terça-feira, 23 de março de 2021

Os Girassóis da Rússia

Esse clássico do cinema italiano conta a história de amor entre o soldado Antonio (Marcello Mastroianni) e a jovem Giovanna (Sophia Loren). Eles se conhecem, começam a namorar e se casam, meio que na base do impulso. Começa a segunda guerra mundial e a Itália se alia com a Alemanha nazista. Antonio é então enviado para o front russo, em pleno inverno. Ali se travou algumas das mais sangrentas batalhas de toda a guerra. Quando a II guerra chega ao fim, ele não retorna para casa. A esposa fica desesperada, tentando descobrir onde ele está, se vivo ou morto. As autoridades não sabem informar seu paradeiro. Assim Antonio é declarado desaparecido em batalha.

A personagem interpretada por Sophia Loren não se conforma. Depois de anos e anos tentando encontrá-lo ela decide ir sozinha para a União Soviética em busca de respostas. Se as autoridades italianas não sabem onde ele foi parar, talvez os russos possam lhe informar alguma coisa. Quando chega em Moscou as coisas não melhoram muito, porém em um lance de sorte incrível ela finalmente descobre pistas de seu marido desaparecido. Será que após tantos anos ela finalmente o encontraria vivo?

Esse filme "Os Girassóis da Rússia" foi dirigido pelo cineasta italiano Vittorio De Sica, considerado um dos grandes nomes da história do cinema europeu. Ele de fato procurou seguir passos de outros épicos românticos da época, como por exemplo, "Dr. Jivago". O resultado ficou muito bom, diria até mesmo expressivo. Essa foi uma das poucas produções ocidentais que tiveram autorização para realizar filmagens em Moscou, na praça vermelha e no Kremlin. Na época era impensável que um filme americano seria filmado por lá, por exemplo. No final, quando chegamos ao clímax, a música sobe e o romantismo, que imperou durante quase todo o filme, dá vez para um realismo duro, porém mais do que adequado para a história. Um final que apesar de não ser feliz, era mesmo a melhor opção para essa história de amor, guerra e tragédia.

Os Girassóis da Rússia (I girasoli, Itália, França, Inglaterra, 1970) Direção: Vittorio De Sica / Roteiro:  Tonino Guerra, Cesare Zavattini / Elenco: Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Lyudmila Saveleva / Sinopse: Após o fim da II Guerra Mundial, jovem esposa de soldado desaparecido não se conforma pela falta de notícias sobre o que teria acontecido com ele na guerra. Assim parte para a União Soviética em busca de respostas. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor trilha sonora incidental original (Henry Mancini).

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Os Girassóis da Rússia
    Pablo Aluísio.

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  2. Outro filme que assisti há muitos anos. Puxando pela minha memória deixo aqui minhas percepções. A Sophia Loren está muito exagerada em sua atuação, uma coisa bem over realmente. O Marcello se sai bem melhor nesse lado. A atriz que interpreta sua esposa é linda, me lembrou de Lara do Dr. Jivago. Quem não ficaria na Rússia com uma beldade como aquelas? Ops, soltei alguns spoilers aqui, espero não ter estragado a surpresa do filme para ninguém.

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  3. Lord Erick, devo dizer que você tem certa razão. Ela exagerou em determinadas passagens do filme, principalmente na primeira parte, quando se enamora e se casa com sua paixão. Surge muito desvairada, um tanto sem noção. Porém perceba que o personagem vai evoluindo, conforme fica mais velha. Suas cenas na Rússia já encontram uma Sophia Loren bem melhor, mais contida, provavelmente por causa do peso da história que precisa suportar. Sem as "italianices", os gestos exagerados, as caras e bocas, ela sem dúvida se sai bem melhor. PS: o nome da bonita atriz russa que você citou é Lyudmila Saveleva.

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  4. Eu nunca vi essse filme, porém, a Itália, quando se trata de guerra mundial, adquiriu um espécie de idiossincrasia: começar a guerra de um lado e terminar do outro. Eu penso que ela nunca foi punida o suficiente por essa vergonhosa posição de vira-casaca, prinçipalmente no caso do Nazismo.

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  5. Papelão italiano na guera. Concordo. O Fascismo de Musolini deu nisso aí. Desastre nacional de uma grande nação, uma das mais históricas da humanidade, tradições que vieram desde os primeiros tempos da Roma antiga. A geopolítica do governo italiano da época era uma porcaria, vamos convir.

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