Título no Brasil: Cegos, Surdos e Loucos
Título Original: See No Evil, Hear No Evil
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Arthur Hiller
Roteiro: Earl Barret, Arne Sultan
Elenco: Richard Pryor, Gene Wilder, Joan Severance, Kevin Spacey, Alan North, Anthony Zerbe
Sinopse:
Dave (Gene Wilder) é surdo e Wally (Richard Pryor) é cego. Eles testemunharam um assassinato, mas era Dave quem estava olhando para ela e Wally quem estava ouvindo. E essa situação vai gerar uma série incrível de confusões.
Comentários:
Nos dias de hoje essa comédia maluca seria claramente "cancelada". Não seria sem razão. Isso porque o humor é muito fora do politicamente correto, mostrando um deficiente visual e um deficiente auditivo como testemunhas em um crime, sendo perseguidos pelos bandidos e pelos policiais. Assisti na época e sinceramente não achei grande coisa, apesar dos nomes envolvidos. Richard Pryor estava tentando recomeçar na carreira. Em uma piração de cocaína ele havia colocado fogo no próprio corpo. Depois de passar meses em recuperação tentou voltar para o cinema. Gene Wilder lhe deu essa força e os filmes que a dupla fez junto ajudou o veterano comediante a se reerguer na profissão e na vida. Cheio de clichês, essa comédia tem roteiro apelativo que tenta fazer humor com algo que não se deve, no caso com as deficiências das pessoas. E mesmo que você não tenha esse ponto de vista de nada adiantará pois o filme é bem sem graça mesmo. "Cegos, Surdos e Loucos", apesar das tentativas, jamais conseguiu ser uma comédia engraçada. PS: O filme tem uma curiosidade interessante, pois foi um dos primeiros trabalhos de Kevin Spacey. Bom, todo mundo precisa começar de algum jeito, não é mesmo?
Pablo Aluísio.
Cegos, Surdos e Loucos
ResponderExcluirSee No Evil, Hear No Evil
Pablo Aluísio.
Fazer graça com quaisquer deficiências alheias é uma coisa universal porque a graça está aí: vide Trapalhões, a dupla Dean Martin e Jerry Lewis, O Gordo e o Magro, Os Três Patetas e aí vai. Machuca as vítimas, mas a realidade é essa. Com o politicamente correto criou uma moral que fez isso ficar feio, mas se deve atentar que foi preciso inventar um código e como disse, parafraseando. o Nietzsche, aonde existe a moral para determinar um comportamento, talvez seja a invenção dessa moral que esteja errada e caminho talvez fosse outro.
ResponderExcluirSeu ponto de vista é válido. No mundo de hoje esse roteiro seria engavetado dentro do estúdio, penso até que os produtores iriam ficar com meio de ter esse tipo de roteiro em seus escritórios. O medo de um processo iria imperar.
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