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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Saturno 3

Fazer filmes de ficção é bem complicado, ainda mais quando você não tem a produção certa, a direção de arte adequada, figurinos, efeitos especiais, etc. É aquele tipo de filme que precisa começar a dar certo muito antes do começo das filmagens, ainda na chamada pré-produção. Esse não foi o caso desse "Saturno 3", um filme que poucos se lembram nos dias de hoje. Cópias são raras e o filme nunca é exibido em canais a cabo (não que eu me lembre ou que tenha topado com ele sendo exibido por aí).

Nem é preciso dizer que o filme está mais do que datado. O desenho das naves, as roupas dos astronautas, os cenários e os pobres efeitos especiais envelheceram absurdamente. Tudo parece muito mal feito nos dias de hoje. Até um robô que era sensação na época hoje em dia parece torto e mal ajambrado. Parecia uma geringonça mal feita saída de algum ferro velho ou de uma lata de lixo! A única razão para ver esse filme hoje em dia vem do elenco, começando pela beleza (e belos cabelos) da pantera Farrah Fawcett, passando pela presença do mito envelhecido Kirk Douglas. No meio do espaço fake eles ainda mantém o mínimo interesse no que se passa naquela nave de papelão.

Saturno 3 (Saturn 3, Estados Unidos, 1980) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Martin Amis, John Barry / Elenco: Farrah Fawcett, Kirk Douglas, Harvey Keitel / Sinopse: Dois astronautas em missão numa base espacial localizada nos arredores do planeta Saturno precisam lidar com novos tripulantes, sendo um deles um burocrata da empresa espacial e o outro um enorme robô cuja presença na nave nunca chega a ser explicada de forma satisfatória.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Dr. T E as Mulheres

O diretor Robert Altman foi um cineasta talentoso, mas também teve sua cota de bobagens em sua filmografia. Afinal ninguém é perfeito nesse mundo. Antes de falecer em 2006 Altman deu essa derrapada ao dirigir esse fútil exercício sobre o nada absoluto chamado "Dr. T & the Women". O filme é bem fraco, com enredo girando em torno de um médico bonitão e metido a conquistador chamado Dr. T. O papel foi dado para Richard Gere que aqui não faz nada muito além do básico, exagerando com seus momentos de canastrice assumida. Ele precisa resolver uma série de problemas envolvendo ex-namoradas, esposas, clientes, filhas, conhecidas, ou seja, tentando superar todas as mulheres que giram em torno de sua vida.

Como Altman bem gostava de fazer, o roteiro é todo no estilo mosaico, com inúmeras estórias acontecendo ao mesmo tempo sem transparecer que elas estejam ligadas de alguma forma. Só no final todas as pontas e linhas se ligam, mostrando que no fundo era um só elo de ligação unindo todos os personagens. No fim de tudo quem salva a produção de afundar completamente é o seu elenco feminino. Fazendo jus ao título do filme as mulheres se destacam, desde as beldades mais jovenzinhas como Tara Reid, Kate Hudson e Liv Tyler, até as mais maduras como Helen Hunt e Farrah Fawcett. Essa última aliás, a famosa pantera loira da popular série de TV nos anos 70, teve um raro momento de destaque no cinema. Sempre achei a Farrah Fawcett bem injustiçada em Hollywood. Talvez por ser uma bela mulher, símbolo sexual, nunca a levaram à sério como atriz dramática. Uma pena. O Altman até tentou lhe dar uma chance aqui, mas como o filme como um todo é bem fraco seus esforços acabaram sendo em vão.

Dr. T E as Mulheres (Dr. T & the Women, Estados Unidos, 2000) Direção: Robert Altman / Roteiro: Anne Rapp / Elenco: Richard Gere, Helen Hunt, Farrah Fawcett, Laura Dern, Shelley Long, Tara Reid,  Kate Hudson, Liv Tyler / Sinopse: Bem sucedido na carreira profissional, o médico Dr. T (Gere) vive uma verdadeira bagunça na sua vida emocional e afetiva. Filme indicado ao Leão de Ouro do Festival de Veneza.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O Apóstolo

Título no Brasil: O Apóstolo
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
  
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!

Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.

Pablo Aluísio.