A intenção desse documentário era trazer as antigas namoradas de Elvis Presley para contar sobre seus relacionamentos amorosos com o astro. Nem todas toparam. Há ausências importantes por aqui. A primeira namoradinha Dixie, por exemplo, recusou o convite. Anita Wood, a namorada "oficial" de Elvis nos anos 50 e começo da década de 60 mandou a filha para contar as histórias. Alegou estar com problemas de saúde, algo normal para uma mulher com mais de 80 anos de idade. A maior ausência entretanto é da própria Priscilla que não quis ter qualquer participação nesse filme. Para contornar esse problema os produtores colocaram trechos de entrevistas antigas da única esposa de Elvis, tudo mesclado com imagens reais da época, principalmente dos anos na Alemanha e do casamento do casal em Las Vegas.
Em compensação a essas mulheres que não participaram do documentário temos a presença de Linda Thompson, a principal namorada de Elvis nos anos 70 e de Ginger Alden, sua última garota, que o encontrou morto no banheiro de Graceland no dia 16 de agosto de 1977. O filme também se destaca por não esconder o lado mais negativo de Elvis. Muitas dessas mulheres traçam um retrato complicado de Elvis, dizendo que ele era temperamental, muitas vezes infantil, agindo como um adolescente, mesmo já passando da idade de agir assim. E todas elas concordam que Elvis tinha uma obsessão nada saudável com a figura de sua mãe falecida. No fundo ela teria sido mesmo a única mulher que Elvis verdadeiramente amou em sua vida.
E havia também o problema das garotinhas de 14 anos de idade. Elvis tinha uma certa obsessão em se relacionar com essas adolescentes. Nos dias de hoje ele enfrentaria muitos problemas, inclusive de ordem legal. Naquela época isso era visto como algo mais natural. Como bem salienta David Stanley, a fama de Elvis o salvou muitas vezes nesse aspecto. Mesmo quarentão, Elvis estava sempre se aventurando, tentando namorar jovens de 14. Era um tipo de fuga para ele que estava a cada dia perdendo sua própria juventude. Nos dias atuais com internet e vida online Elvis certamente não escaparia nem da questão jurídica e nem do cancelamento virtual. A carreira dele não iria sobreviver diante de algo assim, tão escandaloso! Enfim, um bom documentário, bem curioso, mas especialmente indicado para o público feminino que tenha curiosidade sobre como foi a sua vida pessoal.
Elvis: Amores e Desamores (Elvis - Heartbreaker, Estados Unidos, 2022) Direção: Barbara Shearer / Roteiro: Barbara Shearer / Elenco: Elvis Presley (imagens de arquivo), Linda Thompson, Ginger Alden / Sinopse: Nesse documentário diversas mulheres que se relacionaram com Elvis Presley dão seus depoimentos sobre a vida pessoal desse cantor. Em exibição no Brasil pelo canal GNT.
Pablo Aluísio.
Documentário
ResponderExcluirPablo Aluísio.
A grande verdade e que, como sabemos hoje, apesar de ser um dos maiores símbolos sexuais do planeta, o Elvis era bem fraco nesse departamento e quem se relacionou sexualmente com ele sempre teve mais queixas que elogios. Talvez seja o unico quesito da idolatria que o Elvis deixa a desejar, por incrível que pareca.
ResponderExcluirSobre isso o próprio Elvis falou certa vez que a imagem de um artista era uma coisa, o ser humano por trás da fama era bem outra...
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