sábado, 25 de junho de 2011

João Batista

Já que estamos em época de festas de São João, nada mais adequado do que relembrar a importante figura de João Batista. Ele ficou conhecido nos evangelhos justamente por essa denominação "Batista" que significa "aquele que batiza!". De fato, segundo o Novo Testamento João Batista teria batizado o próprio Jesus Cristo, uma honra imensa, inigualável, que demonstra sua importância histórica para o cristianismo. Não há quem diminua sua participação mais do que relevante para a história de Cristo.

Em vista disso cada vez mais ganha a importância a pergunta:  Quem teria sido realmente João Batista sob o ponto de vista histórico? Como um personagem importante, mas também coadjuvante no Novo Testamento, sabemos algumas informações básicas sobre João. Sabe-se que ele tinha grau de parentesco com o próprio Jesus. Ele seria filho de Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Seu pai era um sacerdote judeu chamado Zacarias.

Segundo algumas fontes João teria sobrevivido ao massacre dos inocentes, quando o louco Rei Herodes mandou assassinar todas as crianças da Judeia, com receios de que estaria nascendo o Messias, o novo Rei dos Judeus. Seus pais teriam salvo João da morte certa, mas seu pai não teria escapado das mãos do sanguinário Herodes. Sua mãe Isabel o levou, ainda criança, para o deserto, onde ele passou praticamente toda a sua vida. João teria sua educação religiosa a cargo de um grupo de homens religiosos conhecidos apenas como os nazarenos (provavelmente por serem de Nazaré). Durante anos João batizou crianças nas águas do Rio Jordão e teria ele próprio criado seu grupo de seguidores. Quando perguntado se ele era o Messias tão esperado pelo povo judeu, teria esclarecido que não, que alguém mais iluminado por Deus viria e esse acabou sendo Jesus.

João Batista batizou Jesus e a partir daí o homem de Nazaré começou sua trajetória e vida de pregações. Enquanto Jesus seguia seu caminho, João Batista continuou sua vida de homem devotado a Deus. Ele seria morto a mando de Herodes Antipas dois anos antes da crucificação de Jesus. João Batista era considerado um homem santo, que não poupava críticas contra os governantes de seu tempo, denunciando suas vidas de luxo e depravação moral. Antipas assim teria mandado executá-lo, deixando claro que sua cabeça deveria ser levada numa bandeja para o Palácio. Hoje em dia muito se discute sobre a história de João Batista. Há alguns textos apócrifos, não oficiais, que relatam aspectos de sua vida, mas a origem desses textos é incerta. Dele ficou a imagem do profeta ermitão, com grande amor a Deus, que se vestia com peles de animais selvagens, comia insetos e vivia de forma livre, no meio da natureza. Essa imagem traz uma forte mensagem de desprezo pela vida material e valorização do crescimento espiritual de cada pessoa. Por isso João Batista não é apenas um santo, mas um ícone do pensamento e da doutrina cristã.

Pablo Aluísio. 

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