Nos últimos anos de sua vida escreveu: "A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e joias, prata e ouro. Que sejam incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas." O texto choca pela violência verbal, porém essas frases não foram escritas por um membro do partido nazista, mas sim por Lutero!
Três anos antes de morrer Lutero defendeu a tese de que o povo judeu não era mais o escolhido por Deus. Não era mais o povo eleito pelo Senhor, mas sim o povo do diabo. Chocante demais? Agora veja que ele foi além, muito além, ao escrever que "A sinagoga é como uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica. Os judeus estão cheios das fezes do demônio, nas quais se rebolam como porcos". Sua retórica agressiva e humilhante seria vista nos dias de hoje como um crime de ódio. Em determinado momento chegou a escrever: "A culpa é nossa, por não termos matado todos eles".
Seus textos intolerantes criaram inúmeros problemas por toda a Alemanha. Na Saxônia houve tumultos e mortes. Em Brandenburg e na Silésia houve inúmeras perseguições promovidas por protestantes contra judeus em sinagogas e nas ruas. Uma coisa tenebrosa. Em Estrasburgo os textos antissemitas de Lutero foram proibidos, mas os conflitos continuaram quando um pastor luterano incentivou seus paroquianos a matarem todos os judeus que encontrassem pela frente! Algo terrível. Apesar de combatido o pensamento infame de Lutero contra os judeus persistiu, chegando ao século XX quando subiu ao poder na Alemanha os Nazistas.
Assim como havia escrito Lutero, os membros do Partido Nazista também declaravam abertamente o ódio aos judeus e pregavam seu extermínio físico. Isso levou o Pastor Wilhelm Rehm de Reutlingen a declarar em 1933 que o Nazismo não teria surgido se Lutero não tivesse plantado o ódio antissemita na Alemanha em sua época. Julius Streicher, editor do jornal Nazista Der Stürmer, foi mais longe e escreveu que "nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes." A questão foi resumida pelo historiador William L. Shirer que declarou:“O grande fundador do protestantismo não foi só antissemita apaixonado como feroz defensor da obediência absoluta à autoridade política alemã. Desejava a Alemanha livre de judeus!"
Pablo Aluísio.
Catolicismo em Maria
ResponderExcluirLutero e o Nazismo
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