Vou contar aqui uma experiência que vivi no último fim de semana. Fui ao shopping no domingo, mas chegando lá descobri que as portas só seriam abertas dali uma hora! O que fazer para passar o tempo? Pois bem, ali pertinho estava havendo um culto de uma conhecido igreja evangélica, aquela mesma de um pastor bem conhecido no Brasil. Embora eu seja um católico convicto não me senti inibido em entrar lá. Na pior das hipóteses iria ouvir um pouco da palavra de Deus, mesmo vindo da boca de um pastor.
Minha primeira surpresa foi descobrir que havia poucas pessoas no culto. Embora as instalações fossem enormes, havia ali no máximo 25 pessoas. Foi um impacto porque sempre ouvi falar que essas igrejas estavam sempre lotadas. Acho que isso é puro marketing. Havia mesmo quase ninguém, a maioria senhoras. E olha que isso era um domingo! A crise pelo visto chegou por lá. Afinal a tal prosperidade pregada por essa igreja não anda abençoando muitos mesmo, afinal o Brasil passa por uma grande crise.
Quando o pastor começou a pregar não houve surpresas. Era pura teologia da prosperidade. A velha conversa de sempre. Que Deus iria abençoar materialmente todas aquelas pessoas, que elas iriam vestir as melhores vestes, que teriam os melhores carros, apartamentos de luxo. Depois pediu, vejam só, ofertas a Deus. Primeiro disse que as pessoas levantassem o dinheiro para a benção. Depois o obreiro - um garotinho magrinho com óculos grossos - começou a passar uma sacolinha amarela, recolhendo o dinheiro. Quando pensei que estava acabado veio mais pedidos. O pastor disse que aqueles que doassem cinquenta ou cem reais subiriam ao palco, onde seriam presenteadas com o privilégio de usar parte das vestes pastorais.
Depois na saída elas poderiam comprar por também cinquenta reais uma aliança de plástico branca. Elas teriam que trocar a aliança preta pela branca, na saída. Não entendi o propósito. Em qual lugar da Bíblia se afirma que Deus vende alianças de plástico e que elas precisam trocar toda semana? A partir daí pude perceber que tudo o que se dizia sobre a teologia (nem merece essa denominação) da prosperidade é tudo verdade. É tudo uma grande barganha com Deus. Não há espiritualidade ali, apenas busca por favores materiais, riqueza, dada por Deus aos (poucos) fiéis que estavam assistindo àquele culto. Volto a afirmar, quem dá riqueza material em troca de adoração é o anjo caído, está lá nas escrituras. Assim a teologia da prosperidade ao meu entendimento não tem nada a ver com Deus e sua palavra, mas sim com o anjo caído que tentou Jesus no deserto, sem sucesso. E então, você quer seguir a Jesus ou ao anjo caído? Decida o seu lado.
Pablo Aluísio.
Catolicismo em Maria
ResponderExcluirA Teologia da Prosperidade e o Anjo Caído
Pablo Aluísio.