Esse "Música e Lágrimas" é sem dúvida um filme muito charmoso e elegante, que se propõe a contar a história do maestro Glenn Miller, que morreu de forma precoce e misteriosa durante a Segunda Guerra Mundial. Outro aspecto que chama muito a atenção é vermos essa parceria entre o cineasta Anthony Mann e o seu ator preferido, James Stewart, funcionar tão bem nesse gênero que não era bem a praia de ambos. Como se sabe a dupla Mann e Stewart brilhou mesmo nos filmes de faroeste, alguns inclusive estão entre as melhores obras primas do estilo. Aqui Stewart deixou seu velho chapéu surrado de cowboy de lado para dublar o talento extraordinário desse famoso músico.
Claro que sendo uma obra dos anos 1950, tudo surge bem romanceado na tela. Aspectos negativos de Miller que surgiram em biografias mais recentes, como o fato de que ele explorava excessivamente os músicos de sua orquestra, pagando baixos salários, por exemplo, são deixados completamente de fora do roteiro. Esse excesso de romantização porém nem pode ser considerado algo completamente negativo, pois, vamos convir, esse tipo de linha do texto do roteiro era comum na época e soa totalmente nostálgico nos dias atuais. Assim deixo a dica para conferir esse "The Glenn Miller Story", a história real de um talentoso artista cuja música certamente nunca morrerá.
Música e Lágrimas (The Glenn Miller Story, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Anthony Mann / Roteiro: Valentine Davies, Oscar Brodney / Elenco: James Stewart, June Allyson, Harry Morgan / Sinopse: Essa cinebiograifa histórica conta a história do talentoso música norte-americano Glenn Miller, falecido tragicamente durante a II Guerra Mundial. Filme vencedor do Oscar de Melhor Som. Também indicado nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Música.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirMúsica e Lágrimas
Pablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirO Glen Miller resolveu montar uma orquestra na epoca mais propicia pra isso.
Em 1954 um rapaz de Tupello detonaria uma bomba superior a uma bomba atômica da segunda guerra: o Rock and Roll, e essa bomba jogaria toda essa velharia de orquestras pra pré historia de uma forma que nunca mais voltariam a ter um décimo da relevância que tinham desfrutado.
É verdade. E o mais interessante é que músicas como In The Mood do Milller já tinha algo a ver com o rock que iria nascer.
ResponderExcluirBem colocado: In The Mood está raspando no Rock.
ExcluirO Glenn Miller tem ótimas, maravilhosas gravações. Nos tempos do vinil bolachão preto eu tinha vários vinis do Glenn Miller. Ele era popular no Brasil e várias edições eram de uma qualidade absurda. Grandes encartes, grandes discos. Eu ainda tenho alguns em minha coleção.
ResponderExcluirEu tive discos do Glenn Miller também Erick. Alguns eram do meu pai inclusive. No Brasil havia um título muito popular lançado pelo selo CID, que trazia curiosamente gravações originais, algo que era raro nesse selo nacional.
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