Esse filme, produzido na Hungria dos dias atuais, conta uma história real acontecida nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, quando a Hungria foi ocupada pelas tropas da União Soviética. Assim que o país ficou sob controle de Moscou, começaram a levar colaboracionistas do regime nazista para campos de concentração soviéticos na Sibéria, os terríveis Gulags. Ali os prisioneiros eram submetidos a um regime brutal, de trabalho praticamente escravo nas minas congeladas da região. Obviamente que não havia qualquer tipo de respeito aos direitos humanos dos prisioneiros. De certa maneira os russos repetiam os erros dos nazistas!
No caso desse filme o roteiro foca no caso de uma jovem mulher húngara que foi submetida a esse regime brutal. Um bom filme, bem produzido e com um roteiro que só falha numa questão: ele procura esconder de forma deliberada que aqueles prisioneiros colaboraram com os alemães nazistas durante a guerra. Faz isso por um motivo bem óbvio, não trazer a antipatia do espectador para com os personagens, mas nesse processo se perde a devida honestidade intelectual que se deve ter ao contar histórias como essas.
Inverno Sem Fim (Örök tél, Hungria, 2018) Direção: Attila Szász / Roteiro: Norbert Köbli, Attila Szász, János Havasi / Elenco: Marina Gera, Sándor Csányi, Laura Döbrösi / Sinopse: Mulheres de uma Hungria ocupada pela União Soviética são levadas para campos de concentração na Sibéria. História baseada em fatos reais.
Pablo Aluísio.
Cinema Europeu
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Essa situação de pessoas que mesmo sob a domínio do nazistlmo de alguma forma colaboraram com os algozes, não é exclusividade dessas mulheres. Houve vários casos assim e até o Papa da época da segunda guerra mundial foi acusado do mesmo. Só estando na pele dessas pessoas naquela época pra saber o motivo, mas não deve ter sido fácil.
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