quarta-feira, 24 de março de 2021

Sortilégio do Amor

Clássico do cinema americano estrelado pelo ótimo James Stewart, aqui acompanhado da beleza e talento da atriz Kim Novak. Vamos voltar ao passado? Qual história nos conta esse filme? Shepherd 'Shep' Henderson (James Stewart) é um editor de livros solteirão que decide se casar com a bela Merle Kittridge (Janice Rule). Seus planos porém sofrem uma mudança brusca um dia antes disso acontecer. Casualmente ele entra numa loja exótica de produtos africanos e acaba conhecendo a dona do estabelecimento, a linda, mas igualmente misteriosa Gillian 'Gil' Holroyd (Kim Novak). O que Shep não sabe é que Gil é na verdade uma bruxa que joga um feitiço de paixão sobre ele, justamente na noite anterior de seu casamento. E isso vai criar muitos problemas em sua vida.

Essa produção dos anos 1950 é um simpática comédia romântica que uniu novamente nas telas a dupla James Stewart e Kim Novak, que tanto sucesso fizeram no clássico de Alfred Hitchcock, "Um Corpo Que Cai". A diferença é que se aquele era um suspense da melhor safra do grande diretor, sendo esse filme aqui é apenas uma simpática estória de romance entre duas pessoas completamente diferentes que acabam se apaixonando. James Stewart está em seu tipo habitual, a do sujeito comum que se vê envolvido numa situação completamente nova em sua pacata vida.

A bela atriz Kim Novak está mais linda do que nunca no papel de Gil, uma bruxa dos tempos modernos. Usando um figurino naturalmente sensual, ela seduz não apenas o personagem de James Stewart, mas o público também, com seu jeito sedutor de falar e agir. Sempre com um gato nas mãos e andando descalça o tempo todo, ela acaba roubando o filme do sempre ótimo James Stewart. O elenco de apoio também é de luxo, com destaque para Jack Lemmon, interpretando o papel do irmão de Novak. Deliciosamente ingênuo e com roteiro bem redondinho (baseado na peça teatral de John Van Druten) esse é um daqueles filmes docemente românticos que ainda divertem e seduzem. Um ótimo programa certamente, principalmente para o público feminino mais nostálgico.

Sortilégio do Amor (Bell Book and Candle, Estados Unidos, 1958) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Richard Quine / Roteiro: John Van Druten, Daniel Taradash / Elenco: James Stewart, Kim Novak, Jack Lemmon, Ernie Kovacs, Janice Rule / Sinopse: James Stewart interpreta o solteirão que após muitos anos decide-se casar. O problema é que na véspera de seu casamento ele é fisgado por uma estranha e exótica mulher que literalmente o enfeitiça de amor. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção de Arte e Figurino. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme - Comédia.

Pablo Aluísio.

8 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Sortilégio do Amor
    Pablo Aluísio.

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  2. Pablo:
    Você percebeu como o título nacional Sortilégio do Amor ficou tão perfeito que é quase um spoiler?

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  3. A Marilyn Monroe achava a Kim Novak uma fútil que só falava de decoração, vestidos, maquiagem. Devia ser uma mulher bem nesse aspecto mental. E ela está viva, com 88 anos de idade, morando em sua cidade natal, Chicago, a cidade dos ventos como os americanos gostam de chamar.

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  4. O James Stewart se repetia nesse ponto. Ele sempre fazia um tipo de interiorano meio ingênuo, meio boboca, de bom coração e altos valores pessoais. Era o personagem que ia filme, vinha filme, ele sempre interpretava. Tinha um pouco dele mesmo nesses papéis.

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  5. Serge, uma palavra pouco usada nos dias de hoje. Afinal ela significa basicamente um ato de magia praticado por feiticeiro; feitiço, malefício, bruxaria. Esse tradutor era bem versado em nossa língua, vamos colocar assim... rsrs

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  6. Lord Erick,
    A Kim Novak era uma típica garota de Hollywood, ao contrário da Marilyn Monroe que tinha aspirações à cultura, queria aprender, queria ler bons livros, queria estudar. A Kim não queria nada disso. Só queria roupas luxuosas, belas casas, casacos luxuosos de pele e muito dinheiro. Era outro tipo de mulher.

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  7. Pois é Lord,
    Ele fez a carreira nesse caminho, nesse estilo. E fez bem, marcou presença, marcou época em Hollywood. Não era um ator de grandes recursos dramáticos, mas era um tipo interessante para o público. Então deu certo. E quem poderá criticá-lo?

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