com sua profissão ajudar as comunidades mais afastadas e isoladas. Depois que sua esposa morre precocemente sua mentalidade solidária se torna ainda mais forte e ele resolve então morar numa pequena cidade do Oklahoma ao lado de sua filha. A região porém passa por um momento de conflito, agravado pela descoberta de petróleo em terras indígenas.
Comentários:
Ao lado dos pistoleiros, cowboys, índios e xerifes, o cinema americano procurou também destacar o idealismo de certos profissionais liberais como médicos na colonização do velho oeste. Esse certamente não foi o primeiro filme com esse tipo de tema a que assisti. De certa forma era algo até recorrente. Afinal de contas dentro do subconsciente do pioneiro americano certamente ficou a imagem desses corajosos homens que foram para uma terra hostil para basicamente ajudar ao próximo. McCrea está ótimo em seu personagem. Ele tinha uma imagem perfeita para esse tipo de papel. Um médico honesto e íntegro no meio de um conflito de pessoas sem qualquer ética pessoal, que nutriam apenas o desejo de ficarem ricos, seja de que forma fosse. O filme em si só não é melhor por causa dos modestos recursos da Allied Artists Pictures, um pequeno estúdio que já não existe mais, que produzia muitos westerns B durante os anos 50 e 60. Alguns bons, outros bem medíocres. Esse pelo menos se enquadra no primeiro grupo. No geral temos um bom faroeste, plenamente valorizado por seu enredo, muito interessante e relevante para o gênero.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 28 de novembro de 2023
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Radiomania
Bill Lawrence (James Stewart) é um trabalhador comum. Ao lado da esposa e dois filhos, ele leva uma vida bem rotineira e pacata. Todas as manhãs ele acorda e segue para o trabalho numa grande loja de magazine de sua cidade. Sua vida começa a mudar quando recebe o telefonema de uma estação de rádio local. A atendente lhe avisa que à noite, durante um popular programa, ele terá que responder a uma pergunta que vale 24 mil dólares. No começo Bill não leva nada muito à sério e resolve juntar todos os seus amigos para ouvirem o rádio juntos. Tudo acaba virando uma grande festa. Quando a grande hora chega e a pergunta é feita Bill, ele acaba acertando, se tornando o vencedor do cobiçado prêmio. O que ele não contava é que o prêmio vai lhe trazer uma série de dores de cabeça, virando sua vida literalmente de cabeça para baixo. Para começo de conversa os 24 mil dólares não surgem em dinheiro vivo, mas sim em vários produtos que são enviados pelos patrocinadores do programa. De repente sua casa é invadida por uma série de entregadores, que lhe trazem desde pôneis, até uma quantidade enorme de carne de bezerro, dezenas de vasos de plantas, centenas de relógios e tudo o mais que você possa imaginar. Para piorar o fisco americano acaba ficando de olho em sua premiação, o enchendo de cobranças de taxas e impostos dos mais variados tipos! Sua vida acaba assim virando um verdadeiro caos da noite para o dia.
"Radiomania" é muito divertido. Uma comédia hilariante que se encaixa perfeitamente no tipo de personagem que era ideal na pele de James Stewart. O sujeito comum, simples, que de repente se vê tendo que lidar com coisas que nunca fizeram parte de sua rotina, como um decorador esnobe (que joga fora toda a sua mobília) e até uma bela artista que vem pintar seu retrato como parte do prêmio ganho. A questão é que a grande maioria dos prêmios não tem a menor serventia na vida de Bill e sua família. Tudo acaba virando uma grande metáfora sobre a inutilidade de um sonho consumista sem sentido.
O roteiro, além de ser muito divertido, é muito bem escrito pois não deixa a bola cair em nenhum momento. Como o filme é relativamente curto (algo em torno de 80 minutos) o espectador nem percebe o tempo passando pois o personagem de Stewart se envolve numa série de confusões, uma mais engraçada do que a outra. Para os fãs da atriz Natalie Wood o filme ainda traz um atrativo extra, pois ela está no elenco, interpretando a jovem filha de Stewart. Incrível, mas ela deveria ter uns 12 anos quando fez o filme. Enfim, mais um belo momento da carreira do sempre ótimo James Stewart. Uma comédia leve, simpática, que deixará você com um inevitável sorriso no rosto após terminar de assistir.
Radiomania (The Jackpot, Estados Unidos, 1950) Direção: Walter Lang / Roteiro: John McNulty, Phoebe Ephron / Elenco: James Stewart, Barbara Hale, James Gleason, Natalie Wood / Sinopse: Bill (Stewart) é um sujeito comum que de repente vê sua vida virada de ponta cabeça após ganhar um prêmio em um programa de rádio!
Pablo Aluísio.
"Radiomania" é muito divertido. Uma comédia hilariante que se encaixa perfeitamente no tipo de personagem que era ideal na pele de James Stewart. O sujeito comum, simples, que de repente se vê tendo que lidar com coisas que nunca fizeram parte de sua rotina, como um decorador esnobe (que joga fora toda a sua mobília) e até uma bela artista que vem pintar seu retrato como parte do prêmio ganho. A questão é que a grande maioria dos prêmios não tem a menor serventia na vida de Bill e sua família. Tudo acaba virando uma grande metáfora sobre a inutilidade de um sonho consumista sem sentido.
O roteiro, além de ser muito divertido, é muito bem escrito pois não deixa a bola cair em nenhum momento. Como o filme é relativamente curto (algo em torno de 80 minutos) o espectador nem percebe o tempo passando pois o personagem de Stewart se envolve numa série de confusões, uma mais engraçada do que a outra. Para os fãs da atriz Natalie Wood o filme ainda traz um atrativo extra, pois ela está no elenco, interpretando a jovem filha de Stewart. Incrível, mas ela deveria ter uns 12 anos quando fez o filme. Enfim, mais um belo momento da carreira do sempre ótimo James Stewart. Uma comédia leve, simpática, que deixará você com um inevitável sorriso no rosto após terminar de assistir.
Radiomania (The Jackpot, Estados Unidos, 1950) Direção: Walter Lang / Roteiro: John McNulty, Phoebe Ephron / Elenco: James Stewart, Barbara Hale, James Gleason, Natalie Wood / Sinopse: Bill (Stewart) é um sujeito comum que de repente vê sua vida virada de ponta cabeça após ganhar um prêmio em um programa de rádio!
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
A Sétima Cavalaria
"A Sétima Cavalaria" começa onde praticamente todos os filmes sobre o General Custer terminam. Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado. "A Sétima Cavalaria" é seguramente um dos melhores filmes de western estrelados por Randolph Scott. O roteiro é muito bem escrito e se concentra nos eventos que ocorreram após a morte de Custer e a Sétima Cavalaria. O inquérito aberto pelo exército americano, as dúvidas sobre as reais intenções de Benson ao pedir licença, a necessidade de resgatar todos os restos mortais dos militares em Little Big Horn, tudo é extremamente bem exposto em grande momento de Scott no cinema. Há cenas impactantes como a volta do cavalo do general ao campo de batalha e a questão sobre a quem pertenceria os despojos da grande batalha - aos vencedores ou aos soldados da cavalaria?
Uma das coisas que mais chamam atenção nesse filme é a questão sobre quem teria sido responsável pelo massacre das tropas americanas. Durante muitos anos após o desastre em Little Big Horn houve uma glorificação do General Custer. Considerado herói pois morreu lutando, seu legado foi incontestável por anos. Depois descobriu-se que Custer cometeu muitos erros no campo de batalha. Extremamente vaidoso e egocêntrico, Custer queria alcançar os picos da glória ao acreditar que venceria toda uma nação Sioux apenas com poucos homens extremamente bem treinados. Se equivocou feio o que acabaria custando a vida de centenas de soldados e oficiais americanos. O filme não tem medo de tocar nessa ferida e o faz de forma brilhante. Para quem gosta da história do velho oeste "A Sétima Cavalaria" é essencial.
A Sétima Cavalaria (7th Cavalry, EUA, 1956) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Peter Packer baseado no livro de Glendon Swarthout / Elenco: Randolph Scott, Barbara Hale, Jay C. Flippen / Sinopse: Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado.
Pablo Aluísio.
Uma das coisas que mais chamam atenção nesse filme é a questão sobre quem teria sido responsável pelo massacre das tropas americanas. Durante muitos anos após o desastre em Little Big Horn houve uma glorificação do General Custer. Considerado herói pois morreu lutando, seu legado foi incontestável por anos. Depois descobriu-se que Custer cometeu muitos erros no campo de batalha. Extremamente vaidoso e egocêntrico, Custer queria alcançar os picos da glória ao acreditar que venceria toda uma nação Sioux apenas com poucos homens extremamente bem treinados. Se equivocou feio o que acabaria custando a vida de centenas de soldados e oficiais americanos. O filme não tem medo de tocar nessa ferida e o faz de forma brilhante. Para quem gosta da história do velho oeste "A Sétima Cavalaria" é essencial.
A Sétima Cavalaria (7th Cavalry, EUA, 1956) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Peter Packer baseado no livro de Glendon Swarthout / Elenco: Randolph Scott, Barbara Hale, Jay C. Flippen / Sinopse: Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado.
Pablo Aluísio.
sábado, 16 de junho de 2018
A Sétima Cavalaria
"A Sétima Cavalaria" começa onde praticamente todos os filmes sobre o General Custer terminam. Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado. "A Sétima Cavalaria" é seguramente um dos melhores westerns estrelados por Randolph Scott. O roteiro é muito bem escrito e se concentra nos eventos que ocorreram após a morte de Custer e a Sétima Cavalaria. O inquérito aberto pelo exército americano, as dúvidas sobre as reais intenções de Benson ao pedir licença, a necessidade de resgatar todos os restos mortais dos militares em Little Big Horn, tudo é extremamente bem exposto em grande momento de Scott no cinema. Há cenas impactantes como a volta do cavalo do general ao campo de batalha e a questão sobre a quem pertenceria os despojos da grande batalha - aos vencedores ou aos soldados da cavalaria?
Uma das coisas que mais chamam atenção nesse filme é a questão sobre quem teria sido responsável pelo massacre das tropas americanas. Durante muitos anos após o desastre em Little Big Horn houve uma glorificação do General Custer. Considerado herói pois morreu lutando, seu legado foi incontestável por anos. Depois descobriu-se que Custer cometeu muitos erros no campo de batalha. Extremamente vaidoso e egocêntrico, Custer queria alcançar os picos da glória ao acreditar que venceria toda uma nação Sioux apenas com poucos homens extremamente bem treinados. Se equivocou feio o que acabaria custando a vida de centenas de soldados e oficiais americanos. O filme não tem medo de tocar nessa ferida e o faz de forma brilhante. Para quem gosta da história do velho oeste "A Sétima Cavalaria" é essencial.
A Sétima Cavalaria (7th Cavalry, Estados Unidos, 1956) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Peter Packer baseado no livro de Glendon Swarthout / Elenco: Randolph Scott, Barbara Hale, Jay C. Flippen / Sinopse: Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado.
Pablo Aluísio.
Uma das coisas que mais chamam atenção nesse filme é a questão sobre quem teria sido responsável pelo massacre das tropas americanas. Durante muitos anos após o desastre em Little Big Horn houve uma glorificação do General Custer. Considerado herói pois morreu lutando, seu legado foi incontestável por anos. Depois descobriu-se que Custer cometeu muitos erros no campo de batalha. Extremamente vaidoso e egocêntrico, Custer queria alcançar os picos da glória ao acreditar que venceria toda uma nação Sioux apenas com poucos homens extremamente bem treinados. Se equivocou feio o que acabaria custando a vida de centenas de soldados e oficiais americanos. O filme não tem medo de tocar nessa ferida e o faz de forma brilhante. Para quem gosta da história do velho oeste "A Sétima Cavalaria" é essencial.
A Sétima Cavalaria (7th Cavalry, Estados Unidos, 1956) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Peter Packer baseado no livro de Glendon Swarthout / Elenco: Randolph Scott, Barbara Hale, Jay C. Flippen / Sinopse: Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
O Sabre e a Flecha
Título no Brasil: O Sabre e a Flecha
Título Original: Last of the Comanches
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: André De Toth
Roteiro: Kenneth Gamet
Elenco: Broderick Crawford, Barbara Hale, Johnny Stewart
Sinopse:
Um grupo da cavalaria americana sofre uma emboscada numa cidadezinha do velho oeste. Comandados pelo cacique Nuvem Negra os nativos acabam promovendo uma invasão do lugar, destruindo com tudo e massacrando os soldados. Apenas seis membros da cavalaria sobrevivem e partem rumo ao deserto, em fuga. Sem água e mantimentos acabam encontrando uma diligência. Unidos tentarão sobreviver às duras condições da viagem. O objetivo é encontrar água potável e depois rumar em direção a um forte do exército, mas chegar lá se mostrará um grande desafio, até porque Nuvem Negra e seus guerreiros resolvem perseguir os últimos brancos sobreviventes.
Comentários:
Bom faroeste que centra seu argumento na luta do homem contra a natureza hostil. Os soldados que conseguem sobreviver a um grande ataque Indígena, acabam fugindo a esmo, sem direção, indo parar no meio de um deserto devastador. Estão praticamente sem esperanças quando encontram uma diligência. Ela se dirige para a mesma cidade que acabou de ser destruída pelos índios comandados por Nuvem Negra - um renegado que se nega a entrar em um acordo de paz com os brancos. A história se passa em 1876, quando a maioria das nações nativas já tinham celebrado acordos de paz com o exército americano. Apenas alguns grupos isolados continuavam a lutar. Assim começa um jogo de sobrevivência envolvendo os militares e os viajantes da diligência: uma irmã de um soldado, um vendedor de whisky e um comerciante. Na dura viagem acabam encontrando ainda outras pessoas, inclusive um fugitivo e um garoto Kiowa, que acaba servindo como ajuda preciosa na busca por fontes de água na desolada região. O filme é curto, com pouco menos de noventa minutos, mas bem escrito. Isso porque não perde tempo com elementos desnecessários, se concentrando mesmo em seu foco narrativo central, que se mostra muito bom e interessante, prendendo de fato a atenção do espectador. Um western americano eficiente e ainda hoje ainda muito atrativo. Vale bastante a pena conhecer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Last of the Comanches
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: André De Toth
Roteiro: Kenneth Gamet
Elenco: Broderick Crawford, Barbara Hale, Johnny Stewart
Sinopse:
Um grupo da cavalaria americana sofre uma emboscada numa cidadezinha do velho oeste. Comandados pelo cacique Nuvem Negra os nativos acabam promovendo uma invasão do lugar, destruindo com tudo e massacrando os soldados. Apenas seis membros da cavalaria sobrevivem e partem rumo ao deserto, em fuga. Sem água e mantimentos acabam encontrando uma diligência. Unidos tentarão sobreviver às duras condições da viagem. O objetivo é encontrar água potável e depois rumar em direção a um forte do exército, mas chegar lá se mostrará um grande desafio, até porque Nuvem Negra e seus guerreiros resolvem perseguir os últimos brancos sobreviventes.
Comentários:
Bom faroeste que centra seu argumento na luta do homem contra a natureza hostil. Os soldados que conseguem sobreviver a um grande ataque Indígena, acabam fugindo a esmo, sem direção, indo parar no meio de um deserto devastador. Estão praticamente sem esperanças quando encontram uma diligência. Ela se dirige para a mesma cidade que acabou de ser destruída pelos índios comandados por Nuvem Negra - um renegado que se nega a entrar em um acordo de paz com os brancos. A história se passa em 1876, quando a maioria das nações nativas já tinham celebrado acordos de paz com o exército americano. Apenas alguns grupos isolados continuavam a lutar. Assim começa um jogo de sobrevivência envolvendo os militares e os viajantes da diligência: uma irmã de um soldado, um vendedor de whisky e um comerciante. Na dura viagem acabam encontrando ainda outras pessoas, inclusive um fugitivo e um garoto Kiowa, que acaba servindo como ajuda preciosa na busca por fontes de água na desolada região. O filme é curto, com pouco menos de noventa minutos, mas bem escrito. Isso porque não perde tempo com elementos desnecessários, se concentrando mesmo em seu foco narrativo central, que se mostra muito bom e interessante, prendendo de fato a atenção do espectador. Um western americano eficiente e ainda hoje ainda muito atrativo. Vale bastante a pena conhecer.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de maio de 2006
Na Sombra do Disfarce
Você aprecia os filmes do ator Joel McCrea? Se sua resposta foi positiva, então deixo a dica de mais um bom faroeste estrelado por ele. E qual é a história do filme? Um fazendeiro, Zachary Hallock (Joel McCrea) e seu filho Josué (Jimmy Hunt), tentam se estabelecer em um rancho perto de uma cidadezinha sem lei nos confins do oeste americano. A região não possui xerife (o último foi morto pelas costas) e por isso se tornou um porto seguro para assaltantes, assassinos e marginais de toda ordem. Mas os cidadãos de bem resolvem reagir. Os comerciantes e fazendeiros da região se unem e formam um grupo de vigilantes armados para dar seguranças aos seus negócios e suas famílias. Isso acaba transformando o local em um verdadeiro barril de pólvora pronto a explodir.
O que fazer quando não existe mais lei e as autoridades constituídas nada mais fazem para impedir a explosão da criminalidade e a violência? "The Lone Hand" mostra a solução ao colocar em cena a sociedade civil formada por homens de bem se armando para impor novamente ordem e respeito em uma terra assolada pela bandidagem. O enfoque do roteiro é muito bem construído, principalmente por mostrar a dura vida dos pioneiros que foram em direção ao oeste para começar uma nova vida.
O personagem interpretado pelo sempre ótimo Joel McCrea personifica justamente esse ideal. Ele também acaba se envolvendo com a bela e sofrida Sarah Skaggs (Barbara Hale) que embora seja uma mulher honesta, íntegra e ciente de seus deveres tem que presenciar pessoas de sua própria família integrando grupos e bandos de criminosos. O argumento sutilmente toca na questão do chamado fora-da-lei social, aquele que não encontra outro caminho de vida mas não se aprofunda sobre o tema. Ao invés disso mostra apenas o lado dos pioneiros que para continuarem sobrevivendo tiveram que pegar em armas. Um western visceral que certamente mexerá com você. Mais do recomendado.
Na Sombra do Disfarce (The Lone Hand, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: George Sherman / Roteiro: Joseph Hoffman, Irving Ravetch / Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Alex Nicol / Sinopse: Em uma região dominada pelo crime, um grupo de fazendeiros e comerciantes decidem impor sua própria lei, formando grupos de justiceiros armados.
Pablo Aluísio.
O que fazer quando não existe mais lei e as autoridades constituídas nada mais fazem para impedir a explosão da criminalidade e a violência? "The Lone Hand" mostra a solução ao colocar em cena a sociedade civil formada por homens de bem se armando para impor novamente ordem e respeito em uma terra assolada pela bandidagem. O enfoque do roteiro é muito bem construído, principalmente por mostrar a dura vida dos pioneiros que foram em direção ao oeste para começar uma nova vida.
O personagem interpretado pelo sempre ótimo Joel McCrea personifica justamente esse ideal. Ele também acaba se envolvendo com a bela e sofrida Sarah Skaggs (Barbara Hale) que embora seja uma mulher honesta, íntegra e ciente de seus deveres tem que presenciar pessoas de sua própria família integrando grupos e bandos de criminosos. O argumento sutilmente toca na questão do chamado fora-da-lei social, aquele que não encontra outro caminho de vida mas não se aprofunda sobre o tema. Ao invés disso mostra apenas o lado dos pioneiros que para continuarem sobrevivendo tiveram que pegar em armas. Um western visceral que certamente mexerá com você. Mais do recomendado.
Na Sombra do Disfarce (The Lone Hand, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Universal International Pictures / Direção: George Sherman / Roteiro: Joseph Hoffman, Irving Ravetch / Elenco: Joel McCrea, Barbara Hale, Alex Nicol / Sinopse: Em uma região dominada pelo crime, um grupo de fazendeiros e comerciantes decidem impor sua própria lei, formando grupos de justiceiros armados.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de abril de 2006
Seminole
Rock Hudson não fez muitos filmes de western ao longo de sua carreira. Se formos analisar bem sua filmografia logo perceberemos que ele sempre foi um ator de dramas e depois de comédias românticas, como os grandes sucessos de bilheteria que filmou ao lado da atriz e cantora Doris Day. Isso porém não significa que não foi para o velho oeste nas telas. Claro que fez filmes no estilo, ainda mais na época em que os filmes de faroeste eram extremamente populares. Aqui ele volta à boa forma. Na trama um tenente do exército americano chamado Lance Caldwelll (Rock Hudson) chega em distante forte militar situado nos pântanos da Flórida. Sua guarnição tem a missão de pacificar o local, destruindo e capturando um bando de índios renegados da tribo Seminole liderados pelo rebelde chefe conhecido como Osceola (Anthony Quinn).
O argumento do filme é baseado em fatos reais. A tribo Seminole realmente lutou contra o exército americano na Flórida. O grande chefe Osceola também é um personagem real. Já o tenente Lance Cadwell (Rock Hudson) é totalmente fictício. O desfecho do filme também não condiz com a realidade dos fatos. O chefe Osceola não morreu conforme vemos na tela. Apesar disso e do fato de existir outros erros históricos no roteiro, não há como negar que "Seminole" é um western muito bom. Seus méritos surgem logo no começo do filme com uma curiosa inversão de valores - algo realmente raro na década de 1950. Aqui os índios não são vilões carniceiros e nem os soldados americanos são heróis virtuosos. Pelo contrário, o que vemos no roteiro é uma civilização tentando manter seus hábitos e costumes, seu estilo de vida, em vista da invasão do homem branco. Já era um sinal de mudança dos filmes retratando esse período histórico dos Estados Unidos. A mentalidade começava a mudar, mesmo que aos poucos.
Outra questão importante: o mais alto oficial americano na estória é simplesmente um sujeito antipático, que toma as decisões erradas. Em um grande trabalho de caracterização, o ator Richard Carlson compõe um major totalmente fora de controle, megalomaníaco e até mesmo psicótico em certos momentos. Assistindo ao filme, vendo as tropas atoladas no pântano da Flórida, me lembrei daquela frase que diz: "Não existe situação mais grave do que a de ser comandado por um idiota". É isso o que vemos aqui - uma tropa liderada por um completo inepto. Outro aspecto curioso do filme é o fato dele se passar na Flórida, no meio pantanoso, bem diferente dos faroestes que estamos acostumados a assistir, em longas planícies do deserto no oeste selvagem. Enfim, gostei bastante de "Seminole", um filme com pequenos erros históricos certamente, mas socialmente muito consciente. Um parente distante de produções como "Dança com Lobos" onde a questão do nativo americano foi tratada com respeito e seriedade.
Seminole (Seminole, Estados Unidos, 1953) Direção: Budd Boetticher / Roteiro: Charles K. Peck Jr. / Elenco: Rock Hudson, Anthony Quinn, Richard Carlson, Barbara Hale / Sinopse: Um tenente do exército americano é enviado para um forte localizado na Flórida. A região é constantemente fonte de tensão pois os nativos americanos não aceitam a presença do homem branco em suas terras ancestrais.
Pablo Aluísio.
O argumento do filme é baseado em fatos reais. A tribo Seminole realmente lutou contra o exército americano na Flórida. O grande chefe Osceola também é um personagem real. Já o tenente Lance Cadwell (Rock Hudson) é totalmente fictício. O desfecho do filme também não condiz com a realidade dos fatos. O chefe Osceola não morreu conforme vemos na tela. Apesar disso e do fato de existir outros erros históricos no roteiro, não há como negar que "Seminole" é um western muito bom. Seus méritos surgem logo no começo do filme com uma curiosa inversão de valores - algo realmente raro na década de 1950. Aqui os índios não são vilões carniceiros e nem os soldados americanos são heróis virtuosos. Pelo contrário, o que vemos no roteiro é uma civilização tentando manter seus hábitos e costumes, seu estilo de vida, em vista da invasão do homem branco. Já era um sinal de mudança dos filmes retratando esse período histórico dos Estados Unidos. A mentalidade começava a mudar, mesmo que aos poucos.
Outra questão importante: o mais alto oficial americano na estória é simplesmente um sujeito antipático, que toma as decisões erradas. Em um grande trabalho de caracterização, o ator Richard Carlson compõe um major totalmente fora de controle, megalomaníaco e até mesmo psicótico em certos momentos. Assistindo ao filme, vendo as tropas atoladas no pântano da Flórida, me lembrei daquela frase que diz: "Não existe situação mais grave do que a de ser comandado por um idiota". É isso o que vemos aqui - uma tropa liderada por um completo inepto. Outro aspecto curioso do filme é o fato dele se passar na Flórida, no meio pantanoso, bem diferente dos faroestes que estamos acostumados a assistir, em longas planícies do deserto no oeste selvagem. Enfim, gostei bastante de "Seminole", um filme com pequenos erros históricos certamente, mas socialmente muito consciente. Um parente distante de produções como "Dança com Lobos" onde a questão do nativo americano foi tratada com respeito e seriedade.
Seminole (Seminole, Estados Unidos, 1953) Direção: Budd Boetticher / Roteiro: Charles K. Peck Jr. / Elenco: Rock Hudson, Anthony Quinn, Richard Carlson, Barbara Hale / Sinopse: Um tenente do exército americano é enviado para um forte localizado na Flórida. A região é constantemente fonte de tensão pois os nativos americanos não aceitam a presença do homem branco em suas terras ancestrais.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2006
Seminole
Título no Brasil: Seminole
Título Original: Seminole
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: Charles K. Peck Jr, Charles K. Peck Jr.
Elenco: Rock Hudson, Barbara Hale, Anthony Quinn, Lee Marvin, Richard Carlson, Hugh O'Brian
Sinopse:
Um jovem tenente chamado Lance Caldwell (Rock Hudson) é enviado para servir em um forte distante, nos pântanos da Flórida. A região é foco de conflitos com os nativos da tribo Seminole, liderados pelo guerreiro Osceola (Anthony Quinn). A presença dos militares acaba aumentando ainda mais as tensões entre os dois grupos.
Comentários:
O astro Rock Hudson fez muitos filmes na Universal em seu começo de carreira. E naqueles tempos era comum a produção de filmes de faroeste. Assim não é de se admirar que ele tenha estrelado esse western com outro grande nome do cinema na época, Anthony Quinn. Hudson interpretava um tenente do exército americano, enquanto Quinn era o seu inimigo no campo de batalha, um nativo que lutava pela sobrevivência de seu povo. A história que o filme conta é real, fez parte da conquista da Flórida. E aqui temos o primeiro grande diferencial com outros filmes da época pois o enredo se passa todo nesse Estado americano que não faz parte do oeste do país. Aliás a geografia pantanosa da Flórida serviu de cenário para excelentes cenas de guerra entre a cavalaria e os índios. Curiosamente Rock Hudson diria depois que foi extremamente complicado fazer o filme porque tudo foi feito em locação, em terras com muita lama e areias movediças. Tempos pioneiros aqueles. Assim a equipe técnica do filme acabou sentindo as dificuldades que os pioneiros sentiram ao lutarem naquele campo de batalha bem no meio dos pântanos da Flórida. Enfim temos aqui um faroeste diferente, mas extremamente bem realizado. Pode-se dizer que é uma das produções mais interessantes dos anos 1950, contando com a preciosa direção de Budd Boetticher, um especialista nesse tipo de filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: Seminole
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: Charles K. Peck Jr, Charles K. Peck Jr.
Elenco: Rock Hudson, Barbara Hale, Anthony Quinn, Lee Marvin, Richard Carlson, Hugh O'Brian
Sinopse:
Um jovem tenente chamado Lance Caldwell (Rock Hudson) é enviado para servir em um forte distante, nos pântanos da Flórida. A região é foco de conflitos com os nativos da tribo Seminole, liderados pelo guerreiro Osceola (Anthony Quinn). A presença dos militares acaba aumentando ainda mais as tensões entre os dois grupos.
Comentários:
O astro Rock Hudson fez muitos filmes na Universal em seu começo de carreira. E naqueles tempos era comum a produção de filmes de faroeste. Assim não é de se admirar que ele tenha estrelado esse western com outro grande nome do cinema na época, Anthony Quinn. Hudson interpretava um tenente do exército americano, enquanto Quinn era o seu inimigo no campo de batalha, um nativo que lutava pela sobrevivência de seu povo. A história que o filme conta é real, fez parte da conquista da Flórida. E aqui temos o primeiro grande diferencial com outros filmes da época pois o enredo se passa todo nesse Estado americano que não faz parte do oeste do país. Aliás a geografia pantanosa da Flórida serviu de cenário para excelentes cenas de guerra entre a cavalaria e os índios. Curiosamente Rock Hudson diria depois que foi extremamente complicado fazer o filme porque tudo foi feito em locação, em terras com muita lama e areias movediças. Tempos pioneiros aqueles. Assim a equipe técnica do filme acabou sentindo as dificuldades que os pioneiros sentiram ao lutarem naquele campo de batalha bem no meio dos pântanos da Flórida. Enfim temos aqui um faroeste diferente, mas extremamente bem realizado. Pode-se dizer que é uma das produções mais interessantes dos anos 1950, contando com a preciosa direção de Budd Boetticher, um especialista nesse tipo de filme.
Pablo Aluísio.
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