sábado, 13 de fevereiro de 2021

Inimigo Público nº 1 - Parte 2

Esse é o segundo filme sobra a vida do bandido francês Jacques Mesrine (Vincent Cassel). O roteiro mostra sua vida entre os anos de 1973 a 1979 quando finalmente sofreu uma emboscada da polícia de Paris e foi fuzilado por quatro policiais fortemente armados com fuzis, todos escondidos na parte de carga de um caminhão que parecia comum, sem nada de diferente. Foi uma morte à la Bonnie e Clyde. Nesse segundo filme a lista de crimes se expande. Jacques Mesrine  tem um novo parceiro. Juntos eles assaltam bancos e conseguem fugir de outra prisão. Incrível como nos anos 70 as prisões tinham sérios problemas de segurança. Era relativamente fácil fugir delas. Não havia ainda a tecnologia de segurança que existe nos dias atuais, quando cada canto é vigiado por uma câmera. Naquela época era até relativamente simples render um guarda, usar seu uniforme e fugir.

Outro aspecto interessante dessa segunda parte é que ela desenvolve melhor a conturbada maneira de pensar do protagonista (ou antagonista, dependendo do ponto de vista). Sobre isso Mesrine tinha uma visão deteriorada de si mesmo. Ele costumava se ver como alguém que "lutava contra o sistema", quase como um socialista dos mais utópicos, porem em determinado momento do filme um verdadeiro socialista o desmonta completamente. Ele explica que Mesrine não lutava contra o capitalismo, longe disso, ele o louvava pois estava sempre atrás de dinheiro, luxo e bens materiais. Enfim, um pequeno detalhe que me chamou atenção nesse roteiro inegavelmente bem escrito.

Inimigo Público nº 1 - Parte 2 (L'ennemi public n°1, França, 2008) Direção: Jean-François Richet / Roteiro: Abdel Raouf Dafri, Abdel Raouf / Elenco:  Vincent Cassel, Ludivine Sagnier, Mathieu Amalric / Sinopse: Esse segundo e conclusivo filme conta os anos finais da vida do criminoso francês Jacques Mesrine (Vincent Cassel). Ele consegue fugir, se envolve novamente com roubos de bancos, sequestros e assassinatos, sendo encurralada pela polícia de Paris em 1979, colocando um fim em sua vida de crimes e violência.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Inimigo Público nº 1 - Parte 2
    L'ennemi public n°1
    Pablo Aluísio.

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  2. Mas Pablo, está correto. O socialismo é isso aí mesmo. Tanto que nossos socialistas tapuias são todos réus em mais de um crime e condenados por vários outros. Fingem lutar contra o capital, mas se locupletam e vivem na opulência que propicia o dinheiro que roubam do povo.

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  3. Esse criminoso francês também era um baita hipócrita. Ele gostava de dizer que só roubava de banco, de capitalistas e blá, blá. Só que ao mesmo tempo usava o dinheiro para comprar joias para sua mulher, ostentar carrões de luxo, ou seja, posar do bom e do melhor que o capitalismo tinha a oferecer. Socialista de mentirinha, mais um...

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  4. Dom Pablo,
    Alguns criminosos sofrem de complexo de Robin Hood. Acham que roubar dos ricos os eximem de crimes. Só que veja bem, é um Robin Hood parcialmente construído. O Robin Hood original roubava dos ricos para dar aos pobres. Esses bandidos roubam para dar a si mesmos. O Pablo Escobar tinha essa mesma mentalidade. Se viam como justiceiros sociais. Só que na realidade eles eram apenas bandidos.

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  5. Lord Erick,
    Nem Robin Hood seguia as máximas de Robin Hood. Ele é um personagem da literatura, então, esse tipo de ladrão não existe no mundo real. No máximo existiu um ladrão ali naquela floresta, durante a Idade Média, que acabou inspirando alguns trovadores e poetas, mas obviamente o Hood de roupa verda, romantizado até o fio de seu último cabelo, não passa de mera ficção literária.

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